quarta-feira, 27 de junho de 2012

APRENDER!




EU APRENDI

que a melhor sala de aula do mundo
está aos pés de uma pessoa mais velha;

EU APRENDI

que ser gentil é mais importante do que estar certo;

EU APRENDI

que eu sempre posso fazer uma prece por alguém
quando não tenho a força para
ajudá-lo de alguma outra forma;

EU APRENDI

que não importa quanta seriedade a vida exija de você,
cada um de nós precisa de um amigo
brincalhão para se divertir junto;

EU APRENDI

que algumas vezes tudo o que precisamos
é de uma mão para segurar
e um coração para nos entender;

EU APRENDI

que deveríamos ser gratos a Deus
por não nos dar tudo que lhe pedimos;

EU APRENDI

que dinheiro não compra "classe";

EU APRENDI

que são os pequenos acontecimentos
diários que tornam a vida espetacular;

EU APRENDI

que debaixo da "casca grossa" existe uma pessoa
que deseja ser apreciada,
compreendida e amada;

EU APRENDI

que Deus não fez tudo num só dia;
o que me faz pensar que eu possa?

EU APRENDI

que ignorar os fatos não os altera;

EU APRENDI

que o AMOR, e não o TEMPO,
é que cura todas as feridas;

EU APRENDI

que cada pessoa que a gente conhece
deve ser saudada com um sorriso;

EU APRENDI

que ninguém é perfeito
até que você se apaixone por essa pessoa;

EU APRENDI

que a vida é dura, mas eu sou mais ainda;

EU APRENDI

que as oportunidades nunca são perdidas;
alguém vai aproveitar as que você perdeu.

EU APRENDI

que quando o ancoradouro se torna amargo
a felicidade vai aportar em outro lugar;

EU APRENDI

que devemos sempre ter palavras doces e gentis
pois amanhã talvez tenhamos que engolí-las;

EU APRENDI

que um sorriso é a maneira mais barata
de melhorar sua aparência;

EU APRENDI

que todos querem viver no topo da montanha,
mas toda felicidade e crescimento
ocorre quando você esta escalando-a;

EU APRENDI

Que quanto menos tempo tenho,
mais coisas consigo fazer.


William Shakespeare


PS. Muito eu quero aprender, viver  com menos preocupações, dar tempo ao tempo, mas eu penso...o meu já é tão pouco!
Até breve
Herminia

quarta-feira, 20 de junho de 2012

ANIVERSÁRIO




No TEMPO em que festejavam o dia dos meus anos,
 Eu era feliz e ninguém estava morto.
 Na casa antiga, até eu fazer anos era uma tradição de há séculos,
 E a alegria de todos, e a minha, estava certa com uma religião qualquer.

 No TEMPO em que festejavam o dia dos meus anos,
 Eu tinha a grande saúde de não perceber coisa nenhuma,
 De ser inteligente para entre a família,
 E de não ter as esperanças que os outros tinham por mim.
 Quando vim a ter esperanças, já não sabia ter esperanças.
 Quando vim a olhar para a vida, perdera o sentido da vida.

 Sim, o que fui de suposto a mim-mesmo,
 O que fui de coração e parentesco.
 O que fui de serões de meia-província,
 O que fui de amarem-me e eu ser menino,
 O que fui — ai, meu Deus!, o que só hoje sei que fui...
 A que distância!...
 (Nem o acho...)
 O tempo em que festejavam o dia dos meus anos!

 O que eu sou hoje é como a umidade no corredor do fim da casa,
 Pondo grelado nas paredes...
 O que eu sou hoje (e a casa dos que me amaram treme através das minhas
 lágrimas),
 O que eu sou hoje é terem vendido a casa,
 É terem morrido todos,
 É estar eu sobrevivente a mim-mesmo como um fósforo frio
...

 No tempo em que festejavam o dia dos meus anos...
 Que meu amor, como uma pessoa, esse tempo!
 Desejo físico da alma de se encontrar ali outra vez,
 Por uma viagem metafísica e carnal,
 Com uma dualidade de eu para mim...
 Comer o passado como pão de fome, sem tempo de manteiga nos dentes!

 Vejo tudo outra vez com uma nitidez que me cega para o que há aqui...
 A mesa posta com mais lugares, com melhores desenhos na loiça, com mais       copos,
 O aparador com muitas coisas — doces, frutas o resto na sombra debaixo do alçado —,
 As tias velhas, os primos diferentes, e tudo era por minha causa,
 No tempo em que festejavam o dia dos meus anos...

 Pára, meu coração!
 Não penses! Deixa o pensar na cabeça!
 Ó meu Deus, meu Deus, meu Deus!
 Hoje já não faço anos.
 Duro.
 Somam-se-me dias.
 Serei velho quando o for.
 Mais nada.
 Raiva de não ter trazido o passado roubado na algibeira!...

 O tempo em que festejavam o dia dos meus anos!...

 


Fernando Pessoa ( Alvaro de Campos )


"Raiva de não ter trazido o passado roubado na algibeira" às vezes sentimos essa raiva, mas de nada adianta…. O que importa é viver o aqui e o agora e lembrar com saudade os bons momentos que passavamos no tempo em que festejavam o dia dos nossos anos

Emília Pinto.

quarta-feira, 13 de junho de 2012

CARTA DE UM PAI A UM FILHO






Amado Filho,

O dia em que este velho já não for o mes
mo, tenha paciência e me compreenda.

Quando eu derramar comida sobre minha camisa e esquecer como amarrar meus sapatos, tenha paciência comigo e se lembre das horas que passei te ensinando a fazer as mesmas coisas.
Se quando conversa comigo, repito e repito as mesmas palavras e sabe de sobra como termina, não me interrompa e me escute. Quando era pequeno, para que dormisse, tive que contar-lhe milhares de vezes a mesma estória até que fechasse os olhinhos.

Quando estivermos reunidos e, sem querer, fizer minhas necessidades, não fique com vergonha e compreenda que não tenho a culpa disto, pois já não as posso controlar. Pensa quantas vezes quando menino te ajudei e estive pacientemente a seu lado esperando que terminasse o que estava fazendo.

Não me reproves porque não queira tomar banho; não me chame a atenção por isto. Lembre-se dos momentos que te persegui e os mil pretextos que tive que inventar para tornar mais agradável o seu banho.

Quando me vejas inútil e ignorante na frente de todas as coisas tecnológicas que já não poderei entender, te suplico que me dê todo o tempo que seja necessário para não me machucar com o seu sorriso sarcástico. Lembre-se que fui eu quem te ensinou tantas coisas.
Comer, se vestir e como enfrentar a vida tão bem com o faz, são produto de meu esforço e perseverança.

Quando em algum momento, enquanto conversamos, eu chegue a me esquecer do que estávamos falando, me dê todo o tempo que seja necessário até que eu me lembre, e se não posso fazê-lo não fique impaciente; talvez não fosse importante o que falava e a única coisa que queria era estar contigo e que me escutasse nesse momento.

Se alguma vez já não quero comer, não insistas. Sei quando posso e quando não devo.

Também compreenda que, com o tempo, já não tenho dentes para morder, nem gosto para sentir.

Quando minhas pernas falharem por estarem cansadas para andar, dá-me sua mão terna para me apoiar, como eu o fiz quando começou a caminhar com suas fracas perninhas.

Por último, quando algum dia me ouvir dizer que já não quero viver e só quero morrer, não te enfades. Algum dia entenderás que isto não tem a ver com seu carinho ou o quanto te amei.

Trate de compreender que já não vivo, senão que sobrevivo, e isto não é viver.
Sempre quis o melhor para você e preparei os caminhos que deve percorrer.

Então pense que com este passo que me adianto a dar, estarei construindo para você outra rota em outro tempo, porém sempre contigo.

Não se sinta triste, enojado ou impotente por me ver assim. Dá-me seu coração, compreenda-me e me apóie como o fiz quando começaste a viver.

Da mesma maneira que te acompanhei em seu caminho, te peço que me acompanhe para terminar o meu.
Dê-me amor e paciência, que te devolverei gratidão e sorrisos com o imenso amor que tenho por você.

Atenciosamente,

Teu Velho

J.M "


PS. Amigos que por aqui passarem, leiam e meditem nesta grande ternura. Era impossivel não a  partilhar convosco!
Herminia

quarta-feira, 6 de junho de 2012

SOLIDÃO





"Solidão não é a falta de gente para conversar, namorar, passear ou fazer sexo...
Isto é carência!
Solidão não é o sentimento que experimentamos pela ausência de entes queridos que não podem mais voltar...
Isto é saudade!
Solidão não é o retiro voluntário que a gente se impõe, às vezes para realinhar os pensamentos... Isto é equilíbrio!

Solidão não é o claustro involuntário que o destino nos impõe compulsoriamente...Isto
é um princípio da natureza!
Solidão não é o vazio de gente ao nosso lado...
Isto e circunstância!
Solidão é muito mais do que isto.
..
Solidão é quando nos perdemos de nós mesmos e procuramos em vão pela nossa alma."


Esta mensagem é, por alguns, atribuída a Chico Buarque, mas há muitos mais que a reconhecem como sendo da autoria de Fátima Irene Pinto. Quem é ela?





Fátima Irene Pinto


Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.



Fátima Irene Pinto (Pirajuí, São Paulo, 17 de Agosto de 1953) é uma poetisa brasileira.

É formada em Letras, tendo exercido atividades de jornalista, professora, musicista e coordenadora de concursos de poesia. É aposentada do BNC S/A onde ingressou em 1978 e aposentou-se em 2004.

Assim se referiu-se a ela o poeta catarinense Solange Rech:

"De tempo em tempo, aqui e acolá, a natureza nos brinda com pessoas muito especiais. Fátima Irene é uma dessas raridades. Ela entende de alma humana, como mostram seus versos e mensagens. Sim, porque um verso não é um amontoado de palavras, e sim uma ebulição de sentimentos. O que caracteriza um poeta é o dom divinal de tecer, com palavras, chaves enigmáticas que abrem os corações.

O poema "Solidão" que consta nos livros "Palavras para entorpecer o coração" e "Ecos da Alma" da autora, é indevidamente creditada por algumas fontes ao escritor e músico Chico Buarque de Holanda.

Para mim, SOLIDÃO é de facto “ QUANDO NOS PERDEMOS DE NÓS MESMOS E PROCURAMOS EM VÃO PELA NOSSA ALMA”

Emília Pinto

quarta-feira, 30 de maio de 2012

O CAMINHO DA VIDA





O caminho da vida pode ser o da liberdade e da beleza, porém nos extraviamos. A cobiça envenou a alma dos homens... levantou no mundo as muralhas do ódios... e tem-nos feito marchar a passo de ganso para a miséria e morticínios.
Criamos a época da velocidade, mas nos sentimos enclausurados dentro dela. A máquina, que produz abundância, tem-nos deixado em penúria. Nossos conhecimentos fizeram-nos cépticos; nossa inteligência, empedernidos e cruéis. Pensamos em demasia e sentimos bem pouco.
Mais do que de máquinas, precisamos de humanidade. Mais do que de inteligência, precisamos de afeição e doçura. Sem essas virtudes, a vida será de violência e tudo será perdido.

(Charles Chaplin, actor, escritor, músico “1889-1977”)

PS. Mais do que certo, este  actor, musico e escritor, sem amor, sem compreensão entre os povos, qual o nosso caminho? de que serve a ganância?, O que se tem vindo a verificar : maldades ,que vêm a recair sempre  sobre os mais indefesos

Herminia.

quarta-feira, 23 de maio de 2012

SENTIR-SE JOVEM




Juca Chaves

 Nascimento 22 de outubro de 1938 (73 anos) Rio de Janeiro Nacionalidade Brasileiro Ocupação Compositor, músico, humorista Jurandyr Czaczkes, mais conhecido como Juca Chaves (Rio de Janeiro, 22 de outubro de 1938), é um compositor, músico e humorista brasileiro. Com formação em música erudita, começou a compor ainda na infância. Iniciou sua carreira no fim da década de 1950, tocando modinhas e trovas num estilo suave. Nos anos 60 montou um circo nas proximidades da Lagoa Rodrigo de Freitas, do Corte de Cantagalo. Ali apresentou seu show Menestrel Maldito. Conforme o próprio Juca, o nome do circo era uma sigla: S de "snob", D de "divino Dener", R de "ralé", U de "uanderful", W de "water-closet", S de "Sdruws mesmo".
 Juca foi um crítico do Regime Militar, da grande imprensa e do próprio mercado fonográfico. Chegou a ser exilado em Portugal na década de 1970 mas, ao incomodar o governo de Salazar com suas sátiras que então ganhavam espaço nas rádios e televisão locais, transferiu-se para a Itália. De volta ao Brasil, apresentou programas de televisão. Na década de 1980, lançou sua gravadora independente, a Sdruws Records. Um de seus bordões mais conhecidos é: "Vá ao meu show e ajude o Juquinha a comprar o seu caviar", seguido de sua risada característica.

 Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Com a ironia que lhe é própria, Juca deixa-nos aqui uma bela mensagem. Espero que gostem! Um beijinho


Emília Pinto

quarta-feira, 16 de maio de 2012

GOSTEI......

Depois da festa que me fizeram, agradeço agora à Emilia. Obrigada Amiga, pela sua força, naqueles meus momentos .... Eu sei "patroa", que sou melada, que pesa sempre mais o coração do que a razão...mas uma coisa sei ...ESCOLHER AS AMIZADES. Mais uma vez obrigado, e fica a voz, a linda voz de Dulce Pontes. Até breve Herminia