sexta-feira, 19 de outubro de 2018

GENTE



Esta Gente / Essa Gente


 O que é preciso é gente
 gente com dente
 gente que tenha dente
 que mostre o dente

 Gente que não seja decente
 nem docente
 nem docemente
 nem delicodocemente

 Gente com mente
 com sã mente
 que sinta que não mente
 que sinta o dente são e a mente

 Gente que enterre o dente
 que fira de unha e dente
 e mostre o dente potente
 ao prepotente

 O que é preciso é gente
 que atire fora com essa gente
 Essa gente dominada por essa gente
 não sente como a gente
 não quer ser dominada por gente

 NENHUMA!

 A gente só é dominada por essa gente
 quando não sabe que é gente

 Ana Hatherly, in "Um Calculador de Improbabilidades"


  Nascemos todos da mesma maneira, todos como na foto acima. Nascemos, mais ou menos serenos, sem termos pedido para nascer; nascemos sem sonhos, sem objectivos... nascemos despidos...despidos de roupa...despidos de títulos...de classes sociais... despidos de vaidades e sem qualquer tipo de preconceito. Nascemos simplesmente GENTE e assim deveríamos continuar a ser GENTE, SIMPLESMENTE e a considerar os outros também SIMPLESMENTE GENTE, SIMPLESMENTE SERES HUMANOS.

Quem foi Ana Hatherly?



Nasceu no Porto em 1929, tendo tido uma educação tradicional severa mas muito completa. Os seus pais morreram quando era muito jovem, tendo sido educada pela avó materna. Tentou ser cantora lírica, chegando a ir à Alemanha para se especializar em música barroca. O seu sonho terminou por não ter estrutura física para cantar. Devido a doença, frequentou um sanatório perto de Genebra, na Suíça, durante um ano. Aí começou a escrever por recomendação de um psicólogo[2]. Foi professora catedrática da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa, onde co-fundou o Instituto de Estudos Portugueses. Diplomada em Cinema, pela London Film School, em Londres, licenciada em Filologia Germânica, pela Universidade de Lisboa, e doutorada em Estudos Hispânicos, pela Universidade da Califórnia, em Berkeley

Emília Pinto

39 comentários:

  1. Gosto muito da Ana Hatherly. E é bem verdade o que diz. A minha avó costumava dizer. Há duas coisas em que os ricos não se diferenciam dos pobres. Nascem nus como a gente e não escapam da morte.
    Abraço e bom fim-de-semana

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    1. E tinha razão a tua avó, Elvira! Para quê tanto preconceito, arrogância, e mania de que somos superiores aos outros? A vida é curta e o final é o mesmo para todos. Aproveitemos o que o nosso semelhante tem a oferecernos, pois vivemos em sociedade e fazemos falta uns aos outros; sozinhos não somos ninguém. Amiga, muito obrigada pela visita e desejo tudo de bom para todos aí em tua casa. Um beijinho e até breve
      Emilia

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  2. Boa noite, Emilia!
    Não conhecia Ana Hatherly. Gostei imenso do poema!
    Bem como você disse: nascemos despidos de tudo, somos todos iguais.
    É triste saber que ao longo da vida deixamos nos contaminar com a arrogância e soberba, pensando que somos melhores que os demais...
    Vou colocar seu blog na blog roll de Letras Que Se Movem.
    Bjs e ótimo fim de semana!

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    1. É verdade, Sandra! As vezes até nos custa a acreditar que determinadas atitudes venham de seres humanos, seres inteligentes que se comportam como verdadeiros irracionais; o dinheiro e o poder têm uma força tremenda e modificam para pior muitas pessoas. É triste, mas é a pura verdade. Um beijinho, amiga e muito obrigada pela visita. Tudo de bom!
      Emilia

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  3. OI EMÍLIA!
    NÃO CONHECIA A OBRA DE ANA HATHERLY. ADOREI ESTE POEMA, TÃO VERDADEIRO.
    NASCEMOS NUS, DESTITUÍDOS DE FALSIDADES, APENAS "GENTE".
    ABRÇS AMIGA
    https://zilanicelia.blogspot.com/

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    1. " Apenas gente" e nada mais. Para quê rótulos? Nāo nascemos com eles e, quando morrermos eles também ficarão cá e logo serão esquecidos. o que importa, como diz Augusto Cury é o significado que deixamos na vida dos que connosco conviveram, as nossas acções e nāo os titulos ou classe social a que supostamente pertencemos. Todos, a seu modo, são importantes na formação de uma sociedade e ninguem deve ser menosprezado. Obrigada, Zilani, pela visita e brevemente irei ao teu cantinho. Beijos e muita saúde
      Emilia

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  4. Olá, querida Emília!
    Bem, que belíssimo poema tu postáste...
    Nunca ouvi falar de Ana Hatherly mas vou já pesquisar tudo sobre ela.
    E lindas são também as tuas palavras.
    É pura verdade - somos todos tão diferentes e tão iguais. Nada trouxemos para este mundo, nada levaremos deste mundo. Homens ou mulheres, ricos ou pobres, sábios ou menos sábios... somos todos gente. Então, porque nos distanciamos uns dos outros?
    Abracinhos mil, minha amiga.

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    1. Não és a única, querida Teresa, pois eu também nunca tinha ouvido falar desta poetisa, mas, encontrei-a e gostei muito deste poema. Achei-o oportuno, porque, infelizmente , há muita prepotência e aquela mania horrivel de certas pessoas se acharem mehlhores e mais importantes que os outros. Penso que essa " mania " não é só característica das sociedades actuais , porque se assim fosse teria havido paz no mundo e, infelizmente ela nunca existiu. O homem nunca soube lidar com o seu semelhante com respeito pelas diferenças e esse é o maior entrave à paz. À tua pergunta, Teresa, não sei responder e penso que ninguém sabe. Amiga, deixo-te um abraço daqueles que " só duas amigas sabem dar " e os votos de que tenhas uma boa noite. Até breve
      Emilia

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  5. Muito bom. Adorei a publicação. Obrigada pela partilha.

    Hoje com: Não sei se fomos os dois um só, noutra vida

    Bjos
    Votos de um óptimo Sábado e um feliz fim de semana

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    1. Obrigada, Larissa. Fico feliz que tenhas gostado deste poema. Sei que estou em divida para contigo, mas não tenho tido muito tempo livre por causa da minha netinha, mas, logo que possa far-te-ei uma visita. Um beijinho e boa noite.
      Emilia

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  6. Belo poema, não conhecia! E nem a autora.
    Sim, querida Emília, nascemos todos iguais, sem dentes, sem nada, iguaizinhos. Porém, morremos todos diferentes, e exatamente pelo caminho que cada um escolhe, nunca seremos iguais, o que nos diferenciará será a trajetória, nossas escolhas. Interessante isso, como morremos diferentes de nossos irmãos gêmeos, até.
    Nascemos bons, inocentes, bem parecidos, mas depois começa a transformação, e os cromossomas na sua na divisão celular, que se misturaram no começo de tudo, farão a alegria ou desgraça da vida, quando esta se findar. É o que cada um de nós deixará.
    Beijinho, amiga! Gostei muito.

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    1. Errinho, amiga...
      leia-se: 'na sua divisão celular'...
      beijinho

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    2. A maneira como levamos a vida, o modo como nos comportamos na sociedade, os valores pelos quais nos batemos durante a nossa caminhada é farão a diferença e nāo o dinheiro, o poder, a arrogância; o ter muito, o ser muito bem formado nāo nos dá o direito de nos considerarmos melhores ou mais importantes do que os outros que tiveram menos oportunidades; todos têm o seu valor, todos têm um papel a desempenhar na sociedade em que vivem e portanto todos merecem o respeito de todos. Infelizmente não é isso que acontece e o resultado é toda esta violência que se vê pelo mundo afora. Será que algum dia vai ser diferente? Nāo sei...tenho pouca fé nisso. Tais, muito obrigada pelo carinho. Boa sorte para Domingo" . Tenho a certeza que o povo brasileiro vai ter em mente que é GENTE com " mente sã e que vai escolher GENTE " com dente, " capaz de reconstruir o seu país, tornando-o de novo grande e decente. Vai correr tudo bem e em paz, vais ver! Um beijinho e boa noite, amiga!
      Emilia

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  7. Não conheço muito bem a Ana Hatherly e este poema é magnífico... Nascemos e morremos iguais.. Depois a vida simplesmente acontece.
    Obrigada pela partilha e tenho um ponto em comum com a autora... Foi um psicologo que me disse que " Quem lê, também sabe escrever." Afasta-nos dos fantasmas...
    Beijos e abraços
    Marta

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    1. Olá Marta. Peço.te desculpas pela ausência, mas a minha netinha tem-me ocupado bastante. Sei que entendes. Tem razão a psicóloga, ler e escrever " afasta-nos dos fantasmas e, podes crer, o blog tem-me feito muito bem, " afastando alguns dos meus fantasmas. Obrigada, amiga e uma boa semana. Um beijinho
      Emília

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  8. Oi Emília
    Não conheço a obra da autora mas percebo em suas linhas uma contundente verdade. Nascemos despidos! Corpo são e mente sã; Os agravos vamos adquirindo durante a caminhada
    Beijinhos e uma semana iluminada plena de paz

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    1. Pois é, Gracita, a caminhada modifica-nos e, em se tratando de dinheiro e poder, o ser humanos não resiste à tentação e muda muito, para pior, claro. Felizmente que há muitas excpções, há gente que usa esse poder para o bem comum, mas, em geral não conseguem acabar com o mal causado pelos outros. Vamos fazendo o nosso melhor, para que, pelo menos à nossa volta consigamos mudar alguma coisa. Obrigada, amiga, pela visita e espero que este domingo tenha sido um dia de eleições tranquilo, sem violência. Mais tarde, acompanharei os resultados, pois o Brasil é o país dos meus filhos e por isso é a minha segunda pátria.Um beijinho e até breve, aí em tua casa.
      Emília

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  9. Ana Hatherly. Gosto muito. Este poema diz realmente imenso. " Essa gente dominada por essa gente não sente como a gente não quer ser dominada por gente NENHUMA!.
    Realmente todos nascemos apenas gente, como muito bem diz. Os que se acham diferentes são todos iguais uns aos outros: pessoas sem sentido humano e fraterno.
    Uma boa semana.
    Um beijo.

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    1. Obrigada, Graça. Começo por te pedir desculpas pela minha ausência no teu ortografia, mas já sabes o motivo. Logo que possa, irei lá, certo? Fico muito contente que tenhas gostado deste poema; confesso que não comhecia esta escritora, mas achei pertinente este poema, pois cada vez vemos mais pessoas achando que são mais importantes que as outras, esquecendo-se que numa sociedade precisamos uns dos outros e que o fim de todos é o mesmo. Beijinhos, amiga e que a tua semana seja tranquila
      Emília

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  10. grande mulher e grande poetisa
    e com o dente afiado!

    gostei muito de ler aqui, minha amiga

    beijo

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    1. Costumo dizer que as mulheres têm de ser bravas e aqui está uma que, como dizes, tem dente afiado; dominar gente não se pode permitir e muito menos dominar mulheres, não achas? Elas têm aprendido muito!!!. Obrigada e tudo de bom para ti e para os teus. Um beijinho
      Emilia

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  11. Não conhecia o poema nem nada escrito pela autora.
    Mas gostei, o poema é soberbo.
    Obrigado pela partilha.
    Emília, um bom fim de semana.
    Beijo.

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    1. Não és só tu, Jaime, pois eu também não conhecia e gostei muito de a ter encontrado nas minhas pesquisa. Este é mesmo o poema que eu precisava, pois queria falar da " mania " que certas pessoas têm de se acharem melhores ou mais importantes que os outros. Um beijinho, amigo e que a tua semana seja tranquila, sem grandes problemas.
      Emília

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  12. Não conhecia a autora. O poema é lindíssimo e gostei muito desta partilha que em enriqueceu mais um pouco.
    Vou procurar os trabalhos dela.
    Obrigada
    Beijinho

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    1. Olá amiga. Eu também nāo conhecia esta escritora e também fiquei mais enriquecida. Esta é uma das razões que me levam a não desistir deste mundo dos blogs. Um beijinho e muito obrigada pela visita. Até breve aí no teu espaço
      Emilia

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  13. Olá, Emília!
    Vim agradecer a sua visita e o comentário em Letras Que Se Movem. Estamos
    vivendo momentos difíceis no mundo, e nesse momento, especialmente no Brasil. Tudo está triste; famílias divididas, se odiando, se distanciando e se ofendendo. Amigos mostrando quem realmente são e ao que vieram...uma imprensa covarde e partidária alavancou e disseminou todo esse ódio. Nosso Brasil, Emília, não é mais o mesmo. Nosso povo também não...ou já era cheio de ódio e preconceito e apenas "saiu do armário", se revelou...
    E nós, que amamos a liberdade, a arte, a música, as letras, estamos sendo os mais atingidos, emocionalmente falando.
    Beijos fraternos!

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    1. Infelizmente, o que está a acontecer no nosso Brasil, é o que acontece um pouco por todo o mundo e em alguns lugares há guerra e pessoas desesperadas a fugirem da morte, acabando por morrerem nas águas dos oceanos. No Brasil as coisas vão entrar nos eixos e o povo brasileiro é pacifico, apesar de alguns ânimos mais exaltados na epoca das eleições. Amogos e familiares farão as pazes, pois , se se amarem de verdade, as divergências serão ultrapassadas. Um beijinho, Sandra e muito obrigada pelas palavras tão simpáticas
      Emilia

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  14. Olá, querida amiga!

    Estão todos bem? Por aqui, frio e mais frio, mas tudo dentro da minha normalidade.

    Então, a Florzinha ontem fez um mês e só me lembrei do facto já passava da uma da manhã e eu a cair de sono. Pensei, fica para amanhã e hoje cá estou eu para lhe desejar muitas felicidades, vida longa e mta saúde. Acho o 1º mês de um bebé mto importante, mas não me perguntes o motivo, pke eu nem em bebés sei pegar -rs.

    Já li o teu post, que não irei hoje comentar. Conheço bem a biografia e parte da bibliografia da escritora portuense. Queria ser cantora lírica e por isso foi para o estrangeiro, creio k para a Alemanha, mas a sua fragilidade física, tuberculose, não permitiu realizar esse desejo e a conselho de um psicólogo, k a orientava ela começou a escrever para ver se dominava "aquele estado de ansiedade" (António Variações) e pronto lá foi tendo obras reconhecidas e tornou-se professora catedrática e escritora.

    Era uma mulher de artes e de sensibilidades e viveu, quase sempre amargurada. Vê a foto dela qdo era mais nova, ela tb ficou sem pais mto cedo e foi criada pela avó (nada é por acaso) e tira as tuas conclusões.

    O poema é complexo, talvez como o temperamento dela e resume-se a isto: ninguém deve dominar ninguém, pke somos gente. Contudo, ela quer gente com dente. Não conheço, já não há, portanto temos de viver com aquilo k temos. A escritora quer e não quer, enfim, um "recado" dicotómico, k "não" consigo entender. Vá lá uma pessoa entender este pessoal k escreve -rs.

    Bem, lá acabei eu por comentar o teu post, pke qdo me ponho a escrever, perco um "pouco" a noção de tempo, de mim e das minhas mãos.

    Beijinhos para todos e um mto especial para a Florzinha.

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    1. Obrigada, Céu ! Nāo tiveste filhos, mas não é preciso tê-los para se saber que o 1o mês é muito importante para um bebé; é um tempo em que ele tem de se habituar a um ambiente diferente do útero da mãe e é preciso saber proprcionar-lhes um conforto o mais parecido possivel. O frio, amiga, também tem sido muito por aqui e eu ando triste precisamente por detestar o frio. Já tenho a lareira acesa, mas daqui a pouco tenho de sair; é sábado e o meu marido não fica em casa de jeito nenhum; o sol nem sequer apareceu e o dia está escuro. Quanto a ' gente com dente " de facto, vemos pouco ; parece que andam todos " acomodados " e, na rua, nem se dão ao trabalho de olhar para as pessoas; a maioria vai ocupada com o telemovel e até esbarram em quem passa e outros vão de cabeça baixa, com pressa. É o que temos, amiga e há que viver com isso. Darei o teu beijo à Florzinha ( vai ficar esse nome...) quando ela vier cá. Obrigada por nos dares mais informações sobre esta escritora que desconhecia por completo ( que ignorante!!!!) Beij7nho e um bom fim de semana apesar do frio desgraçado.
      Emília

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  15. Boa noite, querida amiga Emília!
    Que post maravilhoso onde compactuo com a essência dele... gosto de gente que é gente...
    Fico observando os animais, a suavidade deles, a delicadeza dos seus cantos, a ternura dos mimosos... e tantos outros atributos que deveriam ser dos humanos e não os temos... fico tão triste com certos sintomas doentios que vejo no dia a dia...
    Nem é preciso citar nada aqui pois sabe bem a que me refiro, está tudo embutido no seu post muito bem conetextualizado.
    Meu coração calado fica amuado de ver tanta barbaridade de uns com outros, amiga.
    Deus nos redima e nos dê a tão sonhada paz de espírito e a confratenrização mundial a começar dentro do nosso lar e com os que nos cercam mais de perto numa rede de delicadezas.
    Muito obrigada por falar de um tema tão importante e necessário de ser visto e repensado por nós, humanos de nasceça e talvez nem tanto de convivência.
    Deus a abençoe muito!
    Bjm fraterno e carinhoso de paz e bem

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    1. Tens toda a razão , Roselia! Digo muitas vezes que os animais dmitos irracionais dão grandes lições de " humanidade " ao dito serm humano. Não vemos um bicho a abandonar a cria no lixo, não vemos um animal sevagem matar por nada e o ser humano fá-lo com uma facilidade de arrepiar; mesmo a serpente mais venenosa, só ataca se for ameaçada. A Juma da novela o Pantanal, dizia " o homem é o único bicho que suja a água que bebe", lembra, Roselia? E nāo é verdade? Enquanto o homem não aprender o significado da palavra GENTE , o mundo continuará igual . Não tenho grandes esperanças nUma mudança, confesso. Um beijinho e um bom fim de semana.
      Emilia

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  16. Olá, minha querida amiga, eu, de novo!

    Grata pela tua visita e comentário tão dócil e realista.

    Seria bom k todos os casais terminassem assim a sua velhice, juntando os pezinhos ou dando um beijinho nos lábios de boa noite, mas tu sabes, k não é assim.

    Qto ao meu atual poema, que fugiu do habitual e do estilo, k efetivamente gosto, vou contar-te a história dele.

    Uma colega minha terminou um relacionamento de algum tempo, 2 anos, creio, com o seu parceiro, mas continua a amá-lo. Veio ter comigo e desabafou, naturalmente, pedindo-me que eu escrevesse um poema baseado no estado de espírito dela, pke ele lê o meu blogue. E assim fiz.

    Ele está bastante triste, mas nunca mais lhe mandou uma sms sequer e ela está numa contradição.

    Eu não sou deste género, nem nunca tive, nem tenho amores assim: ou gosto ou não gosto, mas tb te digo k nunca tive grandes amores, mas sim fortes paixões (2 ou 3. Soube há dias, casualmente, que um deles está com cancro aos 51 anos. Fiquei gelada e consternada. Sou mto lírica e faço os "meus amores" à minha maneira, embora sempre tivesse tido os pés bem assentes no chão.

    Posso dizer-te que não estou a amar, no sentido total do termo, ninguém, mas deveria estar, pke há quem mereça e muito.

    Oh, abriu-se um bocadinho da "cortina" da Céu, k alguns julgam ser um ser fora do normal. Se calhar até sou -rs.

    Bisous, ma chèrie!

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    1. Somos todos um pouco " seres fora do normal ", Céu, pois cada um tem uma particularidade que pode parecer estranha aos outros. O que é a normalidade? Dificil de definir. Gostei de saber o motivo do teu post tão diferente do habitual e afinal, o pior acabou por acontecer, a descoberta dessa terrivel doença; isso, sim, é um enorme problema, amiga. Tenho um amigo ( como um irmão ) que já vai no 3o e agora vai ter de tirar o estomago; ficamos geladissimos, pois e demasiafo para uma pessoa só. Mas, enfim...a vida manda e nós obedecemos. Céu, muito obrigada e desejo-te saúde, pois sem ela, nada tem importância. Beijinhos
      Emilia

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  17. Pelo nome do blog, e pela citação logo abaixo do nome, percebi que gostas de música brasileira. Eu também. Um abraço.

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    1. Olá Ulisses. Gosto de tudo o que se relaciona com o Brasil. Vivi aí muitos anos e os meus filhos são brasileiros, além disso, ainda vivem aí a minha mãe e o meu irmão com a respectiva familia. Obrigada pela visita e espero ver-te por aqui mais vezes. Um beijinho
      Emilia

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  18. Olá, Emília!
    Acabei de fazer um comentário, mas não registrou, coisas da internet.
    Eu nunca tinha lido nada dessa autora, gostei muito de ter essa oportunidade.
    Realmente nascemos todos iguais,despidos. No decorrer do caminho vamos nos tornando seres únicos, conforme o que vivemos e como vivemos. Por isso, creio que ao morrer vamos cheios, daquilo que fomos e fizemos.
    Espero que você esteja bem, um abraço com muito carinho,
    Sônia.

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    1. Também acho, Sonia, que " ao morrer vamos cheios daquilo que fomos e fizemos ", mas algumas pessoas acham que levam bens materiais e são capazes até de matar por eles. Amiga, desculpa a ausência, mas, com o nascimento da minha netinha e da ajuda que tive de dar à minha filha, o tempo ficou mais curto; agora que ela já fez um mês, já terei mais tempo para visitar os amigos. Um brijinho e até breve.
      Emilia

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  19. Mais outra partilha formidável, Emília!
    Confesso que desconhecia a autora e a sua obra...
    Todos nascemos iguais... mas a vida vai-nos lapidando... acontece que uns tornam-se preciosos, como diamantes... outros apenas refinam o seu lado mais bruto...
    Todos nascemos com a mesma natureza... aparentemente... mas as circunstâncias da vida, irão determinar e definir, o melhor e o pior de cada um de nós... e no limite, mostrar a verdadeira essência de cada um...
    Um poema, que nos faz reflectir... e que por aqui, adorei descobrir!
    Beijinho
    Ana

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    1. Ana, decidi-me por este poemam porque nunca gostei que as pessoas fossem " classificadas, por ricas, pobres, classe, baixa, média ou alta; somos Gente, simplesmente e precisamos uns dos outros; é tão importante o cientista comi o varredor de rua; cada um na sua função, formam a sociedade em que vivemos; é assim que deve ser, creio ! Beijinhos, Ana e muito obrigada por teres deixado aqui a tua opinião, como sempre, assertiva.
      Emilia

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