quarta-feira, 17 de maio de 2017

INFÂNCIA COM ÂNSIA





" O mais importante na vida de uma criança é ter com quem brincar", diz especialista

É típico da criança desejar, sonhar, criar, fantasiar, mas características dos tempos atuais parecem estar colocando em risco essas habilidades. Se em outras épocas as crianças já foram mais reprimidas e pouco ouvidas, hoje, em muitas famílias, a educação dos filhos parece mirar o outro extremo: excessivamente atendidas em suas vontades, imersas em uma agenda repleta de compromissos e cercadas por uma abundância de objetos que nem conseguem dar conta de retirar das caixas e aproveitar, meninos e meninas, alertam especialistas, podem estar se tornando melancólicos. Comumente interpretada como tristeza, a melancolia é mais do que isso. Trata-se de um estado de indiferença, desinteresse, suspensão do desejo. Aos olhos desses pequenos, tudo se equivale, nada tem graça ou parece valer o investimento. São crianças que não toleram a falta e se frustram com facilidade. Conduzidas de um lado a outro sem ter um momento para exercitar a criatividade e pensar no que gostariam de fazer, elas são tomadas por apatia. Some-se a isso o esforço dos pais em poupar os filhos das perdas e dos aborrecimentos inerentes à esfera familiar e ao mundo que os cerca, inventando justificativas para mascarar a verdade ou blindando-os contra as cenas mais amargas – a morte de um animal de estimação, a separação do casal, a mudança de bairro ou escola por conta dos altos custos, a visão do pedinte maltrapilho na sinaleira. O resultado é que as crianças acabam por habitar um mundo irreal, estéril, pobre em experiências e sensações, onde não é possível testar as ferramentas psíquicas fundamentais para que possam amadurecer e enfrentar os reveses da existência

.
" Em vez de representar a falta e elaborar a dimensão da perda, quando entramos com a criança na via de restituição do objeto, ou na via de esquivar o acontecimento doloroso, nós a empurramos para uma situação muito pior, porque não compartilhamos com ela os recursos que permitem elaborar as perdas e as faltas, e isso cria uma fragilidade psíquica muito maior."

Julieta Jerusalinsky

in ZH Vida

Toda a criança no seu crescimento anseia ser " mamã ou papá, médico, professor, bombeiro... e nesse percurso vai imaginando e criando esse personagem ; nas sociedades de hoje, não lhes damos essa oportunidade e então surge o desinteresse, a apatia, o " tanto faz "
Não vou alongar-me mais sobre este tema, pois gostaria de vos convidar a assistirem a um debate muito interessante sobre a melancolia. Tornar-se-ia cansativo o vídeo aqui, pois é longo e assim, vendo-o no youtube, poderão assistir com calma e quando puderem. YOUTUBE -   CAFÉ FILOSÓFICO - MELANCOLIA NA INFÂNCIA.

Espero que gostem, amigos!

Emilia Pinto

63 comentários:

  1. Agora que convivo mais com crianças - pratico yoga e há uma aula de yoga para crianças no mesmo horário - noto que elas têm muitas actividades e muito pouco tempo para brincar. No Centro, as instrutoras dão-lhes uns minutos para brincarem e organizam em Agosto as chamadas " Férias de Yoga". O objectivo é, além de lhe explicarem o que é o yoga, estimular o interesse, a criatividade. Porque os meninos fazem visitas culturais, participam em workshops e outras actividades. Isto é um exemplo de como podemos reverter a situação. Mas vivemos num Mundo que valoriza muito o consumo e não o pensamento criativo... Perdoe o comentário...
    Beijos e abraços
    Marta

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    1. Querida Marta, perdoar o comentário? Deduzo que será por ser longo, não? Mas, já reparaste no tamanho dos que faço? Gosto deles assim, pois cria-se um melhor debate das diferentes ideias. Muito interessante esse trabalho feito com as crianças para que elas sejam participativas, imaginando, criando a brincar; é importante que todos nós tentemos " reverter a situação", fazendo o que pudermos nesse sentido. Muito obrigada, amiga e continua dando a tua opinião da maneira que mais te agradar. Beijinhos
      Emilia

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  2. Ter com quem brincar... nos dias que correm... só atrás de um qualquer ecrã... enterrados em jogos e mundos virtuais, afastados do real...
    Sinceramente, estamos a criar uma geração rica em meios materiais, mas desprovida de socializar, do senso da realidade, de valores que não se aprendem atrás de um qualquer ecrã, de instintos mais básicos perante factos da vida como a doença, a desilusão, a frustração e a morte... são ocupados com actividades em catadupa... para que os pais não se preocupem com eles... e a vida para eles... mede-se pela popularidade em redes sociais... e assim vai a nossa geração de crianças e adolescentes, nos dias que correm... preocupados com o seu aspecto... para a selfie... cheios de estilo e de atitudes... apenas na sua aparência... e não verdadeiramente na sua essência...
    Estamos a criar a geração mais vazia e insensível por dentro, de sempre... o que é absolutamente assustador... porque no limite... terão de interagir entre eles... alguma vez... acho eu!...
    Um texto brilhante, no qual subscrevo cada palavra!
    Como sempre uma extraordinária partilha, por aqui, Emília!
    Beijinhos
    Ana

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    1. Claro Ana que um dia os nossos jovens " terão de interagir entre eles ", mas não saberão como fazê-lo e a culpa é de quem os educa, como sempre; pelos motivos apontados no texto, pelos apontados por ti no teu comentário, as crianças estão em " casulos ", super protegidas de qualquer contratempo, atoladas de bens materiais , brinquedos sofisticados que depressa são postos de lado e assim vão ficando vazias, sem preparação para a vida, sem os valores essenciais. É comum vermos crianças encantadas com as panelas da cozinha, com as tampas ou qualquer outras " tralhas " que encontram e ali ficam brincando muito tempo; os brinquedos que têm não lhes interessa, pois fazem tudo e a criança não gosta disso; elas querem brincar com os brinquedos e não que sejam os brinquedos a brincarem com eles mesmos: por exemplo, as bonecas hoje não precisam nada das meninas, pois andam, falam, riem, mexem os olhinhos, etc, etc. Que interesse tem isso? Para a criança, nenhum! E muito haveria a dizer sobre este tema, Ana, mas com certeza outros amigos o farão. Agradeço-te imenso a tua colaboração no " debate " deste tema, indicando outros aspectos que também nos deixam preocupados. Um beijinho e obrigada .
      Emilia

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  3. Um texto muito interessante, no qual todos os pais deviam refletir.
    Brincando a criança, aprende a vivenciar e gerir emoções, e sentimentos.
    Amiga estou de volta.
    Um abraço

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    1. É verdade, Elvira, temos de permitir que " as crianças sejam meninos " e assim não cresçam " pulando fases" como muitas vezes querem os pais ; enchem-nos de actividades pensando assim prepará-los para um futuro melhor e esquecem-se que estão a tornar os filhos em crianças tristes. Muito obrigada, amiga e desejo-te dias felizes. Um beijinho e até breve
      Emilia

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  4. A poeta Ana Luísa Amaral escreveu este delicioso pequeno poema ...

    Se
    eu morrer
    quero que a minha filha não se esqueça de mim ,
    que alguém lhe cante mesmo com voz desafinada
    e que lhe ofereçam fantasia ,
    muito mais que um horário certo ,
    ou uma cama bem feita .

    Mas para isto , têm que existir adultos que que mantenham a sua criança interior viva e de boa saúde.
    É um prazer brincar , conversar , escutá-las ...
    E aprende - se tanto com elas .

    Considero o texto muito bom . E bom seria , também , que alguns pais , sobretudo os que " compram " o afecto dos filhos o lessem .

    Beijo grande , Emília , e em breve voltarei , depois de assistir ao CAFÉ FILOSÓFICO - MELANCOLIA NA INFÂNCIA.
    Maria






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    1. Obrigada, Maria, por colocares aqui este lindo e ternurento poema. Gosto muito que os amigos complementem os meus posts com informação sobre o tema, com pensamentos , como fizeste tu, deixando estes lindos versos que não conhecia, Assim a mensagem fica mais completamente e há uma maior troca de experiências. Tenho a certeza que vais gostar do video, Maria, pois é um debate muito interessante; assisti a vários na tv cultura enquanto estive no Brasil e logo pensei em abordar o tema aqui no começar
      de novo. Beijinhos, amiga e...aqui te espero depois de veres o video. Até breve e obrigada
      Emilia

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    2. Corrigindo.. mensagem mais completa. Desculpa o erro. Bjo
      Emilia

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  5. Estou absolutamente de acordo com tudo o que escreveste e transcreveste.
    Guardei o vídeo nos marcadores, para seguir o teu conselho.
    Bem vinda ao simpático ''convívio blogosférico''!
    Estou feliz com o teu regresso.
    Beijinhos, Emília.
    ~~~~~~~~~~~~

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    1. Que bom, Majo! Fico feliz quando os amigos gostam do que publico. Tenho a certeza que vais gostar do video, pois o debate está muito interessante e feito por duas especialistas consideradas que explicam tudo com muita caleza. Desculpa a minha demora a visitar o Vivenciar a vida, mas, o meu irmão veio comigo do Brasil passar uns dias cá e, como deves imaginar , otempo fica curto. Amiga, muito obrigada pelo carinho e até breve.
      Emilia

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  6. Boa tarde, amiga! o texto fez-me recordar os meus tempos de infância em que brincava na rua com amigos e amiga, de tudo fazíamos um brinquedo, jogávamos a vários jogos incluído futebol, corríamos em liberdade, os joelhos ficavam a sangrar, nunca éramos excluídos e mandados para o quarto, éramos livres na imaginação, éramos felizes, hoje passeia-se nas grandes superfícies e come-se comida de plástico, inconscientemente os pais fabricam mentes cinzentas.
    O texto da Julieta Jerusalinsky é perfeito.
    AG

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    1. Muito diferente foi a nossa infância, António, ! Tinhamos muito menos, brinquedos só os que eram feitos por nós e a brincadeira tornava-se interessante e alegre; não haviam fartura, tudo era saudável e o desperdicio simplesmente não existia; raramente havia guloseimas em casa, pelo menos na minha, ao contrário de hoje que são num exagero tão grande que as crianças facilmente " enjoam " e a mãe logo procura umas diferentes. E assim é em tudo, fazendo com que as crianças não dêem valor a nada. Infelimente o que mais vemos hoje, são crianças cheias de tudo o que o dinheiro pode comprar, mas sem brilho no olhar e apáticas, melancólicas. António, muito obrigada pelo comentário e fico feliz por saber que tiveste uma infância feliz. Beijinhos e até breve
      Emilia

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    2. Desculpa o terrivel erro, António, " não havia fartura " beijinhos
      Emilia

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  7. Gostei dos textos (da Julieta e do teu), são muito bons. No essencial, concordo com eles.
    Continuação de boa semana, amiga Emília.
    Beijo.

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    1. Muito obrigada, Jaime e fico feliz que tenhas gostado. Desejo-te um bom fim de semana. Beijinhos
      Emilia

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  8. Olá, querida amiga!

    Como estás?

    Não irei, hoje, comentar o teu post, pke há algo mto mais importante a comunicar-te.

    A nossa amiga, Leninha, foi, hoje, de manhã, submetida a uma delicada cirurgia, não programada.
    Peço que vires o teu olhar e força para ela.

    Muito agradeço. Beijinhos.

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    1. Querida Céu, muito te agradeço a atenção; fiquei triste com a noticia e , claro, estarei pensando nela com toda a minha força e pensamento positivo. Peço-te o favor de me avisares sempre que saibas alguma coisa. Logo que possa irei ao blog dela. Boa noite, querida amiga e obrigada. Beijinho
      Emilia

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    2. Sim, querida amiga, assim farei!
      Passa por lá, então. Agradeço mto!

      Beijinhos.

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    3. Obrigada!!! Beijinhos e um bom fim de semana
      Emilia

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  9. Querida Emília, texto muito pertinente, vale a pena refletirmos a diferença da nossa infância aos dias atuais, claro os tempos mudaram mas muitos valores que aprendemos na nossa infância vão sendo esquecidos. Querida, quando tiver um tempinho, visite meus blogs e se ainda não segue, ficarei feliz lhe ver lá. Abraços, um final de sema abençoado e feliz.
    http://professoralourdesduarte.blogesus as abençoe sempre.spot.com.br/
    http://filosofandonavidaproflourdes.blogspot.com.br/

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    1. Obrigada, pela visita , Lourdes. Claro que os tempos são outros e temos de ter isso em conta, mas devemos também prestar muita atenção às nossas crianças, para que as facilidades dos tempos modernos, as novas tecnologias, os brinquedos cada vez mais avançados não lhes tirem a capacidade de serem meninos que brincam, imaginam, sonham. ?
      Querida amiga, desde que cheguei do Brasil, dia 4, tenho andado a visitar os amigos, mas ainda não consegui ir a " casa " de todos; o meu irmão que mora aí veio passar uns dias a Portugal e o tempo torna-se curto, mas logo que possa tomarei um cadezinho contigo, prometo. Um bom fim de semana e até breve. Beijinhos
      Emilia

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    2. Tomarei um cafezinho...
      Desculpa o erro, Lourdes!
      Emilia

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  10. A maioria das crianças de hoje não brincam, por excesso de tempo na escola , "montanhas" de trabalhos de casa e actividades extra curriculares.
    São crianças que têm que ser as melhores, pois a maioria das escolas / colégios trabalham para os rankings, tendo em casa a pressão dos pais que lhes prometem tudo o que querem, em troca de boas notas, abdicando da alegria de brincarem ao ar livre...de serem verdadeiras crianças!
    São crianças que sofrem de melancolia, ansiedade, etc...etc...
    Essas crianças serão adultos frustrados, depressivos...agressivos...
    Que futuro será o deles??? Que sociedade teremos???

    Este é um tema que me incomoda e preocupa profundamente.

    Beijinhos..

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    1. E além de todos os pontos que aqui muito bem colocas, acho e sempre achei que as crianças devem participar da vida da familia em todos os aspectos; se e há problemas elas devem saber, se houver uma discussãozinha entre os pais não se deve colocá-las no quarto; dependendo da idade, devem assistir a isso com a devida explicação por parte dos pais de que é norma que nem sempre se concorde uns com os outros; se há problemas financeiros elas também devem ser informadas da necessidade de se gastar pouco, de não se ir de férias etc. As crianças não devem ficar de fora das preocupações dos pais , pois assim elas sentem-se como verdadeiros membros da familia e saberão que a vida não é feita só de coisas boas; além disso, sabendo que merecem a confiança dos pais deixando-as participar em tudo o que se passa na familia, saberão confiar neles também e haverá sempre diálogo, mesmo quando casados . Há pais que acham que as crianças não entendem, que são pequenas demais para verem ou ouvirem certas coisas, mas, na minha opinião, estão errados; com uma conversinha, explicando certos comportamentos dentro da familia, elas entenderão e ficarão preparadas para os muitos " não ", que receberão fora de casa. Lisa, trabalhaste muito com crianças e melhor do que eu sabes o que de errado se está a fazer com os meninos de hoje e não me espanta que estejas
      preocupada. Estamos todos, amiga! Mas de quem é a culpa? Sempre dos adultos que com elas convivem que teimam em criar " pequenos génios " Lisa, muito obrigada pela visita e desejo-te um bom Domingo Espero que estejam todos bem aí por casa! Beijinhos
      Emilia

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  11. Muito obrigada, Emília, pelas carinhosas palavras deixadas no meu "Ortografia". Passarei aqui outras vezes.
    Um beijo.

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    1. Uma boa semana, Graça, e muito obrigada por teres vindo cá. Beijinhos
      Emilia

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  12. Sempre nos preocupamos, Taís e eu, em ficarmos atualizados para errar o menos possível na criação dos nossos filhos. Acho que ajudaram muito as tanta leituras de livros sobre a psicologia da criança, dentre eles André Berge, famoso psicanalista infantil francês. Mas naquela época não se contávamos com os com o que há de negativo na Internet, nem nos Smartphones. O certo é que não podemos desistir. Uma boa semana, Emília.

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    1. É natural que se erre, pois educar não é fácil, mas, na minha opinião o principal erro de alguns pais é acharem que a criança é muito pequena, que não entende e que por isso deve ser poupada de certos acontecimentos; se soubermos chegar até ela usando uma linguagem apropriada à idade, percebe muito bem e aceita a realidade; se ficar triste na altura é normal e aprenderá que as tristezas são parte da vida. Um beijinho, Pedro e obrigada pela visita.
      Emilia

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  13. Respostas
    1. Muito obrigada, António! Que a tua decorra sem grandes problemas e sempre com saúde. Um beijinho
      Emilia

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  14. Querida Emília
    É extremamente actual e pertinente este texto.
    O estilo de vida a que hoje assistimos torna difícil a vida da criança.
    Por um lado, os pais que trabalham todo o dia fora de casa, dispõem de muito pouco tempo para dedicar aos filhos, porque, para além dos empregos, há ainda as tarefas domésticas a exigirem a sua atenção.
    Depois...as crianças, dum modo geral, têm inúmeros TPC's a ocupar-lhes os tempos que deveriam ser livres e, ou os fazem nas salas de estudo, que existem porta sim porta não, ou tratam deles nas próprias casas, onde se encontram sozinhos.
    Há ainda a grande praga actual (e mundial), a da violência que leva a que os pais tentem proteger os filhos, mantendo-os em casa.
    Muito mais haveria a apontar... mas isto são já motivos mais que suficientes para que as crianças estejam entregues a si próprias, sem amigos para confraternizar, a não ser em situações muito especiais.
    Como resultado destas situações... fecham-se em si próprios, arranjam amigos virtuais com quem desabafam, criando por vezes situações de grande perigo.
    É um problema de muito difícil resolução, que requer medidas drásticas para que os pais possam dedicar mais tempo aos filhos e proporcionar-lhes a convivência com outras crianças.
    A mim, que adoro crianças, esta situação confrange-me, ainda mais se a comparar com a forma como os meus filhos foram criados, tão diferente destes hábitos modernos.
    Poderemos ter fé no futuro???

    Votos de uma semana muito feliz.
    Beijinhos
    MARIAZITA / A CASA DA MARIQUINHAS

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    1. Deixas aqui uma pergunta à qual não te saberei responder por mais que tente, Mariazita. E como tu, penso muito na maneira como os meus filhos foram criados, " tão diferente destes hábitos modernos "e com muito " não " å mistura. Penso, amiga, que os pais, preocupados com o futuro brilhante que desejam para os filhos, os sobrecarregam com actividades em demasia; depois da escola há música, dança, judo, inglês, etc, etc e à noite, pais e crianças estão tão cansados que não há tempo para mais nada. Será que tudo isto é preciso? Não bastariam as muitas actividades que há hoje nas escolas? Penso que resolver-se-ia uma pequena parcela dos tantos problemas que enfrentam as crianças de hoje. Mariazita, obrigada pelo belo comentário e vamos lá ...fazendo o que pudermos para ajudar, com esperança de que algo mude. Beijinhos
      Emilia

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  15. Querida Emília, acho seu texto muito interessante e difícil de se opinar à respeito.
    Quando criei meus filhos trabalhava em casa pintando meus quadros para exposições e dando aulas no meu próprio ateliê em casa também, assim sendo eu estava sempre em casa, marcando minha presença na educação deles, dando atenção, amor, e apesar de ainda que, a violência não fosse tão grande na época, ela sempre existiu, o que não existia era a INTERNET, as crianças liam, fantasiavam com seus brinquedos, não vinha tudo pronto na tela de um computador. Sempre falávamos meu marido e eu, que se eu tivesse que ganhar mais dinheiro e deixá-los nas mãos de uma empregada, eu optaria por viver com menos, e assim foi.
    A geração de pais e mães de hoje têm outra visão à respeito de como criar seus filhos, enfrentam muita violência, e a pobreza é bem maior hoje em dia. É difícil julgar, e nem quero. Acho que errar na educação dos filhos é fácil, mesmo que tenham as melhores intenções, são questões variadas para cada um resolver, sei que a situação para as crianças em questão de AMOR dos pais para com elas mudou é muito diferente agora, só posso lamentar, mas penso também que o mundo muda sempre e isso faz parte da época.
    Beijinhos

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    1. Querida, Leah, não é simples opiniar sobre este assunto, porque ele é complexo, assim como educar se torna dificil e é preciso que se abdique de certas coisas para que as crianças sejam mais acompanhadas. Comigo passou-se o mesmo, amiga, deixei de ser secretária para me dedicar aos filhos. Esta profissão é ingrata, pois temos que entrar antes do chefe e sair depois dele, além de reuniões e viagens com ele, não deixando tempo para os filhos. Poderão dizer que não precisava do meu salário e está certo, mas muita gente diz que dinheiro nunca é demais e além disso hoje poderia ter uma boa appsentadoria e não tenho nenhuma; " optei ppr viver com menos " e não me arrependo da escolha. Mas, como bem dizes, os objectivos das pessoas são diferentes e não nos cabe a nós julgar, mas ppdemos, sim, lamentar. As crianças nao pedem para nascer e por isso há que pensar bem antes de ter filhos, pois eles terão de ser nossa prioridade. O tempo não precisa de ser muito, precisa sim de ser de qualidade. Sabes de quem eu tenho pena ? Daquelas mães que trabalham como escravas e chegam à noite sem terem um pão para colocar na mesa, ao contrário de tantas que trabalham e trabalham para encherem os filhos de brinquedos, smartphones, e roupas carissimas e esquecem-se do fundamental, atenção. Leah, agradeço muito o teu comentário assertivo e desejo que tudo esteja bem; espero que não te aflijas muito com a conturbada situação do nosso querido Brasil, pois tudo se resolverá. Beijinhos
      Emilia

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  16. Olá Emília!
    Excelente crónica sobre um tema sensível e muito actual.
    Em criança tive poucos brinquedos, mas "carradas" de amor.
    Brinquei na rua, com amiguinhos de todas "as cores".
    Na adolescência fiz birras, gritei, esperneei, exigi... mas acabei por entender e aceitar os "nãos" dos meus pais. Aprendi a ser melhor mãe.
    Agora sou avó e incomodam-me algumas coisas mas... os tempos são outros, muita coisa mudou. Nem sempre para melhor, lamentavelmente!
    Beijo.

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    1. Pois agora surgiu-me uma dúvida, querida Teresa. Cliquei no nome acim e dei com o blog " Pétalas de sabedoria ", quando a Teresa Dias que me visita é do " Rol de leituras ". Coincidência nos nomes ou a mesma pessoa? Bem...acredito tratar-se da mesma pessoa, embora isso não tenha grande importância. Importante é o teu comentário onde me revejo; também não tive brinquedos, carinho muito e os " nãos " foram a resposta a birras feitas com frequência. Esta vivência fez de mim também uma " melhor mãe " e , apesar dos tempos terem sido outros os " nãos " estiveram presentes na educação dos meus filhos sempre que necessário. Os tempos mudam, as atitudes também , mas há certos valores que deveriam permanecer. Muito obrigada, Teresa. Um beijinho e fica bem
      Emilia

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    2. Emilia, o blog "Pétalas de Sabedoria" é meu.
      Não reparei que entrei no teu blog através dele.
      Passa por lá e deixa a tua opinião. Eu, adoro-o!!
      Beijo.

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    3. Foi o que pensei, Teresa! Já lá fui sentir o perfume das pétalas que espalhas por todo o blog. Beijinho e um bom fim de semana
      Emilia

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  17. Querida amiga

    Viver a infância é a parte mais importante da nossa vida como ser humano. Tudo se aprende nessa fase e dali trazemos as boas e más recordações. É onde a nossa personalidade se forma e onde as nossas habilidades e competências se manifestam, sendo importante os nossos educadores estarem atentos a fim de encaminharem a criança no bom sentido. Assim, a nossa curiosidade e imaginação tem de ir de par com o desenvolvimento físico e psicológico. O mundo terá de estar aberto às brincadeiras, risos e alegria. Se presentemente há outros estímulos há que doseá-los na medida certa. Difícil, não é? Pois, mas não impossível. Sabemos que a vida moderna torna a vida dos pais num mar de preocupações e correrias. Porém, há uma coisa importantíssima: perdendo o contacto com a criança na infância jamais se poderá recuperar o tempo perdido.

    Querida Emília, muito obrigada por trazeres este tema. Interessa-nos a todos.

    Seguirei a tua sugestão.

    Beijinhos

    Olinda

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    1. Focaste aqui dois pontos que eu acho importantissimos e que não podem servir de desculpa para a situação das crianças de hoje, Olinda "... ...há outros estimulos, há que doseá-los ma medida certa "; " Dificil, não é? Pois, mas não é impossivel " E há as correrias da vida modena, certo, mas serão todas elas necessárias? As criancas têm de ser a prioridade no tempo livre dos pais e muitas vezes não o são e aí é que está o principal erro. Termino com a certissima frase que aqui deixaste, amiga: " perdendo o contacto com a criança na infância jamais se poderá recuperar o tempo perdido " . É bom que reflitamos nisto, amiga! Muito obrigada por mais uma vez dares um bom contributo a este debate , focando aspectos interessantissimos e dando a tua opinião sobre o tema. Um beijinho e até breve
      Emilia

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  18. Olá, migucha (viveste no Brasil tanto tempo k este vocábulo não te é desconhecido, decerto, embora não exista no Português de Portugal!

    A autora deste texto, k é brasileira, julgo pela escrita, "limitou-se" a dizer verdades, de forma direta, simples e com a qual estou de acordo. O título está excelente e corresponde mesmo à realidade.

    Pois é, a criançada de outros tempos, era feliz e não tinha "responsabilidades, não lhe imputavam essas "atividades", pke tinham era que estudar, quem tinha possibilidades e alguns "trabalhar", tb, ajudando os pais (sem traumas. Não era trabalho infantil. Era diversão e preparação para a vida), brincar à apanhada, ao avião, às casinhas, à cabra cega, à senhora, calçando sapatos altos da mãe, aos polícias e ladrões, à tareia, mais para os meninos, e qto mais caíssem e ficassem com arranhões, feridas e nódoas negras, "melhor", ou seja, mais "heróis" se sentiam. Levavam umas sacudidelas dos pais, pke tentavam fazer queixa da professora e tinham que fazer para além da cópia do costume, mais uma de "castigo". "SO GOOD" E FORMATIVO DA PERSONALIDADE DA CRIANÇA COM AFETOS.

    Lembras-te de estrear roupa só em ocasiões especiais e aos domingos? Pois, eu lembro-me mto bem!

    Agora, temos uma sociedade sem valores ou poucos e em que as coisas que acima referi são substituídas por outras, a que não sei, sequer, dar nome, ou é melhor não entrar por aí.
    Famílias destruturadas, mentes destruturadas como podem elas formar, estruturar as crianças, os filhos? tema de conversa longa e mto interessante.

    Não vi, ainda, o vídeo k indicas, mas verei logo que me seja possível e dar-te-ei a minha opinião.

    Qto à Leninha, ela continua internada, mas está melhor, mas há k fazer-se tudo com mto rigor médico. UM BEIJINHO DELA PARA TODOS OS AMIGOS (eu ainda não estabeleci conversa com ela, nem sei se o poderei fazer tão cedo, mas sei k esta é a vontade dela).

    Beijinhos para ti e família.

    Inté (rs)!

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    1. Olá Céu! Quero agradecer-te as informações sobre a nossa amiga Leninha e manifestar a minha alegria pela boa recuperação dela. Ao teu comentário pouco tenho a acrescentar, pois já dizes bastante; quando eramos crianças só tinhamos roupas novas em ocasiões especiais e brinquedos não os havia assim como outras tantas coisas; professor era para ser respeitado e ai de nós se faziamos queixa deles; trabalhavamos ajudando as nossas mães e muitas vezes uma palmada era dada para que respeitassemos o não, Nada disso nos traumatizou; de todas as amigas de infância que tenho, incluindo os do meu irmão e tantos oitros não ouço nenhum dizer que está traumatizado pela vida que teve em crianc; hoje tornou-se costumeiro levar as crianças ao psicólogos e isso deixa-me pasmada; por tudo e por nada as os pais marcam consulta com o psiquiatra de crianças e alguns relatos que ouço são precisamente problemas que eu tive ao educar os meus e que vi na educação dada por outros pais; às vezes dá-me a sensação de que os pais acham bem usar estes especialistas, acham que é " chic ". Claro que haverá casos em que isso seja necessário, mas na maioria dasvezes a criança precisa, sim, de uns nãos, precisa de limites, pois sem eles ela sente-se perdida, sem rumo. Amiga, tive muito carinho, mas não tinha brinquedos, sapatos novos só quando rasgassem os velhos e roupa nova só no Natal e Páscoa e mesmo assim a maioria era feita pela minha mãe com a ajuda de uma tia. No tempo de férias, ajudava a minha mãe nos trabalhos domésticos e só brincava depois que estivesse tudo limpinho. Traumas? Não tenho nenhum! Agradecimentos? Muitos, porque não me faltou carinho, pão e atenção; faltou-me o supérfluo, mas o essencial tive; agora passa-se o contrário; há demasiado " supérfluo " e muito pouco ou nada do " essencial " e por isso os meninos ficam traumatizados; não são os limites, os nãos, os "tapinhas" no bumbum que traumatizam, mas sim a falta deles. Céu, muito obrigada pela visita, pelo belo comentário e desejo-te uma boa semana. Beijinhos
      Emilia

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  19. Ola amiga leninha! Vim agradecer sua amável visita e o belo comentário que deixou. Gratíssima!
    Sua postagem é maravilhosa um tema muito pertinente. Criança tem que brincar, criança não é um adulto em miniatura. A educação é indispensável, bem como a aprendizagem social e escolar. mas as brincadeiras devem existir até porque brincando a criança também aprende.
    Espero que seu final de semana seja abençoado e que quando a nova semana chegar encontre você com o melhor ânimo, feliz e com muita paz junto aos seus . Abraços da amiga Lourdes Duarte.
    http://professoralourdesduarte.blogspot.com.br/
    http://filosofandonavidaproflourdes.blogspot.com.br/

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    1. Muito obrigada, Lourdes, por teres voltado cá. Como professora, apercebes-te com certeza da melancolia que se nota nas crianças de hoje e, apesar deste texto e video serem aí do Brasil, este facto é comum a todas as sociedades, infelizmente. Temos que fazer a nossa parte, ajudando no que for possivel. Um beijinho, amiga e fica bem. Até breve!
      Emilia

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  20. Emília, querida!
    Fiquei feliz em saber que retornou, espero que a viagem tenha sido muito boa.
    Meu filho, hoje adolescente, sempre foi uma criança que brincou muito e ainda assim, sempre foi um tanto melancólico. Daqueles que possuem o olhar triste e muitas vezes só quer o silêncio como companhia, passava dias introspetivo. Eu, que sou sempre alegre, embora o silêncio também muito me agrada,tive dificuldade em compreender.
    Nem sempre é fácil compreender os que nos são diferentes. Mas o amor é sempre o melhor remédio e professor não é mesmo?
    Depois com mais calma vou ver o vídeo que indicou, obrigada pela dica.
    Com carinho,
    Sônia

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    1. Olá Sonia. A viagem e a estadia no Brasil correram bem e os meus pais ficaram mais ou menos; a idade é muita e portanto não posso dizer que ficaram bem, pois os problemas de saúde já começam a afectar mais a vida deles. Vais gostar do video Sonia, pois fala da melancolia das crianças duma maneira simples; enquanto estive aí assisti a muitos programas da tv cultura e, sinceramente, fiquei encantada com a qualidade dos programas desse
      canal. Tive ocasião de assistir também a um debate sobre a melancolia nos adultos e principais motivos um dos quais é a maneira como as cidades são estruturadas hoje em dia. Quanto ao teu filho, Sonia, eu acho que há melancolias normais, há pessoas mais alegres, extrovertidas e outras menos; eu considero-me uma pessoa melancólica e acabei por aceitar essa minha caracteristica sem grandes interrogações, porque, às vezes fico zangada comigo mesma por não andar sempre alegre e bem disposta. Sempre fui assim, soi assim e o melhor é aceitar a minha condição de melancólica, ansiosa talvez. Nao somos todos iguais e há que aceitar. Claro que uma mãe não gosta de ver um filho melancólico, mas há que aceitar quando se chega à conclusão que faz parte dele essa caracteristica. Sonia, muito obrigada pelo teu depoimento que levantou neste " debate " um tipo de melancolia que não deve preocupar. Beijinhos, amiga e tudo de bom.
      Emilia

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  21. Um problema muito premente nos dias que correm em que as crianças se pegam ao computador ou ao telemóvel e não brincam umas com as outras. Compete aos pais reverter isso, mas não é fácil.
    Um texto muito reflexivo, amiga.
    Uma boa semana.
    Beijos.

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    1. Muito obrigada, Graça, por teres voltado aqui com a tua opinião sobre este assunto. Sabemos que não é fácil para os pais livrarem as crianças das novas tecnologias, mas educar nunca foi fácil e não será impossivel que os pais tentem, pelo menos, diminuir o tempo que eles passam em frente de um computador ou televisão. Acho que hoje se dá às crianças todos esses aparelhos demasiadamente cedo o que os leva a trocarem facilmente os brinquedos tradicionais por essas novas tecnologias; não brincam, não lêem, não conversam com os pais o que é uma pena. Amiga, muito sucesso para o teu livro e brevemente far-te-ei uma visita. Beijinhos
      Emilia

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  22. Boa tarde Emília!
    Vim dá uma olhadinha pra saber se já tinha voltado.
    Esse texto é rico em ensinamento e muitas reflexões.
    Muitos pais necessariamente deveria ler.
    Lembrei da minha infância, que foi só alegria e muitas brincadeiras.
    Boa semana pra ti!
    Um abraço e um sorriso!
    Escrevinhados da Vida

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    1. Querida Smareis, já voltei no passado dia 4, mas, depois de uma longa ausência, demora a colocar as coisas em dia e por isso peço que me desculpes não ter ido a tua casa há mais tempo. Irei brevemente, prometo. Os tempos agora são muito diferentes e a maneira de educar também mudou muito o que faz com que as crianças de hoje sejam bem diferentes. Há demasiada informação ao dispôr delas e nem sempre a melhor e além disso há uma sobrecarga muito grande de tarefas extra escola que não lhes deixa tempo para serem crianças. Neste aspecto, penso que os pais exageram e que estão a fazer com que os filhos " pulem etapas", o que não as beneficiará em nada. Mas, amiga, é assim o mundo moderno, um mundo preocupadissimo em ter cada vez mais e em ser cada vez menos. Muito obrigada pelo carinho da visita e até breve, aí em tua casa.
      Emilia

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  23. Actualmente, as crianças não interagem com os pares e, para piorar tudo, os adultos põem-nas em situação de competição entre si.

    Não prevejo nada de bom para o futuro.Oxalá me equivoque.

    Fico contente com o teu regresso :) Beijinho e feliz semana

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    1. É verdade, São, os pais querem que os filhos sejam os melhores em tudo, que tenham tudo o que os outros têm e nessa ânsia de competição, esquecem-se que criança é um menino que deve crescer com calma, a seu ritmo com tempo para brincar sem se preocupar como vai ser o seu futuro. Atolam-nos de actividades e não lhes deixam tempo para brincarem com o grande numero de brinquedos que lhes compram, mas que só servem para " enfeitar " os quartos. Muita pena que isso aconteça, mas é assim! São, muito obrigada pela visita e volta sempre, É um gosto " conversar " contigo.
      Beijinhos
      Emilia

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  24. Oi, Emília, o que importa é o tanto que fazemos para acertar. Mas houveram sempre épocas em mudanças. Educamos nossos filhos com livros, com muita participação nossa fazendo com que participassem até de decisões que poderiam dar suas opiniões. Interagimos sempre e nunca enchemos nossos filhos de presente para compensar nossa presença. Estive sempre presente com aulas em casa ou perto, e no período em que estavam na escola. Mas o que não concordo é o que tenho visto nessa geração: crianças com 1 anos já com Smartfones na mão, num mundo ilusório para elas. Enquanto isso os pais ficam também nas redes sociais ou fazem suas tarefas, a criança não incomodará, por certo. Hoje falta presença, diálogo, participação, paciência. Não se justifica em se dizer que vivemos na era da informática. Sim, mas e daí?
    Beijinho, querida, como é bom estar aqui de volta no teu blog...

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    1. " E daí? " dizes tu e muito bem. É claro que não queremos que as nossas crianças não acompanhem a evolução dos tempos e que, muito menos sejam " analfabetas " em relação às novas tecnologias; têm sim, de aprender a lidar com todas elas, mas para quê tão cedo? Para que precisa uma criança de 3 ou 4 anos de saber Inglês? Aqui chega-se a esse ponto, de haver inglês nos infantários e, por mais ludica que seja a forma que se utiliza para ensinar, é um aprendizado desnecessário, na minha opinião. Crianças pequenas com celulares de última geração, para quê? Todas essas coisas são os pais que as querem e não a criança; os pais sentem um orgulho enorme ao verem o seu menino usando tudo isso com grande habilidade e além do mais, como dizes, ficam livres para também curtirem as redes sociais. Mesmo com a crise financeira, tanto aí quanto cá, o que mais se vê são tabllets, ipads, samrtphones, etc na mão de crianças; disso, infelizmente, não sentem falta. Tais, muito obrigada pela visita e pela tua opinião sobre o tema; gostei muito de saber o que pensas a respeito. Um beijinho
      Emilia

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  25. OI EMÍLIA!
    SEMPRE FALO AOS MEUS FILHOS QUE APRENDEMOS A SER PAIS COM ELES POIS ANTES DELES ÉRAMOS DUAS CRIANÇAS TAMBÉM, MAS NA NOSSA GERAÇÃO, APRENDÍAMOS RAPIDINHO SOBRE A RESPONSABILIDADE DE TER E CRIAR UM FILHO OU TRÊS COMO TIVEMOS. QUANTO A EDUCAÇÃO, ERA NA CONVERSA E NO EXEMPLO PORQUE CONVIVÍAMOS COM ELES NO SENTIDO AMPLO DA PALAVRA. HOJE EM DIA, VEJO A MAIORIA DAS CRIANÇAS SENDO CRIADAS POR BABÁS, OU EM CRECHES O QUE NÃO É DE TODO RUIM SE NO PERÍODO EM QUE ESTIVESSEM COM OS PAIS, HOUVESSE UMA QUALIDADE NESTE CONVÍVIO E NÃO UMA INDUÇÃO DA CRIANÇA À TELEVISÃO E AOS APARELHOS SMARTFONES,E OLHA QUE JÁ VI COM CRIANÇAS BEM PEQUENAS.
    UM TEXTO COM UM ASSUNTO IMPORTANTE AMIGA, POIS MESMO QUE JÁ TENHAMOS CRIADO NOSSOS FILHOS, OS NETOS NOS PREOCUPAM TAMBÉM.
    ABRÇS
    http://zilanicelia.blogspot.com.br/

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    1. Há que pensar muito na responsabilidade de se ter um filho, pois ele virá ao mundo sem pedir e, portanto terá de ser prioridade nas nossas vidas; não poderá sentir que é um estorvo, um objecto que se põe de lado quando não servir para nada ou quando atrapalhar. Infelozmente muitas crianças se sentem assim, um impecilho na vida dos pais que os entregam a outros para serem cuidados. Aqui há dias li que havia um colégio aí no Brasil que tratava de tudo para as crianças desde a lavagem do uniforme até à preparação da comida; a mãe entrega a criança de manhã e pega no fim do dia levando já o jantarzinho da criança pronto; a mãe dizia, toda orgulhosa, que nunca tinha feito uma sopinha para o seu filho; junto tinha a foto da mãe com o menino ao pé dela carregando a vasilha onde levava o jantar para casa. Olha, Zilanni, fiquei chocada ! Esta criança tem de certeza muito de tudo aquilo que o dinheiro compra, mas será um menino feliz? De certeza que não! Quanto a esta mãe e tantas outras que assim fazem, nem sei o que dizer, amiga,
      muito obrigada pelo teu pertinente comentário e volta sempre, sim? É bom conversar contigo. Beijinhos
      Emilia

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    2. Vim hoje aqui só para ler tua resposta e te deixar meu abraço.
      http://zilanicelia.blogspot.com.br/

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    3. Que bom, Zilni! Espero que a minha resposta tenha, de alguma forma, complementado o teu belo comentário. Obrigada, amiga e tudo de bom para ti e para os teus. Um beijinho
      Emilia

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  26. Olá, minha amiga!

    O prometido é devido (não dava para exercer política-rs) e estive ouvindo e vendo, há pouco, o vídeo que recomendaste, e k é mto interessante. Para mim, o título tinha de ser mudado para Chá Filosófico (rs) e tanta História tem tb o chá.

    Inicia-se com a apresentação da oradora, feita por um senhor, dizendo que ela ganhou prémios e prémios e depois há uma análise simples, mas ao mesmo tempo complexa da infância, feita por ela, que deveria ser sadia com alegria, mas o não é, como já aqui todos disseram.

    Brincar com brinquedos, topo de gama, e comprados em sítios XPTO, dá "estatuto" aos garotos, são bem aceites pelos outros e ficam, temporariamente, felizes, mas depois, vêm novas modas e pronto lá vêm mais exigências, caso não, serão discriminados. Isto da discriminação na escola, nos lugares onde os jovens e crianças se encontram, tb depende mto da estrutura mental de cada um deles, pke eu conheço casos em k eles e elas se afirmam, dizendo: sim, estas calças foram compradas na feira aos ciganos e daí? O que és tu mais k eu, só pke compraste na Mango ou... Sabes, continuam eles, eu tenho 19 a matemática, 18 a Ciências Físico-químicas, 17 a geografia e etc. nunca fui a Psicólogos e se houver briga, vamos a ela. Os outros, olham-no, metendo o rabinho entre pernas e nada para dizer.

    A estrutura familiar é mto importante e se ela não existir, não há como formar indivíduos/cidadãos.

    Beijinhos e dias felizes.

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    1. Querida Céu, muito obrigada por teres cá vindo dar a tua opinião sobre o video. Fico contente que tenhas gostad. Dei este titulo, porque no video fazem a associação de infância com ânsia precisamente porque a criança, nas suas brincadeirinhas saudáveis anseia ser isto ou aquilo e lá vai brincando de mamã e papá, de professor, médico, bombeiro, etc, etc. É assim que ela gosta de brincar e não com aqueles brinquedos que já fazem tudo e lhes tiram o prazer de imaginar, de ansiar. Sabes Céu, quando vejo crianças como as que descreves, costumo dizer : estas, sim, têm pais em casa; não quero dizer que tenham pais que não trabalham fora e não estejam sobrecarregados de afazeres, mas sim que têm pais que souberam dar-lhes segurança e confiança neles mesmos; são crianças que tiveram elogios quando mereceram e " nãos quando precisaram..
      Como bem dizes, " a estrutura familiar é muito importante. Amiga, desejo-te uma boa noite e deixo-te um beijinho muito especial. Até. ...
      Emilia

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  27. Cara Emília

    Eu sou a Manu de quem tanto fala a Ana Freire.
    Desculpe a invasão aqui no seu lindo blog, mas gostava que conhecesse o meu blog
    http://existeumolhar.blogs.sapo.pt/ e avaliasse se há alguma semelhança com o da dita menina.

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    1. Olá Manu. Agradeço a sua visita aqui ao Começar de Novo; espero que tenha gostado e que volte mais vezes.
      Com certeza, irei visitar o seu cantinho, pois já tenho visto o seu nome em outros blogs que visito. Espero que esse problema se resolva da melhor maneira possível, talvez até com uma pequena " conversa" entre as duas, que acha? Um beijinho
      Emília

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