terça-feira, 15 de setembro de 2015

APRENDER A VER....





... habituar os olhos à calma, à paciência, ao deixar-que-as-coisas-se-aproximem-de-nós; aprender a adiar o juízo, a rodear e a abarcar o caso particular a partir de todos os lados. Este é o primeiro ensino preliminar para o espírito: não reagir imediatamente a um estímulo, mas sim controlar os instintos que põem obstáculos, que isolam.
Aprender a ver, tal como eu o entendo, é já quase o que o modo afilosófico de falar denomina vontade forte: o essencial nisto é, precisamente, o poder não «querer», o poder diferir a decisão. Toda a não-espiritualidade, toda a vulgaridade descansa na incapacidade de opor resistência a um estímulo tem que se reagir, seguem-se todos os impulsos. Em muitos casos esse ter que é já doença, decadência, sintoma de esgotamento, — quase tudo o que a rudeza afilosófica designa com o nome de «vício» é apenas essa incapacidade fisiológica de não reagir— Uma aplicação prática do ter-aprendido-a-ver - enquanto discente em geral, chegar-se-á a ser lento, desconfiado, teimoso.
 Ao estranho, ao novo de qualquer espécie deixar-se-o-á aproximar-se com uma tranquilidade hostil, — afasta-se dele a mão. O ter abertas todas as portas, o servil abrir a boca perante todo o facto pequeno, o estar sempre disposto a meter-se, a lançar-se de um salto para dentro de outros homens e outras coisas, em suma, a famosa «objectividade» moderna é mau gosto, é algo não-aristocrático par excellence.


 Friedrich Nietzsche, in "Crepúsculo dos Ídolos


Sempre disse  ( continuo a pensar da mesma maneira ) que gosto das pessoas que dizem o que pensam e, como também já afirmei aqui muitas vezes, considero-me " um livro aberto " uma pessoa frontal que sempre diz o que pensa. No entanto, com o passar dos anos aprendi que nem tudo se pode dizer e, principalmente, que  há maneiras delicadas de mostrar aquilo que pensamos.


Emília Pinto

24 comentários:

  1. Um texto filosófico.
    Aprender a viver,a ver a pensar e a reagir com paz,muita paz, fruto de um interior amadurecido no amor

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    1. Olá Luis. Claro que devemos ser sinceros, dizer o que pensamos, mas muitas vezes fazemo-lo duma maneira agressiva, de impulso e acabamos por magoar as pessoas. Obrigada plea visita, amigo. Uma boa semana e até breve. Um beijinho
      Emília

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  2. Com o passar dos anos aprendemos imensas coisas, amiga. Aprendemos a dar valor ao que dantes não dávamos importância, e a não dar importância a tanta coisa que nos levou noutros tempos a esforços e ao desespero.
    Um abraço

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    1. Disseste uma boa verdade, Elvira! Se pensarmos bem, chegamos à conclusão de que não valeram a pena preocupações que tivemos no passado, tantas vezes por coisas sem importância, mas só o amadurecimento foi capaz de nos levar a essa conclusão. É nossa obrigação, depois de tanto caminho percorrido sermos mais sensatos dando importância àquilo que realmente importa. Amiga, muito obrigada pelo carinho da visita e brevemente far-te-ei uma visita. Um beijinho
      Emília

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  3. A sermos mais discretos, a ponderar cada palavra e procurar uma forma educada de dizer o que pensamos. Hoje tive um momento complicado e achei que a melhor forma de lidar com a situação era não me manifestar. A outra pessoa é tão arrogante e malcriada que dizer qualquer coisa agravaria ainda mais a situação. Obrigada pela partilha do texto.
    Beijos e abraços
    Marta

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    1. Há alturas, Marta, em que é melhor não abrir a boca. Sei que, perante determinadas situações não agir é muito difícil, mas é o mais sensato. Tenho certa dificuldade em não me manifestar, mas às vezes já consigo , afastando-me para não me envolver. Obrigada, amiga e fica bem. Um beijinho
      Emília

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  4. Sempre fui muito frontal. Agora prefiro ouvir e guardar, para mim ,a minha opinião.

    Tenho a certeza que são o passar dos anos que nos dão sabedoria....estou perto dos 70 e sem vontade de conflitos...dantes ninguém me calava!

    Beijinhos.

    Elisa

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    1. Também tenho essa certeza, Lisa! Agora sou mais sensata e aprendi a " calar-me ".Continuo a ser frontal e sincera, mas só com quem merece que o seja. Há pessoas que só merecem que digamos " amén " e isso quando não conseguimos fugir delas. Amiga, espero que estejas bem e muito obrigada pelo carinho. Um beijinho
      Emília

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  5. Este texto (e muitos mais do autor) vale a pena ler e reler.
    Minha amiga, obrigado pela partilha.
    Emília, tenha uma boa semana.
    Um abraço.

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    1. É verdade, Jaime, há certos assuntos que temos de " ler e reler "e depois disso neles refletir. Há tanta coisa ainda para aprender, não é amigo? Obrigada pela visita e fico feliz que tenha gostado. Um beijinho e até breve
      Emília

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  6. Pois é Emília: vivendo e aprendendo!
    Eu já fui de "não levar desaforo pra casa".
    Hoje, com tantas décadas de vivência, reflito mais antes de falar.
    Não vale à pena, criar conflitos, discordando, criticando e tal...é
    preciso prudência, para que haja harmonia nas convivências entre
    amigos, colegas, familiares, "socialmente",em lugares públicos.
    Boa escolha, esse texto, para se pensar...
    Um beijo, com carinho (e saudade!),
    da Lúcia

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    1. Pelo menos, Lúcia, temos a obrigação de aprender com a vida porque também se diz que ela é a nossa melhor escola.Sendo assim, muita coisa vai mudando na nossa maneira de pensar e agir; nem sempre é para melhor, mas se formos " bons alunos " com certeza seremos seres humanos cada vez melhores. Também eu, amiga, agora " já levo algum desaforo para casa "; fui aprendendo que há situações em que não vale a pena sequer dar a nossa opinião e em outros casos o assunto é tão sério que merece reflexão antes que a boca se abra..
      Já matei as saudades que tinha de me sentar na tua confortável cadeirinha e já lhe prometi que não a deixaria vazia por tanto tempo; pode ser presunção minha, mas achei que ela também já sentia saudades. Lúcia, um grande abraço e um bom fim de semana
      Emília

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  7. Este comentário foi removido pelo autor.

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  8. Nunca deixei de dizer o que penso a quem quero.

    Claro que paguei o preço, mas não me arrependo!

    Beijinhos e que o teu Outono seja muito feliz, amiga :)

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    1. São, também paguei o preço por ser frontal e dizer o que pensava, mas agora sou mais comedida; continuo a dizer o que penso só que às vezes, quando acho que a pessoa não merece a minha sinceridade, fico calada. Há gente que prefere o " politicamente correcto " e ficam " danadas " com a sinceridade; com essas eu calo-me e sempre que posso evito-as. Um beijinho, amiga e um bom fim de semana
      Emília

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  9. Bom dia, querida amiga :)

    Não quis deixar passar mais tempo sem voltar a este cantinho tão agradável, que nos convida à reflexão. Há dias estive aqui e quando estava para começar o meu comentário este menino, o meu portátil, resolveu fazer uma das suas fitas. Preciso substitui-lo, só me faz passar "vergonhas".:)))

    Este texto chama-nos a atenção para a necessidade de pesar os prós e os contras antes de emitirmos a nossa opinião. É certo que nem sempre isso é possível pois há situações em que a nossa impulsividade grita mais alto, como quando as coisas nos atingem mais de perto ou porque gostamos de dizer da nossa justiça mesmo, por vezes, magoando os outros com a nossa sinceridade.
    Penso que, para tudo, é preciso ter bom senso. Não vem mal ao mundo se aquilo que deixamos de dizer, por desnecessário, não prejudica ninguém. Há uma circunstância que respeito muito: a de partir do princípio de que aquilo que vejo pode não corresponder à realidade.Costuma-se dizer que poderá haver uma terceira verdade, a da pessoa de quem se fala.

    Na citação acima, Maria Mitchell exorta-nos para a arte de aprender a ver e para a arte de aprender a "não ver o que não existe". E isso é fundamental. Não se trata de deixarmos de ser verdadeiros, mas de criar em nós uma sensibilidade capaz de entrar na pele do outro e de tentar ver o que não é perceptível à primeira vista.

    Querida Emília, desejo-te um bom fim de semana. Obrigada pelas tuas visitas ao Xaile e pelos teus preciosos comentários.

    Beijinhos
    Olinda

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    1. Não te preocupes, querida Olinda, pois eu sei que se não apareces, algo te impede de o fazer. As máquinas hoje em dia são " muito inteligentes ", mas falham; se nós falhamos, por que não elas?. Gostei da " terceira verdade " e esquecemo-nos dela com frequência; ouvimos isto ou aquilo de determinada pessoa e começamos logo a tirar as nossas conclusões sem nos preocuparmos em ouvir a versão da pessoa visada: temos a " nossa verdade, a verdade de quem nos contou, mas falta a tal terceira verdade, ouvir o que diz o personagem principal. Uma das coisas que tenho tentado fazer é não tirar essas conclusões precipitadas. Ainda há dias em duas conversas com amigas ( não as mesmas ) sobre pessoas diferentes, eu vi-me a dizer " bem...nós não conhecemos suficientemente bem nem a família nem o caso, por isso o melhor é não tomarmos partido; ouve-se de um lado uma coisa e do outro precisamente o contrário. Quem tem razão, quem fala verdade não sabemos, por isso o melhor é não acusar este ou aquele. Claro que a tendência é tomarmos partido pelo lado que nos diz mais, que é mais ligado a nós, mas temos de ter o tal " bom senso " para não cometermos injustiças. Aliás, a vida dos outros, principalmente quando não nos afeta, não nos diz respeito.Olinda, muito obrigada pela visita e pelo comentário assertivo, como sempre. Beijinhos e uma boa semana
      Emília

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  10. Olá, Emília!

    Espero e quero k te encontres bem, tal como a tua família. Eu, satisfatória, graças a Deus.

    Já sei k não me posso alongar mto, pke o sistema só permite 4.096 caracteres. Até sei o número de cor, vê tu bem, pke, muitas vezes, já experimentei essa sensação mto desagradável, k é escrever com empenho, vontade e verdade, e zás, não pode passar, pke tem "peso" a mais. Que amargo de boca! Qtos sapos eu tive já de engolir!

    Pois, o filósofo que escolheste é dos k mais aprecio, e tu nem imaginas, ou talvez imagines, o k eu teria para dizer dele, mas antes vou comentar a frase de Maria Mitchell, k tem k se lhe diga. Aprender a ver, não observar, mas ver, não é tarefa nem fácil, nem k esteja ao alcance do comum mortal. Ver, implica ter critério de análise, pôr "o coração ao largo" e "cortar a direito", caso seja necessário. Evidente k poucos, mto poucos o fazem, e neles me incluo.
    "Não ver o que não existe". Bem, isso depende do "ângulo" de visão e da opinião de cada um, e aquilo k para ti pode ser azul, para mim, pode ser cinzento, e mais: eu acho k determinada pessoa foi, diretamente, insultuosa, tu, pelo contrário, dizes-me: não notei nada disso, bem, o oposto. Então, onde está o ver ou não ver no k existe ou não existe? E ficamos, por aqui, não é, minha querida?

    Em relação ao excerto k escolheste de Nietzsche, que não é fácil de dissecar, pke as teorias deste filósofo, contrariaram, mtas vezes, as suas práticas, mas o homem era de carne e osso, portanto, tinha direito a ter virtudes e defeitos, e se na perspetiva dele existisse Deus, ora, "por que carga de água" ele não seria, tb, um deus, menor, mto menor, com certeza, afirmo eu.

    Estou, inteiramente, de acordo com o teu texto, logo abaixo do excerto, onde nos dizes k o avançar da idade é um excelente mestre. Boa! Na mouche! Peço desculpa, mas como és de Germânicas, talvez ficasse(m) bem aqui, neste contexto, estas "bengalas" de linguagem em Inglês e Alemão, mas eu não sei como se diz(em) nesses idiomas. Sorry!
    Mas, estou aqui a pensar com os meus botões k, qdo era mais teen, era mais calada, "aceitava" o k me impingiam, não contradizia nada nem ninguém. Agora, estou mto diferente, dizem-me e digo eu, tb. Continuo reservada, mas qdo as tenho k "atirar", lanço-as, de forma refinada e com um sorriso. Evidente, k o outro lado, fica um tanto desarmado e sem saber bem o k pretendi dizer, se sim, se não.

    Voltemos ao nosso "homem"! Alemão, de nacionalidade, do século XIX, filho e neto de pastores luteranos, e ainda esteve para ser pastor, tb, mas achou k esta história das religiões era tudo uma aldrabice e o desejo pelo poder era a base deste cosmos. Se calhar, a "criatura" até tinha razão. Já pensaste?

    Dizia ele que o nosso entendimento, as noções k devemos ter, não se obtêm lendo só os livros, portanto, escola, espaço fechado, mas sim com voos, derrapagens, escaladas, saltos e danças. Acho, mais uma vez, k ele tinha e tem razão.
    Outra k ele dizia era: o homem é filho do húmus. Então, não é k eu acho k, para além de ser uma bonita metáfora, é, tb, verdade, se bem k há húmus e húmus.
    Filólogo, filósofo, poeta e compositor. Mto viajado, mas parava pouco tempo no mesmo local e na mesma atividade. "Feitios"!
    Morreu cedo, com 50 e poucos anos, com cancro no cérebro, proveniente, dizem alguns, de uma sífilis (olha, o maroto. Então, pra k lhe serviu tanta cabeça, tanta inteligência?). Os ataques de loucura eram frequentes e foi a mãe e depois sua irmã k dele cuidaram até à sua morte.

    Deixou uma grande obra, um grande espólio, mas "Assim falava Zaratustra", foi, sem duvida, uma das mais importantes e influentes.

    Bom domingo e melhor semana. Qdo não tiveres nada pra fazer, passa pelo meu blogue. Thanks!

    Beijos.

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    1. Não sei como vai ser, Céu, um " testamento " a ser respondido por outra pessoa com tendência para " testamentos "!!!!. O nº é elevado, dá para muitas letras, mas mesmo assim há que ter cautela..
      Quando digo que a vida nos ensina, no meu caso a ser mais cautelosa, também serve para casos como o teu. Eu sempre fui reservada, mas com o " coração perto da boca " como se costuma dizer e a minha impulsividade me trazia alguns transtornos. Agora, eu continuo a ser sincera, mas sáo com quem merece. Há pessoas que não estão dispostas a ouvir a nossa opinião sincera e quando a ouvem, zangam-se e depois dizem " cobras e lagartos" de nós; Com essas limito-me a dizer " amén " ou então calo-me fazendo de tudo para não mais me sentar com elas a conversar. Há AMIGAS que gostam de sinceridade, gostam que mostremos a nossa opinião e então essas são as que merecem a minha frontalidade.. É natural que tu agora tenhas coragem para dizeres o que pensas e não a tenhas tido quando eras mais nova; não sei a tua idade, mas na minha adolescência, a liberdade para dizermos o que pensávamos era pouca, tanto em casa quanto fora; havia certas coisas que eram proibidas mesmo dentro de quatro paredes, Com o tempo foste amadurecendo , ganhando segurança e isso fez de ti uma pessoa mais corajosa, mais liberta de amarras, de preconceitos
      .Há uns tempos uma amiga minha , numa conversa de café perguntou-me: " não achas que F.... está diferente? Não sei...mas parece-me que de ve andar zangada ". Eu disse-lhe que não me parecia nada, que a achava igual, talvez um pouco mais triste. Isto para te dizer que na verdade é difícil " não ver o que não existe "; isso depende, como bem dizes do " ângulo "de visão de cada um. Quanto ao nosso amigo aqui do texto, é muito natural pregar uma coisa e fazer outra, aliás, é o que mais se faz. Também está certo, na minha opinião, no que se refere às religiões. O dinheiro manda muito e, infelizmente, na religião também. Valha-nos agora o papa Francisco que está a dar lições de humildade a todos os setores da Igreja e à comunidade em geral.
      Homem filho de humus? Sabes que tem toda a lógica? Infelizmente está às vezes tão desprovido de essência que não é capaz de contribuir para que algo de bom floresça à sua volta.. Mais uma vez tenho de concordar com ele no que se refere aos ensinamentos da vida aqueles que na realidade nos ensinam mais do que os livros; é com as quedas que aprendemos a ter cuidado com os passos que damos.
      Amiga, tenho de te agradecer a tua vinda aqui, não só pelo complemento que dás às mensagens, mas principalmente porque a lição é boa e gratuita. Fico sempre a saber muito com os teus comentário. E, já me esquecia...achas que sei como substitui " na mouche " pela correspondente germânica? Não, não sei!.. Ficamos, pt com o " na mouche ", certo?. Beijinhos e uma boa semana, satisfatória, melhor dizendo.
      Emília

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  11. Ainda estás acordada, Emília? Eu estou e bem, e com o comentário/reflexão, k deixaste no meu blogue, k já li, na diagonal, na vertical, linha a linha, ponto por ponto, fiquei não inquieta, mas pensativa. Tu, de facto, tens imensa razão. Nós corremos atrás de coisas tão simplórias, falamos delas e são tema de poema, qdo lá fora há um mundo à nossa espera, um céu azul e flores k nos olham e nos querem beijar.
    Nunca fui dada, nem destinada a sofrer por amor, mas tenho coração com sentimentos.

    Não interpretes este poema, à letra, pke tu também tiveste Português na Faculdade, e interpretar, como sabes, pode variar de pessoa para pessoa.
    Este poema tem a sua origem, a sua fonte, mas como percebeste, e sem qualquer ponto de lamechice, sou "eu" k me coloco na "berlinda", argumentando, uma série de factos, k o visado até pode achar k nada daquilo é verdadeiro. E eu "rarada"!

    Evidente k o "meu" hipotético amor, respondeu-me, pediu-me tão branda e suplicantemente, e é ele que não consegue desligar-se de "mim" e k me pede k o alforrie daquele calvário, k é estar tão preso e apaixonado por mim. Ora, sinopse feita, creio k estamos em sintonia.

    Boa semana e dorme em paz.

    Beijos.

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    1. Obrigada, Céu, por teres voltado aqui. Já tinha desligado o computador, mas de manhã vi. Sempre que uma pessoa lê um texto escrito por outra, principalmente se for poético é completamente impossivel interpretá-lo " à letra " até porque muitas vezes o que lá se expõe não é real; alguma coisa motivou esse poema ou esse texto, mas, pelo menos para mim, é sempre difícil traduzir em palavras a emoção de quem escreve.Leio e depois deixo que a minha alma deite cá para fora o sentimento que nela se interiorizou; às vezes é difícil, porque as metáforas são muitas e, claro, só saberia traduzi-las assertivamente se elas fossem minhas. E só um " coração com sentimentos " pode escrever coisas tão belas, Céu, palavras que " calam fundo " e que, verdade seja dita....difíceis de comentar; temos que " ler nas entrelinhas " e mesmo assim....
      E penso que agora já chega; Já imaginaste, as duas, sentadas num café a conversar? Bem que o sol desaparecia e nós ali....
      Beijinhos
      Emília

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  12. Belíssima postagem! Como todas , Emília.
    E nem sempre se pode dizer tudo o que o coração sente. A não ser para os bem-intencionados na vida. Aprende-se com o tempo, a dosear as palavras, medindo atitudes que por espontâneas tantas vezes falam e até no atraiçoam.
    Mas sincera, sempre. Apenas omitir opiniões para não se receber abanões...
    O tempo nos ensina quase a ser frugais, na exteriorização das emoções.
    Enorme abraço!

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    1. Obrigada, Manuela pelo carinho! Palavras simpáticas sempre, mas...sinceras, sim!
      Temos mesmo que " omitir opiniões " para que os " abanões " não nos derrubem. Nem sempre vale a pena dizer o que pensamos e nem nos devemos sentir obrigados a opinar sobre tudo. Como diz o autor " podemos não querer ". Beijinhos Manuela e votos de que estejas bem e os teus dias sejam " satisfatórios " como sempre diz a nossa amiga Céu.
      Emília

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  13. acho que é 1ª vez que vejo um blog consciente, bem escrito, serio e que tem uns comentarios do mesmo teor, da mesma estirpe,do mesmo naipe. Muito bom .
    Otimo blog.

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