quinta-feira, 1 de outubro de 2015

GOVERNOS ....

.....APOSTADOS EM ERRAR


Entre nós tem-se visto governos que parecem absurdamente apostados em errar, errar de propósito, errar sempre, errar em tudo, errar por frio sistema.
 Há períodos em que um erro mais ou um erro menos realmente pouco conta. No momento histórico a que chegámos, porém, cada erro, por mais pequeno, é um novo golpe de camartelo friamente atirado ao edifício das instituições; mas ao mesmo tempo tal é a inquietação que todos temos do futuro e do desconhecido que cada acerto, cada bom acerto é uma estaca mais, sólida e duradoura, para esteiar as instituições
 Toda a dúvida está em saber se ainda há ou se já não há, em Portugal, um governo capaz de sinceramente se compenetrar desta grande, desta irrecusável verdade.


Eça de Queirós, in 'Últimas Páginas'


E agora pergunto: Será que Eça morreu? Não sei....

Espero que ele apareça para votar no próximo Domingo.


Emília Pinto

28 comentários:

  1. Querida Emília, o leme do barco está em mãos erradas. O futuro nos amedronta.
    Saúde, Paz e Luz!

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Olá Shirley.É verdade, amiga, " o leme do barco " está em mãos erradas e, a esperança começa a ser muito pouca. Elegemos novo governo no passado Domingo e não houve maioria; ou os partidos mais votados se vão entender ou então a situação será ainda pior. Vamos ver o que acontece. Beijinhos, amiga e obrigada pela visita
      Emília

      Eliminar
  2. O Eça era um bom observador e deixou-nos verdades imortais.... A história repete-se e não se aprende com erros... O que é mau....
    Obrigada pela partilha.
    Beijos e abraços
    Marta

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. E a esperança de que os erros ensinem alguma coisa vai diminuindo, não é Marta? Afinal já no tempo de Eça era assim e assim continua; erros e mais erros, uns propositados outros por ignorância e o povo é quem mais padece. Um beijinho, Marta e muito obrigada pela visita
      Emília

      Eliminar
    2. Este comentário foi removido pelo autor.

      Eliminar
  3. Eça enxergava o futuro do país através do que vivia.

    Eça de Queirós escreveu em 1872 , há 139 anos .

    "Nós estamos num estado comparável apenas à Grécia: a mesma pobreza, a mesma indignidade política, a mesma trapalhada económica, a mesmo baixeza de carácter, a mesma decadência de espírito.
    (...)

    Não se enganou!

    Beijinhos.

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Pois é, Lisa, e os nossos governantes não se cansam de dizer que não somos a Grécia e que a nossa situação é bem diferente. Não sei onde é que eles viam isso, mas...enfim...
      E perante os resultados destas eleições, amiga, vamos lá ver o que mais nos acontecerá.. Coisa boa, penso que já ninguém espera. Beijinhos, amiga. e fica bem!
      Emília

      Eliminar
    2. Este comentário foi removido pelo autor.

      Eliminar
  4. O Eça está presente em todos os portugueses.
    O Eça está ausente de todos os políticos e coligações que aparecem como oásis e nos deixam mais pobres, tristes, desiludidos...
    Uma campanha pobre e uma cambada sem respeito por Portugal e seus habitantes.

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Obrigada, Luis. Quem nos dera que um "Eça " estivesse à frente dos desígnios do nosso país, mas infelizmente só nos resta a " tal cambada " que nos trata como se fossemos simples números . Vamos ver o que vem agora com este governo que se esperava fosse novo, mas....enfim...o povo assim o quis. Um beijinho e obrigada
      Emília

      Eliminar
  5. Boa tarde
    Convido-te a visitar o meu cantinho de poesia.
    Um abraço, Ana Pereira
    http://almainspiradora.blogspot.pt/

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Olá Ana!. Espero que tenha gostado do Começar de Novo e que volte mais vezes. Irei com certeza visitar a sua " almainspiradora. ". Obrigada!. Um beijinho e até breve
      Emília

      Eliminar
  6. O Eça continua vivo...
    O que ele não sabia era que a comunicação social seria capaz de lavar todos os erros e até transformá-los em virtudes...
    Emília, minha amiga, tenha uma boa semana.
    Abraço.

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. É verdade, Jaime, e fê-lo tão bem que o resultado está aí. Impressionante!
      Vamos lá ver o que nos espera. Obrigada, amigo e fica bem!
      Emília

      Eliminar
  7. Obrigada pela visita e pelas palavras tão bonitas.

    Já o Eça tinha dúvidas e nos continuamos com elas.

    Beijinhos e uma boa semana

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Além de ter dúvidas o Eça conhecia bem o ser humano e sabia o quão importante era e é para ele o poder. Nesse aspeto, infelizmente o homem não muda e, Rita, penso que as nossas dúvidas continuarão e a esperança numa mudança ficará cada vez mais abalada. Obrigada pelo carinho e simpatia. Um beijinho e até breve
      Emília

      Eliminar
  8. Que seja feita uma boa escolha....
    Bjbj Lisette.

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. A escolha já foi feita, Lissette dia 4. O povo decidiu que não queria grandes mudanças, mas que também não estava satisfeito com o que se passou nos últimos 4 anos. Não houve maioria e agora tudo vai depender da sensatez dos vários partidos. Amiga, obrigada pela visita. Um beijinho
      Emília

      Eliminar
  9. O bando PSD/CDS, apoiado descaradamente pelo reformado de Boliqueime , não erra: tem como opção ideológica destruir tudo quanto é público ...e trágica e inexplicavelmente o "bom povo português" aprova esta razia, dando-lhe novamente a maioria, ainda que relativa!!

    Amiga, Eça está , infelizmente, cada vez mais actual.

    Beijinhos e bom fim de semana

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Olá São. Como bem diz a nossa amiga, Céu no comentário abaixo, depois de tanta contestação nunca se imaginaria que o atual governo ganhasse, mas foi isso o que aconteceu, embora o povo lhes tivesse tirado muitos votos. Mas estamos em democracia e tem que se respeitar a decisão. Agora, estamos num verdadeiro impasse e com poucas esperanças numa estabilidade no governo. Vamos ver o que acontece. Um coisa que não gostaria era de ver o mesmo ministro da educação e a ministra das justiça.. Não gosto da das finanças, mas aqueles dois na minha opinião foram os que mais asneiras fizeram, Beijinhos e uma bela semana, amiga.
      Mila

      Eliminar
  10. Olá, querida Emília!

    Como tens passado? Por aqui, tudo razoável, menos o tempo, k está chuvoso e frio.

    Vou começar pelo bonequinho/a k apresentaste a encimar o texto de Eça. Acho-o engraçadíssimo, bem disposto, mas cheio de dúvidas e interrogações, mas vendo bem, certezas absolutas, ninguém as tem, a não ser Deus.
    Os textos de Eça, escritor português de que mais gosto, sempre foram, são e serão agradáveis e interessantes, mas, e como bem sabes, já antes, por exemplo, Gil Vicente criticava a sociedade, a prática mentirosa do clero e as outras classes socias, em geral, através dos seus autos, Camões falava do des(s)concerto do mundo, para além dos desamores, Padre António Vieira pregava aos peixinhos, e por aí adiante, portanto a crítica sempre acompanhou a sociedade.
    Lembras-te da história do "Velho, do rapaz e do burro"? Pois, creio k está tudo dito. Não há uniformidade de opiniões, e por um lado, até é salutar, se soubermos respeitar as opiniões de cada um.
    Política, religião e futebol formam a "Santíssima Trindade", ou seja, o eterno desentendimento. Não há volta a dar.

    Acredita, piamente, e juro por Deus e pelos meus pais, no k te vou dizer. Eu NUNCA acreditei que a coligação ganhasse estas eleições, depois de ver Portugal inteiro, ou quase, nas ruas, gritando e vociferando, ok, estamos em Democracia, contra medidas tão austeras que todos tivemos k aceitar. Mesmo os ricos, excetuando alguns jogadores de futebol, já pra não falr do CR7 é que, provavelmente, nem deram por isso, e portanto continuaram a desbaratar dinheiro, mas enfim, os clubes dão-lhes a ganhar aquelas fortunas, k, sinceramente, não sei de onde vêm. O futebol, a nível mundial, arrasta milhões, mas olha k seria proveitoso fazer-se uma análise criteriosa e fundamentada desta "loucura" e esbanjamento.

    Mas, apesar dessas medidas, o pessoal foi viajar, as filas para as praias na Ponte sobre o Tejo e no Algarve, mal aparecia o sol, eram enormes e fomos que fomos, assim dizem os brasileiros (vamos k vamos)., mas tenho de dizer-te que os condomínios, alguns, bastante, não foram pagos, tal como as rendas, faturas disto e daquilo, mas o importante é sair, estar em filas horas pra comprar um pão e um frango, etc. etc.
    Eu estou do lado oposto a esta gente. Tenho o suficiente para viver, não preciso de altos, nem grandes voos e para mim estar de férias é não ir ao local de trabalho, mas eu vou quase sempre, nem k seja pra dar dois dedos de conversa. Como adoro fazer limpezas profundas, dou volta a tudo nas férias, afasto móveis pesados, com ajuda, claro, e toca de limpar paredes, retirar cortinados, enfim, lida doméstica k mto me agrada.

    Voltando a Eça, resta-me saber se ele, k entrou para a Função Pública, k teve cargos importantíssimos em Havana, Paris e não sei mais onde, teria sempre sido um trabalhador satisfatório e cumpridor, já para não dizer bom, "classificação" k ele preconiza nos seus textos, qdo critica, diretamente os outros, os governos e a sociedade em geral.
    Já tenho pensado k estes intelectuais e políticos, enfim, gente "iluminada", vai quase toda pra Paris e até lá morrem. Bem sei k é a cidade da luz, do glamour, do Moulin Rouge, do Pigalle, da complacência, da liberdade, fraternidade e igualdade e onde ninguém olha pra ninguém. "Despes-te" ou quase e adormeces nas margens do Sena, e na boa, ninguém repara. Só fui uma vez a Paris, nos anos 80, pke tinha lá tios e tias a viverem perto, e achei-a mto aprazível, mas fria, climatericamente. Não tenho mais lembranças. Mas por k motivo esta "malta" foi e vai pra Paris? Se descortinares alguma coisa, diz-me, por favor!

    Gostei das tuas duas linhas, k se seguem ao texto de Eça. Não as considero sarcásticas, mas reflexivas. Eça, como tão bem sabes faleceu em 1900, último ano no século XIX, mas se fosse vivo, não sei em que partido ele votaria, sinceramente falando.

    Bom fim de semana, dentro dos possíveis.

    Beijos, com muita amizade.

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Por que motivo vai tudo para Paris? Talvez por ser " chic " Que graça tem ir para Lisboa, para Bruxelas, para o Rio de Janeiro, etc, etc. Paris é a cidade luz e dá outro " status " morar lá. Assim como parece bem tirar férias no estrangeiro , mesmo que não se pague o condomínio, a luz ou o aluguer; o vizinho não sabe dessas " caloteirices " , mas de certeza que fica a saber que fulano foi viajar; aliás, na Páscoa vai-se pelo menos até ao Algarve e no Verão fazer férias cá, " parece mal ". É assim a cultura do " parecer " Como se costuma dizer, criticar é fácil e também " olha para o que eu digo e não para o que faço " se ajusta na perfeição a todos os que criticam. Aliás, isso vê.se até nos governos quando estão na oposição.
      Claro, Céu que depois de tanta contestação, poucos acreditavam que o governo ganhasse as eleições apesar dos portugueses terem mostrado de alguma forma o seu descontentamento, mas foi isso o que aconteceu e agora só resta esperar pelas decisões que não se mostram nada fáceis.
      Quanto à crise, sinceramente só vi os seus efeitos naqueles que pouco tinham e que ficaram sem nada. Fiz voluntariado numa loja social até Agosto passado e vi muita gente que só tinha o emprego como rendimento; Ficaram sem ele, marido e mulher e a comida começou a faltar; iam à loja mandados pela assistente social; eram muitos, infelizmente e a vergonha de ter de ir lá buscar os poucos alimentos que tinhamos para dar era notória. Quanto aos outros que conseguiram manter os empregos, alguns desses cortaram naquilo que não se vê e continuaram a aparentar a mesma situação social com os mesmos carrões, roupas de marcas e viagens; os mais sensatos pouparam no superfulo, como viagens, jantares fora de casa e roupas e lá foram conseguindo viver com alguma qualidade de vida.Essa mania de querer aparecer, prejudicou muita gente nestes tempos difíceis, mas o certo é que a falta de emprego, as divídas feitas na compra da casa, trouxe muita fome aos lares portugueses, não esquecendo , claro os idoso já muito fragilizados e que tiveram de socorrer os filhos e netos sem emprego. A esses sim a crise afetou e continuará a afetar. Céu muito obrigada por este " belo testamento ", sempre enriquecedor e desejo-te uma bela semana, satisfatória, melhor dizendo. Beijinhos
      Emília.

      Eliminar
  11. Querida Emília

    Desejo que estejas bem de saúde. A chuvinha que caiu veio refrescar os corações e arejar, espera-se, as ideias. Porque não há dúvida que estamos neste momento num grande impasse, como bem disseste acima.Com tantas cabecinhas pensadoras a puxar a brasa à sua sardinha, em vez de pugnarem pelo bem-estar do povo, vamos lá ver o que vai sair dessas conversações e reuniões.

    Bem vistas as coisas não haveria muito a decidir, era conversar e dizer "ora vamos lá entender-nos, o que interessa é o País".Mas, a democracia que todos arvoram em belos discursos não chega, pelos vistos.

    A campanha foi o que foi, em vez de se discutirem programas discutiam-se os "podres" de cada um. Olha, por fim o povo baralhado lá pôs a cruzinha quase de olhos fechados.Houve grandes esperanças que se perderam. Houve erros crassos que o povo não perdoou. Esperemos pelo capítulo seguinte, desejando que a humildade entre nesses corações que agora decidem o nosso presente e o nosso futuro.

    Cara amiga, que tenhas uma óptima semana.

    Beijinhos

    Olinda

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Olá Olinda! O mesmo te desejo a ti e aos teus, pois a saúde é o que de mais precioso temos. E o " impasse " continua e as dúvidas são " mais que muitas " . Seria muito fácil, como bem dizes, mas o interesse do país pouco importa e a ideia do poder é a única coisa que sai dessas tais " cabecinhas pensadoras ". O povo não perdoou erros crassos, mas ao mesmo tempo viu-se sem alternativas que lhe dessem a certeza de uma verdadeira mudança. Não sei o que vai saír de tantas reuniões, mas humildade a entrar naqueles corações, creio que não vamos ver. Olinda, esperemos, pois é o que nos resta fazer. Beijinhos e muito obrigada pela visita. Um bom fim de semana.
      Emília

      Eliminar
  12. OI EMÍLIA!
    ACHO QUE O MUNDO VIVE UMA EPIDEMIA DE MAUS GOVERNOS, NÓS AQUI NO BRASIL, PAGAMOS POR HAVERMOS, É CLARO QUE EU NÃO VOTEI EM QUEM NOS REPRESENTA NO MOMENTO, MAS FORAM ELEITOS, POIS CONSEGUIRAM COMPRAR A METADE MATEMÁTICA + 1, DO BRASIL, COM AS CHAMADAS "BOLSAS" E ASSIM ESTÃO NO GOVERNO.
    AGORA COM OS DESMANDOS VINDOS A TONA, TODOS OS DIAS, QUEM SABE, ATRAVÉS DA LEI CONSIGAMOS REVERTER ESTE ERRO CRASSO. ENQUANTO ISSO...
    BOA SORTE AMIGA
    -http://zilanicelia.blogspot.com.br/

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Como deves imaginar, acompanho com muita atenção as notícias do Brasil e, embora nós aqui estejamos num verdadeiro impasse, por não ter havido maioria, o vosso caso está pior. Como bem dizes, amiga, o mundo inteiro vive uma " epidemia de maus governos ", porque infelizmente não há lideres que pensem no bem estar dos eleitores; cada um quer levar vantagem e encher os bolsos. O dinheiro e o poder mandam. Beijinhos, Zilani e obrigada. Muita saúde e um bom fim de semana
      Emília

      Eliminar
  13. Seres superiores , como Eça e não só , não morrem . Vivem através dos que os leram .
    Pode ter ido votar sim , através de um de nós . Não sei se tão baralhado como eu fui e se ficou tão triste como fiquei . . .


    Um beijo grande , Emília ,
    Maria

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Pois é Maria, se calhar ele estaria tão baralhado quanto nós e, no dia seguinte mais baralhado ficaria, pois foi assim que o resultado ficou.. Vamos ver no que dá, cada um a puxar para o seu lado; como diz a nossa amiga Olinda, seria muito fácil se estivessem realmente interessados no país, mas, como não é isso o que acontece, lá andam de reunião em reunião sem chegarem a acordo. Bom fim de semana, Maria e obrigada pela visita. Um beijinho
      Emília

      Eliminar