quinta-feira, 16 de julho de 2015

MURALISTAS




No ano de 1910, o México era governado por Porfírio Díaz, que havia implantado a ditadura no México no ano de 1876 a 1880 e de 1884 a 1911, permanecendo mais de trinta anos no poder.
 A Revolução Mexicana teve como principais acontecimentos a reivindicação da reforma agrária e a manifestação dos camponeses que solicitavam um retorno à sua cultura, ou seja, a busca e a valorização da cultura indígena.
Durante as décadas de 1920 e 1930, o México passou a ser o âmago da arte no continente americano. Os pintores mexicanos, influenciados pela revolução, iniciaram uma proposta de ‘arte revolucionária’ que seria uma mistura entre influências da arte pré-colombiana (civilização Maia, Asteca, Incas) e da arte moderna. Segundo os pintores do período, a nova arte que surgia no México deveria ser das camadas populares, ou seja, o povo teria acesso a essa arte. A influência revolucionária seria expressa em grandes murais nos edifícios públicos, que foram a principal tela dessa nova arte. As principais representações da nova arte vieram do revivamento da criatividade da antiga cultura mexicana, portanto, a sua principal proposta era o “retorno” às origens indígenas. Como a sua principal característica era a pintura em grandes murais públicos, a nova arte que surgiu foi chamada de pintura muralista. Os principais representantes ficaram conhecidos como ‘Muralistas’, são eles: Clemente Orozco (1883-1949), David Siqueiros (1896-1974) e Diego Rivera (1886-1957). Os principais temas pintados por esses artistas foram a transmissão de mensagens de luta, à população, contra as desigualdades sociais, a miséria e a exploração dos camponeses. Os pintores muralistas mexicanos foram convidados a desenhar e expressar sua arte em outros países, como no caso de Diego Rivera, convidado a expressar sua arte no edifício Rockfeller (1933) nos Estados Unidos da América, prédio que representava o ícone do sistema capitalista. Lá, Rivera pintou, sem o conhecimento do milionário dono da Fundação Rockfeller, a imagem de Karl Marx (ícone do comunismo), fato que levou Rivera a ser convidado a retirar aquela imagem, mas o artista se recusou e a pintura foi destruída. Outro fato importante na vida de Rivera foi ter oferecido hospedagem ao exilado soviético Leon Trótski. Este depois foi morto no México, no dia 20 agosto de 1940, por um agente do ditador soviético Stálin. Os pintores muralistas conseguiram levar até à população mexicana (quase toda analfabeta, mas não cegos para conhecer a sua história de opressão e misérias) as mensagens representadas por fatos que contavam a história do México através das imagens pintadas nos muros.

in Mundo Educação


Amigos, a semana que tive de férias foi passada no México. Fiquei encantada com o que conheci deste país. Tive oportunidade de assistir a um espectáculo, no parque Xcaret que mostrava um pouco da sua história,  suas tradições, cultura e a revolução mexicana. Cheguei à triste conclusão  de que nada sabia deste país e, tendo em mente o que me foi mostrado no espectáculo, pesquisei e resolvi partilhar convosco algo do que aprendi, começando por este movimento que desconhecia por completo.

Um beijinho e espero que gostem.

Emília Pinto

27 comentários:

  1. Aí está: um país que gostava de conhecer... Obrigada pela partilha das maravilhas que viste e da história desse país colorido.
    Aproveitaste bem as tuas férias e isso é importante.
    Beijo grande
    Graça

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    1. Olá graça. Não tive tempo para ver muita coisa, amiga, mas mesmo assim foi muito bom. Descobri que não conheço nada sobre este país e por isso talvez volte a ele aqui no Começar de Novo. Espero que esteja tudo bem contigo e....já estava com saudades. Beijinhos e até breve.
      Emília

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  2. A história de um país em cores maravilhosas... Conhecia alguma coisa sobre Diego Rivera por causa da Frida Kahlo.
    Obrigada pela partilha....
    Beijos e abraços
    Marta

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    1. Sempre disse que os blogs nos enriquecem muito e aqui está a prova. Não sei quem é Frida Kahlo e por isso vou pesquisar. Obrigada Marta. Beijinhos e até sempre
      Emília

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  3. Um sonho não concretizado.

    Adorei o texto, pois desconhecia,praticamente, a história deste país colorido que sempre me fascinou.

    Obrigada pela partilha.

    Beijinhos.

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    1. Pois, Lisa, o mesmo acontece comigo. Não sei nada deste país que, pelo pouco que vi, também me fascinou. Há ainda muita coisa que quero pesquisar sobre o México e talvez volte a este assunto aqui no Começar de Novo. Como já disse no teu blog, pensei muito em ti quando observava as maravilhas naturais deste País. Revia-te no nosso passeio à Turquia. " Um sonho não concretizado " dizes tu, mas, Lisa, ainda tens tempo para o realizar. Vais gostar muito e o teu blog vai ter " olhares " fascinantes. . Não percas a esperança, amiga!. Beijinho
      Emília

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  4. Olá, querida amiga!

    Como estás? Por aqui, tudo satisfatório.
    Uma publicação bem completa e interessante. Desconhecia, completamente, aquilo que, aqui, referiste, mas a vida é mesmo assim: sabemos sempre tão pouco!
    Não tenho conhecimentos suficientes para falar desta forma de arte, mas, penso que deveria haver sítios específicos, onde ela pudesse ser executada.
    Lamento e sou contra a realização da mesma em monumentos e outros locais de interesse público.
    Então, até ao México? O importante é k gostaste do k viste e trouxeste na bagagem mais conhecimentos.

    Bom fim de semana.
    Beijos, com apreço e estima.

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  5. Olha que já ia encerrar o computador, mas estava com uma vontade enorme de falar, graciosamente, do comentário k deixaste, há pouco, no meu blogue.
    Então, e como diz uma amiga tua, o casal com muitos anos de ligação, já são como "irmãos, viram irmãozinhos, para ser mais correta? Claro k isso é uma força de expressão, mas, acredito k já não haja aquela química, física e não, e que a "corrida" não seja nenhuma maratona. E as próstatas não perdoam, e não há nenhum k escape. O meu pai, k faleceu há mais ou menos cinco anos, ia três/quatro vezes à casa de banho durante a noite, já pra não falar das vezes k ia durante o dia.
    Nós, lá vamos escapando, uma ou outra, ao cancro da mama, e cada vez mais este tipo de cancro é curável e a taxa de sucesso é acima dos 90%.

    Ó Emília, essa história acontecida no mini, suponho, deve ter k se lhe diga. Abriste-me o apetite, e agora, "fechas-te em copas". Se quiseres, conta, mas tenho de dizer-te k fiquei curiosa, pke toda a gente namorou e namora em carros.
    Bem, dá-me, ao menos, uma gotinha de água, para eu não morrer "desidratada".

    Qto à noite de amor, k descrevi no meu poema, acredita k nunca vivi nenhuma daquela género e mto menos em tendas. Dar umas dicas, até dá, mas pô-las em prática, é k leva mais tempo. É verdade, k sobretudo o homem, precisa de "mudar de ares", e portanto mesmo k tenha 70/80 anos, está sempre disposto, aberto a "novas tendências", a "novas fragrâncias" e a "novos conteúdos/desafios" e seja o k Deus quiser, ou o k ele há muito deseja, mas a companheira já não está pra essas "lides". Imaginação é coisa k me não falta, sempre foi assim. Em contrapartida, pôr uns zeros a mais à direita do número, pra mim, não tem importância nenhuma, aliás, nem me apercebo.

    Excelente noite!

    Beijos.

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  6. Retificando: 5ª linha - "e não só..."

    Um dia feliz.

    Beijos.

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  7. Emília, agradeço teres-me "morto" a sede e tb a curiosidade. Eu não te digo, eu não te digo! Eu como tenho uma imaginação mto "fértil", imaginei "cenários" totalmente diferentes, mas k a situação k vocês viveram foi mto aborrecida, ah, isso foi.
    Eu, contam-se pelos dedos, e não sei se chegará à meia-dúzia, as vezes k fui namorar para o pé do mar, e nunca tive nenhuma situação semelhante, nem embaraçosa, em qualquer aspeto, mas havia no "cenário" uma particularidade minha: o carro tinha de estar com a traseira virada para o mar, ao contrário dos outros, que estavam ao lado daquele em k eu estava e k não era meu. Era dele. Estás a imaginar a cara dele, não estás? Eu tinha o cuidado de, antecipadamente, avisá-lo das minhas inexplicáveis reações, mas ele pensava k talvez fosse desculpa para não haver grandes "manobras", o k não era verdade, de todo. Felizmente, sempre tive "cabecinha" e portanto sabia até onde se poderia ir (tive uma boa escola caseira, a minha mãe).
    E porquê esta minha atitude, perguntarás, pensarás tu? É k o mar sempre me inquietou, e não sei a razão, pke nunca tive qualquer problema nele, nem com ele relacionado, mas fico com taquicardia, mto pouco à vontade, nervosa, inquieta, calada, e portanto não sou boa companhia para ninguém. Há quem vá relaxar para ao pé do mar, pois, comigo, se fosse, teria efeito contrário.

    Não sei se poso publicar o k escreveste. Diz-me, p favor, alguma coisa, nesse sentido.

    Beijos e bom resto de dia.

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    1. Olá Céu. Quanto ao México, uma semana foi muito pouco para o conhecer , mas serviu para ver a minha completa ignorância sobre a história deste país. Talvez por isso eu volte a " falar " dela aqui no Começar de Novo. Quanto ao carro de costas para o mar, na realidade é estranho, mas, se ele te inquieta o melhor seria mesmo não o enfrentar. No caso do mini, lembro que ele ficou bem longe do mar e paralelo a ele; lembro também que não havia outros carros e que comecei a ficar com algum medo, pois com toda a luta que tivemos, as horas foram passando e a escuridão era total. Bem, amiga...lembranças boas, apesar do " aperto " naquela ocasião. Se fosse hoje nada disso seria estranho nem aborrecido. Obrigada por me teres proporcionado esta volta a um passado que teve momentos muito bons apesar de tantas dificuldades. Beijinhos e até sempre.
      Emília

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  8. Obrigada pela tua resposta, mas, era o mínimo que eu poderia fazer, pke é algo que só a ti diz respeito.
    Pensava eu, e não sei porquê, que vivias nos arredores de Lisboa, como eu, afinal és ou vives em Famalicão.
    Hoje, no teu comentário e qdo referiste as praias, AQUI, do norte, fiquei sem entender mto bem, e até pensei k estivesses aí a apanhar uns banhos de sol, afinal és minhota, julgo.
    Então, passarei o teu comentário com a história do Mini, pke acho que tem interesse, encaixa-se e é apelativa.

    Beijos e bom fim de semana.

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    1. Sou minhota, sim, Céu. Nasci numa aldeia do concelho de V. N. de Famalicão. Depois que me casei, fui para o Brasil onde vivi 14 anos e onde tive dois filhos. Voltei para o meu país há 25 anos ficando a morar mesmo na cidade de Famalicão. Deixei naquele belo país os meus pais e o meu único irmão. Vou com frequência lá, pois os meus pais que costumavam vir cá todos os anos, talvez agora não voltem. O meu pai teve um AVC há um ano e apesar de ter recuperado bastante bem, a viagem é longa e ele não tem condições para a fazer. Ele está com 87 e a mãe 85; terei de ser eu a ir lá mais vezes.
      E mais uma vez o mini será lembrado desta vez num blog cheio de poesia e sensualidade. Fica lá muito bem, o mini branco. Beijinhos
      Emília

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  9. Obrigada por compartilhar beijo Lisette.

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    1. Olá Lisette. Muito obrigada por estar sempre presente. Um bom início de semana! beijinhos
      Emília

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  10. Um país com imensa história e hoje procurado pela beleza das praias. Não conhecia este movimento e interessante como fazer chegar a mensagem aos que não sabem ler. Dir-se-ia uma cultura e arte nas mãos e olhos de todos que querem saber mais.
    Boa esta transmissão de conhecimentos que agradeço, Emila
    Beijinho
    Bom fim de semana

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    1. E as praia são mesmo muito belas, Manuela.Lindo país e pessoas simpáticas e calorosas.. Acharam estes muralistas que a arte tem que ser para todos e não só para aqueles que dão fortunas pelas obras e as guardam em cofres ou nos seus salões. também não conhecia este conceito, assim como não conheço quase nada da grande história do México. Espero que esteja tudo bem, cntigo, amiga e que assim continue sempre. Um beijinho e muito obrigada pela visita.
      Emília

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  11. Os pintores e os músicos conseguem fazer chegar a mensagem. A arte pode ser uma forma de contestação política.Acordar os que nunca aprenderam a ler.

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  12. E assim acordaram o povo analfabeto dessa época com toda a certeza Fizeram assim a revolução mexicana saindo da subjugação a que estavam sujeitos. Amigo Luis, muito obrigada pela visita. Fica bem e até breve.
    Emília

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  13. O México é um país fantástico! Possui um povo bastante simpático e hospitaleiro. Já estive lá, há alguns anos atrás, e gostei muito, embora tenha percebido que é um país de muita desigualdade social, de muita pobreza. Mesmo assim ou talvez, até por isso, vale muito a pena conhecer. O Diego Rivera, que foi casado com Frida Kahlo, hospedou o Trotsky em sua casa. Dizem que o Siqueiros "colaborou" no assassinato do Trotsky...tanta coisa que não conhecemos, não é?
    Achei tua postagem muito interessante, é sempre bom partilharmos/compartilharmos o que conhecemos com outras pessoas.
    Gostei de teu comentário no blog; não sabia que as terras de Alentejo eram semelhantes às do nordeste brasileiro. João Cabral de Melo Neto era um poeta nordestino (muito bom!) cuja obra era voltada para as questões sociais, para o homem sertanejo. Viveu também muito tempo na Espanha como diplomata, tendo dedicado também muitos poemas ao povo daquele país, principalmente Córdoba e Madri.

    Um beijo

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    1. Como bem dizes, é sempre muito bom compartilhar conhecimentos e aqui tu me deixas duas informações que desconhecia e que me levaram a uma pesquisa sobre o assunto. O nosso Alentejo é muito plano, mas com muito calor e pt seco; também tem praia embora a água não seja quente como as do vosso nordeste.. Fui pesquisar sobre o João Cabral e gostei muito dos poemas dele. Talvez até publique algum aqui no Começar de Novo. Uma das coisas que me agrada neste mundo dos blogs é esta troca de experiências que muito nos enriquecem.. Muito obrigada, Cirandeira e um bom fim de semana. Até sempre! Beijinhos
      Emília
      Emília

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  14. Boa noite, querida amiga!

    Espero que estejas bem, tal como a tua família. Por aqui, tudo está a caminhar com razoabilidade.

    Calculei que, ainda, não tivesses nova publicação, mas como te tenho encontrado nos comentários de alguns blogues, fiquei na dúvida, e resolvi vir fazer-te uma visita.

    Desejo-te um resto de boa semana. Em Lisboa, hoje esteve vento e a noite está fresca.

    Tenho novo poema. Qdo desejares e te apetecer, aparece, mas sem pressas, Emília.

    Beijos, com estima e consideração.

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    1. Olá Céu.
      " com razoabilidade " é o que se pode querer no passar dos nosso dias, pois eles nunca têm só aspectos bons; de vez em quando lá aparece uma pedrinha no caminho que, se não tivermos cuidad, nos faz dar um valente " tombo ". A vida é assim, feita de momentos bons e menos bons, alguns até muito maus. Fico sempre muito contente com a tua visita, mesmo quando ainda não tenha publicações novas. Quem não gosta de receber um amigo nem que seja para um simpático " olá, como estás? ". Irei ver o teu poema, sim., talvez ainda hoje. Beijinhos e muito obrigada pelo " miminho "
      Emília

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  15. A arte pode ser implantada em qualquer lugar.
    E quanto mais pública, melhor.
    Espero que as suas férias no México tenham sido muito boas.
    Emília, desejo-lhe um bom fim de semana.
    Beijinhos.

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  16. Forma muito boas, sim, Jaime; pena ter sido só uma semana. Concordo contigo, a arte deve ser para todos e não só para aqueles que têm um alto poder aquisitivo. Infelizmente não é isso que acontece. Um bom fim de semana e obrigada.
    Emília

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  17. Também tenho muita vontade de conhecer este país fascinante, obrigada por partilhar um pouco dessa arte em murais. bjs.

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    1. Lourdinha, adorei este país , mas o que mais me aborreceu foi a viagem tão longa; demora o mesmo que ir ao Brasil. Para vocês, brasileiros será mais fácil. Só fui uma semana e isso é muito pouco para conhecer boa parte do que o México tem para nos mostrar; mas, como ia com os meus netinhos, ( 8 e 6 anos ) não poderia ser de outra maneira. Quando puderes, amiga, vai até lá, pois vais gostar. Beijinhos e muito obrigada pela visita. Bom fim de semana
      Emília

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