quarta-feira, 3 de julho de 2019

DIALOGAR




Imagem escolhida a partir da capa do livro ARROZ DE PALMA




" Às vezes queixamo-nos de que as famílias não se falam. Não é que o pai e a mãe, os pais e os filhos, os irmãos não falem entre si. O que se passa é que parece que não há tempo para se sentarem e discutirem, com calma, os temas que interessam a todos.

É necessário, hoje como sempre, aprender a difícil arte do diálogo. A primeira lição é fácil de compreender, mas difícil de praticar: para poder começar um verdadeiro diálogo faz falta abrir um bom espaço no próprio tempo para, simplesmente, ficar a ouvir. Sim: escutar é a primeira condição para poder começar um diálogo, pois permite-nos aceder à intimidade, aos interesses, às dores e cansaços do outro. Ao mesmo tempo, dispor o nosso coração para o acolher. Dialogar não é sempre dar. Muitas vezes, possivelmente a maioria, será receber, aceitar, talvez aguentar, mas tudo com um carinho especial: alguém abre o seu coração, a sua vida, as suas angústias e as suas esperanças. Interessa-me o que diz porque me interessa o que é, o que sonha, o que ama "


In  Família na Aldeia


Umas poucas linhas tiradas do livro ARROZ de PALMA ,,,,

" Acredito no diálogo. Sempre acreditei. Mesmo no mais duro, no mais áspero, ponho a minha fé. Na busca sincera do entendimento ou do convencimento, admiro as falas de cada um, A palavra certa, no momento exato, cheque-mate. Ou o discurso equivocado, mas cheio de verdadeira paixão, O falar pausado ou o desmedir a voz. O adicionar choro, o recorrer ao berro. O calor súbito que surpreende e o recomeçar em tom baixo que desarma. Reconheço até que o " chutar o balde " faz parte do diálogo. Permite às vezes que a conversa vá adiante. Tudo vale quando se pretende chegar ao outro honestamente "

..., escrito por Francisco Azevedo

Emília Pinto

40 comentários:

  1. Olá, querida amiga!
    Voltei! E gostei de encontrar espalhados nos cantinhos cá de casa todos os teus abracinhos. Obrigada!
    A semana no sul deste nosso Portugal passou rápido demais, mas deu para muitos mergulhos num mar de água morna. Não conhecia aquela zona. Está conhecida!
    "Acredito no diálogo. Sempre acreditei."
    Amiga, amei os excertos desta publicação. Excelentes escolhas sobre um tema que muito prezo. Anotei o nome dos livros e do escritor.
    Obrigada pelo comentário que deixaste no Rol. Já o li e reli e por certo voltarei a ele. Tu me entendes.
    Espero que tenhas dado na Beatriz o meu beijinho babado.
    Mil abraços apertadinhos e carregadinhos de muita amizade.

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    1. Que bom, Teresa, que encontraste todos os abracinhos que te enviei. Não te avisei, mas, em cima da tua mesinha de cabeceira, está um embrulhinho rosa com o " beijinho babado " da Beatriz, retribuindo o que lhe mandaste. Não repares, mas ela adora amassar o papel colorido. Fico contente que tenhas gostado da tua estadia naquela praia que, por acaso, já conheço. Sabes, Teresa, talvez te entenda, mas, creio, que em todos há essas sensações; sentimos que queremos uma noite mais longa ou, então desejamos que passe depressa para logo vermos a luz do dia. Obrigada, querida Amiga e desejo-te saúde e boa disposição. Um abraço enorme e mil beijinhos
      Emilia

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  2. Eu também acho sempre o diálogo muito importante pra resolver situações na vida! Gostei de te ler! bjs, chica

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    1. O problema maior, Chica, é não haver diálogo entre as pessoas. Há sempre pequenas desavenças que podem ser resolvidas com uma conversinha, mas o orgulho e teimosia impedem essa conversa. Obrigada, Amiga e tudo de bom. Um beijinho
      Emilia

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  3. Nem todos sabem ouvir... Para dialogar, é preciso ouvir e perceber a angústia, a alegria, a paixão, a frustração, a dor...
    Obrigada pela partilha; hoje, alguém não me ouviu, não dialogou comigo. Pior, ainda me acusou de "apressar" as coisas...
    Obrigada pela visita
    Beijos e abraços
    Marta

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    1. Quando assim é, Marta, impossivel manter o diálogo; é preciso que todos queiram conversar e resolver o assunto. Eu continuo a tentar enquanto o assunto e a pessoa interessarem, depois, chego à conclusão que, se não quer, então é uma pessoa que não interessa. Se vale a pena, Amiga, tenta mais uma vez! Obrigada por teres vindo e tudo de bom. Um beijinho . Bom fim de semana.
      Emilia

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  4. OI querida Emilia! Sabemos muito bem que abrir o coração não é algo fácil de se fazer. Quem nunca experimentou dificuldade em ter aquela conversa necessária, mas desagradável? Ou ainda, quem não sentiu um certo receio de confessar seus pecados a um sacerdote, ou mesmo de falar sobre eles no íntimo da oração? Realmente não é fácil abrir nosso mundo interior, mas sabemos que é importante porque também já experimentamos os frutos do perdão, da reconciliação ou simplesmente do desfazer-se de um mal-entendido. O diálogo em família é, muitas vezes, o caminho para a união, o entendimento e o fortalecimento do amor. E a falta do diálogo parece ser um reflexo de uma falta de diálogo com o próprio Deus. Grande abraço e carinhoso beijo. FEliz dia!

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    1. Muitas vezes, Beto, os relacionamentos terminam, em familia. nos amigos e nos amores por pequenas coisas que se resolveriam com um diálogo, mas, ninguém quer " dar o braço a torcer " e as mágoas vão-se acumulando, tornando a reconciliação cada vez mais dificil. Um beijinho, cero Amigo e um bom fim de semana
      Emilia

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  5. Excelente texto, minha Amiga Emília! Saber escutar os outros é a porta que se entreabre a um diálogo tantas vezes necessário, tantas vezes urgente. Hoje cada vez mais as pessoas só se ouvem a si próprias. E como faz falta um olhar atento. Às vezes basta uma palavra na hora certa para que os outros não se sintam tão sós, nesta sociedade onde a solidão habita tanta gente.
    Obrigada pela reflexão, Amiga.
    Um grande beijo.

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    1. " Não há tempo " dizem, mas essa correria um dia acaba e muitas vezes nos vemos a pensar" o que fiz com os meus afectos ? Onde andará aquele meu grande amigo?" Faz muita falta a todos nós uma palavrinha, um abraço, um olhar atento, mas, acho que, todos nós já nos sentimos um pouco carentes desses gestos; a vida moderna afata-os cada vez mais da nossa vida.Um beijinho, Graça e muito obrigada pelo carinho
      Emilia

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  6. O diálogo é essencial no seio das famílias.
    Gostei dos textos, para ler e refletir.
    Emília, continuação de boa semana.
    Beijo.

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    1. Principalmente " no seio familiar , Jaime, mas é preciso uma verdadeira luta para que não sejamos substituídos pelas novas tecnologias; vieram para facilitar a nossa vida, mas é preciso que saibamos uså-las com sensatez. Um beijinho, amigo e um bom fim de semana, apesar do tempo que não quer deixar que o verão chegue.
      Emilia

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  7. Dois excertos muito bons, que gostei imenso de ler.
    De facto, saber ouvir é uma grande virtude que, infelizmente, cada vez se torna mais rara.
    Muitas pessoas gostam de se ouvir a si próprias - toma, como exemplo, os/as repórteres de TV, de exteriores, que prolongam a conversa para além dos limites do razoável, repetindo as mesmas informações vezes sem conta.(isto para não falar nos políticos...)
    Irrita-me, ouvu-los.
    Nas família cada vez há menos diálogo. Eu, pessoalmente, tenho verificado isso.
    Eu confesso que gosto mais de ouvir do que de falar, mas isso não invalida que eu estabeça diálogo sempre que há oportunidade para tal.
    As pessoas não comunicam, cada vez se distanciam mais umas das outras, e, com as novas tecnologias, a situação tem tendência a agravar-se.
    É preciso reflectir bem sobre o assunto, antes que acabemos num mundo de mudos...

    Tudo de bom para ti e tua família, minha querida.

    Continuação de boa semana.
    Beijinhos
    MARIAZITA / A CASA DA MARIQUINHAS




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    1. Também me irritam tanto esses repórteres que, assisto tv cada vez menos; fazem perguntas sem nexo, uma e várias vezes, por muito que o entrevistado repita vezes sem conta que não tem mais nada a dizer. O que eles querem é arranjar polémica para depois terem mais noticias que não acrescentam nada a ninguém. Sabes, Mariazita, eu não consigo saber que uma pessoa está aborrecida comigo e não procurá-la as vezes que forem necessárias para que o mal entendido fique esclarecido; não me sinto bem! Às vezes consigo que a pessoa aceite conversar e o problema fica resolvido, mas outras vezes não e
      então desisto e pono final. Também por experiência próprio reconheço que o diálogo em família também escasseia devido, principalmente às novas tecnologias e isso entristece-me bastante. Gosto de diálogo, de uma boa conversa com bos amigos e sinto falta disso. Já estamos num mundo de mudos, Amiga! Na rua vemos pessoas com phones nos ouvidos, alheias a tudo; nem sequer ouvem o bulicio caracteristico duma sociedade ; são mudos e surdos apressados de um lado para o outro. Se não tivermos cuidado, levamos um encontrão, pois além de surdos, mudos, de olhos baixos parecem cegos. Não querem nada com o mundo que os rodeia. É triste, mas é assim. Maiazita, espero que estejam todos bem aí em casa, principalmente com saúde. Obrigada e deixi-te um montão de beijinhos
      Emilia

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  8. EMÍLIA,
    Ótimo texto, minha amiga, há duas coisas que tornam o diálogo impossível familiar ou qualquer outro já viciado: o familiar está desmembrado tanto quanto as famílias, cada um para seu lado, com seus amigos nas redes sociais, com seus colegas de trabalho ou de estudo e afetos cada vez mais econômicos.Encontram-se porque moram na mesma casa. Mas são os valores familiares que entraram em decadência. É o que se vê e o que se lê sobre essa situação.
    Outra situação são os diálogos entre pessoas que se conhecem por circunstâncias variadas. Não interessa aos outros, o que fazemos, o que pensamos, o que passamos ou sofremos, são elas e fim de papo! Esse é outro diálogo impossível. Eu os dispenso e quero longe de mim! Tu também conhece esse tipo de gente.
    Portanto sobra pouco, os amigos de 'fato', aqueles que se interessam em saber a opinião amiga; que pedem conselho; que são ponderados nas suas ideias.Que gostam da gente, que querem nosso bem.
    Acho com isso tudo que os afetos estão em baixa, não valem mais o quanto pesam. Então, amiga, na nossa listinha sobra muito pouco diálogo, tempos modernos, e não creio que a situação vá se reverter, seguirá seu rumo.
    Beijinho, amiga, aqui no sul está frio, frio... é úmido. Mas não é o normal.
    Até o clima está diferente... rss - o mundo conspira contra nós, não? rs

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  9. Sabes, Tais, como disse acima, na resposta à Mariazita, gosto de dialogar, de resolver os problemas com diálogo, mesmo que " tenha de chutar o balde " algumas vezes; depois as coisas vão serenando e a conversa tem sempre um bom resultado. Tens razão quando dizes que as familias estão desmembradas, os valores familiares cada vez mais ausentes; não há mais paciência para " aturar " o outro; se um assunto não agrada, cada um se afasta, vai para o quaro, fecha a porta e nada de conversa; no dia seguinte, acordam todos mudos. Também os tais " aplicativos " que tão bem descreves na tua crónica, vieram para nos tornarmos cada vez mais isolados; não precisamos sair para jantar sequer; o aplicativo resolve o problema e a comida chega prontinha a casa e nem sequer precisamos de falar com o entregador; o preço já foi anunciado para que nem se pergunte: " quanto é?". Tudo feito para que se crie a tal " rapidez " de que falas no teu post. Não quero esses " aplicativos " e tenho resistido a eles; continuo a preferir e a lutar por aqueles que me fazem feliz; ouvir e dialogar com os meus filhos, ouvir as gargalhadinhas dos meus netos, dar e receber beijinhos e abraços. Prefiro continuar a ser uma " nódoa " em smartphones, mas ser uma especialista em afectos; necessito deles e sinto-me carente no que toca a boas conversas com aqueles poucos amigos que sabem dialogar. Amiga, não sei se estou certa, mas, quando li o teu post, pensei: "eu e a Tais temos as mesmas inquietudes; o meu assunto e consequência do tema que trata a crónica dela ". Quanto ao clima, aqui o verão ainda não chegou, apesar de estarmos quase a meio do mês de Julho; tudo a " conspirar contra nós, na verdade! Um beijinho e obrigada pelo belo comentário, assertivo, como sempre. Um bom fim de semana, apesar do tempo tão maluco. Ontem li a tua crónica, mas, se comentasse,
    os erros iriam ser muitos; o sono estava a chegar. Mais um beijinho e até...
    Emilia

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  10. deixo um abraço, amiga,
    é sempre um prazer frequentar este excelente espaço

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    1. Obrigada, Manuel! É muito bom vê-lo por cá. Tenho ido ao Relógio de Pêndulo; ele continua a bater as horas, sempre certinho, mas....não aceita " interferências no seu trabalho; insisti várias vezes, mas sem resultado. Não quer " intrusos", só convidados. Pacienci!!! Amigos do mesmo jeito. Deixo-te um beijinho e ...aparece sempre!
      Emilia

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  11. Oi Emília
    Que bom tê-la novamente no meu espaço proporcionando a minha volta aqui. Estive afastada e alguns contatos se perderam.
    Obrigada pela visita.
    Excelente o texto sobre algo tão complexo hoje em dia em que o celular ofuscou ainda mais os diálogos em família. Muito oportuno.
    Tomara consigamos replicar o assunto na esperança de dias melhores.
    Um abraço grande,amiga

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    1. Também fquei muito contente por vê-la de volta. Espero que não desapareça novamente. É verdade, Lis, as novas tecnologias têm contribuido muito para a falta de diálogo, principalmente nas familias e isso é muito mau, porque afasta as pessoas. Temos de fazer tudo para contrariar essa tendência, mas não é nada fácil. Um beijinho e muito obrigada pelo carinho
      Emilia

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  12. Oi, Emília!
    Eu sou adepta do diálogo, acho que uma conversa franca, falar olhando nos olhos, prestar atenção ao que o outro diz, pensa e sente, faz muita diferença.
    Mas o que cada vez mais se vê, são pessoas apressadas, sem tempo ou disposição para o diálogo. E quando o fazem, as vezes são assuntos tão fúteis, que me cansam. Ando preferindo me afastar de gente assim. Em família adoro uma reunião em volta da mesa, muita conversa. O diálogo anda escasso em muitas famílias, o que fazem com que muitos laços se rompam.
    Esse livro Arroz de Palma é ótimo.
    Muito bom passar por aqui hoje e ler seu post.
    Um abraço,querida.
    Sônia

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    1. Estou como tu, Sonia, não tenho paciência para essas " conversinhas de ocasião, onde nada de importante se conversa; muitas vezes só se ouve falar dos outros. Há muito que parei com isso e prefiro ficar quieta, no meu canto. Há algumas amigas com quem gosto de falar e, quando marcamos encontro, o " papo " é tão bom e proveitoso que " perdemos a hora " . Infelizmente, não são muitas as oportunidades, mas, quando acontece é muito bom. Sonia, agradeço -te muito a visita e um dia destes vou visitar-te; Não tenho tido muito tempo, pois está cá a filha do meu irmão ( vivem no Brasil ) e amanhã chegam o meu
      filho e netos para estarem mais perto da prima e passearem com ela. Vou ter a casa cheia. Um beijinho, amiga e até breve.
      Emilia

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  13. Bom dia, Querida Emília

    Tema muito importante este. Tempos houve em que a palavra "diálogo" nem aparecia no vocabulário corrente. Nas famílias com cariz patriarcal isso era coisa que não acontecia, sendo o "quero" "posso" e "mando" o que prevalecia.

    Por fim, as sociedades foram ficando mais abertas, correntes de ideias aparecem a minar esse estado de coisas. Começámos a respirar melhor e a ver que afinal teríamos uma palavra a dizer, ainda não no sentido de dialogar mas de afirmar direitos, quase de protesto. É que o diálogo, sendo fundamental para a compreensão entre as pessoas, é um dado bastante escorregadio. Mesmo agora que há uma maior predisposição para o diálogo, socialmente, notamos que nem sempre fazemos uso dele.

    Preferimos, cada um de nós, fechar-nos na nossa concha e laborar em mal-entendidos. Isso nas mais variadas gradações, seja em família, com amigos ou em espaços públicos.

    Por isso, esta reflexão que nos trazes é fulcral para repensarmos a nossa própria postura, em cada momento.

    Muito obrigada, amiga.

    Agora, querida Emília, os meus agradecimentos pelas tuas visitas ao "Xaile" e pelos belos comentários, apreciando a série de posts que venho dedicando a Guilherme de Almeida, agora no 50º aniversário da sua morte, 11/07/1969. Assim, as referidas publicações estendem-se até o dia 11.

    Desejo-te saúde e alegria junto à tua família.

    Beijinhos

    Olinda

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    1. Querida Olinda, quando escolhi este tema, pensei na falta de diálogo que estamos a ter actualmente, quer no seio familiar, quer entre amigos, mas tu tocas num ponto que nos leva a pensar que já estivemos pior. Lembro que na maioria das familias, quando eu era criança e adolescente, o diálogo praticamente não existia. O pai era o senhor e dono de tudo e de todos e não admitia que houvesse opiniões diferentes em casa, mesmo que viessem da mãe; era tudo feito em função dele. Hoje os pais estão mais abertos aos filhos e, no caso das mulheres, elas já não aceitam esse tipo de comportamento. Antigamente, Olinda, as pessoas saiam mais de casa, conviviam com os vizinhos e hoje isso não acontece ; é uma coisa que me custa constatar, mas o certo é que eu faço o mesmo; saio bastante menos de casa e a tendência será piorar, pois alguns amigos já se foram, outros ficaram doentes e os que sobram interessam pouco. Tudo vai mudando, querida Amiga e nós também mudamos muito, apesar de, num aspecto eu continuar igual: adoro uma boa conversa com alguém de quem goste muito e o diálogo, principalmente em familia é importantissimo para mim. Também gostei muito desta conversinha, Olinda! Pena não morarmos perto uma da outra! Beijinhos e boa noite. Obrigada pela visita e pelas palavras de apreço que sempre me deixas aqui.
      Emilia

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  14. Boa tarde, Emília

    compreender os outrosn e as suas "circunstâncias" é muitas vezes tarefa complicada - mas não há outra forma de se poder viver "civilizadamente".

    enfim, digo eu que por vezes me queixo de falta de paciência.
    que é como quem diz "bem prega Frei Tomaz ... olha para o que ele diz, não para o que faz" ... rss

    abraço, amiga

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    1. Claro que não é nada fácil, Manuel, mas temos de fazer um esforço se quisermos viver de maneira civilizada. Esse ditado está bom e infelizmente temos de o aceitar porque é exactamente isso que acontece; falamos muito e agimos pouco . Não sabia que tinha sido o frei Tomás a pregar tal coisa, mas os " ditos populares" mudam, conforme a região do país. Conhecia-o assim: " olha para o que eu digo mas não olhes para o que eu faco ". Amigo Manuel, agradeço-te mais esta visita e desejo-te uma boa noite. Tenho ido ler a tua poesia que, como sempre, me agrada muito. Não entendo a impossibilidade de comentar, mas, como bem dizes, ha que aceitar e compreender as " circunstâncias dos outros. Um beijinho
      Emilia

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    2. mas não há impossibilidade alguma em dar a conhecer os comentários. amiga Emília - o meu email é público.

      abraço

      M. V.

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    3. Obrigada, Manuel. Um beij7nho e um bom fim de semana
      Emilia

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  15. Um tema bem pertinente, nestes tempos actuais, em que cada vez andamos mais abstraídos, com os nosso gadgets... conduzindo... atravessando estradas... entrando e saindo de transportes públicos que nem zombies hipnotizados... as novas tecnologias, aproximam-nos do mundo, mas retiram-nos profundidade de viver, de socializar e de dialogar... habituados que estamos a deixar recados através de imojis...
    Nós ainda somos da geração, que pode comparar o antes e depois das tecnologias terem tomado conta das nossas vidas... mas as novas gerações... crescerão nisto!...
    Hoje uma criança acalma-se não com a presença do pai ou da mãe... mas com um tablet nas mãos, a olhar para umas quaisquer animações...
    A capacidade de dialogar... aos poucos está-se a perder, cada vez mais... receio bem, Emília... e de tanto se focarem para si mesmas... as pessoas estarão a tornar os seus diálogos... em monólogos...
    Uma belíssima publicação, Emília, que nos faz reflectir neste mundo de agora... que parece andar a perder muitas qualidades... básicas... ainda que em clima de modernidade e sofisticação...
    Beijinhos! Votos de continuação de uma feliz semana!
    Ana

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    1. O teu comentário está muito pertinente, Ana. É verdade, nós ainda podemos comparar os tempos idos em que, em muitos lugares nem telefone havia, com os tempos actuais onde a cada dia uma nova tecnologia aparece e meses depois já está ultrapassada, dando lugar a uma mais sofisticada. As crianças parece que já nascem a saber mexer nos teclados; costumo dizer que , ainda no útero, já aprendiam com as mães. Tento não acompanhar esta pressa toda e, tenho conseguido alguma coisa; não tenho face e o telemóvel e para usar quando preciso; tenho whats'app para falar com a minha mãe e familiares no Brasil. A modernidade veio para facilitar a nossa vida, mas estamos a deixar que coisa muito importantes desapareçam, como por exemplo o convivio entre as pessoas e, o que é pior, entre familiares. Ana, muito obrigada, pela gua opinião tão assertiva sobre o assunto e desejo-te um boa noite. Um abraço
      amigo.
      Emília

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  16. A imagem de um coração
    Alvo como a virginal
    Candura, já e sinal
    Que haverá compreensão!

    Conversa é voz à união,
    E entendimento geral.
    Sem ser um ao outro igual,
    É certo que todos são

    Da mesma espécie humana.
    Não há a voz soberana,
    O diálogo é a via

    Que aplaca a mágoa tirana,
    Aquela que tanto engana...
    Conversa é luz que alumia!

    Belíssimos textos! Parabéns! Grande abraço! Laerte.

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    1. Obrigada, Laerte, por teres abrilhantado o meu post com um lindo poema sobre o tema. É isso mesmo, todos somos diferentes, com opiniões e pensamentos diferente que devem ser respeitados através do diálogo. Não há maneira de resolver os problemas a não ser com um bom diálogo. Um beijinho, amigo e que tido te corra bem, principalmente que a saúde não falte.
      Emilia

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  17. " Às vezes queixamo-nos de que as famílias não se falam. Não é que o pai e a mãe, os pais e os filhos, os irmãos não falem entre si. O que se passa é que parece que não há tempo para se sentarem e discutirem, com calma, os temas que interessam a todos.

    VERDADE...SIM
    e muito triste!
    Mas...que fazer?
    Não consigo sozinha mudar o Mundo!
    Infelizmente no meu caso é ao contrário, tenho todo o tempo do mundo mas NINGUÉM tem tempo para MIM
    ...
    Nestes tempos actuais, 90% das pessoas
    só pensam no seu umbigo
    Nada mais interessa...

    Obrigada pela partilha de um tema tão pertinente

    Tenho artigos novos, aqui:
    http://tempolivremundo.blogspot.com/

    http://pensamentosimagens.blogspot.com/

    Beijinhos da Tulipa

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    1. Obrigada, Tulipa pela carinhosa presença. Gostamos de estar disoniveis para o outro, mas também necessitamos de alguma atenção e nem sempre a temos. Creio que há muita gente com a mesma queixa que tu, pois todos andam muito apressados. Olha, eu tenho tido gente de familia do Brasil e, como deves calcular tenho tido pouco tempo disponivel, embora me ssaiba muito bem matar saudades. Tudo de bom, querida amiga e que a saúde te permita continuar com as tuas belas viagens. Um forte abraço e logo que possa passarei nos teus espaços
      Emilia

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  18. Emília,
    Conversar é sempre muito importante.
    Infelizmente muitos deixam a
    conversa como último recurso.
    Mas é o contrário: tudo
    deve começar com ela.
    Adorei sua postagem.
    Quase voltando das férias
    venho deixar meu abraço
    e fazer o convite
    para conhecer a escrita
    da Maria Azevedo aqui:
    https://apenasumolharalem.blogspot.com/
    CatiahoAlc.

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    1. Também acho, Catia, ao menor problema, devemos imediatamente tentar resolvê-lo com diálogo, mas, nem sempre isso acontece e os relacionamentos vão-se deteriorando. Já fui ao blog que me indicas aqui, mas tenho de ir com mais tempo para ler tudo com cuidado. Agradeço-te a visita e desejo tudo de bom para ti e para os teus, principalmente saúde. Beijinhos e boa noite
      Emilia

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  19. Não conhecia esse autor Emília,
    mas concordo com cada palavra...

    Abraço imenso...
    Aluísio Cavalcante Jr.

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  20. Que bom, vê-lo por cá de novo, Aluisio! Agradeco-te muito a visita e fico contente por te ter dado a conhecer este autor. Tudo de bom, querido amigo. Um beijinho
    Emília

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  21. "É necessário, hoje como sempre, aprender a difícil arte do diálogo". Não é fácil... parece-me que existe o "eu" e mais o "eu" e há pouco espaço para o "nós", isto porque se o "nós" contraria o "eu"...


    Gostei muito dos textos e da mensagem que subscrevo...

    Abraço e bom Domingo e votos de boas férias

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    1. Desculpa, por só hoje responder ao teu comentário, mas, como o post é de Julho, não me tinha apercebido que me tinhas visitado. Muito obrigada e irei já ver o teu cantinho. Um abraço
      Emilia

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