segunda-feira, 15 de novembro de 2021

CARTA......

 Imagem da net



.... à Minha Filha 


Lembras-te de dizer que a vida era uma fila? 
Eras pequena e o cabelo mais claro, mas os olhos iguais. 
Na metáfora dada pela infância, perguntavas do espanto da morte e do nascer,
e de quem se seguia e porque se seguia, 
ou da total ausência de razão nessa 
cadeia em sonho de novelo. 

Hoje, nesta noite tão quente rompendo-se de junho, 
o teu cabelo claro mais escuro, 
queria contar-te que a vida é também isso: 
uma fila no espaço, uma fila no tempo 
e que o teu tempo ao meu se seguirá. 

Num estilo que gostava, esse de um homem 
que um dia lembrou Goya numa carta a seus filhos
queria dizer-te que a vida é também isto: 
uma espingarda às vezes carregada (como dizia uma mulher sozinha, mas grande de jardim). 
Mostrar-te leite-creme, deixar-te testamentos, 
falar-te de tigelas - é sempre olhar-te amor. 
Mas é também desordenar-te à vida, 
entrincheirar-te, e a mim, em fila descontínua de mentiras,
em carinho de verso. 

E o que queria dizer-te é dos nexos da vida, 
de quem a habita para além do ar. 
E que o respeito inteiro e infinito 
não precisa de vir depois do amor. Nem antes
Que as filas só são úteis como formas de olhar, 
maneiras de ordenar o nosso espanto, 
mas que é possível pontos paralelos, espelhos e não janelas. 

que tudo está bem e é bom: 
fila ou novelo, duas cabeças tais num corpo só, 
um dragão sem fogo, ou unicórnio ameaçando chamas muito vivas. 
Como o cabelo claro que tinhas nessa altura 
se transformou castanho, ainda claro, 
e a metáfora feita pela infância 
se revelou tão boa no poema. 
Se revela tão útil para falar da vida, 
essa que, sem tigelas, intactas ou partidas, 
continua a ser boa, mesmo que em dissonância de novelo. 

 
Não sei que te dirão num futuro mais perto, 
se quem assim habita os espaços das vidas 
tem olhos de gigante ou chifres monstruosos. 
Porque te amo, queria-te um antídoto igual a elixir, 
que te fizesse grande de repente, 
voando, como fada, sobre a fila. 
Mas por te amar, não posso fazer isso, 
e nesta noite quente a rasgar junho, 
quero dizer-te da fila e do novelo 
e das formas de amar todas diversas, 
mas feitas de pequenos sons de espanto, 
se o justo e o humano aí se abraçam. 

 A vida, minha filha, pode ser de metáfora outra: 
uma língua de fogo; uma camisa branca da cor do pesadelo.
Mas também esse bolbo que me deste, 
e que agora floriu, passado um ano. 
Porque houve terra, alguma água leve, 
e uma varanda a libertar-lhe os passos.

 Ana Luísa Amaral, in 'Imagias (Um pouco só de Goya:)


Que lindo, Amigos!!!

Voltei a esta poetisa porque ela foi homenageada com o prémio Raínha Sofia deste ano, um prémio atribuido a escritores vivos que, com a sua obra tenham  dado um importante contributo para o património cultural do espaço Ibero- americano Já foram agraciados com este prémio, Sophia de Mello Breyner , Nuno Júdice e o brasileiro  João Cabral de Melo Neto,

Emília Pinto

33 comentários:

  1. Impressionantemente linda e cheia de sensibilidade essa carta de uma mãe à filha, passando noões do que é a vida a lhe esperar. Adorei e merecida tua homenagem ao trazer novamente, agora que recebeu esse importante prêmio!

    Muito bom! beijos, linda semana, tudo de bom,chica

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. É verdade, Chica, uma carta que toda a mãe gostaria de escrever aos filhos, pois são conselhos necessários para que eles entendam melhor a vida Um beijinho, Amiga e saúde para todos ai em casa . Obrigada! Emilia

      Eliminar
  2. Não conhecia esta carta, os conselhos de uma mãe a sua filha...A vida é amor...
    Lindo... obrigada pela partilha...
    Beijos e abraços
    Marta

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Também não conhecia, mas, ao pesquisar sobre esta poetisa, encontrei-a e encantou-me.Como dizes, " a vida é amor " e o de mãe pelos seus filhos é um Amor Maior, incomparável, um amor que não se explica. Obrigada pela visita, Marta e desejo que estejas bem, assim como os teus. Beijinhos
      Emilia

      Eliminar
  3. Ana Luísa Amaral é realmente uma grande poeta, merecedora de todos os prémios. Este poema/carta é prova disso. Já o conhecia e gostei tanto de o reler aqui, minha Amiga Emília.
    Continue a cuidar-se bem.
    Uma boa semana.
    Um beijo.

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Imaginei que já conhecesses, Graça, mas, nunca é demais homenagear quem nos representa tão bem e que leve longe a nossa lingua Portuguesa. Eu conheço muito pouco a obra da Ana Luisa Amaral e, há muita gente na minha situação. Fico sempre muito contente quando as minhas publicações te agradam, Amiga. Muito obrigada e saúde para todos vós. As coisas não andam nada bem e portanto os cuidados têm de continuar. Beijinhos e boa noite
      Emilia

      Eliminar
  4. Fiquei impressionada com esta carta. Não conhecia! Obrigada :)
    -
    Podem os pensamentos serem frios d'amor
    -
    Beijo, e uma excelente semana.

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Também eu, Cidália, porque é uma carta que todas nós, mães, gostariamos de escrever aos nossos filhos. Ainda bem que gostaste! Fico feliz. Um beijinho e saúde para todos
      Emilia

      Eliminar
  5. Emília querida, conheci essa ótima poeta através de vocês, dos amigos de Portugal.
    Mas que carta, amiga, forte, verdadeira, instigante. Dá uma ótima reflexão.
    A vida é isso, maravilhosa e ao mesmo tempo cruel. Falamos mal dela, mas ninguém quer deixá-la escapar. O ‘nascer’ é cercado de mistérios, de curiosidade, ainda mais quando somos crianças. Mas a curiosidade em saber do princípio do Universo, começa a tomar corpo para depois irmos direto ao assunto que tanto tememos, tanto nos impressiona e que nos faz perguntar qual é o sentido de tudo isso que passamos, que vivemos, ou seja, nascer, viver e morrer. Qual é a lógica? Que entusiasmo teremos se sabemos que no dobrar do tempo ‘Ela’ vem nos buscar, e queiramos ou não, vamos de qualquer jeito!! E não sabemos para onde! Não sabemos como!
    Ganhamos um presente maravilhoso, mas estamos na fila, sim, e o ritmo, o andamento que segue, é ‘ela’ quem dá, ao seu belo gosto.
    Penso muito na vida, sim, e também ‘nela’...na finitude.
    Um beijinho, querida amiga. Cuida-te bastante aí nessa pandemia.

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Procuro não pensar na finitude da vida, Tais, mas, lá vem um dia ou outro que essa " certeza" não sai da minha cabeça, principalmente quando vejo pessoas queridas a partirem, muitas delas ainda novas. Já reparaste que viemos a este mundo sem termos pedido e que, na melhor das hipóteses, duraremos por cá uns 80 anos? Nunca achei que fosse pouco tempo, mas, à medida que a idade foi avançando, cheguei à conclusão que
      é muito pouco. E o que pensarão aqueles cuja vida é só ttabalho e sofrimento? Vieram a este mundo para quê? Quando andávamos na escola aprendiamos que tudo nascia, crescia e morria, mas pensava eu que eram só as plantas, as árvores, os animais, nunca pensava que isso acontecia também com os humanos. Eramos crianças e a morte estava muito longe..só os velhinhos morriam... Mas...a lei é para todos os seres viventes da natureza e há que aceitar a realidade. Está a ficar triste, a conversa, Amiga....melhor terminar por aqui...
      Obrigada pelo carinho da visita e vamos lá.. " aproveitar este presente maravilhoso que ganhámos " agradecendo a saúde que temos tido e as bênçãos que temos recebido da vida. Um beijinho e até...
      Emilia

      Eliminar
    2. Emília querida, mesmo 'não falando em finitude' não conseguiremos esconder algumas coisas ruins, mergulhando a cabeça igual como um avestruz, o fato existe, os pensamentos vêm igual, mas isso serve a mim para gostar e continuar com minhas convicções, levando a vida simples que gosto, não sonhando muito alto, além das possibilidades, e de poder uma vez que outra realizar meus sonhos sem aqueles sacrifícios enormes. E sobretudo, amiga, a valorizar muito o que conversamos hoje, sobre uma postagem, lembras? E aí te pergunto, vale a pena se matar em busca de pouca coisa? Ou viver intensamente a vida que gostamos? Ainda temos tempo pela frente, tenho uma tia de 102 anos. Podemos chegar lá, por que não?
      Beijinho, cuida-te, querida. Não te preocupes, vamos ficar duas velhinhas adoráveis, conversando muito, a nossa vontade de viver é enorme. E isso conta.

      Eliminar
    3. Obrigada, Tais, por teres voltado cá, com mais umas palavrinhas assertivas sobre a finitude que é a única certeza que temos. Pena que muitas pessoas pensem que são eternas e continuam com atitudes tão irresponsáveis, pisando em tudo e em todos como se fossem os donos do mundo. Claro que lembro da nossa conversinha que abordou precisamente a importância dos pequenos gestos e, ao mesmo tempo a prepotência de alguns sempre prontos a " alfinetar " os outros. Não sei se com 102 anos diremos " coisa om coisa ", mas quem sabe?
      Um beijinho, querida Amiga e obrigada por teres lembrado a conversinha, banal, mas com muito conteúdo De tudo se pode tirar grandes lições. Bom fim d3 semana
      Emilia

      Eliminar
  6. Olá, querida amiga Emília!
    Como sempre, uma escolha criteriosa.
    "... uma fila no espaço, uma fila no tempo
    e que o teu tempo ao meu se seguirá."
    Vivemos à espera na fileira da vida, é verdade.
    Ora estamos de pé, ora nós sentamos, tem também o tempo da espera semideitados...
    Finalmente, entramos reforço eterno.
    O que ficou claro no belíssimo texto cuja aurora mereceu prêmio é que a mãe, com seus cuidados matriciais, só deseja o bem e o melhor para a filha (os filhos).
    Gostei do oferecimento da liberdade na metáfora da varanda para que ela pudesse correr até... Lindo!
    Que Deus abençoe a você e à sua família!
    Beijinhos carinhosos de paz e bem

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. É verdade, Rosélia, estamos na fila esperando a nossa vez que não sabemos quando será; há pessoas que passam à nossa frente, que " furam a fila ", como costumamos dizer, mas, coitadas, não foi por descuido ou por desrespeito para quem estava na frante, como acontece em outra espécie de filas; aqui, foi a vida que as empurrou , sem se preocupar co a ordem natural das coisas. Aqui está uma mãe a escrever uma linda carta à sua filha que estava ainda na fila, bem atrás da progenitora, mas quantas vezes a ordem não se inverte? E que dor, Amiga! Só de a imaginar, o meu coração aperta. Obrigada, Roselia, pela presença sempre carinhosa aqui no meu espaço e desculpa não ser tão assidua como gostaria; há outras prioridades que, por vezes roibam-me algum tempo, mas, como mãe que sou, tenho de aJudar os filhos, dispondo do tempo que tenho e que lhes falta a eles. Um beijinho e um fim de semana agradável, principalmente com saúde para ti e para os teus
      Emilia

      Eliminar
  7. Nunca li Ana Luísa Amaral. Encontrei-me agora com ela, e por sorte num poema GRANDE!
    Vou «reescrever» para a minha filha. Sim, porque conselhos para filhos nunca são demais, mesmo sabendo que eles seguem mais os exemplos que os conselhos.
    Gostei, querida amiga!
    Beijo, protege-te do frio e do malvado vírus.

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Também nunca li nada desta escritora, Teresa! Conheci-a pelas noticias e fui pesquisar encontrando belissimos poemas. Este é o segundo que partikho no Começar de novo. Quanto aos filhos, Amiga, estão numa idade em que já não nos escutam, embora seja conveniente continuar a aconselhá-los. As mães são assim mesmo....continuam a falar com eles como se fossem ainda crianças e depois ouvem respostas que desagradam. Temos que parar com essa mania, pois são adultos e se precisarem de conselhos que peçam tem que ser assim para que não nos chamem de " chatinhas ". Ainda bem que gostaste, Amiga! Um beijinho e uma boa semana, com muitos uidados. Boa noite
      Emilia

      Eliminar
  8. Que poema, minha amiga, que poema! cirúrgico e profundo. Conforme eu ia lendo, ia me transpondo para o ponto real da vida que a poeta desejou mostrar à sua filha, nessa carta-poema sincera e comovente. E o fez lindamente, sem dourar a pílula e sem nada omitir, ao mesmo tempo em que trouxe à tona o milagre do AMOR, da LIBERDADE, do VIVER e FLORESCER. "... bolbo que me deste,//e que agora floriu, passado um ano.//Porque houve terra, alguma água leve,//e uma varanda a libertar-lhe os passos". É, Émília, a vida é realmente uma "fila-novelo" em que todos nós, viventes, aguardamos o desenrolar no tempo e no espaço. Há apenas uma única certeza, e essa certeza será sempre nosso eterno desespero. Mas em contrapartida, está o Amor, um sentimento maravilhoso que nos revigora e nos ajuda a esquecer um pouco essa lógica absurda que nos aniquila quando nos pusemos a pensar na vida como ela é. E que dizer do amor de mãe? concreto e palpável, como se pode ver no poema-carta-conselho. Eu já conhecia essa autora. Já li alguns escritos onde ela fala da sua filha e, inclusive tem um em que ela diz que, se morrer, quer que a sua filha se lembre dela, "que não se esqueça de mim". Obrigada pela partilha.
    Bjs, Marli

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. " Um poema cirúrgico e profundo " com dizes e muito, muito belo, Marli, mas o teu comentário está tão assertivo e bonito que o embelezou ainda mais. Estou a ser sincera, podes crer! Sabemos que estamos na fila e, embora seja a única certeza que temos, ficamos abaladaw quando pensamos neste assunto, até porque já vimos tantas pessoas queridas a sairem da fila dando, lugar a outros, que é inevitável a preocupação com a morte. Todos nós, Amiga, queremos que os nossos filhos não se esqueçam de nós, mas para isso, temos que os ensinar, desde pequeninos a darem valor a quem os ama, a respeitarem as pessoas, a dar valor ao que realmente é importante na vida, Temos de os ensinar a amar, porque ninguém dá o que não tem e se não lhes passarm9s esses valores, com certeza tornar-se-ão adultos egoistas que só pensam neles. Num dos livros de Augusto Cury, há uma passagem em que ele mostra, mais ou menos isto, que uma pessoa não morrerá se tiver dado algum significado à vida daqueles que com ela conviveram. Se queremos ser recordados, não só pelos filhos, mas também pelos AMIGOS, temos que nos preocupar com a importância que temos na vida deles, temos que os amar, ajudar e respeitar. Há tempos publiquei um poema desta escritora, Aprendizagens, também muito bonito. Marli, muito obrigada pelo carinho e pelas belas palavras aqui deixadas. Adoro comentários que exprimam a opinião de quem lê o que publico; é sinal que o assunto interessa e também uma prova de que o texto foi lido com atenção. Desejo-te uma semana agradável, serena e que a saúde vos acompanhe sempre. Um beijinho, querida Amiga
      Emil8

      Eliminar
  9. beautiful words....
    congratulation for Queen Sofia Award....

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Muito obrigada, rainbow. Espero que volte sempre,Beijinhos
      Emilia

      Eliminar
  10. Uma grande poetiza.
    Este poema foi uma excelente escolha. Obrigado pela partilha.
    Bom fim de semana, amiga Emília.
    Beijo.

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. É um poema muito belo que nos descreve, em forma de carta a uma filha a atenção que devemos ter à maneira como levamos a vida; esquecemo-nos da nossa finitude a agimos, tantas vezes, como se fossemos eternos e, a qualquer momento chega a nossa vez de partir. É assim, Jaime! Um beijinho e obrigada pela visita. Espero que estejam todos bem de saúde.
      Emilia

      Eliminar
  11. Verdade , Emilia, e todos estamos nessa fila com melhores ou piores momento. Importa que nessa fila sejamos cúmplices da fraternidade e solidariedade que nos deve nortear.Um carta para reler e refletir
    Um grande beijinho e muita saúde

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Sim, Manuela, enquanto estivermos na fila, convém que saibamos esperar a nossa vez, com respeito pelos outros, o respeito é a palavra mágica para que tudo funcione bem , na sociedade e que vivemos. O problema é a falta dele, em casa, no trabalho, nas escolas, enfim....em todo o lado e em todas as situações. Bastava haver respeito entre os povos para que as guerras parassem; uma palavrinha tão simples , mas tão dificil de ser usada. Vamos fazendo a nossa parte para que , na nossa fila tudo nos corra de feição, não é Manuela? Sentimo-nos muito melhor quando sabemos ser fraternos e solidários. Muito obrigada pelo carinho, querida Amiga e desejo a todos vós a saúde bastante para levar a vida da melhor maneira possivel. Um beijinho
      Emilia

      Eliminar
  12. Olá, querida amiga Emília!

    O poema de Ana Luísa Amaral, que não conhecia, e que já sei, pelo que tu dizes, que ela recebeu o prêmio Rainha Sofia, deste ano.

    Como disse, Emília, não conhecia a poetisa e, consequentemente, não conhecia nenhum poema de sua lavra. Agora, com o poema da tua postagem, posso dizer que se trata de uma poetisa dotada de grande talento, embora não tenha lido outros poemas seus, mas que tem a capacidade de criar um poema como esse, inspirado em sua filha, cujo conteúdo mostra claramente conhecimento da forma poética da poesia moderna, o que também é importante, como demonstra ter pleno domínio do vernáculo, e, mais importante ainda, ter uma formação humanística, própria de quem se esforça para galgar os degraus mais altos, tanto da cultura como da psicologia e filosofia.

    Então, Emília, resta-me agradecer-te pela edição desse belíssimo poema, com os meus votos de uma bela semana, sem muito frio, com saúde para ti e para a tua querida família.

    Um beijo, amiga Emília.

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Sabes que também não conhecia esta poetisa, apesar de já ter publicado, há tempos, um poema dela. Foi pelas noticias que soube do prémio atribuido e, claro, fui pesquisar; é assim que se aprende alguma coisa, não é verdade?. Aqui, ela mostra-nos a finitude das nossas vidas através dos conselhos que dá à filha e é sempre bom que alguém nos recorde que um dia acabaremos; assim talvez comecemos a encarar a vida com outros olhos, com menos egoismo e mais tolerância. Obrigada, Pedro, pelo belo comentário e espero que a vida vos abençoe, sempre, com muita saúde Beijinhos
      Emília

      Eliminar
  13. Gostei do poema, nao conhecia!
    A poesia nos ajuda muito , mas neste tempo tao dificil que ha que viver!
    voltei no blog, passe algumas coisas dificiles, mais aqui estoy visitando os blogs queridos e escrevendo o meu! compartilhando, isso ajuda muito!
    Gostei de sua entrada, obrigada por compartilhar e te espero por meu blog!
    Beijao

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Foi bom ter recuperado das coisas dificeis que têm aparecido. Esta pandemia tem trazido muito sofrimento, mas a vida continua e há que superar os obstáculos para podermos prosseguir, com alguma serenidade. Obrigada, Estelita, pela visita. Um dia destes passarei no teu blo. Um beijinho e que a saúde não te falte
      Emilia

      Eliminar
  14. Voltei para ver as novidades.
    E gostei de reler o poema, porque é excelente.
    Continuação de boa semana, amiga Emília.
    Beijo.

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Aqui as novidades custam a sair...anda um bocado lenta, esta tua amiga, Jaime. Será do vírus? Sei lá...ele é apressadinho, mas causa uma certa lentidão em certas pessoas...
      Mas, cá vamos andando e as novidades já chegaram. Espero q7e te agradem. Um beij8nho e obrigada por teres voltado cá. Dias serenos e com saúde é o que te desejo. Beij8nhos
      Emilia

      Eliminar
  15. OLÁ EMÍLIA
    poema em forma de carta a uma filha
    POIS, CADA DIA QUE ACORDO PENSO NISSO MESMO, NÃO SEREI ETERNA
    mas, que Deus me dê mais alguns aninhos de vida
    Não conhecia esta poetisa
    obrigada pela partilha!

    Sobre mim, não estou bem de saúde,
    era uma blogger tão certinha, sempre fazendo posts novos
    mas com o isolamento e a pandemia perdi a vontade de tudo...

    Faço um "esforço" enorme para voltar
    mas, por enquanto, não quero de todo fechar e abandonar os meus blogues.

    Regressei hoje
    há post novo, aqui:
    http://meusmomentosimples.blogspot.com/

    por mim, acordava, comia
    e voltava para a cama todo o dia!

    Beijinho da Tulipa.

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Sinto muito pelo teu desânimo, Tulipa, mas, creio que isso está a acontecer a muitos de nós. Estes confinamentos, o virus cada dia com novas manifestações, obrigam-nos a um isolamento a que não estavamos habituados e isso afecta-nos, de alguma maneira. Não saimos de casa, não viajamos, não convivemos com os amigos e o desânimo acaba por nos atingir. Depois, temos o frio que, pelo menos no meu caso, aborrece e enclausura-nos em casa; a falta de sol contribui para uma maior nostalgia, Amiga. Espero que não deixes os blogues, pois eles são um alento para os dias mais sombrios, mesmo que a assiduidade seja menor. Posta-se quando se pode, pois na nossa vida há outras prioridades. Tulipa, desejo que melhores e que voltes sempre. Como sabes, ando também um pouco " lenta ", mas irei com certeza ver o teu blog, Fica bem e muita força! O que importa é que continues livre deste virus, pois as consequências são lamentáveis. Um beijinho e muito obrigada
      Emilia

      Eliminar
  16. Uma carta tocante... para ler e reler!!! Mais uma formidável escolha, de qualidade e pura sensibilidade! Tão difícil explicar a uma filha, sobre os acertos e desacertos da vida... mas que ainda assim... tudo isso vale a pena ser vivido! Adorei cada palavra!
    Um beijinho grande! Saúde, para si e todos os seus, Emília! Cuide-se bem... infelizmente esta virose, na sua forma supostamente menos danosa, continua bem presente, por todo o lado... temos de nos continuar a cuidar... não tem outro jeito, por enquanto!
    Tudo de bom!
    Ana

    ResponderEliminar