Simetria da poesia.
No seu regime perverso faço versos.
Para o universo indecente de minha mente inclemente aplacar;
Eu fui traído. Por acreditar em promessas de seres corrompidos.
Fui ferido. Sangue inocente nas mãos de bandidos.
Excluído. Dos clamores por pão, só recebi migalhas ao chão;
Eu fui iludido. Por achar que podia pela noite andar.
Fui desiludido. Por pensar que alguém fosse me ajudar.
Destruído. Por acreditar que na vida se conseguisse amar;
Ontem sonhei um texto, porém, não virou poesia.
Era um texto confuso, mais voltado a fantasia.
Dele só lembro-me de partes, o resto se perdeu enquanto dormia.
Agora escrevo sobre ele, um sonho em uma noite fria.
De: António Brás Constante