Não podia deixar de vos avisar que estarei ausente até meados de Janeiro. A vida de vez em quando " troca-nos as voltas " e não nos deixa outra saída senão aceitar as suas decisões.
Só lhe peço que permita que a minha mãe me espere.
Darei notícias sempre que possa.
Um beijinho a todos e muito obrigada pelo carinho que sempre me dispensam
Emília Pinto
COMEÇAR DE NOVO... E CONTAR COMIGO... VAI VALER A PENA... TER AMANHECIDO... TER ME REBELADO... TER ME DEBATIDO... TER ME MACHUCADO... TER SOBREVIVIDO... TER VIRADO A MESA... TER ME CONHECIDO... TER VIRADO O BARCO... TER ME SOCORRIDO... COMEÇAR DE NOVO ......
segunda-feira, 19 de outubro de 2015
quinta-feira, 15 de outubro de 2015
FAZ HOJE 93 ANOS
Os Supermercados
Os supermercados são os palácios dos pobres Não são só os azarentos e os mal alojados, os que ao longo das gerações foram reduzindo os gastos da imaginação, que frequentam e, de certo modo, vivem o supermercado, as chamadas grandes superfícies.
As grandes superfícies com a sua área iluminada e sempre em festa; a concentração dos prazeres correntes, como a alimentação e a imagem oferecida pelo cinema, satisfazem as pequenas ambições do quotidiano. Não há euforia mas há um sentimento de parentesco face às limitações de cada um.
A chuva e o calor são poupados aos passeantes; a comida ligeira confina com a dieta dos adolescentes; há uma emoção própria que paira nas naves das grandes superfícies.
São as catedrais da conveniência, dão a ilusão de que o sol quando nasce é para todos e que a cultura e a segurança estão ao alcance das pequenas bolsas.
Não há polícia, há uma paz de transeunte que a cidade já não oferece.
Agustina Bessa-Luís, in 'Antes do Degelo'
PARABÈNS AGUSTINA!
Escolhi este texto para homenagear Augustina, porque o achei muito interessante. Na realidade as grandes superfícies têm tido uma grande influência no nosso modo de viver. Boa ou má? Gostaria de saber a opinião dos meus amigos.
Emília Pinto
Os supermercados são os palácios dos pobres Não são só os azarentos e os mal alojados, os que ao longo das gerações foram reduzindo os gastos da imaginação, que frequentam e, de certo modo, vivem o supermercado, as chamadas grandes superfícies.
As grandes superfícies com a sua área iluminada e sempre em festa; a concentração dos prazeres correntes, como a alimentação e a imagem oferecida pelo cinema, satisfazem as pequenas ambições do quotidiano. Não há euforia mas há um sentimento de parentesco face às limitações de cada um.
A chuva e o calor são poupados aos passeantes; a comida ligeira confina com a dieta dos adolescentes; há uma emoção própria que paira nas naves das grandes superfícies.
São as catedrais da conveniência, dão a ilusão de que o sol quando nasce é para todos e que a cultura e a segurança estão ao alcance das pequenas bolsas.
Não há polícia, há uma paz de transeunte que a cidade já não oferece.
Agustina Bessa-Luís, in 'Antes do Degelo'
PARABÈNS AGUSTINA!
Escolhi este texto para homenagear Augustina, porque o achei muito interessante. Na realidade as grandes superfícies têm tido uma grande influência no nosso modo de viver. Boa ou má? Gostaria de saber a opinião dos meus amigos.
Emília Pinto
quinta-feira, 1 de outubro de 2015
GOVERNOS ....
.....APOSTADOS EM ERRAR
Entre nós tem-se visto governos que parecem absurdamente apostados em errar, errar de propósito, errar sempre, errar em tudo, errar por frio sistema.
Há períodos em que um erro mais ou um erro menos realmente pouco conta. No momento histórico a que chegámos, porém, cada erro, por mais pequeno, é um novo golpe de camartelo friamente atirado ao edifício das instituições; mas ao mesmo tempo tal é a inquietação que todos temos do futuro e do desconhecido que cada acerto, cada bom acerto é uma estaca mais, sólida e duradoura, para esteiar as instituições
Toda a dúvida está em saber se ainda há ou se já não há, em Portugal, um governo capaz de sinceramente se compenetrar desta grande, desta irrecusável verdade.
Eça de Queirós, in 'Últimas Páginas'
E agora pergunto: Será que Eça morreu? Não sei....
Espero que ele apareça para votar no próximo Domingo.
Emília Pinto
Entre nós tem-se visto governos que parecem absurdamente apostados em errar, errar de propósito, errar sempre, errar em tudo, errar por frio sistema.
Há períodos em que um erro mais ou um erro menos realmente pouco conta. No momento histórico a que chegámos, porém, cada erro, por mais pequeno, é um novo golpe de camartelo friamente atirado ao edifício das instituições; mas ao mesmo tempo tal é a inquietação que todos temos do futuro e do desconhecido que cada acerto, cada bom acerto é uma estaca mais, sólida e duradoura, para esteiar as instituições
Toda a dúvida está em saber se ainda há ou se já não há, em Portugal, um governo capaz de sinceramente se compenetrar desta grande, desta irrecusável verdade.
Eça de Queirós, in 'Últimas Páginas'
E agora pergunto: Será que Eça morreu? Não sei....
Espero que ele apareça para votar no próximo Domingo.
Emília Pinto
Subscrever:
Mensagens (Atom)