COMEÇAR DE NOVO... E CONTAR COMIGO... VAI VALER A PENA... TER AMANHECIDO... TER ME REBELADO... TER ME DEBATIDO... TER ME MACHUCADO... TER SOBREVIVIDO... TER VIRADO A MESA... TER ME CONHECIDO... TER VIRADO O BARCO... TER ME SOCORRIDO... COMEÇAR DE NOVO ......
quarta-feira, 23 de março de 2011
TRADUZIR-SE
Traduzir-se
Uma parte de mim
é todo mundo:
outra parte é ninguém:
fundo sem fundo.
Uma parte de mim
é multidão:
outra parte estranheza
e solidão.
Uma parte de mim
pesa, pondera:
outra parte
delira.
Uma parte de mim
almoça e janta:
outra parte
se espanta.
Uma parte de mim
é permanente:
outra parte
se sabe de repente.
Uma parte de mim
é só vertigem:
outra parte,
linguagem.
Traduzir uma parte na outra parte
- que é uma questão
de vida ou morte –
será arte?
Poema de FERREIRA GULLAR
Nós somos uma parte que se traduz na outra parte que também somos.
Emília Pinto
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Um bonito poema de Ferreira Gullar. Não conhecia, mas expressa muito bem a ambiguidade do ser humano.
ResponderEliminarBjns!
Foi através dos blogues que conheci melhor a
ResponderEliminarescrita de Ferreira Gullar e me interessei por ele.
Beijo.
isa.
Olá Emília,
ResponderEliminar"Quem sou eu para mim?" Quando eu responder a essa pergunta e não mudar de idéia, saberei exatamente o que fazer por mim.
abraços, sonia.
É mesmo bonito, cuidandodemim, e mostra bem que nós somos um todo feito de partes, de metades, como também diz e muito bem o Oswaldo Montenegre na sua música Metades. Se não conheces vai ao Youtube; vais adorar. Não conhecia esta música de Fagner, embora já conheça músicas dele há muitos anos; este poema também não o conhecia.Muito obrigada pela visita! Um beijinho muito carinhoso
ResponderEliminarEmília
Oi Isa! Através dos blogs vamos ficando com mais conhecimentoe e foi também neles que conheci este poema interpretado tão bem pelo Fagner que já conheço há anos e tenho alguns discos de vinil dele, imagina...Não conhecia nada deste escritor, mas agora vou procurar conhecer mais. Além de outras, esta é a magia dos blogs. Um beijinho e muito obrigada pela visita
ResponderEliminarEmília
É difícil, Sonia, conhecermos todas as nossas partes, a nossa metade. A cada dia um pormenor desconhecido de uma das nossas partes é-nos revelado; penso que morreremos sem sabermos ao certo quem somos . Mas vamaos aprendendo um pouquinho a cada dia que passa. Um beijinho e obrigada pela presença sempre agradável
ResponderEliminarEmília
Nós somos como uma laranja com seus gomos...
ResponderEliminarPenso que nunca sabemos bem quem somos.
Será sempre uma incógnita.
Beijos.
Emília, querida
ResponderEliminarque letra linda. Não conhecia esta música.
Obrigada por me apresentar.
Um beijo grandão pra vc, linda!
Gostei da definição, Lisa! Muitos gomos sempre diferentes, sempre opostos; uma vez somos uma coisa e outra vez somos outra coisa; um dia sabemos tudo e ao mesmo tempo não sabemos nada e por aí vai...Um beijinho e de certeza que daqui a segundos serei já outro gomo que já não mandará beijinho...mandará talvez outra cois...ou nada, talvez!
ResponderEliminarEmília
A magia dos blogs é essa, Iram. Imagina que tenho long plays de vinil do Fgner, mas não conhecia esta música e muito menso este lindo poema; através dos blogs é que conheci. Muito obrigada pela visita e fico contente que tenhas gostado. Fica bem!
ResponderEliminarEmília
Ferreira Goullar na voz de Fagner é sensacional, meninas.
ResponderEliminarEsse poema diz tudo sobre o que somos.
Adorei ouvir.
Bjs no coração!
Nilce
Também achei espectacular, Nilce. Há muito que não ouvia Fagner, desde o tempo do vinil altura em que estava no Brasil. Mantenho-os até hoje. Foi muito bom recordá-lo. Um beijinho e obrigada pela visita. Volta sempre!
ResponderEliminarEmília
Oi Emilia!
ResponderEliminarGostei, sempre se enriquece ccom estas postagens!
A tradução deste poeme, no meu ponto de vista é o ser humano irrequito eu fórico e melancólico, sempre a par.
Como nele diz: a multidão e solidão.!
Somos o momento de dois gumes, que se completam, o consciente e o insconciente, trazendo o equilibrio, será uma arte mas sem encenação.
Até breve
Herminia
É Hermínia, o ser humano é feito de partes, ora somos uma coisa e daqui a pouco somos outra; é difícil aceitarmos que somos tudo e não somos nada; como dizia num post do optimiso em construçaõ é que nem tudo é 8 ou 80, mas sim oito e oitenta, "ser e não ser" e não "ser ou não ser"; temos que aceitar isso...somos muiltidão e solidão e não multidão ou solidão.É uam arte saber lidar com esta dualidade..sabermos traduzir uma parte na outras parte...na outra metade que somos. Um beijinho e ainda bem que gostou
ResponderEliminarEmília
Um poema bélissimo cheio de grandes verdades e emoções diferentes a cada verso.
ResponderEliminarFo maravilhoso conhecer você e também ouvir musicas ,que por sinal é ótima.
beijos lindo dia.
Te sigo ao visitar-me caso gostar siga-me também beijos ,Evanir.
http://aviagem1.blogspot.com/
E
www.fonte-amor.zip.net
Olá Evanir. Já estive no teu cantinho e, claro que te vou seguir. Agradeço-te imenso a visita ao Começar de Novo e espero que apareças sempre!
ResponderEliminarFico contente que tenhas gostado da música e do poema. Não conhecia este poeta e adorei. O Fagner, claro, conheço há anos, mas esta interpretação de facto não conhecia. Um beijinho e obrigada pela visita
Emília
Somos sempre a incerteza e a dúvida.
ResponderEliminarBela escolha
Bjo
Me agrado muchisimo, somos tantas cosas al mismo tiempo.
ResponderEliminarY hablando de traducir, voy a tener que aprender portugues!!!!
Cariños, dejandote además deseos de un buen fin de semana!!!!
Uma parte de mim
ResponderEliminarpesa, pondera:
outra parte
delira.
Lindo esse poema Emília!
Uma excelente tarde para você e um maravilhoso fim de semana. bjs
Muito obrigada, Abuela. Tu tens de aprender Português e eu Espanhol, combinado? Mas...nós até conseguimos entendermo-nos bem, não? São muito semelhantes as duas linguas. Volta sempre, amiga. Um beijinho
ResponderEliminarEmília
Fico contente que tenhas gostado, Alvaro. Somos muitas coisas ao mesmo tempo. Um beijo e um bom fim de semana. Obrigada pela visita
ResponderEliminarEmília
Que bom que gostaste, Veronica. É lindo, sim! Um beijinho e obrigada pela tua presença aqui no nosso cantinho. Um bom fim de semana
ResponderEliminarEmília
Não conhecia este poeta e adorei o poema que traduz defacto a nossa verdade: somos sempre metade de qualquer coisa! Obrigada por me dares a conhecer o autor e a obra.
ResponderEliminarBeijos a bom domingo!
Graça
Um bom Domingo, Graça e uma maravilhosa semana.É muito bom quando agradamos os nossos amigos e acho que este poema na voz de Fagner ficou muito bom. Um beijinho e obrigada pela visita
ResponderEliminarEmília
A voce um abraço nesse lindo Domingo
ResponderEliminarque desejo seja ele muito feliz .
Obrigada por seguir meu meu blog
ofereço minha amizade pois não existe riqueza maior que uma Amizade Sincera
Um feliz Domingo beijos no coração,Evanir.
http://.aviagem1.blogspot.com/
Obrigada, Evanir. Uma bela semana para você. Um beijinho e volte sempre
ResponderEliminarEmília
às vezes as "traduções" são difíceis, ou mesmo dúbias...
ResponderEliminar...mas apesar do que disse, penso seriamente na sua frase, depois do poema:
"Nós somos uma parte que se traduz na outra parte que também somos."
...outra forma de tradução... também importante e a que devemos dar tanta atenção.
Obrigada Emília
Saudades
Isabel
Olá Isabel! É muito bom tê-la por cá. É... nenhuma tradução é fácil...não se pode traduzir à letra...há que lhe pegar o sentido ; connosco é igual...nada fácil. Um beijinho e apareça sempre
ResponderEliminarEmília
Emília
ResponderEliminarTenho andado numa roda viva e apesar de já cá ter estado algumas vezes a deliciar-me com este poema não deu para lhe falar do quanto ele me tocou. Não o conhecia e já fiz copy paste porque traduz tanto o que sinto e em que me revejo: A unidade da dualidade, a percepção da totalidade de tantas partes que nos compõem. Muito obrigada minha amiga e que o sol brilhe dentro do seu coração.
Teresa
Fico contente que tenha gostado; Sabe, eu também não conhecia este poema e achei-o lindo na voz do Fagner.Muito obrigada pelo carinho e não se preocupe...sei que nem sempre há tempo para tudo o que queremos. Um beijinho e uma bela semana, Teresa.
ResponderEliminarEmília
Querida Emília e Querida Hermínia:
ResponderEliminarDeixei uma resposta para cada uma de vós no meu blog.
Estou a escutar a música e li e reli o poema publicado. Um momento muitíssimo agradável.
Um beijo para as duas.
Sei que responde sempre aos comentários e por isso já lá fui ver. Agradecemos-lhe muito a atenção de nos responder e de nos avisar. Um beijinho, Isabel e até breve
ResponderEliminarEmília