sexta-feira, 27 de junho de 2025

PAUSA

imagem da net




Queridos Amigos, o Começar de Novo vai fazer uma pausa, desta vez mais longa 

Não sei o que ele pensa e muito menos o que vai fazer mas eu, sinto NECESSIDADE de parar por uns tempos e de certeza que aproveitarei este período para a leitura, ler livros novos ou reler aqueles que já li há muito 

Tenho a certeza que me compreenderão. Estarei por aqui e. sempre que puder, visitar-vos-ei 

Mas, tenho outra NECESSIDADE e esta, muito importante.....por favor NÃO SE ESQUEÇAM DE MIM 

Deixo-vos um beijinho muito, muito especial e votos de que tenham dias felizes, com alegria e muita paz à vossa volta, já que não a temos neste nosso mundo


 Emília Pinto

segunda-feira, 2 de junho de 2025

POEMA DA NECESSIDADE

 Imagem Pixabay



É preciso casar João, 

é preciso suportar Antônio, 

é preciso odiar Melquíades 

é preciso substituir nós todos. 


É preciso salvar o país, 

é preciso crer em Deus, 

é preciso pagar as dívidas, 

é preciso comprar um rádio, 

é preciso esquecer fulana. 


É preciso estudar volapuque, 

é preciso estar sempre bêbado, 

é preciso ler Baudelaire, 

é preciso colher as flores de que rezam velhos autores. 


É preciso viver com os homens 

é preciso não assassiná-los, 

é preciso ter mãos pálidas e anunciar O FIM DO MUNDO



Além das necessidades que todos temos, fundamentalmente " É preciso viver com os homens. é preciso não assassiná-los "


Carlos Drummond de Andrade


Mas, perante o que estamos a viver, ficamos tentados a pensar que " O FIM DO MUNDO "está perto

Emília Pinto

quinta-feira, 15 de maio de 2025

AÇÃO SOCIAL

 Imagem Pixabay



Quando foi eleito o novo Papa, fiquei a saber que tinha sido Leão XIII a introduzir a acão social na Igreja Católica e creio que este novo representante da Igreja, Leão XIV, vá seguir o mesmo caminho, continuando, assim, o trabalho do querido Papa Francisco.

 Nem sempre as Igrejas, sejam elas de que credo forem, se preocuparam com este aspecto tão importante, apesar se se notarem importantes avanços. 

 E agora vou falar do tema sobre o qual me questiono com frequência, as Freiras que escolhem a clausura para seguirem a sua vocação espiritual. É opção delas e, claro, tenho que respeitar, mas, será que não seriam mais felizes cá fora, ajudando os mais desfavorecidos?

 Estudei num colégio de freiras e posso afirmar que muito contribuíram para o que sou hoje. Esse colégio estava também aberto à " Infância desvalidada ", designação dada às crianças e jovens desfavorecidas. Faziam um trabalho fantástico e posso dizer-vos que foi uma época muito feliz da minha vida 

 Há freiras a trabalhar em hospitais, a dirigir creches e colégios e quanto trabalho não há nas paróquias onde os sacerdotes se desdobram para atenderem a todas as solicitações causadas pelas dificuldades que as pessoas tèm neste nosso mundo tão impiedoso? 

Há catequese, há idosos a viverem sozinhos, muitos deles acamados, há pessoas a passarem fome e essas irmãs de clausura fariam um belo trabalho, apoiando essas pessoas tão carentes, principalmente de afecto.

 Será que meditar e orar bastam? Deixo a pergunta.... 

 Emília Pinto

quarta-feira, 30 de abril de 2025

AMIGOS

 

Imagem pixabay




A propósito da última crónica da nossa Amiga, Taís Luso, hoje, resolvi falar de AMIGOS e a palavra está em maiúsculas, porque há muito  faço a distinção entre conhecidos, amigos e AMIGOS. E são estes, os AMIGOS, que tanto procuramos e que são raros. 

São poucos, mas, muitos vezes encontramo-los onde menos se espera. Costumo comprar as minhas roupas numa loja aqui perto de casa, porque a senhora, dona do estabelecimento, não " empurra " nem engana e eu peço-lhe sempre a opinião, porque sei que a dá com sinceridade, chegando mesmo a aconselhar-me sobre o que melhor me fica. 

Quando está menos ocupada. conversa comigo, conta as suas coisas e ouve com atenção os meus desabafos, Numa altura em que eu não estava muito bem, ela escutou-me, deu-me um abraço e disse-me para passar lá, não para comprar, mas, sim, para conversarmos. 

Sei que tenho ali uma grande AMIGA que faço questão de preservar; por isso digo que os AMIGOS muitas vezes estão onde menos se espera e, infelizmente, não estão onde pensávamos, como, por exemplo, entre familiares.

 No entanto, é preciso saber cuidar deles, como nos aconselha Fernando Pessoa, no seu poema AMIGO APRENDIZ.

." Quero ser teu Amigo, nem demais e nem de menos, nem tão longe e nem tão perto...na medida mais precisa que eu puder..." 


 Não sei se já aprendi a ser AMIGA, mas tento, sim! 


 Emília Pinto

terça-feira, 22 de abril de 2025

AS TRÊS PALAVRAS.....



Imagem pixabay 





Só quem teve de pedir perdão, pelo menos uma vez, é que é capaz de o dar. 

Para mim há três palavras que definem as pessoas e constituem um compêndio de virtudes - diga--se de passagem que não sei se eu as tenho - e que são: com licença, obrigado e perdão.

A pessoa que não sabe pedir licença atropela, vai em frente com a sua, sem se importar com os outros, como se os outros não existissem. Em contrapartida, quem pede licença é mais humilde, mais sociável, mais integrador. O que dizer de quem nunca diz «obrigado» ou sente no seu coração que nada tem a agradecer seja a quem flor?Existe um refrão espanhol que é bem eloquente: «O bem-nascido é agradecido.» A gratidão é uma flor que nasce em almas nobres. E, finalmente, há pessoas que acham que não têm de pedir perdão por nada. Estas são vítimas do pior dos pecados: a soberba. E insisto: só quem teve a necessidade de pedir perdão e teve a experiência do perdão é que consegue perdoar. 

Por isso, aos que não dizem estas três palavras falta-lhes algo na sua existência. Foram podados antes de tempo, ou mal podados pela vida. 


 Papa Francisco, in 'Conversas com Jorge Bergoglio'


Escolhi esta imagem, porque Francisco foi o Papa que soube " DAR COLO  "

Muitos conselhos deu a todo nós, com o seu modo de  ser, mas este, das três palavras. é fácil de ser seguido, não vos parece, Amigos ?

Emília Pinto

segunda-feira, 7 de abril de 2025

A LOJA SOCIAL


Imagem pixabay




Na resposta ao comentário do nosso Amigo Pedro Luso, no post anterior, falei na Loja Social onde faço voluntariado, duas vezes por semana. 

Embora saiba que muitos de vós já as conheceis, resolvi escrever sobre esta bela iniciativa da nossa autarquia. Além de ajudar as pessoas carenciadas, dá oportunidade a todos de contribuírem nesse auxílio. 

O que mais me agrada é saber que, aqui, só vem procurar ajuda quem realmente precisa, pois a assistente social tem que avaliar a situação das pessoas e nem sempre é assim em outros locais. 

Tudo o que entra na loja social é doado; fazemos campanhas na entrada das grandes superfícies, para termos alimentos e quase todas as pessoas contribuem, trazendo nem que seja um pacotinho de arroz. 

O que mais trabalho dá aos voluntários é o vestuário, os brinquedos e outros bens que levam à Loja.

Temos que verificar, peça a peça, porque há pessoas que pensam que os mais necessitados têm que usar tudo, mesmo que esteja rasgado, sapatos com sola descolada, brinquedos que deveriam ter ido para o lixo;  só depois desse trabalho feito é que colocamos à disposição dos utentes, ou, então, colocamos em sacos que serão levados para a reciclagem. 

Todos nós sabemos que há seres humanos incríveis que ajudam, respeitando os que precisam, doando roupas boas e limpas. 

Mas há aqueles que, por terem dinheiro, pensam que os menos afortunados são lixo e, como tal, têm de usar aquilo que para o lixo deveria ter ido 

 Também todos sabem que a vida não é bela para muita gente, que o dinheiro é mal distribuído e que o ser humano, às vezes de humano pouco tem 


 Emília Pinto

segunda-feira, 24 de março de 2025

OS SEM - ABRIGO


Imagem Pixabay


São cada vez em maior número aqueles que se veem forçados a escolherem a rua como moradia.

Os motivos para essa decisão são vários e um dos principais é o vício das drogas. 

Temos, no entanto, uns novos SEM-ABRIGO , pessoas que trabalham, pagam os seus impostos, mas não conseguem adquirir uma simples casinha ou pagar um aluguer 

Há no nosso país, pessoas que têm a ousadia de alugar um quarto por quinhentos euros, alguns sem as mínimas condições; não fazem contrato e nem passam recibo, fugindo, assim, às suas obrigações perante o estado. 

Não há fiscalização e os inquilinos desses quartos não denunciam com medo de represálias. 

Para muitos, a solução é viverem na rua, usando uma barraca de campismo ou, então, debaixo das pontes para melhor se abrigarem 

Há algumas associações que os ajudam, com uma refeição, dormida, banho e troca de roupa, mas, alguns não aceitam, creio que por medo de perderem o lugar que tanto lhes custou a arranjar 

E aqui, Amigos, temos de novo o DINHEIRO, tão mal administrado, tão mal usado, tão mal distribuído... 

E a VIDA assim segue, a ser " madrasta " para tanta gente...

E, novamente o SER HUMANO, explorador, sem compaixão, sem o mínimo de HUMANIDADE


 Emília Pinto