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Entre gargalhadas que provocam com o seu bom-humor, vão falando das transformações sofridas, tanto a nível físico como mental, aquela dor nas pernas, a coluna que, ao menor esforço já se queixa, a perda de amigos, quer por morte, quer por outras circunstâncias da vida de cada um, aqueles esquecimentos incomodativos e tantos outros transtornos que a idade traz
Depois vêm os lamentos por tantos erros cometidos, sempre um culpando o outro. as dores sofridas, principalmente aquela terrível, causada pela morte do filho na piscina de casa, um descuido que nenhum deles quer assumir como seu.
São muitas as reflexões que fazem sobre cada sucesso, cada caída, cada ameaça de separação feita em momentos mais difíceis e a imensa felicidade com a chegada dos filhos e consequentes mudanças na vida de cada um.
Mas é a mãe que mais se questiona sobre a maternidade; a prioridade começa a ser os filhos e muito dos seus sonhos ficaram para trás, assim como a carreira. Teria que ser assim? Claro que não! Mas, foi e, apesar disso, não se arrepende. Teria feito diferente se pudesse voltar atrás? Tentaria, pelo menos....
E, com esta peça de teatro, DOIS DE NÒS, António Fagundes, Cristiana Torloni e um outro casal de actores, mais desconhecidos para mim, com a sala cheia, aqui em V.N. de Famalicão, na nossa Casa das Artes, deixaram-nos alegres, bem dispostos e com uma forte mensagem...viver é uma arte, mas saber envelhecer é um aprendizado constante.
Os problemas são muitos. a todos os níveis, mas é preciso ter em mente que os anos trazem-nos sabedoria, sensatez e mais humanidade; passamos a ver as coisas com outros olhos, a dar valor ao que realmente importa e deixar para trás aquelas pequeninas coisas que tanto nos atormentavam, mas que agora não passam de pequeninas curvas numa estrada reta ladeada de lindas flores
Revi-me nesta peça, meus Amigos....
Obrigada, António Fagundes, Cristiane Torloni e restante elenco pelo tanto que nos ensinaram nesta peça, pela boa disposição e, principalmente, pelo cheirinho tão gostoso que me trouxeram do meu querido Brasil.
Amigos, têm sido tantos os espetáculos aqui em Portugal e também no Brasil que com certeza já conhecem a peça; gostaria de saber a vossa opinião sobre ela. Pode ser ? Obrigada!
Emília Pinto

Opinião sobre a peça não posso dar-te porque não a vi, embora eles tivessem aqui estado no Porto.
ResponderEliminarO tempo não tem estado convidativo a saídas, mas fizeste bem em ter assistido.
Ouvi, na TV, o António Fagundes falar, acerca da peça, creio que numa entrevista à Julia Pinheiro, como sempre, acompanhado pela sua jovem esposa..Achei a a actriz Cristiane Torloni bastante envelhecida..a morte do filho, tem sido algo que não consegue ultrapassar... Enfim, a vida continua e a representação é o seu ganha-pão...
Um beijinho, Emilia, boa semana
Passei-te à frente, Janita, mas,....sabes como é ...os olhinhos não são os mesmos e nem a cabecinha,,,
EliminarSabes, eu não consegui ver de perto a Cristiane Torloni, porque fiquei na última fila; eles ficaram cá 3 dias, sempre com casa cheia; só consegui assistir porque uma amiga da minha filha tinha comprado bilhetes para os pais que tiveram um problema e ela disponibilizou-nos os bilhetes. Mas, claro, Amiga, a morte de um filho deixa marcas para sempre. Ela sofreu na pele essa dor e na peça os dois se questionam sobre a morte do filho, afogado na piscina de casa, um acidente trágico por um descuido que nenhum deles queria assumir. De facto o tempo não estava convidativo para sair, mas, eu moro moro perto da Casa das artes e fui a pé, tendo a sorte de não ter chovido nesse percurso. Valeu a pena termos ido e não é a primeira vez que assisto a uma peça com António Fagundes; já vi também Tony Ramos, e outros actores brasileiros. A casa das artes, de Famalicão tem trazido bons espectáculos, mas, logo esgotam. Um beijinho, Amiga e muito obrigada pela visita
Emília
Boa noite de domingo, querida amiga Emília!
ResponderEliminarEu não vi a peça.
Na semana, vi um filme que está sendo cogitado ao Oscar.
Mas, veio a calhar seu assunto com um vídeo que recebi hoje sobre a arte de envelhecer.
Os problemas são muitos sim, mas, com nosso ânimo, vamos vencer tudo, pouco a pouco.
Os sonhos que ficaram para trás Deus não deixou que os realizássemos. Ele sabe tudo de nós.
Feliz quem pode envelhecer a dois.
Tenha uma nova semana abençoada!
Beijinhos fraternos
É verdade, Rosélia, vamos fazendo o possível para que a velhice chegue amena, mas nem sempre temos esse controle; como costumo dizer, a vida manda muito. Envelhecer a dois é uma benção, pois vão - se apoiando um ao outro e a solidão é mais fácil de aguentar. Um beijinho, Amiga e obrigada pelo carinho. Saúde e paz para todos
EliminarEmilia
Querida Emília,
ResponderEliminarQue relato mais bonito o seu. Você descreveu a peça Dois de Nós como quem também sobe ao palco trazendo as dores, as perdas, os esquecimentos, mas também o humor, o afeto e essa cumplicidade que só o tempo é capaz de lapidar. Envelhecer mesmo é uma arte… e você a traduz com uma lucidez tão terna.
A forma como conta sobre o casal, sobre a maternidade que reorganiza a alma, sobre o filho perdido tudo isso soa fundo. A vida é feita dessas curvas que antes pareciam abismos e que hoje, como você disse tão bem, viram apenas pequenas dobras num caminho enfeitado de flores.
Imagino a emoção de ver atores tão queridos trazendo um pedaço do Brasil até aí, e ainda mais tocando em temas que nos atravessam a todos. É bonito quando o teatro nos devolve a nós mesmos.
Obrigada por partilhar esse olhar tão sensível.
Um abraço cheio de carinho,
Fernanda😘🙏🏻
Revi -me nesta peça , querida Fernanda. À medida que os actores iam recordando a vida a dois, eu via a minha refletida nas palavras deles. Já ando nessa caminhada a dois há cinquenta anos e portanto a única dor que não sofri foi a de perder um filho; felizmente, essa não consta na minha história, mas nunca estamos livres disso. O resto, é mais ou menos igual, sempre com a consciência de que um relacionamento longo é um aprendizado constante e que exige que o respeito pela individualidade de cada um nunca seja esquecido.
EliminarDeixo -te mil beijinhos e o meu agradecimento pelo carinho que deixas em cada palavra
Emília
Emilia, que coisa boa quando assistimos a uma peça de teatro ou filme onde nos reconhecemos no texto ou cenas. Adoro os dois atores mas ainda não assisti a peça! Deve ser ótima! Pensar na velhice ,quando já estamos nela é muito bom. Rir de situaçoes que nos acontecem e que bom poder fazer isso a dois... ADOREI te ler!
ResponderEliminarLinda semana! beijos, chica
Já estou nessa tal " velhice " e num relacionamento de 50 anos, por isso, Chica, forçosamente revi-me na peça. Depois, há o meu querido Brasil onde fui tão felize e o cheirinho que me trouxeram foi muito, muito gostoso; num relacionamento há sempre motivos para rir e também para chotar. Faz parte...
EliminarObrigada, Amiga e tudo de bom, principalmente saúde é boas gargalhadas
Beijinhos
Emilia
Corrigir...feliz...chorar
EliminarDesculpa...
Emília
Já ouvi falar muito bem dessa peça de teatro e agora o seu depoimento realça ainda mais o que se diz. Não vi, mas estou com curiosidade. Obrigada, minha Amiga Emília.
ResponderEliminarUma boa semana.
Um beijo.
Querida Emília
ResponderEliminarNão vi a peça, mas ouso pensar que ela traz um pouco de todos nós.
Os problemas na juventude, depois o passar dos anos, as doenças
próprias da idade, tudo nos toca fundo.
Admiro bastante esses dois actores, António Fagundes e Christiane Torloni,
pelas suas interpretações em novelas apresentadas cá em Portugal.
Se a peça passar por aqui irei vê-la. Uma oportunidade de ver os actores
em carne e osso.
Muito obrigada, amiga, por nos falares dessa peça e de dares a tua opinião.
Beijinhos para ti e aí em casa.
Olinda
Não tenho a certeza se vi essa peça há cerca de 2/3 anos. Os atores são os mesmo e a história não me é completamente estranha. O Fagundes é um ator excecional. E a Torloni também é muito boa atriz.
ResponderEliminarBoa semana minha amiga.
Um beijo.
Querida Emília, sei dessa peça, senti não ter ido vê-la com esses ótimos artistas, minha
ResponderEliminarfilha foi e gostou muito.
Todas nós passamos por momentos difíceis, mas hilários, o bom é quando conseguimos rir deles. Mas envelhecer é isso, caso contrário é melhor morrer com 40 aninhos. Mas temos de inventar umas estratégias para enfrentarmos muitas mudanças com mais humor e outros tantos desafios na vida que, na verdade, é duro de aguentar certas coisas.
Por isso existem acompanhamento psicológico para quem leva tudo muito a sério, leva como dizemos, 'no bico' kkk
Quando se consegue mostrar toda essa trajetória com humor, as coisas passam a ficar mais leves.
O envelhecimento é uma etapa que devemos enfrentar se quisermos viver bastante.
Gostei muito da tua crônica, querida, que pena que não vi a peça quando aqui estiveram.
São ótimos artistas!
Beijinhos, e seguimos, belas e faceiras!!! 🌹😘
Tens razão, Taís, se não queremos morrer novinhas, temos de enfrentar a velhice, mas às vezes ela é difícil. Rir dela, só numa peça de teatro como fizeram estes actores, porque graça, não tem nenhuma . Por enquanto não tenho razões de queixa, mas daqui para a frente? Ainda bem que o futuro é uma incógnita...já viste se soubessemos como estariamos daqui a uns anitos? Assim, na ignorância, vamos seguindo como dizes " belas e faceiras "
EliminarQuerida Amiga, muito obrigada pela visita e que a vida te proporcione um envelhecimento leve, permitindo que continues com as tuas crônicas alegres, mesmo quando o assunto é sério. Eu, se continuar com a cabecinha boa, cá estarei para as ler e sorrir. Beijinhos e saúde para todos aí em casa
Emília
Olá, Emília.
ResponderEliminarEu li uma matéria sobre essa peça do Fagundes e a Torloni, ambos ótimos ator e atriz. Me parece um tema excelente para se discutir em uma peça, ainda mais por eles que já estão aí há décadas na arte da interpretação.
Gostei do tema, Eduardo e, apesar de sério, conseguiram que a plateia desse boas gargalhadas. Saímos de lá bem dispostos, sem pensarmos na velhice. Obrigada pela visita e fica bem, com saúde e alegria. Bom fim de semana. Beijinhos
EliminarEmília
Agora que cheguei aqui, e vejo tantas caras conhecidas, vou ficar.
ResponderEliminarUm beijo
Que bom, Pedro! Gosto que fiques e que apareças sempre que achares oportuno.
EliminarUm beijo e saúde
Emilia
Emília,
ResponderEliminarA Arte sempre nos conduz a b
caminhos por onde as lembranças
navegam.
Amo os 2 artistas citados.
Adorei ler aqui nesse início de noite
aqui em Pasargada/ES, sudeste do Brasil.
Bjins e Abraço
CatiahôAlc.
Foi um espectáculo muito bom Cátia e já é a segunda vez que António Fagundes vem aqui à minha cidade. Quanto à Cristiane Torloni, nunca antes tinha assistido a uma peça dela. Obrigada, Amiga, por teres vindo e um bom fim de semana. Beijinhos
EliminarEmília
Não, não vi a peça, mas o tema é interessante, muito actual...temos que saber encarar os bons e os maus momentos. Viver é efectivamente uma arte...
ResponderEliminarBeijos e abraços
Marta
Tantas vezes o palco de um teatro é o espelho do palco da vida , querida Emília!
ResponderEliminarDaí que nos sintamos irmanados com as situações das personagens . É uma especie de catarse porque constatamos que afinal não somos únicos nem estamos sós no mundo a cumprir o papel que nos é destinado . Depois uma vida a dois é uma peça de teatro fantástica na diversidade dos papéis que cada um representa. O interessante será fazer a comparação através do tempo no que diz respeito à sociedade sobre as atribuições de cada um . Viver a dois é um desafio que só será bem conseguido se houver muita cumplicidade e respeito mútuo .
E hoje , onde mora o respeito ?
Óptima opção e tão actual, querida Emília!
Beijinho