segunda-feira, 24 de março de 2025

OS SEM - ABRIGO


Imagem Pixabay


São cada vez em maior número aqueles que se veem forçados a escolherem a rua como moradia.

Os motivos para essa decisão são vários e um dos principais é o vício das drogas. 

Temos, no entanto, uns novos SEM-ABRIGO , pessoas que trabalham, pagam os seus impostos, mas não conseguem adquirir uma simples casinha ou pagar um aluguer 

Há no nosso país, pessoas que têm a ousadia de alugar um quarto por quinhentos euros, alguns sem as mínimas condições; não fazem contrato e nem passam recibo, fugindo, assim, às suas obrigações perante o estado. 

Não há fiscalização e os inquilinos desses quartos não denunciam com medo de represálias. 

Para muitos, a solução é viverem na rua, usando uma barraca de campismo ou, então, debaixo das pontes para melhor se abrigarem 

Há algumas associações que os ajudam, com uma refeição, dormida, banho e troca de roupa, mas, alguns não aceitam, creio que por medo de perderem o lugar que tanto lhes custou a arranjar 

E aqui, Amigos, temos de novo o DINHEIRO, tão mal administrado, tão mal usado, tão mal distribuído... 

E a VIDA assim segue, a ser " madrasta " para tanta gente...

E, novamente o SER HUMANO, explorador, sem compaixão, sem o mínimo de HUMANIDADE


 Emília Pinto

9 comentários:

  1. Olá, querida amiga Emília!
    Você é muito consciente.
    Hoje, tomei um susto, fui dobrar uma esquina e quase tropecei num "sem abrigo". Está cada vez maior o número de pessoas assim. Um absurdo o problema de aluguel ou moradia esta no ar.
    Tenha uma nova semana abençoada!
    Beijinhos fraternos

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    1. Obrigada, Rosélia! Infelizmente, este problema está por todo o lado, até mesmo nos Estados Unidos, bem perto da Casa Branca. Vi uma reportagem, aqui há tempos e fiquei impressionada com essa situação, num país considerado poderoso e rico. A vida é assim, uns com muito e outros sem nada . Amiga, desejo -te um bom fim de semana e que tenhas dias abençoados, com saúde, principalmente. Beijinhos
      Emília

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  2. Querida Emília, aqui também os brasileiros conhecem bem esse quadro de extrema pobreza. Um dia estava conversando com uma amiga e lhe disse que se eu ocupasse um cargo político de relevância, na minha cidade, eu construiria grandes abrigos, recolhia todos os pobres de rua e dava-lhes abrigo e comida - assistência social aos vulneráveis. Caso aparecessem drogas no "abrigo", perderiam o direito de ali permanecerem, iriam para um tratamento específico em outro lugar, naturalmente.
    Isso é política social. Vários deles querem permanecer nas ruas por causa das drogas. Um dia entrei no supermercado e um pedinte de rua veio me pedir dinheiro para comer alguma coisa. Falei para esperar ali. Saí do super com um sanduiche e um refrigerante. Disse que queria era dinheiro...Aí entendi. E ficou brabo!! Se damos leite, vendem para comprarem droga. Emília, disseste que estão alugando um quarto por 500 euros! Que loucura. É, amiga onde há corrupção, a coisa fica muito difícil em todos os sentidos. Passo por muitos e não sei mais o que fazer.
    Gostei imenso de te ler!
    Beijinho, uma ótima semana, querida. 🌷😘🌹

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    1. Sabes, dificilmente dou dinheiro a quem pede nas ruas, a não ser a idosos; as aposentadorias são muito baixas e alguns não conseguem sustentar-se; muitos deles têm filhos, mas, sabes como é, não se preocupam nada com os pais. Claro que sei que farias isso, se ocupasses cargos públicos e será que os nossos governantes não poderiam fazer o mesmo? O problema é que usam o dinheiro dos nossos impostos para grandes festas nas cidades, iluminações de Natal já em Novembro e outras vezes para os próprios bolsos. Infelizmente, essas pessoas são ajudadas só por associações que se dispõem a dar-lhes comida quente e uma palavrinha de conforto; também há pessoas que os ajudam, mas é sempre muito pouco. Uma miséria, Amiga e nós pouco podemos fazer. Obrigada pelo pertinente comentário e pelo incentivo . Um bom fim de semana, querida Amiga e que a saúde não falte aí em casa. Beijinhos mil
      Emília

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  3. Parece coisa de terceiro mundo, mas não. Não é!
    Pessoas que de um momento para o outro se veem a viver na rua, os chamados sem abrigo, encontram-se em qualquer país da moderna Europa. Os túneis do Metro da cosmopolita Paris estão cheios de gente sem outro tecto que não esse.
    É triste, mas reveses na vida acontecem a qualquer um, mesmo sem se ter deixado cair as redes dos traficantes de estupefacientes.

    A ganância escraviza e domina os menos favorecidos pela sorte. Como o caso daquele fulano que se intitulava bispo de uma religião qualquer e albergava num armazém dividido com placas de 'pladur', cobrando 400€ por um 'quarto'.
    Segundo ouvi, arrecadava trinta e muitos mil euros por mês.
    Mundo cão e gente imunda esta...
    Fazes bem em trazer à colação estes temas, Emília. A blogosfera não se compõe apenas de sonho e poesia.
    Um beijinho grande.

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    1. Já te agradeci o esforço que fizeste, comentando este post, dadas as dificuldades que estás a ter com o teu braço, mas, faço-o de novo, querida Janita. Claro que não devemos falar só sobre o que muito nos agrada e o que é bonito; há problemas na nossa sociedade que nos devem preocupar e estes miseráveis de que falo merecem a nossa atenção é ajuda sempre que pudermos. Infelizmente, não é só no nosso país que vemos esta " chaga "....é no mundo inteiro, porque o ser, dito humano está espalhado por esse mundo e os problemas por ele causados são os mesmos. É necessária uma mudança de mentalidade e, sinceramente, não creio nisso. Querida Amiga, espero que já estejas melhor e deixo -te muitos beijinhos, carregamentos de Amizade
      Emilia

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  4. Minha amiga Emília,
    Não consigo entender este termo dado aos andarilhos urbanos: "moradores de rua". Meu Deus, quem consegue morar nas ruas? Nada deveria ou poderia ser assim. Gasta-se tanto dinheiro em armamentos de guerra e estas pessoas ficam sem ter nem o básico do básico para sobreviver.
    Andarilhos urbanos são indivíduos que passam as noites dormindo em calçadas, em praças, embaixo de viadutos e pontes. Além destes espaços, eles também usam lugares degradados, como prédios e casas condenadas ao desabamento e carcaças de carros abandonados, que são totalmente anti-higiênicos. A vida nas ruas os expõe a constantes situações de violência física e psicológica, em que suas identidades são constantemente alteradas. Os andarilhos urbanos perdem todos os seus direitos sociais e se tornam invisíveis para a sociedade.
    Só "colocar o dedo na ferida" não resolve nada, mas, temos soluções quando os governos, eleitos pelo povo, não se propõe a mudar esta situação? Um governo democrático deve olhar de modo igual para todos os cidadãos, mas, isto é utopia, pois, os políticos só pegam criancinhas no colo e abraçam idosos, em período eleitoral.
    Um carinhoso beijo e boa semana!!!

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  5. Olá, amiga Emília, fiquei sabendo dessa situação aí em Portugal, acerca de dois
    anos aí em Portugal, quando vi uma reportagem pelo YouTube de um empresário
    brasileiro que levava refeições e cobertores aos moradores de rua, em Lisboa.
    Aqui em Porto Alegre chamamos essas pessoas de Moradores de Rua, ou então de
    Pessoas em situação de Rua.
    Você tem razão quando se mostra cética quanto às providências por parte dos governos
    para minorar esta situação. Até os brasileiros que vão para Portugal em busca de
    trabalho, fazem muitos vídeos no YouTube, mostrando apenas as belezas de Portugal,
    as pessoas que estudam e trabalham, o seu progresso como trabalhadores, tudo para
    se exibirem perante os brasileiros que aqui ficaram, escondendo essa triste realidade.
    Gostei muito, minha amiga, espero que continues a escrever, pois talento se mostra e
    não se guarda.
    Uma ótima semana para toda a família aí na sua bela cidade.
    Um beijo, amiga. Parabéns!

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