
Do texto de António Brás Constante, « As insuportáveis guerras que suportamos»
No começo de Junho publiquei a 1ª parte deste texto. O post intitulava-se, « hoje vou-vos falar de..». Seria interessante que lessem essa primeira parte para que possam entender o final deste texto que, penso, merece uma reflexão.
«Guerra da violência. A estupidez é a maior munição, sem distinção sobre o grau de instrução, já que muitos seres estudados, gostam de jogar ovos podres pelas janelas de seus sumptuosos apartamentos bem situados (procure sobre o assunto e achará tais culpados). Outros preferem espancar de forma selvagem quem consideram ser inferior aos seus conceitos arrogantes (preconceitos dilacerantes).
Guerra da fome (desnutrição) – A guerra silenciosa que mata por falta de pão. Que tira o sorriso de tantos rostinhos inocentes. Que vai definhando pobres corpos até que estejam miseravelmente fracos, ficando expostos por baixo da pele todos os seus ossos. É a morte se sustentando por falta de sustento.
Guerra das doenças – como a AIDS, que gera a morte de muitos que queriam apenas prazer, de muitos que queriam apenas viver, de tantos contaminados sem saber.
Guerra contra os mosquitos que subestimamos e que agora estão nos matando, já que o saneamento anda faltando.Mas, o pior inimigo é fruto soberano de uma simbiose sangrenta, entre o homem e seus sentimentos totalmente desumanos de ódio, ignorância, ganância, egoísmo e intolerância, apenas citando alguns. Se quisermos preservar nossa existência, devemos deixar de lado a indiferença e se engajar na guerra contra todas as guerras, trocando a contumaz escolha de violência, por uma opção de paz.»
Eu gosto do que este escritor escreve! Espero que gostem também!
Emília Pinto