domingo, 20 de novembro de 2016

CONSUMISMO



O Cidadão lúcido em vez do consumidor irracional
 

 Já se sabe que não somos um povo alegre (um francês aproveitador de rimas fáceis é que inventou aquela de que «les portugais sont toujours gais»), mas a tristeza de agora, a que o Camões, para não ter de procurar novas palavras, talvez chamasse simplesmente «apagada e vil», é a de quem se vê sem horizontes, de quem vai suspeitando que a prosperidade prometida foi um logro e que as aparências dela serão pagas bem caras num futuro que não vem longe. E as alternativas, onde estão, em que consistem? Olhando a cara fingidamente satisfeita dos europeus, julgo não serem previsíveis, tão cedo, alternativas nacionais próprias (torno a dizer: nacionais, não nacionalistas), e que da crise profunda, crise económica, mas também crise ética, em que patinhamos, é que poderão, talvez — contentemo-nos com um talvez —, vir a nascer as necessárias ideias novas, capazes de retomar e integrar a parte melhor de algumas das antigas, principiando, sem prévia definição condicional de antiguidade ou modernidade, por recolocar o cidadão, um cidadão enfim lúcido e responsável, no lugar que hoje está ocupado pelo animal irracional que responde ao nome de consumidor.


José Saramago, in 'Cadernos de Lanzarote (1994)


Estamos uma época de consumo, época que, na minha opinião, começa cada vez mais cedo, precisamente, segundo dizem, para incentivar o comércio; achei, por isso oportunos trazer este tema à vossa consideração através deste interessante texto de Saramago.

Emilia Pinto

64 comentários:

  1. Emília,
    O consumo é o logro mais eficaz de que há memória. E vamos pagá-lo bem caro.

    Um bom resto de domingo :)

    ResponderEliminar
  2. Emília,
    O consumo é o logro mais eficaz de que há memória. E vamos pagá-lo bem caro.

    Um bom resto de domingo :)

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. E será que não estamos já a pagar caro por esse " logro "? Quantas familias não estão hoje a " passar fome" por se terem iludido e por quererem viver como o " vizinho do lado " comprando o supérfulo e deixando de lado aquilo que realmente precisavam? Continua-se a valorizar os " rótulos " e as consequências são por vezes graves. Amigo, muito obrigada pela visita e, apesar do tempo chuvoso que os teus dias sejam iluminados e a saúde seja, pelo menos satisfatória; não se pode pedir muito!!! Beijinho e até breve
      Emilia

      Eliminar
  3. Sim, já está tudo pronto para atrair a febre do consumismo... Mas onde está a alegria da simplicidade, de gozar o momento? De descobrir nas velhas ideias outras novas?
    Obrigada pela visita
    Beijos e abraços
    Marta

    ResponderEliminar
  4. " Está tudo pronto " e cada vez mais cedo. Ăs vezes me pergunto: " será que isso faz com que as pessoas comprem? " A mim, não, mas o certo é que nos centros comerciais vê-se muita gente carregada de presentes para o Natal e falta ainda tanto tempo!!!! Enfim... algumas pessoas são muito influencaveis e têm medo que os artigos acabem. É pena, mas é assim! Marta, obrigada pela visita e desejo-te uma boa semana, apesar do mau tempo. Beijinhos
    Emilia

    ResponderEliminar
  5. Começará a eterna luta entre comerciante e consumidor… Já me disseram muitas vezes:
    'Não se mate mais atrás de tantos presentes, acabe com isso!!' Não é fácil se fazemos parte de uma sociedade consumista, de um país consumista e se há 1661 anos o mundo é preparado para dar e receber presentes após a bela data criada pelo Papa Libério no ano 354.

    Depois vem Ano-Novo, Páscoa, Dia das Mães, Dia dos Pais, Dia das Crianças, Dia da Avó e 50 aniversários durante o ano… E Natal de novo!!!

    Ando pensando muito, querida Emília. A lista deverá diminuir muito, mas confesso que estou enjoada dessas festas de fim de ano. O consumo está desenfreado. E o trabalho não termina nunca! Já penso no dia 2 de janeiro!!
    Ótimo sua postagem.
    Beijo.

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Olá Tais.
      Eu sei que é muito dificil " remar contra a maré", mas depois de muito esforço eu já consegui. Os presentes aqui limitam-se à familia, mais precisamente, aos pais, filhos, netos e irmãos; os sobrinhos, agora adultos não recebem, mas sim os filhos deles, crianças ainda. Entre os amigos foi combinado acabarem os presentes; em geral, juntamo-nos num jantarzinho e desejamos Feliz Natal; nada de presentes. No dia da mãe, sempre digo aos meus filhos para não comprarem nada; juntamo-nos num jantar de familia e está feito e o mesmo se faz com o dia do Pai.Quanto aos aniversários, aqui em casa é tudo em Dezembro, dia 23, dia 26 e os meus dois filhos a 28 ( não são gémeos, por isso, em geral compro algo que eles precisem e comigo e com o pai fazem a mesma coisa.Os meus pais e irmão vivem no Brasil e pt não posso dar-lhes presente, mas telefono-lhes sempre. Como vês, Tais, custou, mas consegui; é um troca troca que não faz sentido e muitas vezes os presentes não agradam e não têm utilidade nenhuma. Criou-se esse costume de dar e receber presentes, mas o problema é que se foi exagerando muito e o significado ficou deturpado; o mais importante na ceia de Natal passou a ser a entrega dos presentes e não a confraternização entre familiares e amigos, Como se costuma dizer, " o Aniversariante não está presente na ceia em Sua homenagem ". Obrigada, Tais, pelo comentário tão assertivo e desejo sinceramente que não se canse muito nesta quadra. Vai ver que, no próximo ano, a sua lista estará muito menor; é só ter coragem de ser a primeira a dar o passo nesse sentido. Verå, como eu, que os amigos vão agradecer, pois também eles querem acabar com isso, mas falta-lhes coragem; alguém tem de começar, não é verdade?. Uma boa semana, amiga! Beijinhos
      Emilia

      Eliminar
    2. Os presentes já estão mais reduzidos, restringi apenas aos familiares. Estamos é pensando nas férias, aliás todos da família. Na verdade, enchemos juntos dessas festas. Que fique na lembrança, no mundo das crianças. Vamos fazer um jantar e presentes para família. O exagero veio de minha avó... cruzes. rs Acabei de falar com nossos filhos ao telefone, vamos fazer algo que não desgaste ninguém.
      Beijinho.

      Eliminar
    3. Pois é Tais, tinha-me esquecido de que aí começa o tempo de férias e, digo-te, quem me dera esse calorzinho!!! Aqui está muito frio e não gosto nada dele, mas, enfim...há que aguentar!!! É verdade, amiga, a magia do papai Noel é para as crianças e bastam os presentes para as que ainda acreditam nessa mitica figura. Um beijinho e até breve!
      Emilia

      Eliminar
  6. Consumismo... uma fugaz alegria... que imediatamente se desvanece no acto da compra...
    Enquanto o ter, prevalecer ao ser... continuaremos todos a pertencer, a uma sociedade tristemente doentia, escrava de necessidades... de que usando alguma lucidez... veríamos que não têm sentido, nem razão de ser, na sua grande maioria...
    Uma partilha bem pertinente, para a quadra em que vivemos... em que se desembrulham presentes a monte... sem ter o prazer ou tempo de desfrutar de muitos deles...
    Beijinhos, Emília! Boa semana!
    Ana

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. É precisamente isso que penso, Ana e , com o passar dos anos,fui aprendendo a ser menos consumista; as casas começam a ficar " lotadas" de " bugigangas ", as crianças com tantos brinquesdos que já nem lhes dão valor e nós a matarmos a cabeça para darmos um presente a alguém que faça aniversário, muitas vezes acabando por comprar algo que não agrada. Mas, concordo que seja muito dificil ignorar toda a propaganda incentivando ao consumo; é preciso, como diz Saramago, usar de toda a nossa lucidez para nos controlarmos. Obrigada, Ana, pelo carinho da visita e desejo-te muita serenidade e saúde. Um beijinho
      Emilia

      Eliminar
  7. Emília!
    Ainda hoje estava à pensar sobre presentes...pois meu neto de seis anos, quando fui buscá-lo na escola, me perguntou o que vou pedir para o papai Noel e me contou empolgado seu pedido.
    Acho linda a época do Natal, casas enfeitadas, luzes coloridas e essa magia que exerce sobre às crianças, mas o consumir exagerado, as confraternizações sempre regadas a presentes, muitas comidas e bebidas me cansam.
    Gosto de uma boa reunião em família, regada sim, à muita alegria com mais partilhas de amor e menos preocupação com presentes.
    Seu post caiu como uma luva nas minhas reflexões.
    Um abraço e desejo de ótima semana,
    Sônia!

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. " Caiu-te como uma luva, Sonia, porque andamos todos já bastante stressados com a quadra que se avizinha, embora ainda falte bastante tempo. Os meus netos ( um de 9 e uma de 7) também já escreveram a cartinha ao papai noel e eu acho isso bonito, mas, creio, que poderiamos deixar os adultos de lado nesta questão dos presentes, Seria fácil convencer as crianças de que o Papai Noel só os traz para os pequeninos para homenagear o menino Jesus.Afinal, o que importa é a reunião da familia e a alegria que se deve colocar na mesa junto com a ceia. Amiga, agradeço -te a simpatia da visita e que a alegria, saude e paz façam parte dos teus dias. Um beijinho e até breve, aí na tua casa.
      Emilia

      Eliminar
  8. Subscrevo Saramago.
    Com a tragédia dos emigrantes, quem pode passar um Natal
    afundado em exageros?!
    Com a maior parte das guloseimas de péssima qualidade...
    Para mim é fundamental a sobriedade e a tradição.
    ~~~ Beijinhos chuviscados ~~~

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Tens razão, Majo! É uma dor ver a situação dos refugiados, principalmente daquelas crianças que so querem o " direito de serem meninos" Nao sei como ainda há pessoas capazes de criticarem a pouca ajuda que se dá a essa gente; dizem esses " inteligentes" que no meio vêm terroristas" Meu Deus, mas será que no meio de milhares de pessoas que vivem no nosso Portugal ou em outro qualquer pais, não há criminosos, assaltantes, estrupadores, pedofilos e outro tipo de " escumalha"? Assim não haverá maneira de lutar por um mundo melhor; a mesquinhez humana é tão grande!!! ? Mantenho o tradicional também e tudo simples como era hábito em casa dos meus pais onde havia carinho e não exageros; as facilidades começaram a ser muitas, o povo deslumbrou-se e perdeu o controle. Obrigada, Amiga e retribuo-te os beijinhos, felizmente, ensolarados. Fica bem e até sempre.
      Emilia

      Eliminar
  9. O consumismo não precisa de data .
    Neste momento agarramo-nos ao Natal , data considerada [ considerada , pois não é a correcta ]a do nascimento desse Ser magnífico a que chamamos Jesus ,[ e que expulsou os vendilhões do templo ].
    Esse Jesus , cada vez mais esquecido e substituído por uma figura mais brilhante e importada , chamada Pai Natal .
    E volto ao principio ... o consumismo está em nós e não precisa de datas . Mas a factura desse mesmo consumismo vai ser bem alta .

    Um beijo grande , Emília , e boa semana ,
    Maria

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Sabes, Maria, o que costumo dizer? Se Jesus viesse à terra voltaria a expulsar os vendilhões do templo, pois hoje em dia eles são " mais que muitos ", como se costuma dizer. Não se sabe se o dia 25 é mesmo o dia do nascimento de Jesus, mas, se foi esse o dia escolhido para se festejar o Seu aniversário, então poque não lhe damos lugar à nossa mesa? Pois...está entulhada de presentes e de um exagero de comida e bebida. Soubessemos nós distribuir um pouco por aqueles que nessa noite só têm tristeza sobre a mesa e o céu brilharia carregadinho de estrelas. Maria, muito obrigada pelo carinho e desejo-te dias coloridos e com muita saúde. Beijinhos
      Emilia

      Eliminar
  10. Na sociedade em que vivemos, quanto menos somos, mais precisamos de ter. É essa a impressão que tenho. Somos tentados a ser mais consumidores e menos pessoas. A verdadeira crise é, na realidade, uma crise de valores. Muito oportuno este excelente texto de Saramago.

    Um beijinho, querida Emília :)

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Sim, fala-se muito em crise, mas, desde há muito que só se vê pessoas carregadas de pacotes. Há uma semana fui a um centro comercial e fiquei parada e muito pasmada a olhar uma senhora a ir para as casas de banho carregada de pacotes de presentes; parecia esss pessoa da foto que ilustra este tema; onde iria essa senhora deixar os embrulhos enquanto usava o wc? Não cabia tudo lá dentro e ela ia sozinha... Costumo dizer que a crise está naqueles que, infelizmente não têm o que pôr na mesa. Há sim, amiga, uma crise de valores e esta quadra para muitos é de grande tristeza; há familias que não se entendem, há pessoas amadas que se foram e há também muita fome e bastava que pensassemos nestas pessoas que nada têm para que fossemos mais " pessoas" e menos " consumidores. Obrigada, miss Smile e desejo que o sorriso que usas como nome te acompanhe sempre. Beijinhos
      Emilia

      Eliminar
  11. Boa tarde, hoje o incentivo ao consumo entra a toda a hora pelas nossas casas sem pedir autorização, nos meio urbanos estamos rodeados pelo mesmo incentivo. comunicação social escrita publicita, criam-se datas mundiais, fazem-se estudos para fazer crer que os produtos publicitados são essenciais, a banca facilita com cartões de credito, vivemos num mundo do consumo do que faz falta e do que não faz, festeja-se o natal a consumir, assim funciona a maioria das pessoas, perante tudo isto, sou obrigado e pensar, afinal sou eu que pertenço a uma minoria que só compra o essencial que está no caminho certo ou são os consumidores de tudo e mais alguma coisa?.
    Continuação de semana feliz,
    AG

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. É isso, António! Quando ousamos ser sensatos, desviando-nos do que se tornou usual, sentimos que " somos uma minoria" que somos nós os " anormais " Eu não me considero consumista; detesto andar a " ver as montras" e a passear nos supermercados, passando com o carrinho em todos os corredores ; vou de lista na mão diretamente àquilo que preciso. Sou muito pratica e não gosto de ver a casa atolada de coisas. Costumo dizer que o q.b. me basta e só compro o que necessito. Não sei se isso tem a ver com a minha infância, pois não havia condições financeiras para o supérfulo, mas, penso ser uma questão de personalidade;as pessoas são diferentes e umas mais influenciáveis do que outras. António, muito obrigada pelo comentário tão pertinente e desejo-te muita saúde e paz, nesta sociedade tão necessitada dela. Um beijinho
      Emilia

      Eliminar
  12. Sem dúvida oportuno!
    O consumismo que começa logo em Setembro acabou com a magia do Natal da minha infância e juventude.
    As crianças deixaram de dar valor ao que recebem...nada os contentaram...têm tudo sem esforço.

    Deixei de gostar do Natal...se não fosse o meu neto, fugia nesta altura do ano.

    Beijinhos.

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Pois é, Lisa, na nossa infância, tudo era diferente e isso deve-se às dificuldades daqueles tempos. Hoje, há muita informação, há dias especiais para tudo e o incentivo ao consumo entra-nos casa adentro pela net, pelo telemóvel, rádio, tv, etc, etc. As crianças vivem essa magia do Natal, mas estão inseridas nesta sociedade criada por nós, adultos,e o que lhes interessa nesta quadra é a quantidade de brinquedos que o pai natal lhes vai trazer; muitos nem sabem o significado do Natal.e, contrastando com as que têm demais, há aquelas que, tristes, veem que o pai natal não é justo; os amiguinhos receberam um montão de presentes e eles nenhum ou, então receberam alguns já usados. Enfim...é o que temos e, se não formos nós a corrigir o erro que cometemos, as nossas crianças irão ser os futuros " consumidores irracionais " O estrago está feito e não sei se teremos tempo de o remediar. Beijinhos, amiga e espero que estejas bem, assim como os teus. Até breve lá nos teus " olhares "
      Emilia

      Eliminar
  13. Pois é, Emília, José Saramago, expressivo nome da literatura, um dos mais importantes escritores de língua portuguesa, de quem sou leitor, está com razão, no que diz respeito ao consumidor que não resiste aos apelos dos comerciantes e na emoção compram sem pensar que amanhã o dinheiro lhes faltará. Aqui no Brasil, que tu conhece tão bem, dá-se a mesma coisa: no impulso, compra-se tudo, mesmo sem as condições financeiras para comprar. Depois vem os altos juros das prestações contraídas pelo cheque especial, depois a cobrança judicial, e, mais tarde, a impossibilidade de comprar a crédito.
    Essa tua postagem, Emília, vem em boa hora, agora que se aproximam as festas natalinas, com presentes para serem comprados. Parabéns.
    Abraços.
    Pedro.

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Aqui, Pedro,aconteceu o mesmo, foram tantas as ofertas pelos bancos para crédito à habitaçáo que as pessoas pediam logo também para o carro, mobiliário e até para férias;quando chegou a crise, os bancos ficaram atolados de imóveis que tiveram que tomar dos devedores; antes de comprar não pensam que a vida pode mudar e que, quando não se tem dinheiro nem para a entrada do imóvel,o melhor será pagar renda. O ser humano é igual em toda a parte e, como dizia um amigo na brincadeira: " não custa nada pagar...damos só um cartão..." E assim as pessoas se vão iludindo, achando que passam o cartão e o dinheiro continua na conta. Como diz Saramago é preciso que usemos toda a nossa lucidez,pensando bem antes de gastar aquilo que não podemos. Amigo, muito obrigada pelo comentário tão assertivo e fica bem, com saúde que é o principal. Beijinhos
      Emilia

      Eliminar
  14. O texto de Saramago? Muito lúcido, e infelizmente muito actual.
    Para mim, o Natal,não é época de consumismo. Raramente compro alguma peça de roupa nesta altura e só se for mesmo necessária.
    Prendas? Para a neta. Para o filho e a nora faço um belo de um avio, que começo a fazer a partir de Agosto, nas promoções de 50%. Ou seja, encho-lhes a dispensa, o que faz com que durante um tempo fiquem mais aliviados com as despesas. Nada mais.
    O Natal para mim é época de amor, e o amor não se compra com presentes. Se tenho alguém a quem quero dar um miminho, faço-o com uma das coisas que vou fazendo nas horas vagas, uma tela, um prato pintado, uma vela decorada, um frasco de doce caseiro, qualquer coisa do género.
    Um abraço

    ResponderEliminar
  15. É assim que deveria ser, Elvira, em todas as familias. Como disse acima , não soi consumista e compro só quando preciso, pois ier às compras para mim não é uma tarefa agradável Presentes no Natal limito-me à familia mais chegada e entre os amigos também acordamos acabar com aquele " troca troca" Achei muito interessante essa tua ideia do " avio " que enche a dispensa do teu filho, ajudando-o assim nas despesas da casa. Confesso que nunca me passou pela cabeça esse tipo de " presente", mas que é uma belissima ideia, lá isso é. Também já ofereci muitos trabalhinhos feitos por mim; mas agora, olho para trás e penso: " como arranjei paciência para fazer tantas coisinhas" ? Já há muito não faço trabalhos manuais, mas, pontei telas, imagens de marfinite, caixinhas de madeira, paninhos de crochet e alguns objectos trabalhados com estanho ; fiz de tudo um pouco; alguns foram para oferecer e outros decoram a minha casa; não são obras de arte dignas desse nome, mas são meus, feitos por mim; olho para os quadros que pintei e acho que agora faria melhor, mas não sou capaz de os substituir. Mas, as coisas mudam, nós mudamos e essa fase passou; foi boa, aprendi muita coisa, dei miminhos, mas agora ocupo-me de outros assuntos também importantes, como curtir os netos quando cá vêm( moram no Douro) ,fazer voluntariado e cuidar deste cantinho que também me tem dado muito. E, Elvira, conversei muito e fugi do tema, mas, não tem importância, também é bom estar assim " num papo " descontraido com uma amiga, não é verdade?. Muito obrigada pela paciência a " ouvir-me " e espero que estejas bem, assim como os teus. Um beijinho
    Emilia



    ResponderEliminar
  16. Um post bem pertinente, dada a aproximação de uma época consumista que é bastante irracional...
    Bom fim de semana, querida amiga Emília.
    Beijo.

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. E o que dizer,Jaime, destas modernices da " black friday " ? Fico impressionanda com a loucuras das pessoas; chegam-nos mensagens pelo telemóvel, anúncios na t,, na rádio, etc, etc. Mais um modo de consumo que considero, chega a ser " irracional " . Mas, há que respeitar e tentar não ir atrás daquilo que não nos interessa. Bom fim de semana, Jaime, apesar do mau tempo. Um beijinho
      Emilia

      Eliminar
  17. Gostei imensamente do texto e vejo que a humanidade é consumista, quer na prática ou no desejo dos miseráveis, dado ao chamamento da mídia, em particular. Há muitos que são compulsivos mesmo e chagam a compra sem dinheiro comprometendo o futuro. Abraço cordial. Laerte (Silo)

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. O maior problema é esse mesmo, Laerte, iludem-se uns, por pura apetência pelo TER cada vez mais, outras por aquela tal compulsão a que aludes e que, considero doença; mas, quer num caso, quer no outro, comprometem, não só o futuro, mas, principalmente o presente; muitas vezes começa a faltar o essencial para a alimentação e educação das criancas. Todos conhecem alguém que se endividou por não ter controle nas contas. Obrigada, amigo e desejo-te um bom fim de semana. Beijinhos.
      Emilia

      Eliminar
  18. Respostas
    1. O Natal vai começar? Na cabeça de algumas pessoas começou há muito e, quando chegar o dia, a " data festiva" como diz a nossa amiga Manuela, todo o encanto, toda a magia já terá terminado com a correria desenfreanda atrás dos presentes. Amigo, muito obrigada pelo carinho da visita e até breve no teu " mar" sempre belo, quer esteja calmo, quer esteja raivoso. Um abraço
      Emilia

      Eliminar
  19. É realmente constrangedor o comportamento dos cidadãos nesta época de ano, Emília. Sim é de propódito que digo época do ano e não data festiva. Porque festiva sê-lo-à sempre! Pena que esta festa não se faça no coração dos Homens. E em vez do consumismo doentio, gastando horas na abertura das prendas, rasgam tanto papel e sacos, e desperdiçam tantas palavras na comemoração do NATAL e festa da Família.
    Oportuníssimo o post de hoje ( como sempre) porque nunca é demais reflectir!
    Beijinho
    e aquele abraço, Emilia!

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Antes de mais, quero agradecer-te " aquele abraço" e, tenho a certeza que nesta " data festiva" vais ter o essencial, muitos abraços pata aqueles que amas e daqueles que te amam. Este ano vou tę-los também, na minha casa com os meus dois filhos e dois netinhos; o ano passado sabes como foi; os de cá juntaram-se aos que vivem do outro lado do Atlântico e abraços apertados foram dados, numa familia divergente em pequenas coisas, como é normal, mas coesa no essencial. Foi uma grande alegria para os dois seres
      que nos ensinaram o verdadeiro significado da palavra familia e que na ceia deste ano vão ter o coração dividido. Mas, a " festa" deve ser feita " no coração dos homens " e se pensarmos assim, nós estaremos juntos apesar do oceano que nos separa. Como sempre, Manuela , deixaste aqui um comentário pertinente e assertivo; de facto , o Natal tem sido e será sempre uma " data festiva "para os " homens de boa vontade", é poca do ano é qualquer altura, qualquer data, dias de maior ou menor importância, dependendo de quem a vive e como a vive,, Gostei dessa distinção, Manuela e, confesso, não tinha pensado na diferença entre uma e outra. Muito se aprende em " conversas " com bons amigos. Manuela, muito obrigada e desejo-te uma noite serena...sem " inquietudes"; que elas te poupem, pelo menos durante a noite, pois durante o dia é praticamente impossivel que não surjam; fazem parte da vida...
      Beijinhos
      Emilia

      Eliminar
  20. Pelo k aqui li e pelo k ouço, NOBODY é consumista. Mas que grande "par de botas"! Ah, vamos lá falar verdade!

    Olá, minha linda (é assim k se diz na tua 2ª Pátria)!

    Estás bem? Aqui, tudo satisfatório.

    Agradeço a tua visita e engraçado comentário com o "Mas que coisa..", acho k foi esta expressão com k iniciaste o teu "discurso".

    Pois, NINGUÉM compra quase nada e Saramago tb "não" comprava (olhando pra ele, e não para o ele dizia, vê-se. Estou aqui a pensar se ele não teria "comprado" a ilha pra onde foi viver. Que mal língua, eu sou)!

    A lengalenga de Saramago é pra inglês ver, pke as pessoas, e as k têm menos possibilidades, são as k mais compram, no natal, no carnaval (foi só pra rimar), etc. e eu k tenho condições satisfatórias, compro, ZERO, ou melhor, vamos lá repor a verdade, compro um bolo rei no Lidl de 3,99£.

    Parvoíce comprar agora, antes do natal, mesmo sendo gente mto rica, pke logo a seguir ao natal e ao ano novo, começam as promoções/saldos e não são monos (eu não sou esquisita e se um artigo, considerado pelos outros como tal, me agradar, eu compro-o.

    Vivemos num país livre, onde falar de comportamentos minoritários é incorreto, tacanho, mostra k somos xenófobos, racistas, fascistas (o k haverá mais com este sufixo)? Ah, nacionalistas e comunistas! Fidel já se foi. Ironia do destino, logo o homem foi morrer numa Black Friday, bem, mas têm uma excelente medicina e ensino (valhas-lhes isso)! Espero, sinceramente, os ventos de mudança, naquilo k está MAL, repito, naquilo k está MAL.

    Cubanos exilados há "n" estão a fazer uma grande festa. Pois, compreendo-os, perfeitamente, e Fidel "só" morreu aos 90 anos, pensarão mtos, deixando cá 8/9 filhos e 5 mulheres (não sei se alguma delas já faleceu) - eita, minino, k você foi danado pra brincadeira - rs!

    Este ano quero ver e ouvir, nos meios de comunicação social, o consumismo dos Portugueses, pke eu ouço, vindo do governo, vai descer/baixar isto, aquilo. Cuidado, pke, descem demais, e chegam, melhor, Portugal, chega ao fundo do poço, cuidado, e depois "morrem" por falta de água. É a chamada mortágua! Enfim, dê-se, enqto houver, e gaste-se o "possível", ou mais k o "possível", pke as manas exigem e o Sr. Presidente da República, o dos afetos, vai dando cobertura ao "evento", embora, cinicamente, pke a ele dá-lhe um prazer imenso dizer: no meio de tanta gente de esquerda, cá estou eu com vocês, eu de direita. Mas, será k alguém pensa k o homem é de esquerda?

    E tudo isto, toda esta minha palha, a propósito do consumismo nesta época e não só, mas como não tem havido greves (sim, o PCP está no triunvirato e...sindicatos estão calados, pois claro) está tudo quase "fixe" ou será sedado? A Cristas diz anestesiado, mas creio que ainda não é tanto. Ah, mas se o pessoal "acorda", nem te "conto", Emília, mas isso só mais daqui a uns tempinhos!

    Beijinhos e bom domingo.

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Mas, Ceuzinha de Deus, já que estás lá naquele céu ( ausente, é verdade... ) aqui alguém falou de consumir? E se o homem tiver dinheiro para comprar uma ilha o que o impede? Desde que não fique a dever e não tenha roubado o dinheiro o resto é problema dele. Sei de um brasileiro riquissimo que tinha uma ilha em Angra dos Reis e no entanto chefiava uma ala inteira de um hospital onde tratava de doentes completamente de graça, por isso a questão não é essa. Eu, não sou nada consumista o que não quer dizer que não consuma; por mais que deteste, tenho que ir às compras , mas só vou a uma loja de roupas quando preciso e na primeira compro . ÀS vezes penso que deveria comprar mais umas roupinhas!!! O que aqui se quer mostrar é que a irracionalidade está a tomar conta do ser humano que, já em Outubro começa com " a febre dos presentes," da iluminação das lojas, e das ruas. O ser humano está a deixar-se comandar pelo dinheiro e chega a um ponto em que fica atolado de dividas. Claro que há excepções e cada vez há mais pessoas a pensarem na inutilidade deste troca troca que enche de " tranqueirada" a nossa casa e gavetas. Não sei se é normal ou se é " doença" , mas a mim faz-me mal ter as gavetas e os armários cheios; tenho que ter sempre uma prateleira vazia e nos armários os cabides têm que estar espaçados; tenho o q, b. de tudo . Nunca falei com psicologos sobre isto, porque não me preocupa esta minha mania; um dia os meus filhos não vão ter muito trabalho a arrumar a casa da mãe e além disso nunca faltou nada em minha casa. Há quem diga que é bom ser assim, mas o que interessa é que para mim tem de ser assim. Para quê os armários a abarrotarem de louças, de roupas de cama, de panelas etc, etc? Não consigo, mas, sempre recebi muita gente e nunca precisei de pedir emprestado." Então Ceuzinha, estamos a chegar ao fim do mês e, ao contrário de muita gente, nem sequer tirei a árvore do Natal da arrecadação. Claro que a vou fazer e muito enfeitadinha, pois tenho dois netinhos e o Natal e a magia desse dia é deles qhe ainda acreditam em Pai Natal, No meu tempo era o Menino Jesus e agora é o papai Noel ( no Brasil) mas tanto faz; o que interessa é viver essa " data festiva" em familia, em harmonia, sem ficarmos como a imagem do post, tapados com coisas que não têm o menor significado. Quanto a bolo rei, sabes que é o bolo que mais aprecio? E estou na Régua, na casa do meu
      filho, onde passei o fim de semana; daqui a pouco vou " consumir" qualquer coisinha e depois abalar até casa, a uma hora de distância, em auto estrada
      então, amiga, estamos conversadas? Escrevei muito, como é meu costume e tu também o fazes o que significa que temos algo em comum. Já que o Domigo está no fim, desejo-te uma boa semana, de preferência com um tempo mais ameno. Detesto compras, mas detesto mais ainda o frio. Beijinhos

      Eliminar
  21. Nem sei por onde começar, pke estive, aliás, estou ainda a rir com as tuas palavras, mas vamos lá!
    Pois, eu "Céu", pseudónimo, não posso estar no céu/firmamento, estou ausente, pke lá só habitam santos e santas e eu sou pecadora, em todos os aspetos, e ainda por cima, escrevo poesia sensual e erótica (estou perdida - rs)!

    Ora, temos a mesma opinião. Eu não sou contra quem tem ou tem mto, desde k paguem os seus impostos, não prejudiquem terceiros, e o k têm seja fruto de trabalho, de heranças de família, etc. pke eu não sou contra os ricos, os abastados, sou sim, contra a pobreza, sobretudo a de espírito, mas aí nada posso fazer, mas já tenho elucidado alguns, embora não saiba se a mensagem passou.

    Eu, já fui mto mais consumista do k sou, atualmente, sobretudo em roupas, malas e sapatos, acessórios, digamos assim, mas em comidas, só o estritamente necessário, e até no natal, eu não sou diferente. Faz-me impressão ver tanta gente a comprar tantos doces, tanto de tanto, mais umas "televisões", k ostentam, enqto eu tenho "uma" de 39,90£, refiro-me ao telemóvel, k funciona, lindamente: faz e recebe chamadas e sms. Então, não é fantástico!?

    Sim, eu entendi que na tua publicação se queria demonstrar k a irracionalidade está a tomar conta do ser humano, mas olha k não é só nas compras. Eu era boa aluna a Português, e sobretudo tinha mto jeito para ligar e associar assuntos, k pareciam nada a ter a ver (a haver, assim diz, pronuncia o José Rodrigues dos Santos) uns com os outros, palha, como lhe chamam, por isso é k eu estive em Direito (que desatino de curso. Só "mentiras" e se... e mas...)! e depois, História, k conclui, como já aqui disse.

    As diversas fases etárias vão-nos modelando e alterando, e ainda bem k assim é, pke na maioria dos casos, é para melhor.

    Bem, eu não faço árvore de natal há dois anos, pke comecei a pensar na trabalheira que aquilo me dava, e pronto, como boa alentejana k sou (lenta, "preguiçosa" q.b. - risos) decidi não fazer. Se tivesse netos/as, mto provavelmente, seria como tu, ou como todas as avós normais, penso eu.

    Gosto, gostamos mto de escrever (ai, estas meninas de Letras!), mas as palavras são importantíssimas e tanto nos podem beijar, como ferir. Vamos escolher as primeiras, logicamente!

    Detesto frio, pessoas frias e climas frios e por isso é k eu tenho ido nas férias, algumas vezes, para Marraquexe (48º/50ºg à sombra, mas este ano o calor foi excessivo, lá).

    Beijinhos e boa semana!

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. " Somos meninas de letras" gostamos de escrever longos " testamentos " e usamos palavras que " beijam " e não as que ferem, pelo menos tentamos, Detestamos, frio, climas frios e pessoas frias. Também me parece que procuramos dizer o que pensamos e não o que é politicamente correto, além de gostarmos de bolo rei. Até aqui, tudo bem, de acordo, mas há uma coisa da qual discordo... quem disse que tens de estar " ausente do céu " pelo facto de escreveres bela poesia, sensual e erótico? É amor, faz parte dele tudo o que escreves, portanto, amiga, tens lá o teu lugarzinho, de certeza.
      Já estou na minha casinha, gelada por falta de calor humano durante o fim de semana e vou tratar de dormir, pois amanhã é outro dia e há que levantar mais cedo( não muito..). Antes, porém, quero dizer-te que adorei este nosso " papinho" e que, espero, não demore a que tenhamos outro. Boa noite, querida amiga, Um beijinho
      Emilia

      Eliminar
  22. O consumismo é terrível e nesta época...
    Quem pode abusa e quem não pode sofre mais
    do que noutras datas.
    Pais com filhós e que não lhes podem dar nada,
    deve ser mesmo ´horrível.

    Bjs, amiga e desejo que se encontre bem.

    Irene Alves

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Penso muito naquelas crianças que não recebem brinquedos e depois veem os amiguinhos com tantos Devem pensar que o Menino Jesus, ou o Pai Nata, não os trata do mesmo modo. Deve se horrivel, amiga. Obrigada pela visita e que os teus dias te sorriam. Beijinhos, Irene
      Emilia

      Eliminar
  23. Olá amiga Emília aqui tivemos um exemplo deste consumismo, as pessoas saiam comprando usando sem controle os cartões de crédito...Veio a crise, o desemprego e ficaram todos falidos com dívidas enormes. As vezes via-se pessoas notadamente pobres com o celular de última geração, havia uma necessidade doentia de ter para parecer ser alguém rico. Hoje a situação é essa, e aí vão pagar as dívidas como? Isso aumenta os assaltos! com certeza contribui.Com a chegada das festas de fim de ano vai piorar.
    beijinhos, Léah

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Aqui aconteceu o mesmo, Leah As facilidades de crédito foram tão grandes que as pessoas se endividaram; iludem-se, pensam que a vida não muda e depois, com as crises e consequente desemprego, não sabem como resolver o problema. Há muita insensatez, muita pobreza de espirito e, como bem dizes, com as " festas de fim de ano " a situação vai piorar, tanto aí, quanto aqui. Obrigada, amiga, pela visita e vamos lá...não nos deixemos contaminar por esta " doença " e vivamos esta quadra com serenidade, alegria e harmonia na familia e amigos. Um beijinho
      Emilia

      Eliminar
  24. Pois é, minha querida, o Natal aproxima-se e com ele o consumismo desenfreado de algumas pessoas.
    Mesmo em época de crise as lojas enchem-se de gente a comprar coisas que muitas vezes não tem o mínimo interesse para quem as recebe.
    Mas... é um costume que tem que se cumprir, custe o que custar.
    Difícil - eu diria mesmo impossível - será alterar estes hábitos que se "enraizaram" no espírito das pessoas, e realçar mais o aspecto de "festa de família" que é o verdadeiro Natal...

    Fiquei muito feliz por teres conseguido resolver o teu "problema técnico".
    E fiquei também muito contente por teres gostado das postagens sobre S. Tomé, as minhas férias inesquecíveis.
    Obrigada pelas tuas palavras de carinho.

    Votos de uma semana muito feliz.
    Beijinhos
    MARIAZITA / A CASA DA MARIQUINHAS

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Mariazita, na realidade, será muito dificil, acabar com estes " hábitos " já tão enraizados, mas creio que muitas pessoas começam a diminuir a quantidade de presentes; causa um cansaço bastante grande esta procura em agradar através das prendas , pois as necessidades são muito menores do que as dee antigamente e torna-se dificil a escolha. O que importa nesta data é a harmonia entre os familiares e amigos e há maneiras simples e económicas de dar as boas festas . Não devemos esquecer ninguém nesta data, mas há um telefonema que se pode fazer, um e-mail a enviar ou até uma mensagem via telemóvel. Antigamente usavamos os cartões de Natal e era sempre muito bom ir à caixa de correio e receber o carinho dos amigos e familiare que estavam longe; costumava colocá-los junto da árvore que ficava ainda mais bonita. Hoje já ninguém os envia e eu também deixei de o fazer; pena, mas... quem me mandou seguir os outros?. É assim, amiga, tudo mudo e temos que nos adaptar. Muito obrigada pela visita e que a saúde e boa disposição não te faltem. Um beijinho
      Emilia

      Eliminar
  25. Oi Emilia, é um prazer voltar aqui, estive ausente por conta de uma cirurgia de cataratas e agora está tudo bem. Isto sim é o que mais me preocupa, que ao fazermos o balanço do ano que se finda possamos todos nós alcançarmos as metas em saúde, e caso seja ao contrário possamos estar ao menos fortes no espírito e podermos dar a volta por cima, esperançosos e confiantes.É claro que se sobrar alguma grana, para as compras de Natal será muito bom, afinal trabalhamos duro e" honestamente," então será merecido.Se nada for possível nos resta olhar para o Menino Jesus na manjedoura, e nos consolarmos com a verdadeira felicidade, e o verdadeiro Espírito de Natal.
    Hoje mais madura reconheço que ansiedade, a correria para possuir e presentear nessas épocas, acabavam roubando o principal legado do Natal e muitas vezes o cansaço por tanta correria, tomava conta da alegria.
    Então desejo a todos muita paz, saúde, alegria e principalmente sensatez para que as festas não se tornem um pesadelo e nos acarretem de dívidas e insatisfações. Estamos vivendo tempos difíceis. Um grande abraço.

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Fiquei muito feliz por te ver por cá, Loudinha e espero sinceramente que estejas totalmente recuperada. Eu também estive um pouco ausente nas visitas aos meus amigos; o meu irmão ( vive no Brasil ) esteve cá quase um mês com um casal amigo e, claro o meu tempo ficou mais curto. No teu belo comentário disseste tudo, amiga, o que é preciso, não só agora, mas, sempre é " paz, saúde , alegria e muita sensatez para que as festas não se tornem em pesadelos " . Infelizmente não estamos a saber encontrar o equilibrio e ficamos reféns deste consumismo desenfreado que nos prejudica em todos os aspectos. Amiga, que o carinho, a amizade e a saúde não te faltem, não só nesta época de Natal, mas em todos os dias que a vida te conceder. Muito obrigada pela visita. Um beijinho
      Emilia
      ;

      Eliminar
  26. Querida Emília

    Não quis deixar de vir visitar-te antes da minha partida para o Sul. Embarco amanhã e deves fazer uma ideia da confusão cá em casa com as malas e maletas em plena ebulição.
    Muito obrigada pelas palavras que me deixaste lá Xaile. Fiquei emocionada, minha Amiga.:)
    O tema que nos propões é actualíssimo e, de ano para ano, torna-se premente que falemos da febre consumista que nos obceca. Como bem dizes, estamos a entrar na época do Natal em que nos esquecemos completamente do significado da quadra, pois tudo está direccionado para as compras e para as prendas. Muitas vezes, nas reuniões familiares em vez de reinar a harmonia assiste-se a zangas e desavenças.
    É hora de pararmos para reflectir sobre o que queremos da vida em sociedade, daquilo que nos interessa como comunidade.

    Estarei ausente durante duas semanas. Não sei se terei oportunidade de aqui vir mas quando voltar virei visitar-te

    Desejo-te tudo de bom, ao lado dos teus.

    Beijinhos.

    Olinda

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Sabia que viajarias dia trinta para o Sul, mas tinha a certeza que passarias por cá para um " abraço " e acertei. Que bom, amiga! Com certeza já estás recuperada da confusão que antecede qualquer viagem e agora, já acomodada, vais aproveitar bem essas duas semanas de férias com toda a certeza. Que tudo corra bem contigo e com os que te acompanham. Ficaste emocionada com as minhas palavras lá no teu xaile? Então, amiga, imaginas o que senti, quando cliquei no teu " ser feliz " e me aparece aquele MIMO? Nem sei como te exlicar a emoção que senti...a melhor palavra para a classificar foi mesmo aquela que disse, UM ABRAÇO daqueles longos e apertados que aconchegam. Muito, muito obrigada, Olinda.
      Como disse a amiga Maria no comentário acima, não é só no Natal que a febre do consumo nos assola, mas, nesta altura, creio, ele torna-se mais evidente e incomodativo; como bem dizes, há familias que não se entendem e muitas vezes os presentes que se oferece são motivo de discórdia, ou porque se deu mais a uns que a outros, ou porque o presente não foi escolhido com a devida atenção. Olinda, com certeza ainda nos " falamos " antes, mas o que te desejo para esse dia festivo é o mesmo que desejo para todos os teus dias, muita saúde, alegria e paz junto dos que mais amas. Um beijinho e obrigada pela visita,
      Emilia

      Eliminar
  27. somos servos do moderno (?) fetiche - a Mercadoria!

    abraço

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. E assim nos vamos tornando em simples " mercadoria", nós, seres humanos tão inteligentes!!??
      Manuel, muito obrigada pela visita e fica bem, sempre com alegria e saúde.
      Abraço
      Emilia

      Eliminar
  28. Um texto muito pertinente, que nos leva a refletir.
    Abraço.
    Sonia Guzzi

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Olá Sonia. Que bom ver-te por aqui, amiga. Há muita coisa em que devemos refletir e neste assunto também é importante que o façamos. O que mais impprta são as pessoas e não as coisas, " a mercadoria " como diz o Manuel acima. Fica bem, querida amiga e muita saúde e harmonis é o que te desejo. Um beijinho
      Emilia

      Eliminar
  29. Bom dia, venho só desejar continuação de semana feliz.
    AG

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Muito obrigada, António! Um bom feriado e que assim sejam todos os outros teus dias. Um beijinho e até breve.
      Emilia

      Eliminar
  30. Oi Emília texto para reflexão belo post.
    O mundo empurra esse tipo de medida para as pessoas;
    e faz tempo que o ter anda ganhando espaço...
    É o mundo do TER e não do SER.
    Mas dá para aprender, crises tbm ajudam e muito para crescimentos
    individuais.
    Agradeço pela sua visita na minha ausência da casa; suas palavras foram certas, diretas e reais.
    Abraços
    janicce.


    ResponderEliminar
    Respostas
    1. As crises, Janicce, não têm só lado mau e para muitos é um fase de crescimento como pessoas; o incentivo ao consumo é constante e em todo o canto e esquina lá estão os anúncios a produtos , a viagens, a creditos, etc, etc, e em nossas casas também não escapamos, pois os meios de comunicação estão a toda a hora a mostrar artigos de toda a espécie. É dificil, mas temos de nos controlar e manter " os pés bem assentes no chão" para não cairmos na tentação de comprarmos o que não é necessario. Aqui também a crise deu " um abanão " àqueles que se iludiram e gastaram sem poder. Amiga, muito obrigada pela visita e tudo de bom, principalmente muita saúde. Beijinhos
      Emilia

      Eliminar
  31. BOM FERIADO Emília!

    Aqui estou hoje:
    Começo por lhe agradecer a visita aos meus blogues e os comentários que deixou, com todo o carinho.

    Sobre o seu post:
    Há tanto em que temos que reflectir,
    o problema é que só alguns se preocupam com essas leituras e reflexões.
    Olhe, eu nem lhe digo o que penso deste Mundo!!!


    Poeta não sou
    mas, também escrevo a Vida da forma que a sinto.

    Daí que,
    no domingo passado aconteceu a apresentação de um livro onde participei com 3 trabalhos.

    Aqui está o meu post mais recente:

    27 de novembro, às 16:00h
    Apresentação do livro “Poetas Nossos Munícipes”
    Com o objetivo de divulgar e valorizar a poesia e os poetas locais e, simultaneamente, incentivar a criatividade literária e o gosto pela escrita, atividades que consideramos essenciais na formação individual e coletiva dos cidadãos, a Câmara Municipal promoveu a 3ª edição do projeto
    “Poetas Nossos Munícipes”, antologia de poesia do concelho da Moita.
    Participaram nesta edição, 26 poetas residentes no concelho
    ou naturais não residentes, com um total de 94 poemas.

    Só um cheirinho do que li:

    LUGARES DO MUNDO

    Viajar é avançar!
    Quero ir pelo Mundo.
    Preciso de sentir a viagem.
    Viajar por mim, com meus olhos e pés.
    Há muitos lugares que podem ser descobertos.
    É só uma questão de enveredar por trilhos.

    São Miguel, Terceira ou Flores
    Tudo isto é Açores.

    Muitas vezes, Vitorino Nemésio
    passeou pela Terceira
    nos seus alongados pensamentos.
    Um jardim colorido e regado por várias lagoas.
    Onde os canteiros são recortados
    por rios de lágrimas que brotam da encosta
    em quedas de água gigantes
    num permanente choro de alegria,
    doce e terna nostalgia.

    (continua)

    SEGUNDA-FEIRA, 28 DE NOVEMBRO DE 2016
    APRESENTAÇÃO DO LIVRO "POETAS NOSSOS MUNÍCIPES"
    no blog:
    http://momentos-perfeitos.blogspot.pt/

    Beijinhos.

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Pelo que li aqui, podes ter a certeza que irei ao teu cantinho ver essas novidades. Quanto a este mundo nosso, temos que pensar que, apesar de tudo há muita gente boa, muitas coisas importantíssimas a acontecerem e é para esse lado que temos de nos virar; sei que é dificil, pois os meios de comunicação não se cansam de noticiar guerras, desastres, e corrupção na vida politica, mas não dão sequer uma noticia boa; há-as e muitas, mas não interessam, não dão audiência. Querem convencer-nos de que só há maldade e insensatez neste mundo, mas não é verdade, Tulipa e, para o provar basta olhares para as coisas bonitas que acontecem aí na Moita ou então ver o Portugal em direto, no canal 1. Neste programa aparece muita coisa boa que se faz no nosso Portugal, mas é às 18 horas, quem pode assistir? Muito poucos. Amiga, muito obrigada pela visita e desejo que a saúde e alegria nunca te faltem. Um beijinho
      Emilia

      Eliminar
  32. O consumismo é de tal maneira grave que levou a Humanidade ao consumo de si mesma, pois as pessoas passaram a números - como nos campos de concentração hitlerianos.

    Beijinhos e que tenhas feliz Dezembro

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. É verdade, perdeu-se totalmente a noção daquilo que podemos ou devemos comprar; o dinheiro manda e o cidadão insensato obedece, como se não houvesse alternativa; há, sim, é só pensar antes de ir atrás desse constante apelo ao consumo. Obrigada, São, pela visita e fica bem, sempre com saúde e alegria. Beijinhos
      Emilia

      Eliminar
  33. Emília, minha linda, mais um excelente texto do Saramago que sabe, como ninguém, tocar nos pontos certos dos males da nossa sociedade.
    Assustou-me também ver com bastante antecedência o chamamento do comércio para as compras de Natal. Parece que a cada ano antecipam em dias as propagandas visando atrair o público, já que as dificuldades financeiras se acentuaram em muitas famílias.
    Eu sempre gostei do Natal, mas daquele Natal em que realmente a família se reúne para uma confraternização. A nossa família é numerosa, e muito religiosa, e da nossa ceia participam amigos e colegas, e quem mais chegar. Claro que a troca de presentes sempre foi muito agradável, mas nada obrigatório, e muitas vezes o presenteado já sabia o que ia ganhar, pois havia escolhido o presente com antecedência, tipo assim: eu estou precisando disso... (risos), o que facilitava a compra.
    Este ano pensei em me isolar de tudo e todos, pois bem sabes que seria o primeiro ano sem o meu companheiro. Ele também adorava o Natal, era um consumidor de primeira, comprava presente pra todo mundo, vestia-se de Papai Noel para a criançada, mas nunca se descuidou do verdadeiro espírito do Natal. Em histórias muitas vezes inventadas por ele, mostrava para as crianças da creché que o Menino Jesus era o principal homenageado da festa.
    Como eu poderia 'viver' este Natal com tantas lembranças?
    O que me fez refletir e voltar atrás foi justamente a lembrança dele festejando com tanto entusiasmo o nascimento do Menino Jesus, distribuindo presentes para a garotada, fazendo-se de Papai Noel. Os familiares, amigos e colegas já vinham tentando demover-me da ideia de me isolar, mas o que realmente me tocou foi quando me dei conta de que não poderia quebrar esta tradição que ele tanto gostava. Parecia um menino a rir e se divertir em meio a garotada. E é por isso, amiga, que vou passar este Natal fazendo tudo que eu antes fazia para as crianças lá na minha creche e no asilo com meus velhinhos. De mais a mais, eles não entenderiam a minha ausência. Também vou continuar organizando (junto com a Aninha) o Natal da clínica, vou participar do Natal da família, enfim, acredito que desta forma estarei prestando uma homenagem à memória daquele que me proporcionou os melhores anos de minha vida, que foi um exemplo de generosidade, de amor ao próximo, de doação, de cumplicidade e de companheirismo.
    Desculpe ter fugido um pouco do assunto da postagem, mas sempre me entusiasmo quando a saudade bate no peito e extrapola nas teclas...
    Que te cheguem dias lindos, meu anjo, embalados na fraternidade e no amor que esta época do ano acentua em nossos corações.
    Deixo meu carinho numa pequenina estrela que de repente surgiu ante meu olhar, como a mostrar-me que a noite pode até chegar, mas junto dela vem sempre a esperança de um novo amanhecer...
    Te gosto muito,tu sabes disto, meu anjo!
    Leninha

    ResponderEliminar
  34. E porque " esta é poca do ano acentua em nós o amor" e consequentemente a saudade dos que tiveram que partir, carregando o nosso coração de uma dor ainda maior, é que eu tenho pensado muito em ti, Leninha e nada do que aqui escreves me surpreende É normalissimo que assim te sintas, querida amiga e uma força enorme aqui mostras ao decidires passar o Natal com a familia, com os amigos, e, principalmente com as tuas crianças e velhinhos. A dor nao será menor, mas, pelo menos, com esta atitude sentirás a presença do teu Guy e terás a certeza que estás a prestar-lhe uma bonita homenagem; será um presente que lhe dás nessa noite
    de confraternização de familiares e amigos onde o amor e amizade deverão ser os sentimentos maiores. Tenho a certeza de que te sentirias muito pior se ficasses isolada em casa, Leninha. O que se passa em outra dimensão, quando chega a hora da nossa partida, não sabemos, mas faz-nos bem pensar que aqueles que amamos e que já partiram, estão a ver-nos, estão presentes em cada passo que damos; se assim for, já pensaste na tristeza do Guy se te visse sozinha numa festa a que ele dava tanto valor ?. Nao, Leninha, não pode ser! ,Tens de agir como se ele estivesse junto a ti, fazendo o que costumavam fazer, não com a mesma alegria, , claro, mas co toda aquela que o teu coração conseguir. Os teus velhinhos e as crianças vão ajudar-te nessa tarefa e a alegria deles vai ser um aconchego para o teu coração.
    Leninha, fiquei muito feliz com a tua vinda cá e o tema do post pouca importância tem comparado com o desabafo que o teu coração aqui deixa. Saber-me merecedora deste teu desabafo foi para mim um presente que colocarei com todo o meu carinho junto da minha árvore de Natal e que estarás no meu coração também nessa noite especial, partilhando o espaço com os meus queridos que estão aí desse lado, os meus pais e o meu irmão. Obrigada, querida Leninha e que a vida te dê a cada novo dia um começar de novo, com menos dor, mais esperança e sempre com muita forca
    De cá mando-te um abraço longo, muito apertado e junto vai o que melhor tenho para te dar, a minha sincera amizade . FORÇA, querida amiga.
    Emilia

    ResponderEliminar