«Que tempo é o nosso? Há quem diga que é um tempo a que falta amor. Convenhamos que é, pelo menos, um tempo em que tudo o que era nobre foi degradado, convertido em mercadoria.
A obsessão do lucro foi transformando o homem num objecto com preço marcado. Estrangeiro a si próprio, surdo ao apelo do sangue, asfixiando a alma por todos os meios ao seu alcance, o que vem à tona é o mais abominável dos simulacros.
Toda a arte moderna nos dá conta dessa catástrofe: o desencontro do homem com o homem. A sua grandeza reside nessa denúncia; a sua dignidade, em não pactuar com a mentira; a sua coragem, em arrancar máscaras e máscaras.»
Eugénio de Andrade, in 'Os Afluentes do Silêncio'
Como está certo este nosso escritor!!!!
Emília Pinto
Oi Emilia
ResponderEliminarJá não há tempo passivo, todo o tempo é vendido, a troco do que tem ser feito na hora, não importa como,o homem deixou de pensar ,para ser a máquina do tempo.
Terá de reunir todas as suas forças,para os seus nobres sentimentos sobreporem-se a tal desenlace.
Até breve
Herminia