Enquanto para uns parece que a vida não vale nada, para outros ela vale milhões (muitas vezes cotada na bolsa de valores). Sempre ouvimos histórias de como algumas pessoas transformaram suas vidas em um verdadeiro presente maravilhoso, brilhando e fazendo sucesso através delas. Mas também encontramos aqueles cuja existência parece ser algo insignificante, agem como se não soubessem muito bem o que fazer com a vida que fluí em suas veias e acabam estragando-a, seja no mundo das drogas, da marginalidade, da futilidade, da mesquinharia, ou mesmo pelo total desprezo com as demais vidas que circulam em sua volta. Também não podemos esquecer aqueles que sempre se colocam no papel de pobres coitadinhos, sem fazer nada para melhorar sua situação.
Partimos do princípio que nós todos somos iguais, porém, dotados de corpos e mentes diferentes. O ser humano passa por muitas dificuldades, pois se já é um parto para poder nascer, imagine o trabalhão que dá para se manter vivo então. É neste contexto de superar limites para viver e sobreviver, que muitas pessoas impõem para si mesmas a meta de alcançar a perfeição. Muitas vezes sem se darem conta de que esta busca é uma espécie de ato egocêntrico.
Dizem que até já existiu alguém totalmente perfeito andando sobre a Terra (as fábulas fazem parte da alma do ser humano ou vice-versa). Por isso, qualquer outro indivíduo disposto a repetir tal façanha poderia ser considerado um mero plagiador, sem falar que o esforço despendido para alcançar tal grau de perfeição deixaria qualquer um literalmente pregado.
Somos seres perfeitamente imperfeitos, contrastando com a nossa imagem de imperfeita perfeição. As pessoas julgam que junto com a perfeição alcançarão também a felicidade, mas estas duas coisas não estão necessariamente atreladas. Ao contrário, muitas vezes esta procura pode causar erros e danos no livro de nossa história existencial. E assim seguimos nossas vidas errando ao tentar acertar. Por exemplo, ao tentar deixar um planeta melhor para os nossos filhos, nos esquecemos que o ideal seria criar os filhos para que fossem pessoas melhores para o nosso planeta.
Mais do que trabalhar para a própria perfeição, deveríamos tentar adquirir doses maiores de afeição. Trabalhar para que outros também consigam melhorar em suas vidas, ou pelo menos, auxiliá-los diante de seus fardos. Fazendo isto, provavelmente conseguiremos melhorar a nós mesmos.
Nossas vidas apresentam diversas ranhuras, imperfeições que são características pessoais de cada um. Dispomos de traços de personalidade que nos diferenciam de outros seres, e antes de tentarmos mudá-los, é preciso saber aceitá-los, entendê-los como são, e deste conhecimento forjarmos as ferramentas necessárias para nos tornarmos indivíduos melhores, desde que este melhor realmente seja o melhor para nós.
Antes de tentar ser alguém com todas as respostas, talvez devêssemos rever e quem sabe até mesmo apresentar novas dúvidas para tudo àquilo que se julgava já estar esclarecido. Afinal, tudo que é definitivo é incompleto em sua essência. A única certeza que podemos ter é a de que a vida é uma festa (boa ou má) que sempre terminará em um derradeiro velório.
De António Brás Constante
"UMA FESTA QUE SEMPRE ACABARÁ EM VELÓRIO" ; uma frase que merece reflexão.
"UMA FESTA QUE SEMPRE ACABARÁ EM VELÓRIO" ; uma frase que merece reflexão.
Emília Pinto
Muito bom seus posts...a música é inebriante!
ResponderEliminarbjs,
Muito obrigada, Sonica, pela visita. Fico contente que tenha gostado e espero vê-la por cá mais vezes. Um beijinho e até breve
ResponderEliminarEmília
Olá às duas
ResponderEliminarA vida é uma "aula" com muitas e variadas lições...acabando por ser sempre uma passagem para a outra "margem"...
Um post soberbo.Puseste-nos a reflectir.
Bjs.
Ainda agora acabei de ler num blog amigo outra definição para a vida também muito interessante: " a vida não passa de uma história. Umas vezes um imenso drama; outras, uma rematada comédia".
ResponderEliminarObrigada. Lisa! Gostei muito também da tua definição; temos que estar atentos para aprender o máximo em cada lição.Um beijinho e obrigada pela visita.
Emília
Espero que la mia sea una pequeña reunion familiar.
ResponderEliminarYo ya habre vivido lo suficiente así que el partir es sereno.
No acepto velas para nadaaaaaaaa
Cariños
Sabe, Abuela, também gostaria que a minha partida fosse simples...apenas uma reunião familiar, mas só os mais chegados. Velas, também não acho necessário. Um beijinho e muito obrigada pela visita.
ResponderEliminarEmília
Olá, Emília
ResponderEliminarUm texto que nos faz pensar e ver quão efêmera é a vida. Em vez de a desperdiçarmos privilegiando coisas supérfluas deveríamos dar mais atenção aos afectos, procurando formas de nos relacionarmos dentro da tolerância tendo em conta que, realmente, cada um tem a sua maneira de ser e de pensar.
Beijinhos
Olinda
É isso, Olinda! Vivemos preocupados em ter mais do que os outros, com a mania de que somos superiores em relação a outras raças, culturas, cores, religiões e nunca nos lembramos de que afinal, não há diferenças; todos nascemos e morremos do mesmo modo. Par quê tanta intolerância? Beijinhos e muito obrigada pela visita.
ResponderEliminarQuerida amiga, este texto é para a nossa reflexão, a morte fas parte da vida, temos que conviver com ela.
ResponderEliminarObrigado por sua visita e comentário.
Tenha um lindo fim de semana.
Bjos.
Temos que conviver com ela e temos de aprender que não vale a pena andarmos em competição uns com os outros, porque afinal acabamos do mesmo jeito.Obrigada, Fenix, pela visita. Um beijinho e tenha um excelente fim de semana
ResponderEliminarEmília
Voltei, para te dizer querida que no meu cantinho tem selo especial para os amigos especiais, e seu blog consta na lista.Espero que goste.
ResponderEliminarTenha um belo fim de semana com muita paz.
Bjos.
Vida!
ResponderEliminarA dádiva total,razão de pura e simplesmente existir. E que pouco valor damos à vida! Ou...às vezes que valor tão distorcido se dá à vida! Perfeita? Imperfeita? Mas se é com as imperfeições que caminhamos para a perfeição...E realmente, se já dá trabalho viver, então que o trabalho seja digno de nós,valorizando nossos atos e afetos.
E apreciei particularmente quando diz,"para criar filhos para que sejam melhores pssoas para o planeta",motivando-os para os afetos em laços de solidariedade.
Sempre enormes e belos os vossos posts!
Bom fim de semana, Emilia e Hermínia
Bji
Oi Emilia!
ResponderEliminarBom texto para comentar!
A vida um espaço que traz dois gumes, um aguçado que fere ,outro macio, que vem suavizar o primeiro.Dá por um lá e tira por outro.
Assim bailamos, ao som do imprevisto, ao encontrá-la pela primeira vez solta-se o choro, porque não o riso?
Será para pensar!
Vimos acompanhados duma carga genética, depois temos o meio ambiente que nos vai pulindo, mas a personalidade já lá está, a seguir vem o fator sorte,que nos põe a pensar, porque existe, lá está o caso, que quando muitos de nóa nasce a caminha está feita de lençois bordados ,outros nem lençois têm! Começa logo aí a tal sorte!
Continua a vida, uns com muito pouco são seres ricos, outros com muito, cada vez se torna menos e menos, ambição desmedida ... seres frustados.
Não há dois seres iguais!
Quan to há ultima parte é a mais bem feita não se prevê a hora nem o dia, dizer-se "Ó não me importo, ó quando for é...etc.. faz-me lembrar o papagaio ,repete o que ouve, mas não pensa.
Bem, como estamos próximos do dia de todos os Santos e no dia dos fieis defuntos,encontrei num dos cemitérios por onde passo uma lápide onde dizia :Nome para quê? Uma cruz basta para dizer o que é a vida"
Fiquei a pensar ,já lá vão muitos anos e nunca cheguei a saber quem era, talvez um ser, que nada tinha para agradecer à vida!
Emilia até breve mesmo!
Herminia
Olá Fenix. Sentimo-nos sempre muito acarinhadas quando nos distinguem com um selo, pois é sinal de que apreciam o nosso blog. No entanto, como ele não está preparado para colocar selos na barra lateral e nem eu nem a Hermínia sabemos fazer isso resolvemos guardá-los só no coração. Espero que entenda e nos perdoe. Mais uma vez muito obrigada pelo carinho . Um beijinho e fique bem!
ResponderEliminarEmília
Pois é, Hermínia, pensando bem, para quê o nome na lápide? Isso não importa. O que interessa é o que essa pessoa representou na vida daqueles que o amaram e esses sabem quem lá está. É assim que eu penso e, se quer que lhe diga, não me importo que o meu nome conste nessa pedra fria; o que me importa é que fique para sempre no coração dos que amei e me amaram. Um beijinho e tenha uma bela semana
ResponderEliminarEmília
Muito obrigada, Manuela pelo carinho que dedica ao Começar de Novo. Ficamos sempre muito felizes quando gostam do que publicamos. De facto damos muito pouco valor à vida, não a sabemos ler como ela merece, bem devagarinho, com calma para que a possamos interpretar do jeito que ela merece. Tenha uma excelente semana, Manuela e mais uma vez, muito obrigada.
ResponderEliminarEmília