terça-feira, 28 de abril de 2009

A VAIDADE COMO BASE DA SOCIEDADE...




Nada contribui tanto para a sociedade dos homens, como a mesma vaidade deles: os Impérios, e Repúblicas, não tiveram outra origem, ou ao menos não tiveram outro princípio, em que mais seguramente se fundassem: na repartição da terra, não só fez ajuntar os homens os mesmos géneros de interesses, mas também os mesmos géneros de vaidades, e nisto se vê dois efeitos contrários; porque sendo próprio na vaidade o separar os homens, também serve muitas vezes de os unir. Há vaidades, que são universais, e compreendem Vilas, Cidades, e Nações Inteiras; as outras são particulares, e próprias de cada um de nós; das primeiras resulta a sociedade, das segundas a divisão.


Matias Aires, Filósofo, 1705-1764, in 'Reflexões Sobre a Vaidade dos Homens e Carta Sobre a Fortuna'
PS....
Leia com atenção este texto.....da vaidade...se faz um povo....da vaidade se faz...uma inimizade...quando se sobrepõem.,..quando não escutam,...quando só a sua palavra prevalece.....
quando não dão espaço ao diálogo....surge a "DIVISÃO".
Herminia Coelho Lopes

1 comentário:

  1. Muito interessante, Hermínia. Como em tudo, há sempre os dois lados e o caso da vaidade não foge à regra; há a vaidade positiva, aquela que muitas vezes nos puxa para a frente, que nos faz sentir orgulhosos, vaidosos por uma atitude boa, um tarbalho bem feito etc.; depois temos o outro lado que é aquela vaidade negativa, exagerada que provoca divisão, inimizades e nos afasta dos outros.Andamos tão vaidosos com o que temos, tão « narizinhos empinados » com o que somos que nos tornamos pessoas insuportáveis aos olhos dos outros Beijinhos e até breve
    Emília

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