domingo, 19 de junho de 2022

O MENINO POBRE

 

Este menino vende doces na rua para que o seu pai ( cadeirante ) não precise de trabalhar ao sol 
-imagem da net



Crianças em destaque, novamente, aqui no Começar de Novo mas, desta vez vou tratar um tema que muito sensibiliza  todos os que se preocupam com estes seres que tanto sofrem, o trabalho Infantil 
 

Criança não pode trabalhar, criança tem de brincar, criança tem de frequentar a escola
Concordo, em absoluto que é assim que tem de ser

Amigos, depois de ter lido a crónica da nossa Amiga Taís Luso - Porto das crónicas  que muito me sensibilizou, pedi-lhe autorização para transcrever partes do texto que me deixou de lágrimas nos olhos, não só por já ter enfrentado essa situação, mas também por, de certeza, agir da mesma forma
Como podem ver na imagem que escolhi, esta criança está feliz, apesar do trabalho e o " MENINO POBRE " que abordou a nossa Amiga, com certeza ficou com os  os olhinhos a brilhar de felicidade

." Estávamos nós três, Pedro, Alexandre e eu numa cafeteria, quando entrou um menino, pequenino, devia ter uns 6 ou 7 aninhos e com uma pequena pilha de panos de prato (panos de copa) oferecendo nas mesas. Muito seguro e tranquilo, com postura de homenzinho, chamou muito a nossa atenção. Chegou na nossa mesa, ofereceu os paninhos: 3 por 20,00 - disse ele. Eu agradeci, pois mexer em dinheiro, tomando cafezinho e comendo os pãezinhos de queijo, não daria! Ele me fitou e disse:

– Mas aceito PIX! ( pagamento instantâneo ao banco...)

Saímos da porta da cafeteria e lá fora estava o menino oferecendo os paninhos nas mesas que ficam debaixo dos guarda-sóis. Pensei em dar um dinheiro para ele sem pegar os paninhos, mas Alexandre me disse baixinho:

– Compra, mãe, ele vai se sentir melhor, está trabalhando! Não tira a dignidade dele! "

Comprei os paninhos, com dinheiro, sorri para a criança e dei um beijo no meu filho pela sua sensibilidade "

Obrigada Taís, muito obrigada Alexandre !

Este MENINO POBRE. assim como o da gravura acima, não estavam a pedir esmola, estavam a trabalhar e só queriam que o seu trabalho fosse valorizado .Têm de certeza muito amor e carinho em casa e entenderam que poderiam, de alguma forma, contribuir para que não lhes faltasse comida na mesa. Não é preciso muito para uma criança ser feliz

Também aprendi muito, Taís! Obrigada

Espero que gostem, Amigos

Emília Pinto 


 

22 comentários:

  1. É comovente sem dúvida. O mau é quando certos pais - existem muitos, infelizmente - usam as crianças em fatos análogos para arranjarem dinheiro para os seus vícios ( álcool, drogas, outros ).
    .
    Uma semana feliz
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    Pensamentos e Devaneios Poéticos
    .

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    1. Existem muitos casos desses, infelizmente e também há aqueles que não têm vergonha de contratar crianças para fazerem trabalhos muito pesados só por um prato de comida; são escravos em miniatura e os pais, sem o minimo de condições, aceitam porque os filhos são muitos e a comida escasseia. Uma vergonha, Ricardo! Obrigada pela visita e desculpa a ausência, mas tenho tido a minha neta comigo devido a uma febrezita e, claro, o tempo tem de ser para ela. Um beijinho e saúde para todos aí em casa
      Emilia

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  2. Bom dia de paz, querida amiga Emília!
    As crônicas da amiga Taís abordam temas relevantes.
    Um religioso me ensinou algo importante na questão da caridade: façamos a nossa parte!
    O que o outro vai fazer é entre o outro e Deus.
    Claro está que, se temos ciência imediata do mau uso da boa ação, não a faremos para o bem do outro.
    Hoje em dia está difícil a questão, mas vemos muitos lutarem pelo sustento e a dignidade é preservada .
    O pobre com Deus é rico...
    Comida e essencial, básico. Tudo que pudermos contribuir para a mesa do menos favorecido, nos fará muito bem também.
    Tenha uma nova semana abençoada!
    Beijinhos

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    1. Tens razão, Rosélia ! As vezes a situação na familia é tão grave que têm de dar algum trabalhinho aos filhos, mas, neste caso tudo indica que não faltava amor ao menino e ele fazia com gosto a sua tarefa. Há casos e casos e devemos sempre ter em atenção, primeiro , a criança. Se estivermos atentos, saberemos a melhor maneira de agir. Um beijinho e muito obrigada pela atenção que não tenho podido retribuir pelo motivo que expliquei ao Ricardo. Além disso também tenho cá o meu irmão e cunhada ( vivem no Brasil ) e o tempo não dá para tudo. Sei que me desculpas! Esperoa que já tenhas resolvido os teus problemas de saúde. Muita paz, Amiga, já que, no mundo ela anda a faltar
      Emilia

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  3. Esse tema nos impacta sempre.
    Adorei lá na Taís e foi bom trazer aqui trechos da bela crônica.
    Todos nos emocionamos e com ela aprendemos!
    Ótimo modo de iniciar a semana! beijos às duas, chica

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    1. Obrigada, Chica. Tudo o que diz respeito às crianças emociona-nos muito e quando as vemos sofrer, então a nossa tristeza é grande. Amiga, desejo a todos vós muita saúde e, logo que possa visitarei um dos teus cantinhos. Beijinhos
      Emilia

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  4. Também fique muito sensibilizada com a crónica da Taís Luso. O trabalho infantil é uma realidade que mostra que há crianças que, da rua, só conhecem o seu desamparado destino. Crianças com fome, com frio, órfãs de todos os afectos. Crianças que lutam pela sobrevivência em vez de frequentarem a escola e de fazerem brincadeiras próprias da idade. Crianças que sofrem com a guerra, com todas as desigualdades, exploração e sofrimento que lhes são impostos. Este problema devia envergonhar o mundo inteiro.
    Uma boa semana com muita saúde, minha Amiga Emília.
    Um beijo.

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    1. É muito triste ver crianças que sofrem todo o tipo de violência, Graça, tantas vezes pelos próprios pais. Mas o que mais choca é vê-las morrer nas guerras que poderiam ser evitadas se os poderosos do mundo quisesse, E a fome ? Desperdicamos tanto, Amiga ! Por isso até entendo este menino tratado na crónica da Tais; ele sabia que o seu trabalhinho contribuiria para que tivessem comida e, creio que o fazia com gosto. Claro que seria muito melhor que não precisasse de vender paninhos, mas, infelizmente, sabemos que há muita pobreza e às vezes não há alternativas. O nosso mundo sempre foi desigual e não acredito que a situação mude. Muito obrigada, Graça , pelo carinho 3 desejo que estejam todos bem d3 saúde. Beijinhos
      Emilia

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  5. Deixo um beijinho e meu carinho pra você querida Emília, e também para nossos amigos queridos que passarem por aqui.
    Que bom que gostaste, querida amiga, com esse teu coração tão generoso, com teu amor pelas crianças... desejo que esse "mês das crianças" que estás fazendo aqui, seja lindo.
    🧡💛💚💙💜

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    1. Com o nosso amor pelas crianças, pois foste tu, Taís que me levaste a falar deste trabalhinho que tantas crianças têm de fazer para não passarem fome . Já me deparei com meninos destes e nem sempre agi da maneira correta e, portanto também eu aprendi com a tua cronica, Amiga. Quando vir uma criança a vender qualquer coisa, podes ter a certeza que comprarei, dando assim valor ao seu trabalhinho. Lembrar-me-ei que ela não está a pedir esmola, mas, sim a trabalhar. Obrigada, Taís, obrigada Alexandre! Um beijinho aos dois
      Emilia

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  6. Um texto emocionante! Obrigada pela partilha!
    -
    Coisas de uma vida |A ilusão...

    Beijos, e uma excelente semana.

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    1. Emociona, sim, Cidália! Criança não deveria sofrer. Um beijinho e obrigada
      Emilia

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  7. Basta um sorriso, um abraço... Infelizmente, é uma realidade ver crianças com fome, sem casa, sem amor...
    Obrigada pela partilha.
    Beijos e abraços
    Marta

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    1. É isso, Marta, criança precisa de muito pouco para ser feliz. O que quer é amor e comida; brinquedos, ela mesma os inventa, se os pais não tiverem dinheiro para comprar. Quer é miminho , comida e um tecto que lhe dê guarida. É muito? Não é, mas há milhares delas que não têm sequer um tecto que as cubra. Obrigada, Amiga! Um beijinho e saúde.
      Emilia

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  8. Um text que me deixou com os olhos rasos de água.
    Grata pela partilha.
    Um abraço e saúde

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    1. Quando olhamos para as nossas crianças e as vemos tão bem tratadas e acarinhadas, pensamos nas outras que nada têm e , inevitavelmente, o nosso coração aperta. Ê, Elvira, , os pequeninos do nosso mundo sofrem muito e isso dói. Muito obrigada e espero que estejas bem de saúde. Beijinhos
      Emilia

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  9. Um texto bem emocionante que gostei muito de ler Emília.
    A gente convive e vê crianças que tem todo conforto, e não dão os devidos valores, enquanto que outras levam uma vida dura, sofrida, mesmo assim carrega um sorriso no rosto, ainda com o pouco que tem. Me dói na alma ver criança sendo maltratada, passando necessidade. Crianças precisa de amor, família, ir pra escola, brincar, mesmo que a vida seja dura é necessário que estude. Crianças nas ruas chamam atenção, não demora muito ser adotado por algum traficante, e logo começa a vida no crime.
    Uns dois anos atrás, num semáforo aqui na avenida dos bancos, tinha um garotinho que sempre estava pedindo dinheiro quando o sinal fechava. Dava pra ver o quando aquele menino levava uma vida difícil, todo mundo ajudava, e ele sempre agradecia. Eu mesma já dei dinheiro e tentei saber porque ele ficava ali sozinho e onde estava os pais. Ele só dizia que o pai era doente. A presença daquele menino começou chamar atenção, e acabaram descobrindo que o pai ficava sentado no banco de uma pracinha que tem do lado, obrigando-o a pedir dinheiro pra comprar bebida e cigarro. Esse garoto foi tirado das ruas, assim como todos os outros que também pedia naquele sinal. O Pai foi detido, e esse menino foi ajudado por um empresário. Tem pais que necessita que os filhos ajudam, e eles entendem, vende balas, picolé, vão pra escolas, mas tem pais que explora os filhos, porque não quer trabalhar. Acham no direito de jogar essa carga nas costas das crianças. Uma realidade triste demais.
    Boa semana pra ti Emília.
    Um beijo no coração.

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  10. Uma alegria muito grande, vê - la por aqui, Smareis! Fiquei impressionada com a história desse menino, não por ser uma coisa anormal, mas pela atitude que tomaram para o tirar dessa vida dura. Infelizmente, são os próprios pais os causadores de muito do sofrimento das crianças e alguns chegam a matá-las. Há casos como os descritos aqui na minha publicação em que as crianças se sentem felizes por ajudarem no sustento da casa, mas o ideal seria que nenhuma precisasse de trabalhar. Infelizmente, Amiga, vamos continuar a ver situações destas, porque o mundo é injusto e os governantes nem sempre estao preocupados com os cidadãos; o que lhes interessa é o poder e o dinheiro. Obrigada pelo teu testemunho, querida Smareis e, logo que possa, far-te-ei uma visita. Já estava com saudades! Um beijinho e saúde para todos aí em casa
    Emilia

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  11. Querida Emília
    Gostei imenso da Crónica da Taís.
    E adoro ver como a referenciaste aqui muito bem, neste mês que tu dedicas às Crianças.
    Dou-te os parabéns por tão feliz ideia. Nunca é demais falarmos sobre Crianças, sobre a sua condição e seus Direitos. Seres indefesos que necessitam de toda a nossa atenção e ternura.
    Beijinhos
    Olinda

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    1. Nunca é demais falarmos das crianças e, às vezes, Olinda, sentimos até vergonha de pertencermos a uma raça que é capaz de maltratar seres inocentes que só pedem carinho e comida para se sentirem felizes. Como é duro vermos crianças tão desesperadas, pelas guerras, pela fome, pelos maus tratos recebidos dos próprios pais. Obrigada, querida Amiga, por teres vindo , também, prestigiar este meu post com a tua presença. Um beijinho e espero que estejam todos bem aí em casa. A saúde é fundamental e há tanta criança a sofrer com doenças graves, Amiga!!! Uma dor para elas e para os pais,
      Emilia

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  12. Um texto que muito me sensibilizou, na Tais... e que gostei muito de reler por aqui!
    Só quando se calça os sapatos de outro... é que saberemos o quanto custa caminhar!
    Infelizmente, nem muitos funcionários de serviços sociais, têm a preparação e a sensibilidade para lidar com situações limite... muito menos, cada cidadão...
    Infelizmente, esta é uma realidade que tende a agudizar-se também com o prolongamento deste conflito... e há zonas do mundo... onde simplesmente nem há o que vender, nem como vender para sobreviver... parecendo o lugar onde se nasce... já ditar a sentença de vida de muitas crianças...
    Um beijinho grande para ambas! Tudo de bom!
    Ana

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    1. Ana querida, muito obrigada pela visita e comentário assertivo. O teu comentário estava no spam e com ele muitos outros Agora sei que, para que não volte a acontecer, todos os dias tenho de verificar. Form muitos os que lá encontrei, O blogger está doido, Amiga! Beijinhos e saúde para todos aí em casa
      Emilia

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