terça-feira, 25 de novembro de 2014

POVOS SEM SORTE




As pessoas podem sentir pena de um homem que está a passar por tempos difíceis, mas quando um país inteiro é pobre, o resto do mundo assume que todos os seus cidadãos são desmiolados, preguiçosos, sujos, tolos e desajeitados. Em vez de pena, provocam o riso.
 É tudo uma anedota: a sua cultura, os seus costumes, as suas práticas. Com o tempo o resto do mundo pode, parte dele, começar a ficar envergonhado por ter pensado dessa maneira, e quando olham em volta e vêem os imigrantes desse pobre país a esfregar o chão e a fazerem os trabalhos pior pagos, eles naturalmente preocupam-se sobre o que poderia acontecer se um dia estes trabalhadores se insurgissem contra eles
. Assim, para manter as aparências agradáveis, começam a interessar-se pela cultura dos imigrantes e às vezes até fingem que pensam neles como se fossem seus iguais.

 Orhan Pamuk


 Portugal é um país pequeno, pobre, um país de emigrantes aos quais  não conseguiu e ainda não consegue dar as condições necessárias para que vivam bem. Claro que fomos e somos "pisados" por aqueles que se acham superiores a nós, mas, será que nós portugueses não pisamos na nossa bandeira? Cada vez mais o nosso país é desrespeitado pelos seus filhos e, principalmente por aqueles que mais dele recebem e que, por isso deveriam dar o exemplo

Emília





 Pamuk é uma figura de proa na Turquia na defesa dos direitos políticos dos curdos, tendo sido processado em 1995 juntamente com outros escritores por publicarem uma série de ensaios muito críticos em relação ao tratamento dado aos curdos pela Turquia. Em 2005 Pamuk foi acusado de "insultar e desacreditar a identidade turca" numa entrevista concedida a Das Magazin, um suplemento semanal de vários jornais diários suíços. Na entrevista, o escritor afirmava que "ninguém se atreve a falar" do genocídio contra o povo arménio levado a cabo pela Turquia durante a Primeira Guerra Mundial e da posterior matança de 30 mil curdos. O caso foi levado à justiça turca, e Pamuk teve mesmo que prestar declarações em tribunal. Este caso suscitou grande polémica internacional e o romancista tornou-se conhecido um pouco por todo o mundo. Pamuk nasceu em Istambul em 1952 e cresceu em uma abastada família burguesa em declínio, uma experiência que ele descreve na passagem de romances seus como O Livro Negro e O Senhor Cevdet e Seus Filhos, bem como mais profundamente no seu Istambul: Memórias e a Cidade. Teve uma educação no Robert College da Turquia e passou a estudar arquitetura na Universidade Técnica de Istambul. Abandonando a escola de arquitetura três anos depois, tornou-se escritor em tempo integral e, em 1976, graduou-se noIntituto de Jornalismo da Universidade de Istambul. Dos 22 a 30 anos, Pamuk conviveu com sua mãe, escreveu seu primeiro romance e tentou encontrar uma editora para a publicação.

Emília Pinto

43 comentários:

  1. Os portugueses vão ter de acordar e aceitar que o seu futuro está em Portugal e não fora dele.

    Há que ir à luta e não nos acobardarmos...pensarmos bem no que queremos e em quem queremos para nos governar...caso contrário seremos os escravos da Europa!

    Orhan Pamuk tem razão!

    Beijinhoo.

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    1. É verdade, Lisa, temos que ir à luta e temos, acima de tudo, escolher bem na hora de escolher quem nos governará. Sempre voto e nunca fui capaz de o fazer em branco ou nulo. Tenho de concordar, no entanto, que está difícil a escolha ; não vai ser por isso que me absterei desse direito pelo qual tanto lutámos. Um beijinho, Lisa e tudo de bom.
      Emília

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  2. Querida amiga

    Nenhum país pode ser grande
    se não forem grandes os sonhos de seu povo.
    Estes sonhos residem nas terras em que se vive,
    e não em terras estrangeiras,
    e se não amamos e lutamos pela melhoria
    do lugar onde nascemos,
    dificilmente iremos encontrar o que desejamos
    em outros lugares, terras e povos.


    _________________________________

    A vida está onde os sonhos estão.

    ALUÍSIO CAVALCANTE JR.

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    1. O pior, Aluísio, é que há sempre alguém acima de nós que tenta a todo o custo impedir que os nossos sonhos se realizem. Os governantes, tanto daí, quanto daqui, nem sempre correspondem àquilo que deles esperávamos e a desilusão chega e a vontade de abalar também. Nem sempre dá certo, mas há casos em que o país natal fica no esquecimento para sempre. Beijinhos, amigo e muito obrigada pelo carinho.
      Emília

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  3. Mira como son las cosas querida Emilia, tengo varios amigos de mis hijos que emigraron a Portugal y estan viviendo y trabajando muy contentos.
    Cosas de la vida no???

    Cariños

    PD Emilia pon traductor asi esmas facil leerte

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    1. Antes de mais, Abuela, quero prometer-te que vou pedir ajuda ao meu filho para colocar tradução aqui no meu blog. Eu não sou capaz de fazer isso, mas creio que ele saberá.. Eu não aprendi espanhol, mas acho-o parecido com o português e consigo entender, mas será muito mais fácil para ti se eu tiver a tradução e por isso vou tentar, certo, amiga? Muito e muito obrigada. Gosto muito da sua vinda aqui e não quero que deixe de vir por não entender o português. Um beijinho e até breve.
      Emília

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  4. Oi Emilia!

    Triste fato!
    O povo precisa acordar pra realidade que esta vivendo, se não as mudanças, os sonhos, as transformações nunca virão. Não adianta sair pra canto algum. Precisam lutar pela melhoria em sua terra, seus Pais.
    Deixo um beijo e Punhados de sorriso!
    Ótima semana!

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    1. O país tem de contar com a sua " matéria prima ", o povo, para poder melhorar, mas, amiga, há alturas em que os governantes nos espezinham a tal ponto que não temos alternativa. No entanto, penso que cada um deve esforçar-se ao máximo para ajudar o seu país e tem o poder de voto para dizer " basta! ". Mas, o que acontece? Onde é obrigatório o voto, eles anulam ou votam em branco e onde não é obrigatório a abstenção é enorme. Quando não havia a possibilidade de eleger dos nossos governantes reclamava-se e agora, não fazem o devido uso dele. Com uma " matéria prima " tão fraca " não haverá produto final de qualidade. Smareis, desculpa a ausência, mas tenho cá uns amigos brasileiros e tenho que lhes dar atenção. Logo que possa far-te-ei uma visita. Obrigada, querida amiga e até breve. Beijinhos
      Emília

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    2. Desculpa, amiga..." a possibilidade de eleger os.... e agora não se faz o devido uso dela."

      correcções que teria de fazer, Smareis. Bjos
      Emília

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  5. Portugal não é um país pobre. Políticas erradas fazem dele um país pobre.
    Um abraço

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    1. Elvira, ser pobre não é vergonha nenhuma, o problema é quando se é " pobre de espírito " e é aqui que está a nossa pobreza, principalmente porque as tais " políticas erradas " só pensam em números e esquecem-se das pessoas; é a estas politicas erradas, a estes poderosos que só pensam neles e que nos " roubam " para encherem os próprios bolsos que me refiro quando digo que há aqui no país quem pise na nossa bandeira e isso, sim ´e que nos envergonha como país . Amiga, desculpa a ausência, mas, como viste mais acima, de novo tive cá amigos do Brasil e andei mais ocupada. Irei brevemente fazer-te uma visita. Um bom fim de semana. Beijinhos
      Emília

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  6. Temos que acordar... Mesmo entre nos ha quem pense que e superior...Temos que voltar a ter respeito por nos proprios e depois construir....
    Obrigada pela partilha...
    Beijos e abraços
    Marta

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    1. Pois é Marta, somos pisados aqui mesmo; não precisamos de emigrar para que nos faltem ao respeito e nos tratem como seres insignificantes; há patrões que não respeitam os trabalhadores, esquecendo-se que sem eles não são ninguém, há governantes corruptos, há até pessoas comuns que espezinham o semelhante. " Temos de acordar " , sim e começar a pensar melhor nas escolhas que fazemos. Obrigada, amiga e um bom fim de semana
      Emília.

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  7. Querida Emília

    Quanta verdade existe no texto que nos trazes, de Pamuk. Infelizmente, é o que se vê normalmente. Um povo que não se dá ao respeito, que não põe em primeiro plano os seus valores, arrisca-se a ser maltratado. E o pior, como bem referes, é que nem é preciso emigrarmos para verificarmos isso. O que mais nos magoa é que mesmo neste chão que deveria ser sagrado surgem espinhos, situações que nos levam a uma pobreza cada vez mais envergonhada. A pobreza que nos assola não é só económica mas também intelectual, uma pobreza de ideias quase generalizada.Parece que as boas ideias foram consumidas por um certo sistema económico-financeiro que tomou conta do mundo. E enquanto não houver uma reviravolta nesse campo, continuaremos assim, indigentes e pisados.

    Um bom fim de semana, amiga.

    Beijinhos

    Olinda

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    1. Muito obrigada, Olinda, pelo belo comentário. Com este texto quis referir-me mesmo a essa pobreza de valores, de ideais. O poder económico parece ter abafado por completo qualquer respeito pela dignidade humana. A cada dia novos casos de corrupção nos são noticiados de pessoas que mereceram a nossa confiança e que a desprezaram. Mas não precisamos de ir a níveis tão altos, porque em " cada esquina " encontramos pessoas que só pensam no dinheiro e passam por cima de qualquer coisa para o conseguir. Não somos pobres por causa dos emigrantes que, desgraçadamente se viram e vêem obrigados a abandonar a pátria para viverem dignamente; somos pobres pelas atitudes gananciosas de pessoas que enriquecem à custa do " pobre coitado " que muitas vezes não tem o que comer; são esses poderosos que nos envergonham e que fazem com que a nossa bandeira se cubra de negro. Um beijinho, Olinda e um bom fim de semana. Até breve!
      Emília
      Emília

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  8. O Brasil está me assustando muito, não sei no que se transformará. Estive em Portugal em 2011, amei Lisboa e adjacências, mas reconheço que todos passamos por penúrias, bjs

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    1. É verdade, Sonica, o mundo assusta, pois as guerras são cada vez em maior número e a fome avança em todo o lado. Não sei onde vamos parar.Quando voltar cá, avise-me para lhe mostrar o Norte. A semana passada tive cá dois casais brasileiros que conheci quando morei no Brasil e mostrei-lhes o norte de Portugal, pois não conheciam Terei todo o gosto em fazer o mesmo contigo. Beijinhos e muito obrigada pelo carinho.
      Emília

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  9. E como sempre eu desta vez venho como rena ajudante da mamãe-noel Lindalva e ñ cabo eleitoral
    Estou aqui para convida-lo a participar da votação das tags e das poesias. Estou participando,mas acho justo que ñ possamos dizer qual a nossa. Porém ficaria muito feliz se vc fosse onde esta acontecendo a festa e desse o seu voto com o coração.
    Podemos contar com vc?
    http://boas-festas-2014.blogspot.com.br/

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    1. Obrigada,Célia pelo convite. Irei com toda a certeza. Beijinhos e tudo de bom, amiga!
      Emília

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  10. O homem quando se coloca como superior ao seu semelhante, o que deixa pela frente é um rastro de miséria e destruição. Maravilhoso texto. Gostei do seu blog e estou te seguindo. Feliz noite.

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    1. Obrigada, Edith por ter vindo conhecer o Começar de Novo. Espero que venha mais vezes e que goste do que aqui se vai tratando. O problema é esse mesmo, o desrespeito pelo nosso semelhante e a a ganância em ter cada vez mais pisando em tudo e todos. Isso faz de nós gente pobre de espírito que causa infelicidade, " miséria e destruição à sua volta ". Obrigada pelo carinho da visita e fica bem.
      Emília

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  11. Aquela velha frase " cada um tem o País que merece " , não terá muito de verdade?

    Como exigir respeito quando não o praticamos por nós próprios ?
    Andamos zangamos . Com quem mostramos azedume com o vizinho do lado .
    Não há , ou se há é pouca , união . . .


    Um beijo , Emilia .

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    1. Claro que tem, Maria. As boas atitudes têm de partir de nós mesmos para podermos exigir dos outros. E depois temos o voto para " dar o troco " a quem nos desiludiu. Nota-se também pouca união e, " por que estamos zangados " com a situação isolamomo-nos só preocupados em resolver o nosso problema esquecendo-nos que há o outro ao lado, às vezes com problemas sérios e sem pão para dar aos filhos. Estou a achar os portugueses muito acomodados, parece até que já não acreditam em nada e que desistiram de lutar. . Não é nada bom isso, Maria. Um beijinho e muito obrigada pelo carinho
      Emília

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  12. Infeizmente, querida amiga, cada vez mais há povos sem sorte...
    Estamos a viver momentos muito complicados, em que o ser Humano
    pouco valor tem.
    É uma triste realidade, e parece que a nível individual, se está a ficar
    cada vez mais preocupado com o seu umbigo e indiferente ao resto.
    Desejo que se encontre bem.
    Bj.
    Irene Alves

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    1. Como disse na resposta acima, parece-me que os portugueses desistiram da luta e andam acabrunhados como se nada se passasse à sua volta.Os problemas são muitos e a fome começa a aparecer e pt, não há tempo nem motivo para olhar o outro. Só que isso est+a errado; somos seres sociáveis, não conseguimos nada sozinhos e por isso é cada vez mais importante darmos as mãos e lutarmos juntos. Um só não consegue nada. A união é mais do que nunca fundamental. Obrigada, Irene, pelo carinho da visita e desejo-te dias iluminados.. Beijinhos
      Emília

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  13. Boa tarde, a bandeira representa a historia de um povo, pessoalmente sou mais ligado à dignidade que povo tem direito, o governo português e o presidente da republica, revelam-se cada vez mais que o povo para eles são os bancários e os especulativos financeiros o resto ( a maioria) são números para estatísticas, que não tem direito à dignidade, morrer por falta de medicamentos não é considerado crime cometido pelo ministério da saúde, perder o direito habitação, reduzir o valor do vencimento aos funcionários públicos e reformados está dentro da legalidade, denegrir a educação publica a favor dos privados é correto, alunos que passam o dia com fome é normal, atc. etc, etc, para mim o meu pais e minha bandeira é onde me respeitam e me dão dignidade de vida.
    Mais podia escrever sobre os bandidos protegidos como um ex conselheiro de estado, consta que vive em Cabo Verde, submarinos irrevogáveis e...e...e....e...e.. muito mais....
    AG

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    1. Muito muito obrigada, António pelo comentário tão assertivo. O que quis dizer com o " pisar na bandeira " era precisamente o que aqui descreves. Estive muitos anos no Brasil depois daquela crise após 25 de Abril onde os empregados começaram a tomar conta das empresas e tudo foi abaixo. O País não estava a ser capaz de dar o mínimo de dignidade aos seus cidadãos os quais se viram sem emprego e sem grandes perspectivas. O Brasil deu-me tudo isso e agora digo que tenho duas pátrias, a Brasileira que me deu o que sou hoje e a Portuguesa aquela que me deu o ser. Muitos estão a ter de fazer aquilo que eu fiz nos meus 24 anos de idade, mas vão com o coração partido, porqie este governo está a ser muito pior do que aquele que me forçou a ir; nesse tempo o motivo foi uma causa nobre, o derrube da ditadura e a criação da democracia, mas agora, é puro desrespeito pelo povo, principalmente pelos mais fracos. O que mais me encantou quando voltei do Brasil foi a grande qualidade do ensino público e da saúde e agora, com muita pena vejo tudo isso a desmoronar . E muito mais teria a dizer-te em resposta ao teu lamento, mas, também não é preciso, pois interpretaste muito bem a minha mensagem e " assino em baixo " tudo o que dizes. Mais uma vez, muito obrigado. Um beijinho e até sempre!
      Emília

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  14. Entendo o que você sente, Emília. Aqui no Brasil, a situação ainda é pior.
    Beijo!

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    1. Como penso que sabes, Shirley, considero-me com duas pátrias a portuguesa e a brasileira, pois vivi aí muitos anos e os meus filhos são brasileiros; voou aí com relativa frequência, pois meus pais e irmão continuam no Brasil. Sei o que acontece nesse maravilhoso país e sei também que não está melhor que o nosso, principalmente no que se refere à violência. pensei que o povo brasileiro escolhesse a mudança nestas eleições e esteve por muito pouco, mas...tudo ficou igual. Acho que os mesmos governantes durante muito tempo não é nada bom, mas também penso que as mudanças assustam e foi isso o que aconteceu com o povo brasileiro. Mas o Brasil é grande, amiga e tenho a certeza que vai encontrar o caminho. Muito obrigada pela visita e vamos lá...mantenhamos a esperança!
      Emília

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  15. Interessante coincidência... Estou a ler um livro que fala do genocídio contra o povo arménio praticado pelos turcos. Tem pormenores de arrepiar...
    Mas... atenhamo-nos ao principal - o nosso país, e o seu lamentável estado.
    Este tema daria "pano para mangas", e seria muito interessante debatê-lo sentado a uma mesa de café, saboreando uma fumegante chávena de café... :)
    Isto porque, infelizmente, por muito que reconheçamos "os podres" de que sofre o nosso país, nós, simples mortais, pouco mais podemos fazer do que falar sobre o assunto, já que, quem tem o poder de decisão... há muito deixou de tomar decisões que de facto interessem ao povo.
    Dei uma olhada aos comentários acima (forçosamente rápida) - disponho de pouco tempo porque acumulei afazeres... e estou a ficar "com a corda na garganta :))) - e noto que a insatisfação é geral, o que não constitui surpresa.
    A Maria (Lilazdavioleta) , em poucas palavras diz uma grande verdade - nós não nos respeitamos a nós próprios.
    Perdemos a noção de dignidade, invertemos os valores dignos desse nome, estamos dando razão à velha máxima: "cada povo tem o governo que merece".
    Minha querida, é melhor ficar mesmo por aqui. Qualquer dia organizamos aí um colóquio para debater estes assuntos... :)))
    Enquanto isso não acontece... desejo-te um bom fim de semana, que está anunciado como muito frio. Cuidado, portanto!

    Beijinhos
    Mariazita
    A CASA DA MARIQUINHASMariazita
    genocídio contra o povo arménio

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    1. Mariqazita o José odrigues dos Santos escreveu dois livros, sendo o segundo a continuação do primeiro. Com certeza conheces, O Homem de Constantinopla e Um Milionário em Lisboa. Trata da vida de Kalouste Gulbenkien (pode estar mal escrito???? ) e fala precisamente desse genocídio do povo Arménio também com" pormenores de arrepiar " O Gulbenkie era Arménio e teve que fugir. . Quanto ao colóquio numa mesa de café, seria uma maravilha, amiga. Como já deves ter percebido gosto de discussão de temas interessantes e seria fantástico um dia podermos conversar. Quem sabe?
      Referindo-me agora ao nosso " pobre país "na realidade por muito que queiramos e tentemos fazer, não resolvemos nada, porque os nossos " superiores " aqueles que escolhemos para nos dirigiram deixam-nos de " mãos atadas " e além disso.tiram-nos até a esperança de que as coisas melhorem. É só corrupção, cortes nos mais pobres e os grandes sempre com as mesmas mordomias. Não vimos nada sobe cortes nas gorduras do estado, ou melhor, infelizmente vimos, porque eles consideram que as gorduras são os funcionários públicos e os reformados. Carrões, viagens, deputados com imensas regalias são necessários e por isso há que continuar com elas. Enfim, amiga, como bem dizes há" pano para mangas " neste assunto e o melhor é deixá-lo para o tal " colóquio ! Fica bem e muito obrigada pela contribuição dada a este " debate "
      Emília, Beijinhos
      Emília

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  16. O genocídio do povo arménio está à altura do genocídio do povo palestiniano, infelizmente!


    E quem não se lembra da tragédia dos Grandes Lagos ?
    O que choca é a cínica indiferença da comunidade internacional e a sua dualidade de critérios.

    O drama português é o de nunca ter tido elites capazes de ver mais longe do que o seu nariz...e pessoas que foram mais além da estreiteza habitual de horizontes, pagaram-no caro.

    Infelizmente, tudo está a piorar...

    Abraço , amiga

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    1. Houve vários genocídios e, infelizmente continua a haver. O mundo achou que atrocidades como a da guerra mundial não voltariam a acontecer, mas enganou-se. pois elas continuam por todo o lado; não se voltou a a usar a bomba atómica, mas mas penso que estamos todos com muito medo que ela seja de novo lançada. Enfim...como bem dizes, " tudo está a piorar " não só no nosso País mas, também no mundo inteiro. Um beijinho, São e muito obrigada pela visita. Uma bela semana
      Emília

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  17. OI EMILIA!
    É DIFÍCIL MESMO TERMOS DE CONVIVER COM DESMANDOS.
    ABRÇS
    http://zilanicelia.blogspot.com.br/

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    1. Tens razão, Zilani, temos de " conviver com os desmandos" e o que mais irrita é que fomos nós que escolhemos esses governantes que só pensam neles mesmos. A única coisa que podemos fazer é não voltar a votar neles, mas, infelizmente, olhamos para o lado e não vemos alternativas. Obrigada, amiga e uma bela semana. Beijinhos
      Emília

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  18. Grande verdade amiga, não podia estar mais de acordo com essas tuas palavras!

    Bjxxx

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    1. Obrigada, Isy.. Vamos lá ver se o espírito de Natal ilumina a mente dos que estão acima de nós para que eles comecem a olhar para o povo como gente e não como números. Não tenho grandes esperanças, amiga! Beijinhos e um feliz Natal.
      Emília

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  19. Houve genocídios que foram "convenientemente" esquecidos. O do povo arménio foi um deles.
    Magnífico post.
    Boa semana, querida amiga Emília.
    Beijo.

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    1. O mal é esse, Nilson, esquece-se porque convém aos poderosos e por isso é que eles continuam e as grandes potências nem sempre os vêem, a não ser que haja alguma riqueza por lá que lhes interesse. Lamentável, amigo. Obrigada pela visita e espero que esta quadra de Natal seja de luz para ti e para os que te são queridos. Um beijinho
      Emília

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  20. Oi Emília, quero, em primeiro lugar, agradecer-te pela visita e pelo comentário que fizeste em meu blog, gostei muito.
    Quanto a situação de Portugal, lamentavelmente acontece com a esmagadora maioria dos países da Europa. Sabemos da existência de uma superestrutura econômica formada por grandes conglomerados empresariais financeiros que atualmente comandam a sociedade em escala mundial. Essa é que é a dura e difícil realidade a ser enfrentada. Se formos olhar a História da Humanidade através dos tempos, veremos claramente que a humanidade caminha a passos muito lentos, mudar demanda muitas lutas, muitas batalhas. E às vezes o que é mudança para uns é retrocesso para outros, dependendo dos interesses de cada um. E muitas vezes aparecem oportunistas com discurso de "mudança" para que tudo volte a ser o que antes eles comandavam. O tema é rico e fascinante, demandaria longas e profundas discussões!

    Um beijo, amiga

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    1. E o teu comentário muito contribui para este " debate " e é pena que não possamos conversar sobre este e outros temas, sentadas a uma mesa de café tomando um chá quentinho, ou, no teu caso um bom suco de fruta geladinho. Muito obrigada, Cirandeira e, já que não pode ser de outro modo, vamos, através dos blogs, refletindo e discutindo as mudanças tão necessárias na mentalidade humana, mudanças essas que se vão fazendo, mas " a passos muito lentos ". Quero aproveitar a oportunidade para te desejar um Feliz Natal e, agradecer-te o carinho que tens dedicado ao começar de Novo. Ainda nos " veremos " por aí, com toda a certeza. Fica bem. Um beijinho
      Emília .

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  21. Querida Emília

    Vim desejar-te um bom final de dia, friozinho mas mesmo assim agradável.
    Também agradeço-te as visitas e os comentários tão oportunos no XailedeSeda.

    Beijinhos

    Olinda

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    1. Tem estado muito frio, sim Olinda, mas, pelo menos o sol tem aparecido e isso para mim é muito importante. Gosto de sol. Obrigada, querida amiga por teres voltado aqui. Com toda a certeza ainda voltarei ao teu Xaile, mas desde já te desejo uma quadra natalícia cheia de lua. Beijinhos
      Emília

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