COMEÇAR DE NOVO... E CONTAR COMIGO... VAI VALER A PENA... TER AMANHECIDO... TER ME REBELADO... TER ME DEBATIDO... TER ME MACHUCADO... TER SOBREVIVIDO... TER VIRADO A MESA... TER ME CONHECIDO... TER VIRADO O BARCO... TER ME SOCORRIDO... COMEÇAR DE NOVO ......
segunda-feira, 18 de abril de 2016
TELHA DE VIDRO
Quando a moça da cidade chegou veio morar na fazenda, na casa velha... Tão velha! Quem fez aquela casa foi o bisavô..
Deram-lhe para dormir a camarinha, uma alcova sem luzes, tão escura mergulhada na tristura de sua treva e de sua única portinha...
A moça não disse nada, mas mandou buscar na cidade uma telha de vidro... Queria que ficasse iluminada sua camarinha sem claridade...
Agora, o quarto onde ela mora é o quarto mais alegre da fazenda, tão claro que, ao meio dia, aparece uma renda de arabesco de sol nos ladrilhos vermelhos, que — coitados — tão velhos só hoje é que conhecem a luz do dia...
A luz branca e fria também se mete às vezes pelo clarão da telha milagrosa... Ou alguma estrela audaciosa careteia no espelho onde a moça se penteia.
Que linda camarinha! Era tão feia!
Você me disse um dia que sua vida era toda escuridão cinzenta, fria, sem um luar, sem um clarão... Por que você na experimenta?
A moça foi tão bem sucedida...
Ponha uma telha de vidro em sua vida!
RAQUEL DE QUEIROZ.....
nasceu em Fortaleza-Ceará, em 17 de novembro de 1910 e faleceu no Rio de Janeiro em 4 de novembro de 2003. Foi eleita para a Academia Brasileira de Letras em 4 de agosto de 1977 e recebida em 4 de novembro de 1977 pelo acadêmico Adonias Filho. Filha de Daniel de Queiroz e de Clotilde Franklin de Queiroz, descendia, pelo lado materno, da estirpe dos Alencar, parente portanto do autor ilustre de "O Guarani", e, pelo lado paterno, dos Queiroz, família de raízes profundamente lançadas no Quixadá e Beberibe. Em 1917, veio para o Rio de Janeiro, em companhia dos pais que procuravam, nessa migração, fugir dos horrores da terrível seca de 1915, que mais tarde a romancista iria aproveitar como tema de O quinze, seu livro de estréia. No Rio, a família Queiroz pouco se demorou, viajando logo a seguir para Belém do Pará, onde residiu por dois anos. Em 1919, regressou a Fortaleza e, em 1921, matriculou-se no Colégio da Imaculada Conceição, onde fez o curso normal, diplomando-se em 1925, aos 15 anos de idade. Estreou em 1927, com o pseudônimo de Rita de Queiroz, publicando trabalho no jornal O Ceará, de que se tornou afinal redatora efetiva. Em fins de 1930, publicou o romance O quinze, que teve inesperada e funda repercussão no Rio de em São Paulo. Com vinte anos apenas, projetava-se na vida literária do país, agitando a bandeira do romance de fundo social, profundamente realista na sua dramática exposição da luta secular de um povo contra a miséria e a seca.
Tinha-me esquecido por completo desta nossa ( lembrem-se...E o Brasil meu também...) escritora Raquel de Queiroz. No mais recente post da nossa amiga Lúcia,do Cadeirinhade Arruar ela é citada e isso me levou a homenageá-la aqui no Começar de Novo,com este poema que adorei e que, com certeza, os meus amigos também vão apreciar. Obrigada, Lúcia
Emília Pinto
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Bom dia, Emília.
ResponderEliminarUma telha de vidro, não para que denuncie a intimidade ( meu pai costumava dizer que "muitas casas têm telha de vidro" - mas sua intenção era dizer que a telha escondia o sofrimento, ou segredos que as pessoas guardavam). Não é, de forma alguma, o caso aqui, que fala duma telha que deixe a luz penetrar não só no aposento, como também na vida em escuridão e, para além de a iluminar, ainda a presenteia com arabescos animados, enfeitando-lhe os dias.
* Quero lhe agradecer o comentário delicioso que me deixou. Pensei que ele, pela sua grandeza e também por nele, o "Tempo" ser visto pelo seu olhar e falado por sua voz, merecia destaque.
Meu carinho, com você.
bjn amg
Olá Carmem Aqui a telha tem uma função diferente, mas muito, muito interessante. Quando vi este poema, " apaixonei-me" por ele. Nunca me tinha lembrado da nossa ( Brasil tb ė teu...) Raquel de Queiroz que foi citada no blog Cadeirinha de Arruar da Lúcia. Nao sei se o costumas visitar, mas se não, dá um pulinho lá que vais gostar muito. Como bem dizes, os blogs são janelinhas por onde nos entra muita luz, uma luz que nos enriquece bastante. Ha seis anos que iniciei o Comecar de Novo e as alegrias que ele me tem dado são tantas que não considedaria justo um dia fechar essa janela. Claro que não sou dona por inteiro do meu tempo, pois acima de mim
Eliminarestá a vida, mas, enquanto ela me permitir o começar de novo continuará a fazer, junto comigo, um novo começo a cada amanhecer, E poderia ser de outra maneira, depois do carinho que recebi hoje? Não! Dificilmente receberia tão grande mimo se não tivesse criado este começar de novo. A ti te devo, AMIGA, o brilho que o meu dia teve, apesar das nuvens pesadas e da chuva que caiu. Muito obrigada, Carmem! Um abraço do tamanho do mundo e nele vai a também a minha sincera amizade.
Emília
Vida com luz...Uma coisa tão simples e engrandece o dia, o tempo, a vida...
ResponderEliminarGostei muito...
Beijos e abraços
Marta
É verdade, Marta, uma simples telha de vidro a fazer a felicidade de alguém. Basta que deixemos entrar a luz em nossos corações para que pequenos milagres aconteçam. Obrigada, Marta e fica bem...sempre com muita luz e paz beijinhos
EliminarEmilia
Boa tarde, não conhecia Rachel de Queiroz, gostei de o ouvir,uma telha de vidro para melhor ser iluminado é o objectivo da maioria das pessoas comuns, só que existe uma pequeníssima minoria que consegue impedir que o povo comum consiga a telha, quando começam a sentir que algo não está a seu favor, aplicam o golpe de estado, o Brasil é o mais recente exemplo.
ResponderEliminarAG
Olá António. Infelizmente muita , muita gente, está necessitada de " uma telha de vidro" que ilumine a sua vida, as suas misérias, tanto financeira, quanto psíquica. Perante tanta turbulência, tanta insensatez neste mundo, não é só de pão que os mais carentes precisam; eles necessitam também de paz de espirito para que possam entender a vida que tão madrasta é para eles. Não precisamos de " voar " até ao Brasil, amigo. Neste nosso cantinho à beira mar plantado vemos cada vez mais desfavorecidos, cada vez mais corrupção,, cada vez menor capacidade dos nossos governantes para diminuir a aflição em que vive grande parte da população portuguesa. E daqui poderiamos " viajar " para outros cantos e a " paisagem" infelizmente seria a mesma. Muito obrigada, António e fica bem . Um abraço e volta sempre!
EliminarEmilia
Que momento bonito, Mila!
ResponderEliminarEsperemos que os poderosos não quebrem todas as telhas de vidro...
Fortaleza e sua região é o único lugar onde estive no Brasil.
A dor e a tragédia dos flagelados das secas nordestinas conheci através de Jorge Amado e João Cabral Neto.
Abraço grande
Muiot bom ver-te por aqui, São. Infelizmente os poderosos têm o dom de " quebrar " as telhas de vidro dos pobres coitados que não tem capacidade de iluminar a escuridão em que a sua vida se tem tornado. Quanto ao Brasil, pena que só conheças Fortaleza, pois há tantas regiões dignas de serem conhecidas, mas, dada a sua dimensão, é muito dificil conhecer o Brasi. Eu vivi lá muitos anos e falta-me muitos estados para conhecer. Li muitos livros de Jorge Amado e através dos seus livros podemos conhecer muito sobre o Brasil. Obrigada, São pela vista e brevemente te farei uma visita. Beijinhos e fica bem.
EliminarMila
Muito bonito. Eu não conhecia a autora. Vi no blogue da nossa amiga Lúcia mas apesar de ter estado dois dias em pesquisas sobre poetizas, não me ocorreu o seu nome.
ResponderEliminarAbraço
Olha Elvira, eu conhecia a Raquel de Queiroz, mas tinha-me esquecido dela e foi no blog da nossa amiga Lúcia que me lembrei e resolvi homenageá-la. Gostei muito deste poema e por isso o escolhi. Fico contente que tenhas gostado, amiga. Obrigada pela visita e muita saúde para ti e toda a familia. Beijinhos
EliminarEmilia
Vida sem luz, mesmo que seja só ao fundo do túnel,não é vida.
EliminarInfelizmente, há cada vez mais quem não a veja nem verá.
Adorei o texto.
Beijinhos.
Lisa
Tens razão. Lisa! Há muitos a quem a vida nem telhas deu, quanto mais uma de vidro. E do jeito que vão as coisas por esse mundo afora as perspectivas não são boas; a escuridão completa continuará para esses muitos. Beijinhos, amiga e votos de que estejas bem, pelo menos com um pouco de luz, já que muita é pedir demais. Fica bem e obrigada.
EliminarEmilia
Olá,
ResponderEliminarGosto de Raquel de Queiroz, esse texto eu não conhecia.
Como é importante não se deixar abater pela falta, em alguns momentos,da luz.
Ir em busca de uma telha de vidro para permitir que ela possa entrar em nossa casa interna e iluminar cada cantinho da alma.
Sônia.
Antes de mais, Sonia, quero agradecer-te a visita ao Começar de Novo. Espero que tenhas gostado e que voltes mais vezes. Já dei um " pulinho " às mulheres4estaçőes e gostei do pouco que li. Voltarei lá com toda a certeza.
EliminarÉ necessário, sim, procurarmos a nossa " telha de vidro" quando a escuridão se apossar da nossa alma. Os caminhos são tortuosos e " os buracos " aparecem-nos sem que esperemos . Só com luz podemos evitar a queda. A propósito dos buracos e dos caminhos falaremos lá no 4estaçőes. Beijinhos e tudo de bom.
Emilia
Olá, Emília!
ResponderEliminarAlém de conhecer bem a minha conterrânea Raquel de Queiroz como escritora, sabia um pouco da sua vida na juventude, porquanto minha mãe foi sua colega no Colégio Imaculada Conceição, em Fortaleza.
Esse texto, A Telha de Vidro, fez lembrar-me da velha casa onde vivi infância e juventude que ainda tinha "telhas à mostra" sendo algumas de vidro e que eu muito gostava, por ver a luz solar entrar e iluminar toda a casa.
Obrigada, amiga, pela citação à Cadeirinha de Arruar e à singela homenagem prestada a uma escritora que tão bem retratou seu torrão natal, o CEARÁ.
Beijo, Emília.
Pois é Lúcia, antigamente havia muitas telhas de vidro; na minha aldeia não havia luz eléctrica até aos meus 10 anos e essas telhas faziam muito jeito para que a luz de fora iluminasse a escuridão interior; tinha que se poupar a vela de cera e a candeia a petróleo, pois era assim que conseguiamos luz em casa. Lucia, muito obrigada pela visita e quanto à homenagem, já há muito a devia ter feito. Beijinhos
EliminarEmilia
Tudo se move
ResponderEliminaraté o vento
nos mastros mais altos
O que nos vale muitas vezes ė o vento, quando sopra forte levando para longe tudo aquilo que à nossa volta nos perturba e depois quando volta numa brisa fresca e agradável, enchendo o nosso coração de serenidade. Só é muito mau, quando o vento, naqueles seus impetos raivosos, sopra de tal maneira que arranca a nossa querida " telha de vidro " . Obrigada, amigo pela visita e até breve. Beijinho
ResponderEliminarEmilia
Bom mesmo, Emília, seria colocar umas duas ou três telhas de vidro na alma, para que o sol a aquecesse de dia e a lua a consolasse de noite...
ResponderEliminarLinda a crônica da Raquel.
Muitos beijos amiga!!!
Bom mesmo, Emília, seria colocar umas duas ou três telhas de vidro na alma, para que o sol a aquecesse de dia e a lua a consolasse de noite...
ResponderEliminarLinda a crônica da Raquel.
Muitos beijos amiga!!!
Precisamos sim, Shirley, pedindo à vida que não nos mande grandes tempestades que nos quebrem as nossas telhas de vidro. Lindo comentário, amiga. Obrigada. Beijinhos
EliminarEmilia
OI EMÍLIA!
ResponderEliminarHOMENAGEAR RAQUEL DE QUEIROZ É TRAZER-NOS A LEMBRANÇA A MAGIA DE SEU TRABALHO E O PRIVILÉGIO DE CONHECER ESTE BELO TEXTO DE SUA AUTORIA.
OBRIGADA AMIGA.
ABRÇS
http://zilanicelia.blogspot.com.br/
Fiquei encantada com este texto que não conhecia. Fico contente que tenhas gostado, Zilani. Muito obrigada pela vista e até brece aí em tua casa. Vai preparando o cafezinho!!!! Beijos e até...
EliminarEmilia
Querida amiga
ResponderEliminarSou suspeito para falar
de Raquel,
afinal,
também sou do Ceará...
Um imenso abraço para ti...
Não sabia, Aluisio, mas, mesmo assim podes falar desta Grande Senhora. Como se costuma dizer:" se não elogiamos os nossos, quem vai elogiar? " Mas o importante é que tenhas gostado Um beijinho e obrigada. Um bom fim e semana prolongado, ai porqu é dia de Tirandentes e aqui porque na segunda é o 25 de Abril, dia da revolução que acabou com a ditadura. Até breve, amigo!
EliminarEmilia
Andamos muito necessitados de Luz .
ResponderEliminarLuz e Calor .
Oxalá consigamos colocar na nossa vida umas quantas telhas de vidro , tal como fez a menina da estória .
Um forte abraço , Emília ,
Maria
Gosto de sol e calor, Maria e esta nossa primavera não quer saber dessa minha necessidade. Infelizmente há quem mais precise de luz neste nosso mundo tão injusto, mas também há quem, com mais poder impeça que tenham uma simples telha de vidro para que se sintam mais acalentados É assim e a nossa impotência para ajudar é grande. Beijinhos, amiga e muito obrigada pela visita. Um bom fim de semana
EliminarEmilia
Sem luz não há vida...
ResponderEliminarUma merecida homenagem.
O pequeno texto é maravilhoso.
Bom fim de semana, querida amiga Emília.
Beijo.
Não há mesmo, Jaime, nenhuma espécie de vida resiste à falta de luz. Obrigada pela visita e fiquei contente que tenhas gostado. Um bom fim de semana, de preferência com mais luz e menos chuva. Um beijinho
EliminarEmilia
Emília, boa noite.
ResponderEliminarQue alegria imensa a minha amiga me deu, fiz grandes e queridos amigos aqui, sim, e também não vos esqueci. Voltei para ficar, assim a vida mo permita e lentamente irei visitar todos os amigos, um por um.
Beijinho grande.
Que bom, Ana! É uma alegria que tenhas vindo para ficar, pois esta troca de experiências ajuda-nos a ultapassar melhor os problemas do dia a dia, Enquanto aqui estamos, a mente descansa e se alheia do que se passa lá fora, ganhando assim ânimo para mais um dia nem sempre fácil.. Muito obrigada por teres vindo cá e desejo-te um bom fim de semana. Beijinhos
EliminarEmilia
Gostei muito. Há que colocar telhas de vidro nas vidas cinzentas das pessoas cinzentas.
ResponderEliminarBom fim-de-semana prolongado!
Bjinhos, amiga!
Que bom, ver-te por aqui , Få! As pessoas ăs vezes sāo cinzentas , porque a vida delas ė muito dificil, outras porque nāo tiveram a ideia ou a coragem de procurar a sua " telha de vidro" . Muito obrigada, amiga e que o sol esteja sempre presente nos teus dias. Um beijinho e volta mais vezes.
EliminarEmilia
Na casa dos meus avôs haviam divisões com telhas de vidro, aí que saudades...
ResponderEliminarQue nas nossas vidas hajam sempre telhas de vidro para deixar entrar a luz da esperança.
Beijinhos
Maria
Muito obrigada, Maria. Também recordo tantas telhas de vidro na aldeia onde nasci e onde demorou a chegar a luz eléctrica. Era necessário rio poupar as luzes de petróleo e as velas; hoje em dia também se devia ter esse cuidado, mas é fácil carregar no botão e logo tudo fica iluminado à nossa volta, mesmo que dentro de nós exista uma grande escuridão. Beijinhos, amiga e até breve,
EliminarEmilia
Bela escolha, Bjbj Lisette.
ResponderEliminarOlá Lisette. Fico muito contente que tenha gostado. Volte sempre. Beijinhos e muita saúde.
EliminarEmilia
A esperança continua bem forte, esperança que vai ditar a realidade e desmascarar aqueles que pagam impostos na Holanda, que dão directrizes aos que se dizem governantes do povo, quando só favorecem uma minoria, a politica do empobrecimento está a mudar, vai mudar obrigatoriamente, 25 de Abril sempre e para sempre.
ResponderEliminarBoa semana,
AG
Sim, António, uma data que não podemos esquecer por mais que tentem que isso aconteça. Nunca entendi por que se tentou esconder dos nossos jovens essa data tão importante..O meu marido e o meu irmão sofreram na pele as agruras de um governo de ditadura direita, tendo sido obrigados a irem para a Guiné, e parece que fazem questão de ignorar esse periodo doloroso, Para eles este dia é um dos mais importantes da sua vida, de tal modo que o meu irmão que vive no Brasil telefonou para o meu marido e para alguns amigos portugueses que, com ele , viveram esse drama. Mas Abril vai continuar no nosso Portugal, sim! Não haverá retrocessos. Um beijinho e obrigada por teres voltado aqui.
EliminarEmilia
Dela li O Memorial de Maria Moura e gostei muito.
ResponderEliminar(cheguei aqui seguindo o link no blogue Do lado do sol, vou aproveitar para descobrir um pouco mais do seu blogue)
Dela li O Memorial de Maria Moura e gostei muito.
ResponderEliminar(cheguei aqui seguindo o link no blogue Do lado do sol, vou aproveitar para descobrir um pouco mais do seu blogue)
Olá redonda! Fico muito contente que me tenhas visitado; espero que gostes deste meu começar de novo e que voltes mais vezes. Já fui ver o teu cantinho e já me fiz tua seguidora. A nossa amiga Carmem é um pessoa fantástica e tenho muito a agradecer-lhe pelo " miminho" que me fez, dando destaque ao meu comentário que não foi mais do que uma simples opinião sobre o tema tão sabiamente tratado por ela. Obrigada e até breve aí em tua casa. Um beijinho
EliminarEmilia
Estou a gostar muito e quero voltar mais vezes :)
EliminarObrigada e um beijinho
Gábi
Querida amiga
ResponderEliminarExperimenta pôr numa balança, num dos pratos, uma senhora que vive sozinha, que está carente, e a quem, generosamente, fazes companhia; no outro prato pões um simples programa de TV, onde uma tua amiga vai dar uma entrevista que, por mais interessante que possa ser (isto na melhor das hipóteses) não vai contribuir para a felicidade de ninguém…
Agora, diz, com toda a franqueza: para que lado te parece que pende a balança?
Não tens a mínima dúvida, pois não? Eu também não.
E só posso felicitar-me por ter-te como amiga, mesmo que possas não assistir a mil e uma entrevistas que eu pudesse dar – que não dou, é claro (e ainda bem, não tenho vida para isso…)
Como prémio de consolação :))) deixo-te aqui o link do Youtube para poderes assistir à tal entrevista da tua amiga… https://www.youtube.com/watch?v=yKtPtSWVqrM
Conheci Rachel de Queiroz, de quem gosto imenso, há bastante tempo. Sabes que tenho muitas amigas e amigos brasileiros, com os quais mantenho correspondência diária, que me fornecem verdadeiras pérolas do que por lá se escreve e escreveu. Sou uma privilegiada :)
Este poema é lindíssimo!
Desejo uma semana muito feliz.
Beijinhos
MARIAZITA / A CASA DA MARIQUINHAS
Querida Mariazita, sabia, com toda a certeza que ias entender. E, se eu não pensasse como escreves acima, teria dito Dª Lurdes que tinha que ir para casa.`Sabes, amiga, dizem que não há coincidências; não sei...o que sei é que a vida me empurrou para essa senhora por algum motivo. Imagina que um dia, estando ela a conversar começou a falar em pessoas de quem eu tinha ouvido o meu pai falar; resumindo...esta senhora era casada ( é viúva e não teve filhos ) com um amigo do meu pai. Os meus pais que moram no Brasil festejaram as bodas de ouro cá, isto há 15 anos e a Da Lurdes e o marido estiveram na cerimónia; contou-me todos os detalhes da festa e eu fiquei espantadíssima. Claro, vi lá muitos amigos do meu pai, mas não me lembrava dela. Agora pergunto: " por que será que a vida me colocou no caminho dela ? ". Não te sei respomnder, só sei que lhe dou todo o carinho que posso. Muito obrigada por me dares a oportunidade de ver a tua entrevista. Irei vê-la de certeza. Beijinhos, Mariazita e obrigada pelas palavras tão carinhosas. Não tinha qualquer dúvida da tua compreensão, mas quis dizer-te o motivo.Um grande abraço, querida amiga.
EliminarEmília