terça-feira, 27 de novembro de 2012

ESTE NÃO - FUTURO....






.... QUE A GENTE VIVE

"Será que nos resta muito depois disto tudo, destes dias assim, deste não-futuro que a gente vive? (...)
Bom, tudo seria mais fácil se eu tivesse um curso, um motorista a conduzir o meu carro, e usasse gravatas sempre.
Às vezes uso, mas é diferente usar uma gravata no pescoço e usá-la na cabeça.
Tudo aconteceu a partir do momento em que eu perdi a noção dos valores.
Todos os valores se me gastaram, mesmo à minha frente. O dinheiro gasta-se, o corpo gasta-se.
A memória. (...) Não me atrai ser banqueiro, ter dinheiro. Há pessoas diferentes.
Atrai-me o outro lado da vida, o outro lado do mar, alguma coisa perfeita, um dia que tenha uma manhã com muito orvalho, restos de geada
De resto, não tenho grandes projectos. Acho que o planeta está perdido e que, provavelmente, a hipótese de António José Saraiva está certa:
é melhor que isto se estrague mais um bocadinho, para ver se as pessoas têm mais tempo para olhar para os outros."

Al Berto, in "Entrevista à revista Ler (1989)"

Alberto Raposo Tavares

Isto foi escrito em 1989...há já muito, muito tempo, mas os anseios eram os mesmos...desejos de um mundo melhor e, principalmente, a vontade de que as pessoas passem a ter MAIS TEMPO PARA OLHAR PARA OS OUTROS

Emília Pinto



Al Berto


Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Al Berto, pseudónimo de Alberto Raposo Pidwell Tavares, GCSE (Coimbra, 11 de Janeiro de 1948 - Lisboa, 13 de Junho de 1997), poeta, pintor

Nascido no seio de uma família da alta burguesia (origem inglesa por parte da avó paterna). Um ano depois foi viver para o Alentejo. O pai morre cedo, num desastre de viação. Em Sines passa toda a infância e adolescência até que a família decide enviá-lo para o estalebecimento de ensino artístico Escola António Arroio, em Lisboa.
A 14 de Abril de 1967, refractário militar, mudou-se para a Bélgica, onde estudou pintura na École Nationale Supérieure d’Architecture et des Arts Visuels (La Cambre), em Bruxelas.
Após concluir o curso, decide abandonar a pintura em 1971 e dedicar-se exclusivamente à escrita. Regressa a Portugal a 17 de Novembro de 1974 e aí escreve o primeiro livro inteiramente na língua portuguesa, À Procura do Vento num Jardim d'Agosto

46 comentários:

  1. Olá boa noite!
    Eu acho que nós andamos todos a precisar de olhar para o lado e para dentro de nós mesmos. Temos de encontra uma saída...não sei como,nem por onde...
    Al Berto foi(é)de uma sensibilidade espantosa, pelo
    pouco que li, deu para perceber e gostar. Um abraço.
    M. Emília

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    1. Muito obrigada, Emília, pela sua visita e comentário. Achei muito pertinente este texto, nestes tempos tão conturbados onde os valores se estão a perder e onde cada um se preocupa só com o seu próprio umbigo, sem deixar um pouquinho do seu tempo para olhar à sua volta. É urgente que se mude as mentalidades se queremos que algo melhore.. Um beijinho e até breve. Fica bem!
      Emília

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  2. Emília, amiga:
    Gostei do texto.
    O pior, é que já ninguém olha para os outros, a não ser para dizer mal. Acho que já nem para nós olhamos.
    Abraço grande
    Maria

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    1. Infelizmente é assim, Maria. às vezes olham-nos de cima a baixo, mas é para verem as roupas e depois criticarem. Obrigada pela visita, amiga e fica bem!
      Emília

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  3. Interessante, é que ontem circulou uma crítica à cronista Danuza Leão, que publicou no jornal A Folha de São Paulo, em que ele diz, entre outras "asneiras" que não "há mais graça" ir a Paris...etc...porque atualmente até o porteiro do prédio dela viaja a lugares "chics"...pelo mundo afora...
    Uns comentam, nas redes sociais, que ela foi "pedante", outros que fez "ironia". Independente, da sua intenção, vemos que os valores mudaram, o mundo está de "cabeça para baixo"...

    Desde que passei a "entender" o mundo, vejo crises, vejo guerras, vejo catástrofes, vejo corrupção, maus governantes, ditaduras, mortes e suicídios por religiões, etc... Mas vejo, também, mudanças, novas democracias, mais liberdade de expressão...Países que foram à "banca rota" se recuperarem", cidades que sofreram terremotos, se recuperarem...e tal...
    A grande diferença, para mim, é que antes as notícias não chegavam tão depressa...Agora, chegam em tempo recorde...Aí deixam todo o mundo em polvorosa.
    Quero dizer, com todo esse meu palavreado, que o texto do Al Berto, faz refletir...como faz refletir o "selinho" com a mensagem: O MUNDO QUE QUEREMOS, É POSSÍVEL. Vamos em frente, sem nunca calar. Haverá mudanças, para melhor, acredito, temos que acreditar. Não devemos deixar que o desespero tome "conta" das pessoas. Uma boa dose de paciência e esperança, mas sempre gritando, de indignação...assim se faz, uma revolução, creio.

    Obrigada, Emília...um beijo,
    da Lúcia

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    1. Que bom vê-la por cá de novo, Lúcia. Concordo que a Danuza foi muito infeliz nesses comentários. As pessoas devem ter muito cuidado com o que falam, principalmente em se tratando de figuras pública, pois há pessoas que não têm o que comer e ela fica falando de viagens a Paris e criticando aqueles que têm a felicidade de lá poderem ir. Concordo plenamente contigo. Sempre houve desgraças , torturas e muita miséria em todos os aspectos; lembro-me de ver, em criança, muitas a irem para a escola cheias de fome e nem sequer um pãozinho lhes davam e o pior é que quando chegavam a casa esperava-as, na melhor das hipóteses uma tigela de sopa feita quase só de água e couves. Hoje isso não acontece. temos uma sociedade com muito apoio social e com muito mais tolerância tanto religiosa quanto racial, embora ainda haja algum preconceito. As ditaduras não permitiam que soubessemos o que se passava no país e muito menos no mundo, por isso hoje andamos tão preocupados, pois temos informação de tudo o que se passa no mundo inteiro. O que temos de começar a aprender é a não olharmos só para as coisas más; muita coisa boa se passa por esse mundo fora, mas a nossa tendência é só olhar para o lado mau.Os meuos de comunicação também contribuem muito para isso, pois passam o dia a noticiar as desgraças e não perdem um pouco de tempo a mostrar o que acontece de bom no mundo. Por isso é que uma blogueira lançou a ideia de se criar um blog onde só se mostrasse o que de bom se realiza no nosso país; convidou várias pessoas para colaborarem e o começar de novo aceitou o desafio. Por acaso a ultima publicação é sobre um caso brasileiro muito interessante que nos enche de ânimo. O blog é reinventar um Portugal mais risonho. Vai lá dar uma olhada, Lúcia, pois vais gostar. Eu acredito muito no ser humano e também acho que o MUNDO QUE QUEREMOS É POSSÍVEL se cada um fizer a sua parte. Um beijinho, Lúcia e muito obrigada pelo comentário tão pertinente. Até breve.
      Emília

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  4. Este mundo anda do avesso e as pessoas estão perdidas umas das outras. Não se encontram nem se amam.
    Procuram-se quando precisam do outro mas depois descartam-no.

    Precisamos de nos ver e ver os outros. Esta coisa de olhar para o lado parece que já chega. Precisamos dar as mãos.

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    1. Olá Luis. Já chega, Sim! Há muita falta de união e muita, muita correria; ninguém se olha na rua, ninguém pára para um bom dia, para um telefonema e, o pior, é que nos vamos acostumando a isso e começamos a fazer igual. " precisamos dar as mãos", está mais do que na hora." O fim da estrada é já ali", como diz uma amiga minha e portanto, temos que começar a observar o que se passa, bem devagarinho. Quanto mais corremos, menos temos para andar e VIVER. Um abraço, amigo, e obrigada pelo carinho e comentário. Até breve!
      Emília

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  5. Conheço melhor Al Berto poeta , e gosto muito .
    O texto tem tudo a ver com ele , e connosco quando andamos mais desanimados e tristes .
    Porém , tenho momentos que que me vem uma certa esperança quando um companheiro de viagem me olha , dá a mão e diz ... vamos tentar.
    Estamos , de facto , muito cansados , desiludidos ... mas se continuarmos neste mundo em que a prática é ... " olho por olho , o mundo ficará cego " , já dizia Gandhi .
    E ficará .
    Está nas nossas mãos .

    Um beijo , ás duas ,
    Maria

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    1. É muito encorajador quando alguém nos dá uma palavra carinhosa, um elogio, um " Podes sempre contar comigo". Faz-nos feliz esses pequenos gestos e o dia corre-nos melhor. Infelizmente são poucas as vezes em que isso acontece Andamos como bem dizes, cansados e desiludidos, mas essa deveria ser mais uma razão para darmos as mãos e não para nos isolarmos com os nossos problemas; eles só piorarão com isso, pois o desânimo em nada ajuda. Está nas nossas mãos tentarmos mudar as consciências para que nem nós nem o resto do mundo fiquemos cegos. Um beijinho, Lilaz e obrigada pelo belo comentário. Gostei muito da frase...adoro Gandhi.
      Emília

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  6. Olá Emília

    Se não nos unirmos nunca o conseguiremos!

    A união faz a força. Apenas nos lamentamos...possivelmente por força das circunstâncias.

    O que mais me incomoda é ver a passividade dos jovens, na casa dos 30/40, totalmente acomodados em casa dos pais.

    Tudo é possível,mas também ando bastante incrédula!

    Hoje estou assim...há dias!!!

    Beijinhos.

    Lisa

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    1. " Há dias ", sim Elisa e para isso muito contribui o tempo; pelo menos a mim não me deixa nada animada. O frio tolhe-me e o sol faz-me falta. Penso que andamos todos muito incrédulos, mas de nada nos adianta; o melhor é ser optimistas e tentar olhar à nossa volta onde há grandes problemas não só financeiros, mas, principalmente de valores e de afectos. Estamos numa época em que toda a gente corre ainda mais, preocupados com as prendas de Natal, como se isso fosse a coisa mais importante do mundo; espero que se lembrem todos do verdadeiro significado desta quadra e que olhem para os outros com os olhos do coração e sejam solidários, não só em pão, mas também em calor humano. Um beijinho, Lisa e muito obrigada pela visita. Amanhã é outro dia..outro começo e quem sabe, o sol não aparecerá logo de manhã para que possamos abrir o nosso sorriso e oferecê-lo a quem por nós se cruzar? Vamos, pelo menos tentar, não é amiga? Fica bem! Beijinhos
      Emília

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  7. Sugestivo Mª Emília!
    "Á procua do Vento"!
    E penso tantas vezes, que mais resta senão a busca de algo que não encontramos aqui mas que sentimos ter de existi?. O ter tudo como muitos têm, e como possivelmente Alberto teve,não preenche os vazios que tanto nos martirizam E insistimos em ter, em negar a unidade do Homem como um todo. A falta de valores passeia pela sociedade como coisa normal. A incongruência está no próprio poder, a mentira é a arma dos que querem mais, o desamor está no egoísmo para o aproveitar a vida...O que resta? Para que não nos arrastem para este lamaçal, agarrarmo-nos aos princípios que nos foram incutidos e tentar voar para não ser magoado. Mais magoado.
    E não é procurar o vento. É conviver com o vento para não sermos engolidos pelo tornado!
    Um grande abraço querida amiga.
    Grande post,como sempre!

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    1. É verdade, Manuela, se não nos agarrarmos " aos princípios que nos foram incutidos" com grande coragem, pois ela é necessária nestes tempos, acabaremos por nos deixar contagiar por esta " normose" que assola a nossa sociedade. De tanto vermos actos insensatos...maldades, corrupção..mentiras etc. acabamos por
      aceitá-los como normais e lá vamos nós levados pelo vento que teima em soprar sempre na mesma direcção. Custa muito ao ser humano entender que o " ter tudo" não preenche o vazio das nossas vidas e, creio que é por isso que nos sentimos sempre insatisfeitos. Não sei por que nos custa tanto assimilar isso se, às vezes, basta um pequeno carinho, uma conversa com um grande amigo para que nos sintamos muito melhores, muito mais optimistas. Isso só prova que nos está a faltar o essencial nesse nosso " querer tudo"; está a faltar afectos, união, fraternidade; está a faltar olhos que nos olhem com carinho, rostos que nos distribuam sorrisos, mãos que se estendam para nos apoiar. Está a faltar ao ser humano tempo para OLHAR OS OUTROS. Quando ele entender isso viverá com essência um belo presente, sentindo que, se a vida o permitir, terá um BOM FUTURO. E assim continuamos, nós, cara amiga, com as nossas " inquietudes" tentando com estas mensagens incutir em nós mesmos que o fundamental é ter o suficiente; afinal... " o fim da estrada é já ali" e o que temos lá ficará... nesse mesmo fim. Connosco só vai o nosso SER. Este, sim, merece que lutemos por ele. Beijinhos amiga e muito obrigada pelo carinho e pelo comentário que sempre enriquece as mensagens que tento passar com o que publico.. Boa noite!
      Emília

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  8. Interessante...Perde-se tempo a criticar os outros, a rotular quem vê e vive a vida doutra maneira...A cobiça, a inveja, a arrogância - os novos "valores" e recusam-se a entender que a solidão será ainda mais profunda, porque afastaram os outros...
    A minha Mãe dizia que o pouco que temos pode ser muito, porque o conquistamos e há quem tenha ainda menos que nós. Não entendi o que quis dizer na altura, mas agora sei que ela tinha toda a razão.
    Obrigada pela visita.
    Beijos e abraços
    Marta

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  9. Não era só a Marta que não entendia esses ensinamentos que as nossas mães tentavam passar-nos. Comigo isso acontece também. Agora lembro e percebo muito bem o que a minha mãe me dizia e foi muito útil. Mais vale ter pouco e ser nosso, do que muito, muitas vezes tirado aos outros. Viver com o SUFICIENTE é o bastante, pois há muita gente que nem o mínimo tem. Obrigada pelo carinho da visita, amiga.E vamos lá...tentar viver olhando o outro, pois sem ele não somos ninguém. Um beijinho e fique bem
    Emília
    Emília

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  10. OI EMÍLIA E HERMÍNIA!
    PROVA DE QUE SE OS ANSEIOS SÃO OS MESMOS, POUCO EVOLUÍMOS COMO SERES HUMANOS E CIDADÃOS...
    BOM TEXTO PARA REFLETIRMOS.
    ABRÇS


    zilanicelia.blogspot.com.br/
    Click AQUI

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  11. Tenho pensado muito nisso quando publico aqui estes textos para reflexão; o ser humano não tem evoluído naquilo que mais importa: o bem estar e a felicidade interior; no resto tem havido enormes progressos, mas vamos chegando à conclusão que esses avanços todos não conseguem aquietar a alma humana; isto, penso, porque o TER muito não é fundamental; ao TER tem que juntar o SER e tentar o equilibrio; correr demais para ter tudo não resolve porque o tempo não chega para se cuidar dos afetos e esses, sim, conseguem preencher o vazio que muitas vezes se instala em nós.. Muito obrigada, Zilani, pela visita e atenção que sempre nos dedica.. Um beijinho e até breve!
    Emília

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  12. Querida Emília

    Estive aqui há uns dois dias, já era muito tarde, por isso não deixei comentário porque estava a cair de sono. :) Encontro agora a 'casa' redecorada, um prenúncio do Natal, não é?

    Gostei muito do texto-entrevista a Al Berto. Pensei que ele era do Alentejo, imagina.

    E é bem verdade, são anseios que acompanham o Homem, parece que desde sempre. Parece um círculo vicioso, voltamos sempre ao mesmo. Dá a ideia que não se aprende nada com os erros, a História aí está com exemplos de maus momentos, de más decisões,e, no entanto, é como se não existisse.

    Quero crer que deve haver excepções, e há-as certamente, senão continuaremos a bater na mesma tecla, a desejarmos alcançar o que parece ser inalcançável que é olharmo-nos nos olhos, confiarmos uns nos outros e procurarmos soluções para os problemas que nos assolam. E isto não só por cá como também a nível mundial.

    Beijinhos para ti e para a Hermínia.

    E um bom fim de semana. Não sei se vai continuar a chover mas...é tempo dela. :)

    Bjs

    Olinda

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  13. Pois é Olinda, um espírito natalício aqui na casa para ver se ele entra e se instala bem no fundo de cada um de nós e de lá não saia mais, pois acho que a beleza de atitudes do ser humano que se vê nesta época deveria manter-se para o ano todo.. Claro que deve haver excepções e acredito que haja muitas. As sociedades têm evoluido muito e também o tem no aspecto humano. Temos de aprender é a olhar mais para esses aspectos e menos para os maus, mas a tendência é sempre essa. O Al Berto não é alentejano, mas viveu lá, por isso não te enganaste muito, Olinda. Obrigada pelo carinho da visita e pelo comentário tão emriquecedor. Um belo fim de semana, mesmo que chova: Hoje aqui o dia está feio e frio, mas não tem chovido. Enfim...é o que temos e, por isso não há nada a reclamar. Aproveitemo-lo o melhor possível! Beijinhos, amiga!
    Emília

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  14. O triste do nosso país é que coisas escritas
    há muitos anos continuam válidas.Ou ainda
    piores.
    Não sei para onde caminhamos, há já muita
    gente a pedir a demissão do Governo, mas eu
    não acredito que eles vão embora, nem que o
    Presidente os tire.
    Bom fim de semana.
    Bj.
    Irene Alves

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  15. Minha querida

    Palavras que poderiam ser ditas nos dias de hoje, eu adoro a escrita de Al Berto.
    Infelizmente não sei para onde caminhamos, mas que o caminho é pedregoso, isso é.

    Um beijinho com carinho
    Sonhadora

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  16. Olá Irene. Agradeço a sua visita sempre carinhosa.
    É verdade, Irene, passam os tempos mas as coisas não mudam. De vez em quando sente-se umas melhoras, mas depois volta tudo ao mesmo. Quanto ao governo, é claro que não muda...vão continuar na sua teimosia de que a solução é tirar dinheiro ao povo, em vez de cortarem nas despesas do próprio governo e nos outros que ainda estão mais ricos do que eles
    Enfim...vamos ver no que isto dá, sem perdermos o optimismo; pelo menos, tentemos mantê-lo. Um beijinho, amiga e desejo-te um bom fim de semana
    Emília

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  17. É verdade, Sonhadora," palavras que poderiam ser ditas nos dias de hoje". O caminho é " pedregoso" em todos os aspectos, mas temos que tentar desviar as pedras e seguir em frente, pois se desanimarmos será pior para nós. Um beijinho, querida amiga, e espero que tenhas um belo fim de semana. Obrigada pela visita e fica bem!
    Emília

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  18. Inventei a ironia numa toada de vento
    Roubei as asas a uma gaivota azul
    Colei-lhes um poema cheio de penas
    E enviei-o para uma tonta do sul

    Inventei um mar numa bola de sabão
    Roubei uma corda forte e boa
    Atei um rol de mágoa à mesma
    E afoguei-as nas águas de uma lagoa

    Bom fim de semana


    Doce beijo

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  19. Caminhamos para um futuro pouco risonho, cheio de incertezas e preocupações, ando apreensiva, e muito. Curioso como o que Al Berto escreveu está tão atual!
    Bjs


    ps:casa nova? pensei ter-me enganado na morada...

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  20. Olá Profeta. Obrigada pela poesia. Gostei muito e o melhor é mesmo fazer como aconselhas: "roubei
    uma corda forte e boa
    Atei um rol de mágoa à mesma
    E afoguei-as nas águas de uma lagoa"
    Sermos criativos para fugirmos deste pessimismo que nos assola é o melhor que temos a fazer. Um bom fim de semana e fica bem, amigo!
    Um beijinho
    Emília

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  21. É Lilá´s...casa nova agora nesta época em que tentamos que seja tudo diferente e melhor. No fim desta quadra voltarei à mesma moradia, mas espero não voltar ao mesmo espírito. Era bom que a luz e brilho que ilumina tudo e todos nesta época de Natal ficasse para sempre, mas, infelizmente não costuma acontecer. O que Al Berto escreveu continua actual o que prova que o ser humano não aprende com os erros, mas a esperança tem que se manter e temos que fazer a nossa parte começando a distribuir afetos e a olhar mais para os outros.Muito obrigada, amiga, pela visita e desejo-te um belo Domingo. Um beijinho
    Emília

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  22. Depois de um belo comentário, lá tudo se foi!!!!!!
    Este também precisa de uma grande reforma!!!Está a pedi-la!
    Bem quanto ao texto, muitos pensadores, parecem adivinhar, não o futuro,mas a modoficação dos temopos.
    Neste estado atual,ningúem olha para o lado, pode ser realmente,que isto se estrague mais um bocadinho e então as pessoas possam fazer o tal cordão que os una duma vez por todas.
    Tá dificil, mas como o povo é sereno, vamos tendo um pouco de esperança, até que algo de positivo nos seja dado a conhecer.
    Com o correr do tempo, alguma coisa se fará, é só esperar para ver!
    Até breve e beijinhos
    Herminia

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  23. Olá Patroa, então como vai com este frio? Quem me dera um calorzinho!!! Bem...não adianta querer...o remédio é aguentar..o frio...o governo e todas as asneiras que ele faz. A única coisa que nos resta é olhar para o lado e constatar que mesmo assim temos muito a agradecer à vida e tentar, no que pudermos, ajudar aqueles que estão sem qualquer esperança. " Olhar os outros" com mais carinho e não só agora, época de Natal, mas sempre, far-nos-á muito bem e viveremos com certeza com mais alegria. Um beijinho e até breve. Obrigada pelo comentário e fique bem!
    Emília

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  24. Olá Emília

    Entrei e o vermelho aqueceu-me o coração!

    Vim deixar 4 beijinhos de parabéns para os aniversariantes.

    Elisa

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  25. Mas que simpática, Lisa!!! O vermelho aqueceu-te o coração e a tua visita encheu-me de emoção. Um carinho que aquece a alma nestas noites frias. Muito obrigada, amiga. Fiquei muito feliz com estes beijinhos. Boa noite e desejo que tenhas uma bela semana
    Emília

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  26. Olá!

    Mais uma vez partilham palavras lindissimas! E que bonito está a nova indumentária do blogue.

    Beijinhos para ambas e votos de feliz semana.

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  27. Excelente e muito actual. Adorei.
    Amigas, se quiserem pssar pelo Sexta, poderão acompanhar um pequeno romance que na impossibilidade de publicar de outra forma vou publicar lá.
    Um abraço e uma boa semana

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  28. Olá Joaninha! É sempre muito bom ver por aqui a minha mais fiel e antiga seguidora. Obrigada pelo carinho, amiga querida e espero que estejas bem e a vida a correr conforme mereces. Uma boa semana, Joaninha. Um beijinho muito especial.
    Emília

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  29. Infelizmente, muito actual, Elvira. Olhamos muito pouco para os outros e isso é uma das razões para que vivamos neste pessimismo. Há quem esteja bem pior que nós e a precisar com urgência que olhemos para eles com os olhos do coração. Com toda a certeza que passarei no Sexta para ler o teu romance. Muito obrigada pela visita e desejo-te uma boa semana Beijinhos, amiga.
    Emília

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  30. Ahhhh Agora entendi o 'ter mais tempo para olhar para o outro'

    Que legal essa visão descrita aqui.

    bjsMeus
    Catita

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    1. Pois é, Catita, há muita forma de fazer poesia e até no " Olhar para o outro" se pode fazer, pelo menos, um verso. Este Al Berto também é poeta. Não conheço a poesia dele, mas tu que fazes muito bem poesia poderás dar uma olhada. É muito interessante este texto, porque a nossa sociedade corre muito e preocupa-se pouco com os outros. Estamos numa época em que esse olhar se torna mais caloroso, mais solidário, mas é necessário que ele permaneça quando esta iluminação toda se apagar. Muito obrigada pela visita, amiga. Fica bem! Um beijinho muito especial e até breve!
      Emília

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  31. Bom dia
    Precisamos de aprender a olhar para o lado. Para aquele que caminha e que vive connosco.
    Para aquele que mora na mesma rua ou no prédio em frente.
    Tornámo-nos demasiado egocêntricos.
    Muitos dias olhamos tarde demais e com um olhar frio, distante do amor e da verdadeira amizade...

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    1. Infelizmente, Luis, muitas vezes nem conhecemos os vizinhos que moram no mesmo prédio; se cada um de nós se preocupasse em saber das necessidades das pessoas que moram ao lado com certeza não haveria tanta solidão. às vezes basta um " dedinho de conversa" como se costuma dizer, para que a pessoa se sinta melhor. Vamos lá ver se depois desta quadra de Natal continuamos com o espirito que ela sempre traz a todos, o da solidariedade e humanidade. Obrigada, amigo por mais este carinho. Fica bem e até breve. Um abraço
      Emília

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  32. Um texto que podia estar a descrever a nossa actual realidade, com o aumento da precaridade e da desumanização. Que bom seria se o espirito do Natal conseguisse prevalecer no coração do homens ao longo de todo o ano.
    Beijinhos
    Maria

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    1. Infelizmente, Maria, quando a iluminação das ruas e das lojas se apagar, lá se vai o espírito solidário do ser humano. Temos sempre esperanças de que isso não aconteça e até, confesso, acho que as nossas gentes são muito solidárias, mas a realidade é que em muitos a luz se apaga. O texto parece ter sido escrito hoje o que vem provar que não aprendemos nada com os erros; mudam-se os tempo, mudam-se as idades, mas as mentalidades continuam as mesmas. Um beijinho, amiga e muito obrigada pelo carinho da visita. Até breve e boa noite.
      Emília

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  33. OI neninas
    Tenho andado a ler Al Berto sempre que quero poemas realísticos mas com doçura.
    Ele descreve bem a futilidade , que está sempre presente também nos nossos dias e o quanto muitas vezes somos egoístas cuidando do nosso mundinho sem sequer observar o que se passa ao lado,
    e a ultima frase é bem correta_ precisamos cair cair cair até que enxerguemos que a vida não é só festa, que há consequências e nossas atitudes é que garantem um mundo melhor.
    Uma boa escolha pra reflexão ,
    deixo abraços

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    1. Olá Lis. Vou aproveitar a tua dica e vou ler esse tema Futilidades de Al Berto. Hoje a essência está muito esquecida e a preocupação e interesse por futilidades é enorme. Há que reverter essa situação e começarmos a dar valor àquilo que realmente interessa. Muito obrigada, amiga pela visita e interessante comentário. Fica bem e desejo-te um belo dia. Beijinhos.
      Emília

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  34. Amiga hoje eu vim lhe oferecer dois selinhos, um de 700 seguidores e o outro de Natal.
    http://www.mariaalicecerqueira.com/
    Obrigada pelo carinho de sua presença lá no meu cantinho.
    Tenha uma linda tarde junto com o desejo de Feliz Natal.
    Abraço muito amigo
    Maria Alice

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    1. Muito obrigada pelo carinho, Alice. Não costumamos colocar os selos no blog, pois não temos um lugar para eles, mas, recebemo-los com muito gosto e muito gratas pela consideração. Fique bem e que o Natal seja o que espera dele. Um beijinho
      Emília

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