quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

NORMOSE - A Peste do Século

«Já tem algum tempo que descobri o texto reproduzido abaixo, porém, mais do que nunca, ele continua atual. Acredito que apenas depois de tomarmos consciência de um problema é que tentamos resolve-lo, portanto minha intenção ao divulga-lo para o maior número de pessoas é a esperança que uma solução chegue mais depressa. Boa reflexão!»



«A humanidade esteve diante das mais diversas pestes e doenças, mas creio que nenhuma foi tão sutil quanto a normose. Este foi o termo criado por Jean Yves Leloup para definir, não uma nova moléstia física, mas um tipo de comportamento moderno intensamente destrutivo e hostil.

Normose seria a doença que faz com que o indivíduo aceite comportamentos nocivos ou aja por sobre um plano ilusório de uma maneira normal. O sujeito se acostuma tanto com determinada situação que nem pensa em questioná-la. Ela passa a fazer parte do quotidiano, mesmo trazendo prejuízos significativos.

Normose é assistir a escândalos políticos como corrupção e desvios de recursos de uma maneira normal. Embora reivindicações por mudanças sejam constantes, ficamos só no discurso. Ao invés de curar o mal pela raiz, somos tentados a simplesmente desviar do problema. Passiva, a sociedade aguarda providências das "autoridades" as quais, quem sabe, nunca chegarão.

A falta de ética dos ambiciosos e o comodismo generalizado inibe credibilidade e bom senso, restringindo a iniciativa e o trabalho criador necessário a uma sociedade próspera e equilibrada. E isto não acontece somente no meio político-social.

A normose é um mal que avassala o mundo inteiro, penetrando também em nossos lares, onde tanto somos influenciados pelas chamadas "propagandas enganosas" da mídia, como tornamo-nos vítimas de maus hábitos e modismos que denigrem cultura e valores sociais.

Num mundo repleto de superficialidades, tornou-se comum assimilar referências vazias e sem sentido. Obsessão por consumo e manutenção de "status" são algumas condutas subtilmente interiorizadas, mesmo sem significado real para nosso próprio crescimento. Adquirimos padrões duvidosos apenas porque são considerados normais.

A normose também está na sexualidade. A revolução cultural, mesmo rompendo com antigos e rígidos padrões de relacionamento, acabou por incentivar situações fúteis e passageiras. Tentando resgatar liberdade e sensualidade, muita gente acabou por trocar intimidade e espontaneidade por indiferença e promiscuidade. Substituímos inconscientemente nossos próprios valores, aderindo às transformações de uma maneira inerte - normal.

Bem, sei que não é fácil exercitar autoconsciência frente a tantos estímulos. Mas, com sabedoria e vontade de crescer poderemos banir a normose, caminhando equilibradamente rumo a um futuro próspero, onde o progresso seja não só o resultado de transformações urgentes e transitórias, mas, sobretudo baseado em valores sólidos e conscientes.»




Extraído de: A Peste do Século: Normose - Por Moacyr Castellani (Psicologia Integral)»

Esta palavra era-me desconhecida..., no entanto,creio que o seu significado é por demais percebido, não só por mim, como por toda a gente de bom senso. As absurdas atitudes tomadas todos os dias pelo ser humano dito « racional », são tantas e tão frequentes que em vez de chocarem a sociedade, passam a ser consideradas normais e,ao serem consideradas assim,deixam de ser contestadas..., começam a fazer parte do nosso dia a dia e começamos a perder a vontade de lutar contra elas. Infelizmente, tenho que dar razão ao autor deste texto: A NORMOSE tornou-se na PESTE DO SÉCULO!

Emília Pinto

1 comentário:

  1. Oi! Emilia
    Não me era totalmente desconhecida esta palavra,mas tem razão o seu autor,mas como se pode lutar contra uma sociedade tão podre , onde todos os valores se vão perdendo começando pela base, a familia, que começa a desintegrar-se,devidos a tantos factores entre eles o desemprego, que a tantos jovens afecta,os altos cargos de chefia,são para os amigos, depois seguem-se oa amigos dos amigos, depois as cunhas....e o pobre? Onde fica?Que adiante contestar? Tudo fica sem o sentido da audição,tudo fica, como nada se passasse, tudo sereno, o que é preciso é não levantar poeira...,mas tenho fé que no tempo dos nossoa netos ,será dado o "grito de Ipiranga", com força vâo dizer não....
    dizer não à tudo o que é superfulo ,repôr a verdade, não deixar correr, estar atento, corrigindo vicios,afastar os imbecis, aqueles, que tudo fazem para a não creatividade, enfim esta "normose"daria para preencher todos os livros de reclamações ,que por este país foram distribuidos, ....MAS.....quem sabe se daí não resultaria qualquer coisa....
    Até breve
    Herminia

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