Entremos, apressados, friorentos,
numa gruta, no bojo de um navio,
num presépio, num prédio, num presídio,
no prédio que amanhã for demolido…
Entremos, inseguros, mas entremos.
Entremos, e depressa, em qualquer sítio,
porque esta noite chama-se Dezembro,
porque sofremos, porque temos frio.
.
Entremos, dois a dois: somos duzentos,
duzentos mil, doze milhões de nada.
Procuremos o rastro de uma casa,
a cave, a gruta, o sulco de uma nave…
Entremos, despojados, mas entremos.
Das mãos dadas talvez o fogo nasça,
talvez seja Natal e não Dezembro,
talvez universal a consoada.
–
David Mourão-Ferreira, em ‘Cancioneiro de Natal’
Queridos Amigos, com este belo poema, deixo votos de que tenham um Natal sereno, alegre, com a família reunida e que o novo ano nos traga a todos saúde e a esperança de que algum dia
" Das mãos dadas talvez o fogo nasça, talvez seja Natal e não Dezembro, talvez universal a consoada
Emília Pinto

Poerma belíssimo,Emilia!
ResponderEliminarRetribuo teus votos de um abençoado e lindo Natal, daqueles de verdade que nasce nos corações! E que a magia nos acompanhe pelo novo ano que logo chegará!
Beijos, tuuuuuuuuuuuudo de bom,chica
Um belíssimo poema para celebrar uma data tão Especial.
ResponderEliminarO verdadeiro espírito de Natal vive nos gestos simples, nos sorrisos sinceros, nos abraços apertados, na mão que se estende, nas palavras de carinho, amor e amizade.
Querida amiga, desejo para si e para a sua família, um Feliz Natal🎄recheado de alegria, saúde, paz e amor e um excelente Ano Novo 🎉
Beijinhos