sábado, 31 de outubro de 2009

LEVEZA....







«Leve o pensamento na cabeça Tão leve que nem é preciso pensar noutra coisa, além de tudo aquilo que vivemos.Viver é pensar um pouco, Mas só o suficiente para não deixarmos de viver. Às vezes, viver é também lembrar do que se vive Dos grandes e prazeirosos momentos juntos Que vez ou outra, não são muito grandes mas que nos fazem um bem enorme.Viver é correr o risco de não pensar de não querer pensar nada além do que se está vivendo Como se aqui e agora fosse tudo o que tivéssemos. É tudo o que temos! Leve também cada expressão no rosto De saudade, de carinho ou de desejos Leve no coração uma gostosa sensação de paz Essa mesma paz que nos faz ir em busca das mudanças Leve esse sorriso no rosto de quem sabe que está chegando Sabe também que está sempre partindo um pouco Sem deixar de ter consigo todas as estradas porque passou.»
Arthoni



Ps. Leve a vida bem de leve, esforce-se por tornar o peso em leveza, leve consigo a ternura dum afago, a ternura de um beijo a uma criança carente , a um amigo que espera por si, leve consigo um raio de luz num dia escuro, leve um coração cheio de amor.



Herminia Coelho Lopes

domingo, 25 de outubro de 2009

Tem razão ao dizer que....


SOMOS SERES LIMITADOS E ILIMITADOS
(Autor: Antonio Brás Constante)

«Somos seres limitados. Nosso espectro de visão é pequeno (muitos não conseguem ver além do próprio umbigo). Nossa audição consegue captar apenas uma pequena faixa de freqüência audível e alguns ainda pioram isso ouvindo “sons” em altíssimas alturas. Nosso habitat é em terra firme, em um mundo envolto por gigantescas poças de água salgada.

Necessitamos de ar para viver, algo bem escasso em um universo que se mantém no vácuo, isso sem falar que mesmo a nossa mordida é aproximadamente vinte vezes mais fraca do que a de qualquer aligátor do Mississipi (uma mordida como a deles seria muito útil para mastigar os bifes que são servidos em alguns restaurantes que existem por aí).

Mesmo com todas estas limitações, dispomos de algo que nos dá vantagem sobre outras criaturas conhecidas, algo que chamamos de criatividade. As coisas que o ser humano inventa, podem ser desde uma simples desculpa para seu chefe, esposa, ou mesmo para não precisar emprestar dinheiro para seu cunhado, até novas formas de se observar o universo micro e macro que nos rodeia e se desvenda como uma striper diante de nossos olhos.

A criatividade cria livros, fazendo com que autores troquem tempo por palavras, formando inclusive “pérolas textuais”, como a que está sendo devorada por seus olhos neste instante. Cada limitação que enfrentamos gera em nossas mentes um jeito novo de superar obstáculos, fluindo como água em meio aos rochedos.

Criamos armaduras para nos proteger do frio e do fogo, do mesmo modo que desenvolvemos nossa personalidade para suportar derrotas e decepções. Muitas vezes falhamos, e temos o livre arbítrio de parar ali e enfrentar os ônus da derrota, ou continuar (se for possível), para alcançar os bônus da vitória.

Devemos procurar sempre encarar as coisas com um foco positivo. Pensando dessa forma poderemos notar que a dona evolução procurou ser generosa conosco, transformando o limão dos primórdios de nossa existência, nesta atual limonada na qual nos encontramos.
Pena que nem todos parecem ter realmente evoluído, e tentam azedar a vida, pondo pimenta nos nossos olhos dizendo que é refresco. Podemos notar, por exemplo, que existem cérebros talhados em sua essência com uma mentalidade digna de decrépitos parasitas, atuando no mundo da política. Por outro lado, alguns nadadores olímpicos parecem ter conseguido manter suas nadadeiras de peixe.

Enfim, evoluir consiste principalmente em amestrar o macaco que existe em cada um de nós, para que possamos desenvolver as asas que ainda faltam em nossa consciência, e assim chegar ao paraíso que poderia existir ao nosso redor, e para tornar isso possível, bastaria apenas que passássemos a agir verdadeiramente como seres humanos.»



Esta última frase diz tudo « agir verdadeiramente como seres Humanos » Pensemos todos nisto!

Emília Pinto

TANTO CARINHO!!!






Agradecemos aos nossos amigos J Araújo,
Minhas Palavras, Faces de Mulher e Miguxa pela carinho que sempre dedicam ao Começar de Novo.
Gostaríamos de os passar a todos os nossos amigos que nos visitam.Junto com eles vai um montão de beijos para todos.
Muito obrigadas,
Emília e Hermínia

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Seguindo o conselho da.....



nossa amiga Priscila Lopes, aqui deixo esta música, As Cinzas das Horas que, segundo ela, combina com o texto da Hermínia. Espero que gostem!

Emília

domingo, 18 de outubro de 2009

TU







Aqui sentada, fecho os olhos e inspiro. A minha pele arrepia-se e consigo lembrar todo um aroma, todo um toque. Mesmo quando não estás, a casa tem o teu cheiro, os papéis espalhados na ordem do teu caos, a almofada tem o molde do teu rosto e a toalha abandonada o teu corpo. Ter-te por perto é aquilo que muitos podem chamar habitual, mas sem cair em hábito oco dos dias, mas antes descobrir-te sempre, nos gestos, na expressão e impressão, no sorriso preso numa mensagem, na gargalhada solta num gesto. Confesso que a velocidade dos dias que tento abrandar, nos induz ao descompasso, tocando em tons diferentes, mas o calor do teu abraço traz-me de volta e podemos ter o silêncio, que nos devolve todos os beijos. Por isso, gosto de te ter nas minhas fotografias, na memória de um desenho que rabisquei entre um cigarro e um café, nas ideias e sonhos que vamos partilhando. Há tanto ainda para fazer, muitas coisas quero apenas sussurrar-te, mas a verdade é que tudo isto que sinto é porque TU existes.



(tirado da revista PORMENORES)



PS.Lindo este texto...li-o em Portalegre,por lá pernoitei e encontrei-o na revista Pormenores , por isso o quis compartilhar., espero que gostem.....

Herminia Coelho Lopes

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Na Literatura....


Um Nobel contra a opressão

Herta Mueller distinguida com o Prémio Nobel da Literatura. Escritora alemã "pinta a paisagem dos desfavorecidos", afirmou Academia Sueca

SÉRGIO ALMEIDA

«A Academia Sueca voltou a surpreender os observadores, ao escolher um nome que não figurava entre os favoritos. A alemã Herta Mueller é a terceira mulher distinguida com o Nobel da Literatura nos últimos seis anos.

A surpresa com que foi acolhida a decisão dos membros do júri pode ser facilmente demonstrada por uma notícia da Reuters, escassos minutos após o anúncio, em que era perguntado directamente quem é Herta Mueller, enunciando em seguida os factos mais relevantes do seu percurso.

A visão excessivamente anglo-saxónica da agência ajudará a explicar o desconhecimento, mas não totalmente: afinal, a autora de "O homem é um grande faisão sobre a terra" (Cotovia) e "A terra das ameixas verdes" (Difel) - os dois únicos títulos disponíveis em Portugal - está longe de ser uma figura literária conhecida do grande público, exceptuando a Europa Central.

Ao distinguir a escritora alemã de origem romena o júri procurou destacar "a concentração da poesia e a franqueza da prosa" reveladas por uma escrita capaz de "pintar as paisagens dos desfavorecidos".

Se cada decisão da Academia é por norma esmiuçada à luz dos seus hipotéticos significados políticos, a deste ano não é excepção. Em plenas comemorações do 20ª aniversário da queda do Muro de Berlim, é impossível não ver no simbolismo da escolha um apelo ao diálogo intercultural no seio de uma Europa em evidente crise identitária.

"É um caso de escrita europeia. Ela saiu da Roménia antes da queda do Muro de Berlim. Dá uma imagem do que é a Europa antes disso", salientou à Lusa João Barrento, responsável pela tradução de "O homem é um grande faisão sobre a terra", que, pese embora o profundo conhecimento da cultura germânica, destacou a surpresa pela preferência da Academia por "uma escritora relativamente desconhecida".

Quando abandonou o país natal em 1985, Mueller era uma autora acossada pelo regime de Niculae Ceaucescu, cuja podridão denunciou em sucessivos livros. Mas não foi só a literatura que lhe trouxe dissabores com o regime totalitário: depois de se ter recusado a ser informadora da polícia secreta, foi despedida da fábrica onde trabalhava e perseguida pela Securitate.»

in, Jornal de Notícias


Gostei que tivessem dado o prémio a Herta Mueller. E vós, amigos?

Emília Pinto

MIMOS




Agradecemos aos amigos Álvaro Oliveira, Umbreveolhar, Simone Klaus, Justmoments e Miguxa pelo carinho e simpatia. Adorámos os selinhos.
Um beijinho muito especial para todos.

Emília e Hermínia

terça-feira, 6 de outubro de 2009

O Verbo do SER


Eu fui...
O que me foi dado ser....
O que me foi ensinado a ser...
O que me foi exigido ser ....,
Principalmente, o que quis ser;
Eu era...
O que tinha de ser...
O que convinha ser...
O que aprendia a ser...
Acima de tudo, o que queria ser...
Agora...,eu sei que sou...
E serei?
Isso eu não sei....
Não me é dado saber...
Vai tudo depender...
Do verbo SER..

Emília Pinto