" O mais importante na vida de uma criança é ter com quem brincar", diz especialista
É típico da criança desejar, sonhar, criar, fantasiar, mas características dos tempos atuais parecem estar colocando em risco essas habilidades. Se em outras épocas as crianças já foram mais reprimidas e pouco ouvidas, hoje, em muitas famílias, a educação dos filhos parece mirar o outro extremo: excessivamente atendidas em suas vontades, imersas em uma agenda repleta de compromissos e cercadas por uma abundância de objetos que nem conseguem dar conta de retirar das caixas e aproveitar, meninos e meninas, alertam especialistas, podem estar se tornando melancólicos. Comumente interpretada como tristeza, a melancolia é mais do que isso. Trata-se de um estado de indiferença, desinteresse, suspensão do desejo. Aos olhos desses pequenos, tudo se equivale, nada tem graça ou parece valer o investimento. São crianças que não toleram a falta e se frustram com facilidade. Conduzidas de um lado a outro sem ter um momento para exercitar a criatividade e pensar no que gostariam de fazer, elas são tomadas por apatia. Some-se a isso o esforço dos pais em poupar os filhos das perdas e dos aborrecimentos inerentes à esfera familiar e ao mundo que os cerca, inventando justificativas para mascarar a verdade ou blindando-os contra as cenas mais amargas – a morte de um animal de estimação, a separação do casal, a mudança de bairro ou escola por conta dos altos custos, a visão do pedinte maltrapilho na sinaleira. O resultado é que as crianças acabam por habitar um mundo irreal, estéril, pobre em experiências e sensações, onde não é possível testar as ferramentas psíquicas fundamentais para que possam amadurecer e enfrentar os reveses da existência
.
" Em vez de representar a falta e elaborar a dimensão da perda, quando entramos com a criança na via de restituição do objeto, ou na via de esquivar o acontecimento doloroso, nós a empurramos para uma situação muito pior, porque não compartilhamos com ela os recursos que permitem elaborar as perdas e as faltas, e isso cria uma fragilidade psíquica muito maior."
Julieta Jerusalinsky
in ZH Vida
Toda a criança no seu crescimento anseia ser " mamã ou papá, médico, professor, bombeiro... e nesse percurso vai imaginando e criando esse personagem ; nas sociedades de hoje, não lhes damos essa oportunidade e então surge o desinteresse, a apatia, o " tanto faz "
Não vou alongar-me mais sobre este tema, pois gostaria de vos convidar a assistirem a um debate muito interessante sobre a melancolia. Tornar-se-ia cansativo o vídeo aqui, pois é longo e assim, vendo-o no youtube, poderão assistir com calma e quando puderem. YOUTUBE - CAFÉ FILOSÓFICO - MELANCOLIA NA INFÂNCIA.
Espero que gostem, amigos!
Emilia Pinto
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