segunda-feira, 14 de julho de 2014

RAÍNHA GINGA



Rainha Ginja (Nzinga Mbandi Ngola) Heroína africana e rainha de Ndongo (Angola) e de Matamba, conhecida por Ginga, nasceu provavelmente em 1581 e faleceu em 1663. Em 1578, iniciou-se a ocupação daqueles territórios africanos pelos Portugueses. O rei Ngola Kiluanji, pai de Nzinga, resistiu à ocupação do território africano pelos portugueses, que estavam fortemente interessados no comércio de escravos. Quando lhe sucedeu o filho Ngola Mbandi, este tentou impedir que a procura de escravos alcançasse as suas terras. Foi então que a sua irmã, Nzinga, o ajudou nas negociações com os Portugueses, que lhes retribuíram as terras em troca da sua conversão ao cristianismo. Por consequência, Nzinga adquiriu o nome de Ana de Sousa e, posteriormente, as suas duas irmãs, Gambi e Fungi, passaram a chamar-se Bárbara e Garcia, respectivamente.
 No entanto, os Portugueses não cumpriram o acordo celebrado, ao estabelecerem comércio com o jaga (chefe) de Cassanje. A adesão de alguns sobas (chefes) africanos, incluindo Ngola Mbandi, à política de comércio dos Portugueses, criou uma certa desordem no reino de Ndongo. Nessa altura, para preservar a paz, Nzinga mandou assassinar aqueles chefes, alcançando assim o comando do grupo de resistência à ocupação de Ndongo e Matamba. Em seguida, a rainha de Ndongo e Matamba renegou a fé católica e juntou-se aos guerreiros jagas, passando a exercer as suas acções militares a partir de quilombos.
 Com a ajuda de Nzinga, os Holandeses conseguiram ocupar Luanda, entre 1641 e 1648. A heroína conseguiu algumas vitórias e, em 1659, assinou um tratado de paz com Portugal, o que lhe permitiu reinar com uma certa paz até à data da sua morte, a 17 de Dezembro de 1663. A sua irmã Gambi sucedeu-lhe, procurando continuar o trabalho de reconstrução que a irmã iniciara, mas os Portugueses apoderaram-se da região, em 1671.
 Resistindo durante 40 anos à ocupação colonial e ao comércio de escravos no seu reino, Nzinga tornou-se um símbolo de luta contra a opressão, passando, por isso, a fazer parte do imaginário histórico e cultural de Angola. A heroína ficou conhecida na Europa, aquando da publicação de Zingha, Reine d'Angola (1769) de Jean-Louis Castilhon, e tem despertado o interesse de historiadores e antropólogos que tentam compreender aquele momento histórico e a política da rainha africana. De referir ainda que há muitas variantes do seu nome, como Ngola Nzinga, Nzinda Mbande Ngola Kiluaje, Ana Nzinga, entre outras. Contudo, é a partir do seu nome, Ngola (em língua quimbundo), que derivou o nome do país, Angola.


 In Plural Editores- Angola


Ontem tive conhecimento através do programa cine box que se estava a preparar um filme sobre esta raínha. Como desconhecia por completo a sua existência  resolvi pesquisar e partilhar convosco a sua bela história.
Espero que gostem. Espero também que me desculpem a ausência, mas estive uma semana ausente e, claro, o computador ficou a descansar. Logo que possa voltarei. Beijinhos e boas férias a todos.

Emília

terça-feira, 1 de julho de 2014

GRAMMY PORTUGUÊS





Aos 74 anos de idade, Carlos do Carmo chega assim ao ponto mais alto da sua carreira.
 Filho de Alfredo de Almeida, que veio a ser proprietário da casa de fados O Faia, situada no Bairro Alto, e de Lucília do Carmo, uma das mais distintas fadistas do século XX, de quem viria a adotar o apelido, Carlos do Carmo nasceu em Lisboa a 21 de dezembro de 1939 onde ainda hoje vive.
 A sua carreira teve início aos 9 anos de idade, quando gravou um primeiro disco, mas os registos oficiais dão 1964 como o tiro de partida para um percurso carregado de canções que ficaram na história da música portuguesa.
 São igualmente inúmeros os prémios e distinções que ao longo de uma carreira de mais de 50 anos distinguiram a sua arte de respeitar e, ao mesmo tempo, inovar o fado.
 Partindo do chamado fado tradicional, mas com uma bagagem musical onde podemos encontrar Frank Sinatra, Jacque Brel, Elis Regina ou José Afonso, Carlos do Carmo foi construindo um reportório de onde se destaca o álbum "Um Homem na Cidade" entre muitos outros espécimes da mais alta estirpe que gravou ao longo da sua carreira.
 De entre as sua canções mais populares destacam-se interpretações como "Os Putos", "Um Homem na Cidade", "Canoas do Tejo", "O Cacilheiro", "Lisboa Menina e Moça", "Estrela da Tarde", "Duas Lágrimas de Orvalho" muitos deles escritos com José Carlos Ary dos Santos, Fernando Tordo e Paulo de Carvalho
.Carlo do Carmo é o primeiro português a conquistar um grammy

In Expresso sapo


Parabéns Carlos do Carmo e OBRIGADA. 

Emília Pinto