segunda-feira, 30 de agosto de 2010

ESTA EU DEDICO.....

à minha amiga Hermínia e a todos os que gostam de Maria Bethânia.



Um beijinho

Emília Pinto

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

LINDO!






Já uma vez coloquei aqui o video de " CÁLICE ", cantada pelo próprio Chico Buarque. Pela Bethania não conhecia, mas acho que também está fantástica. Espero que gostem!

Emília Pinto

domingo, 22 de agosto de 2010

É PRECISO VER....




"É preciso ver o que não foi visto, ver outra vez o que se viu já, ver na primavera o que se vira no verão, ver de dia o que se viu de noite, com o sol onde primeiramente a chuva caía, ver a seara verde, o fruto maduro, a pedra que mudou de lugar, a sombra que aqui não estava. É preciso voltar aos passos que foram dados, para repetir e para traçar caminhos novos ao lado deles. É preciso recomeçar a viagem. Sempre!" (José Saramago)



PS.Dar sentido à vida ,quando a vida fica sem sentido!

Hermínia Lopes

terça-feira, 17 de agosto de 2010

OBSIDADE MENTAL


"Há apenas algumas décadas, a Humanidade tomou consciência dos perigos do excesso de gordura física por uma alimentação desregrada. É tempo de se notar que os nossos abusos no campo da informação e conhecimento estão criando problemas tão ou mais sérios que esses.
A nossa sociedade está mais atulhada de preconceitos que de proteínas, mais intoxicada de lugares-comuns que de hidratos de carbono. As pessoas viciaram-se em estereótipos, juízos apressados, pensamentos tacanhos, condenações precipitadas. Todos têm opinião sobre tudo, mas não conhecem nada.
Os cozinheiros deste magno fast food intelectual são os jornalistas e comentadores, os editores da informação e filósofos, os romancistas e realizadores de cinema.
Os telejornais e telenovelas são os hamburgers do espírito, as revistas
e romances são os donuts da imaginação.
O problema central está na família e na escola. Qualquer pai responsável sabe que os seus filhos ficarão doentes se comerem apenas doces e chocolate.
Não se entende, então, como é que tantos educadores aceitam que a dieta mental das crianças seja composta por desenhos animados, videojogos e telenovelas. Com uma «alimentação intelectual» tão carregada de adrenalina, romance, violência e emoção, é normal que esses jovens nunca consigam depois uma vida saudável e equilibrada.
O jornalismo alimenta-se hoje quase exclusivamente de cadáveres de reputações, de detritos de escândalos, de restos mortais das realizações humanas. Boa parte da imprensa deixou ha muito de informar, para apenas seduzir, agredir e manipular em busca de índices de audiência.
Os repórteres se desinteressam da realidade fervilhante, para se centrarem apenas no lado polêmico e chocante. Só a parte morta e apodrecida da realidade é que chega aos jornais.
O conhecimento das pessoas aumentou, mas é feito de banalidades.
Todos sabem que Kennedy foi assassinado, mas não sabem quem foi Kennedy.
Todos dizem que a Capela Sistina tem teto, mas ninguém suspeita para que é que ela serve.
Todos acham que Saddam é mau e Mandella é bom, mas nem desconfiam porquê.
Todos conhecem que Pitágoras tem um teorema, mas ignoram o que é um cateto.
Não admira que,no meio da prosperidade e abundância, as grandes realizações do espírito humano estejam em decadência. A família é contestada, a tradição esquecida, a religião abandonada, a cultura banalizou-se, o folclore entrou em queda, a arte é fútil,paradoxal ou doentia.
Floresce a pornografia, o cabotinismo, a imitação, a sensaboria, o egoísmo. Não se trata de uma decadência, uma «idade das trevas» ou o fim da civilização, como tantos apregoam. É só uma questão de obesidade. O homem moderno está adiposo no raciocínio, gostos e sentimentos. O mundo não precisa de reformas,desenvolvimento, progressos.
Precisa sobretudo de dieta mental."


in Momentos de reflexão
By Bernardo

Precisamos cuidar do nosso corpo....a obsidade é considerada uma das doenças mais perigosas da nossa sociedade, mas o autor deste texto está coberto de razão. Há urgência numa forte dieta mental!

Emília Pinto

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

LIVREMO-NOS DE.....


PRECONCEITOS



"Era uma tarde de domingo e o parque estava repleto de pessoas que aproveitavam o dia ensolarado para passear e levar seus filhos para brincar. O vendedor de balões havia chegado cedo, aproveitando a clientela infantil para oferecer seu produto e defender o pão de cada dia. Como bom comerciante, chamava atenção da garotada soltando balões para que se elevassem no ar, anunciando que o produto estava à venda. Não muito longe do carrinho, um garoto negro observava com atenção. Acompanhou um balão vermelho soltar-se das mãos do vendedor e elevar-se lentamente pelos ares. Alguns minutos depois, um azul, logo mais um amarelo, e finalmente um balão de cor branca. Intrigado, o menino notou que havia um balão de cor preta que o vendedor não soltava. Aproximou-se meio sem jeito e perguntou: “moço, se o senhor soltasse o balão preto, ele subiria tanto quanto os outros?”. O vendedor sorriu, como quem compreendia a preocupação do garoto, arrebentou a linha que prendia o balão preto e, enquanto ele se elevava no ar, disse-lhe: “Não é a cor, filho, é o que está dentro dele que o faz subir.” O menino deu um sorriso de satisfação, agradeceu ao vendedor e saiu saltitando, para confundir-se com a garotada que coloria o parque naquela tarde ensolarada. O preconceito é uma praga que se alastra nas sociedades e vai deixando um rastro de prejuízos, tanto físicos como morais. O preconceito de raça tem feito suas vítimas, ao longo da história da humanidade. Mas não é somente o preconceito racial que tem sido causa de infelicidade. Esse malfeitor também aparece disfarçado sob outras formas para ferir e infelicitar. Por vezes, surge como defensor da religião, espalhando a discórdia e a maldade, o sectarismo e os ódios sem precedentes. Outras vezes apresenta-se em nome da preservação da raça, gerando abismos intransponíveis entre os filhos de Deus. Também costuma travestir-se de muro entre as classes sociais, fortalecendo o egoísmo, o orgulho, a inveja e o despeito. Podemos percebê-lo, ainda, agindo como barreira entre a inteligência e a ignorância, disfarçado de sabedoria, impedindo que o mais esclarecido estenda a mão ao menos instruído. O preconceito também costuma aparecer travestido de patriotismo, criando a falsa expectativa de supremacia nas mentes contaminadas pela soberba. Ele também pode ser percebido com aparência de idealismo político, explorando mentes juvenis inexperientes e sonhadoras, que são usadas como massa de manobra. Como se pode perceber, o preconceito é um inimigo público que deveria ser combatido como se combate uma epidemia. Essa chaga social tem emperrado as rodas do progresso e da paz. Por essa razão, vale empreender esforços para detectar sua ação, sob disfarces variados, e impedir sua investida infeliz. Começando por nós mesmos, vamos fazer uma auto-análise para verificar se o preconceito não está instalado em nosso modo de ver, de sentir, comandando nossas atitudes diárias. Depois, extirpar de vez por todas esse mal que teima em nos impedir de viver a solidariedade e a fraternidade sem limites, como propôs o Mestre de Nazaré."




In,Redação do Momento Espírita, com base no conto “o vendedor de balões”, do livro as 100 mais belas parábolas de todos os tempos.
By Katia

Se pensarmos bem, concluimos que o autor tem razão quando diz; " Essa chaga social tem emperrado as rodas do progresso e da paz "

Emília Pinto

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

INTERESSA-ME....


".... a saúde mental dos portugueses porque assisto com impotência a uma sociedade perturbada e doente em que violência, urdida nos jogos e na televisão, faz parte da ração diária das crianças e adolescentes. Neste redil de insanidade, vejo jovens infantilizados incapazes de construírem um projecto de vida, escravos dos seus insaciáveis desejos e adulados por pais que satisfazem todos os seus caprichos, expiando uma culpa muitas vezes imaginária. Na escola, estes jovens adquiriram um estatuto de semideus, pois todos terão de fazer um esforço sobrenatural para lhes imprimirem a vontade de adquirir conhecimentos, ainda que estes não o desejem. É natural que assim seja, dado que a actual sociedade os inebria de direitos, criando-lhes a ilusão absurda de que podem ser mestres de si próprios.

Interessa-me a saúde mental dos portugueses porque, nos últimos quinze anos, o divórcio quintuplicou, alcançando 60 divórcios por cada 100 casamentos (dados de 2008). As crises conjugais são também um reflexo das crises sociais. Se não houver vínculos estáveis entre seres humanos não existe uma sociedade forte, capaz de criar empresas sólidas e fomentar a prosperidade. Enquanto o legislador se entretém maquinalmente a produzir leis que entronizam o divórcio sem culpa, deparo-me com mulheres compungidas, reféns do estado de alma dos ex-cônjuges para lhes garantirem o pagamento da miserável pensão de alimentos.

Interessa-me a saúde mental dos portugueses porque se torna cada vez mais difícil, para quem tem filhos, conciliar o trabalho e a família. Nas empresas, os directores insanos consideram que a presença prolongada no trabalho é sinónimo de maior compromisso e produtividade. Portanto é fácil perceber que, para quem perde cerca de três horas nas deslocações diárias entre o trabalho, a escola e a casa, seja difícil ter tempo para os filhos. Recordo o rosto de uma mãe marejado de lágrimas e com o coração dilacerado por andar tão cansada que quase se tornou impossível brincar com o seu filho de três anos.

Interessa-me a saúde mental dos portugueses porque a taxa de desemprego em Portugal afecta mais de meio milhão de cidadãos. Tenho presenciado muitos casos de homens e mulheres que, humilhados pela falta de trabalho, se sentem rendidos e impotentes perante a maldição da pobreza. Observo as suas mãos, calejadas pelo trabalho manual, tornadas inúteis, segurando um papel encardido da Segurança Social.

Interessa-me a saúde mental dos portugueses porque é difícil aceitar que alguém sobreviva dignamente com pouco mais de 600 euros por mês, enquanto outros, sem mérito e trabalho, se dedicam impunemente à actividade da pilhagem do erário público. Fito com assombro e complacência os olhos de revolta daqueles que estão cansados de escutar repetidamente que é necessário fazer mais sacrifícios quando já há muito foram dizimados pela praga da miséria.


E hesito em prescrever antidepressivos e ansiolíticos a quem tem o estômago vazio e a cabeça cheia de promessas de uma justiça que se há-de concretizar; e luto contra o demónio do desespero, mas sinto uma inquietação culposa diante destes rostos que me visitam diariamente."


Parte de um texto de:

Pedro Afonso
Médico psiquiatra

Gostei deste artigo! Penso que é preocupante a saúde mental não só dos portugueses mas também a de todos os cidadãos do mundo inteiro.
Emília Pinto

domingo, 1 de agosto de 2010

É URGENTE!





É urgente o amor; É urgente um barco no mar; É urgente destruir certas

Palavras; Ódio, solidão e crueldade; Alguns lamentos; Muitas espadas.

É urgente inventar alegria; Multiplicar os beijos, as searas; É urgente descobrir rosas e rios; E manhãs claras.

Cai o silêncio nos ombros e a luz; Impura, até doer. É urgente o amor, é urgente permanecer. (Eugénio de Andrade)


Ps. É realmente urgente fazer um pouco para que tenhamos um pouco mais de paz!


Herminia