Olha estas velhas árvores, — mais belas,
Do que as árvores mais moças, mais amigas,
Tanto mais belas quanto mais antigas,
Vencedoras da idade e das procelas . . .
O homem, a fera e o inseto à sombra delas
Vivem livres de fomes e fadigas;
E em seus galhos abrigam-se as cantigas
E alegria das aves tagarelas . . .
Não choremos jamais a mocidade!
Envelheçamos rindo! envelheçamos
Como as árvores fortes envelhecem,
Na glória da alegria e da bondade
Agasalhando os pássaros nos ramos,
Dando sombra e consolo aos que padecem!
Olavo Bilac, in & Escritas, Org
Envelhecemos desde o nascimento e há que aceitar esse facto, procurando fazê-lo com " alegria, bondade, dando sombra e consolo aos que padecem
Emília Pinto
Um belíssimo poema. E um conselho que todos devíamos ter em conta.
ResponderEliminarConsegui consulta para amanhã às 10 horas. Vamos ver se consigo melhorar os mus olhos.
Abraço, saúde e bom fim-de-semana
Muito belo, sim, Elvira e com os conselhos que deveriamos e quereriamos seguir, mas não é fãcil. A velhice assusta porque, com ela chegam as doenças e a certeza de que o nosso fim está perto. Para envelhecermos bem, é bom que não pensemos no assunto e e deixemos correr os dias tentando vivê-los o melhor possivel, espero, Amiga que a consulta tenha dado bons resultados e que já estejas melhor. Beijinhos e boa noite. Obrigada pela visita
EliminarEmilia
Bilac maravilhoso e escolheste muito bem!
ResponderEliminarAdoro esse poema! beijos, tudo de bom,lindo fim de semana! chica
Que bom, Chica! Também gosto muito deste poema que, com uma linguagem simples transmite-nos uma importante mensagem. Obrigada, Chica, por estares sempre presente, apesar da minha ausência nos teus cantinhos Aproveito para te desejar um Feliz Natal , com alegria, paz e saúde para todos; que ele seja aquilo que esperas dele. Beijinhos e boa noite
EliminarEmilia
Poema brilhante que me fascinou ler.
ResponderEliminar.
Feliz fim de semana ... Cumprimentos poéticos
.
Pensamentos e Devaneios Poéticos
.
Obrigada, Ricardo. Fico feliz que tenhas gostado. Um beijinho e " se não nos virmos antes ", um feliz Natal, com alegria e saúde.
EliminarEmilia
Amiga querida, eu adoro esses poetas mais antigos que estudamos naquelas aulas de português, de literatura. Estudávamos os poetas e interpretávamos as suas poesias. Já na geração dos meus filhos foi diferente, o ensino foi bastante diferente.
ResponderEliminarLembras que tínhamos livros de todas as matérias? Carregávamos aquelas pastas pesadas com os cadernos e livros que íamos usar nas aulas do dia. E poesia, muita poesia!
Que coisa mais linda as velhas árvores, seus troncos enormes, tanta vida nelas! Tanta beleza, tantos segredos acolheram. Fiquei a olhar para esta foto, e pergunto, que árvore novinha seria mais bela?
E olhando fica a belíssima mensagem de vida:
"Não choremos jamais a mocidade!
Envelheçamos rindo! envelheçamos
Como as árvores fortes envelhecem, "
Grande Olavo Bilac, um dos meus preferidos na lista de poetas!
Magnífica postagem, querida Emília, e parece que sei o que pensas, é claro, não paramos de conversar, e não vou conhecer alguns de teus pensamentos, e tu os meus?
Beijinho, bom fim de semana, aqui na tua segunda Terra, há uma certa tristeza, devido a desclassificação do Brasil na Copa. Mas, avante! Um dia a gente retoma...nada tão grave.
Sim, Taís, tinhamos livros e cadernos para todas as disciplinas e e não se escrevia nos livros, mas, sim nos cadernos. Os livros não eram trocados todos os anos, como agora e passavam de irmão para irmão e depois para vizinhos. Um desperdicio incompreensivel! Este poema , usando as árvores velhas, incentiva-nos a viver a velhice com alegria e não chorarmos a juventude, Não tenho chorado a juventude, porque tenho chegado aqui com saúde e com o suficiente para viver com dignidade, mas, não sei se será sempre assim e aí, Amiga, a alegria desaparece e as saudades da juventude chegam inevitavelmente. Mas, Tais, como não temos outra saída, o melhor é seguir os conselhos de Bilac e sermos árvores capazes de abrigar, dando sombra e aconchego a quem connosco convive Envelhecer tornando-nos pessoas cada vez melhores, mais desapegadas, dando valor ao que realmente interessa e não a futilidades. É um dever de todos aprender com a idade, não achas? Sei que sim , pois, por acaso já temos conversado sobre este assunto algumas vezes, Taís, muito obrigada pelo belo " testamento " e fiquei muito contente por saber que gostas deste poeta. Que bom! Beijinhos e boa noite. Saúde para todos vós
EliminarEmilia
Um poema muito bonito. Tão bonito como a imagem. Parece a árvore genealógica!!
ResponderEliminar.
Coisas de uma vida...
.
Beijo. Boa noite!
Obrigada, Cidália, pelo carinho da visita. Faço os possíveis para que o que publico seja do agrado dos amigos. Aproveito para te desejar um Nalal sereno, com alegria e saúde. Beijinhos
EliminarEmilia
Querida amiga Emília, boa noite de paz!
ResponderEliminarPor sorte, sempre onde moro, tenho muitas árvores centenárias.
Gosto da energia que elas passam e da beleza que adornam a natureza.
Os poemas dos tradicionais da literatura ficaram gravados em nossos corações e firmaram, em nós, seres poetas, independentes de fazermos poesia ou não.
Parabéns pelas escolhas postadas!
Tenha um final de semana abençoado!
Beijinhos com carinho fraterno
Que bom teres gostado, Rosélia. Gostei muito deste poema e lamento que nós, seres humanos, não respeitemos as árvores. Infelizmente, os idosos também são considerados " lixo " o que é ainda mais grave. Obrigada, querida Amiga, pelo tanto de carinho que dás ao Começar de novo e gostaria de te desejar um feliz Natal junto dos que amas e que a vida vos abençoe a todos com saúde. Beijinhos e tudo de bom.
EliminarEmilia
Olá querida Emília! Mais um lindo poema do grande Olavo Bilac. Este lembrou-me de uma árvore à beira do rio São Francisco. Tronco muito grosso e copa majestosa. Creio que deve ter cem ou mais anos. Obrigado pela bela leitura. Gosto imenso desta continuidade de belos versos! Grande beijo. Feliz natal!
ResponderEliminarOlá Beto. Este poema agradou-me imenso pela comparação feita entre as árvores antigas e a velhice. Infelizmente, o ser humano não sabe dar valor nem às arvores nem aos idosos. O que é de lamentar. Amigo, muito obrigada pela visita, sempre com muito carinho e desjo que estejas bem assim como os teus queridos. Estamos a chegar ao Natal, época festiva, mas também de sofrimento para muita gente que se debate com grandes carências. Guerras por todo o lado que ensombram o nosso Natal, não é verdade? Mas o que podemos fazer? Nada, infelizmente. ! 7m beijinho e um Natal feliz e alegre, na medida do possivel
EliminarEmilia
Histórias antigas, escritas na memória do tempo e das árvores... Não conhecia o poema, obrigada pela partilha.
ResponderEliminarBeijos e abraços
Marta
É verdade, Marta, guardamos na memória histórias antigas e as árvores também teriam muito que contar, pois são poiso de " aves tagarelas " e dão sombra e aconchego aos que as procuram para descansar. Muito lindo este poema que também eu não conhecia. 9brigada, Amiga e desejo-te um Natal, feliz, com alegria e saúde, apesar de tantos infortúnios neste nosso mundo conturbado. Beijinhos
EliminarEmilia
Bonito poema.
ResponderEliminarIsabel Sá
Brilhos da Moda
Obrigada, Isabel. Feiz Natal e que a vida te abençoe com saúde, agora e sempre, Beijinhos
EliminarEmilia
"Envelheçamos rindo". O poeta sabe que o segredo é envelhecer com sabedoria. Adoro árvores antigas e adorei este poema, minha Amiga Emília.
ResponderEliminarUma boa semana com muita saúde.
Um beijo.
Nem sempre temos essa capacidade se saber envelhecer e muitas vezes a vida dá-nos tanto sofrimento que nos tira a possibilidade de " envelhecer rindo " . E depois, Graça, há o abandono a que são votados os idosos, alguns ainda com saúde e lucidez; são considerados inúteis pelos próprios filhos e isso dói demais. É triste, mas é uma realidade, tanto para 9s idosos quanto para as árvores....não há respeito! 9brigada, querida Amiga, pelo carinho e desejo que o teu Natal seja alegre, harmonioso e com saúde. Beijinhos carregadinhos de amizade
EliminarEmilia
Olá querida Emília
ResponderEliminarVim conhecer o teu blog e gostei muito...
Que lindo poema de Bilac, sim já começamos a nascer e envelhecer ao mesmo tempo, e precisamos como as árvores, dar sombra aos que padecem, não é verdade?
Lindo o teu espaço, amei. Abraços e boa semana!
Obrigada, Larissa, por teres vindo conhecer o Começar de novo Espero ver-te por aqui mais vezes. Também já fui conhecer o teu espaço e, com certeza, em Janeiro, voltarei para comentar, um beijinho e um feliz Natal, com alegria e saúde para todos
EliminarEmilia
Querida Emília
ResponderEliminarTrazes-nos o grande Olavo Bilac o que é caro às minhas predilecções literárias. Ler poetas dessa geração é embrenharmo-nos naquele modo de escrever que nos deixa sempre com a emoção à flor da pele. Eles sabem ler a Natureza em toda a sua pujança e transmitem-nos esse saber já não muito apreciado na actualidade. Saber envelhecer como as árvores, envelhecer com alegria, sabendo que, tal como todo o ser vivo., nós também passaremos por várias fases da vida. É uma belíssima lição a reter.
Minha amiga, estive uns dias em pausa por avaria do meu pc , e o problema ainda não está sanado. Vou escrevendo uma coisinha ou outra no da minha filha.
Desejo-te saúde junto aos teus.
Beijinhos
Olinda
" É uma belissima lição a reter ", dizes tu e muito bem, Querida Olinda, mas não é nada fácil, pois a velhice, quase sempre vem acompanhada de muitas maleitas e, quando ela nos tira a lucidez, então, Amiga, a vida torna-se um suplicio. Há quem tenha a bênção de ter quem cuide com carinho, mas muitos são logo abandonados em lugares sem as minimas condições. Todos nós conhecemos casos desses e por isso tememos a velhice. Se tivermos saúde, vamos enfrentando as fases menos boas que a idade traz, caso contrário, não podemos " envelhecer a rir " . Mas...não há nada a fazer, a não ser aceitar o que a vida nos mandar e, enquanto por cá andarmos, tentemos ser fortes como as árvores e acima de tudo, tentemos ser aconchego para os que connosco convivem. Há tanto desprezo pela velhice, Amiga, que, se pensarmos muito nisso, em vez de rir, choramos. Mas agora é tempo de festa, de magia, e por isso, pelo menos pelos mais pequeninos, preparemos o Natal com alegria e finjamos que o Pai Natal existe ,que as pessoas são todas boas e que as crianças não sofrem nem com fome, nem de frio e muito menos de violência por parte dos pais. Por elas, acreditemos também no Pai Natal. Com certeza ainda nos falaremos antes, mas, desde já te desejo um bom Natal, com muita alegria junto dos teus familiares, principalmente , curtindo as risadas do " sapequinha " ao abrir o presente que, de certeza o pai Natal lhe trará. A minha diz que a lista está muito grande e que vai receber tudo porque é bem comportada. Valha-nos esta inocência, para nos fazer esquecer um pouco os desmandos dos poderosos do mundo. Um beijinho, querida Amiga e conta sempre com a minha sincera amizade
EliminarEmilia
Olá, Emília.
ResponderEliminarCerta vez citei em uma composição que aquilo que nos difere de uma pedra é, unicamente, a densidade. Poderíamos ser pedra se não fossemos tão densos.
Penso que com relação às árvores é assim também. Seria tão bom se nos ocupássemos apenas com aquilo a que fomos destinados. Nasceríamos, cresceríamos, envelheceríamos e, depois, alimentaríamos o mesmo solo que nos alimentou durante nossa jornada.
As árvores estão lá, cumprindo seu papel de florir, frutificar, sombrear, filtrar o ar que respiramos. E nós? Bom, nós as devastamos em quantidades absurdas, desmatando, poluindo, rasgando o chão.
No entanto, elas ainda estarão aqui quando o ser humano se for, e revigorará este mundo, já tão cansado.
Bilac sempre um maestro dos versos. Grande abraço, Emília. E ótima semana pra ti.
Marcio
Belo e pertinente comentário, Marcio, aliás têm sido assim os que leio na nossa Amiga Tais. E aqui deixas uma pergunta que nos deve levar a uma profunda reflexão Não somos pedra, não somos animais irracionais, mas, enquanto todos esses seres inanimados e vivos cumprem a sua missao, nós , classificados de " homo sapiens " não a cumprimos. Somos os únicos que " sujam a água que bebem, " que matam por nada e que abandonam as próprias crias, matando-as tantas vezes. Somos seres capazes de feitos maravilhosos ao mesmo tempo que cometemos atrocidades tremendas, impensáveis em seres tão inteligentes. E será que algum dia a nossa mentalidade mudará? Não creio e, como bem dizes, as árvores ainda estarão aqui quando o ser humano se for e revigorarão este mundo já tão cansado. Amigo, quero agradecer-te a visita ao meu cantinho e pedir-te desculpas pela minha ausência. Já fui a " tua casa " mas saí sem dizer nada; prometo visitar-te de novo, entretanto, deixo os meus votos de um bom Natal e que a vida te abençoe com saúde, agora e sempre. Beijinhos
EliminarEmilia
"...Já o homem, na sua ânsia de poder e na gana de estender seus territórios, aniquila seu semelhante, mata seu próprio pai para tirar-lhe as gerências, arrebenta o meio em que vive unicamente para construir artefatos que lhe dêem mais poderio e força. Ou seja, constroem algo para destruir algo. Inventam doenças para vender a cura...". 10 de dezembro de 2010, em TUDO TEM UM FIM.
EliminarRaramente respondo comentários, seja em meu blog ou nos dos amigos, mas esta sua resposta me instigou e foi um alento para alguém que se afastou das letras por muito tempo. O trecho acima faz parte de uma crônica/artigo que postei já vai um bom tempo, e vai em direção certeira ao que você citou acima. E tudo o que foi dito, tanto você quanto eu, se torna mais aparente agora, em época de Natal. A ganância, o egoísmo e a vociferação profana tomam quase tudo. Onde está o Natal pelo Natal, o espírito, a consagração daquilo que nos deu vida? Que nada, o tal humano, nesses dias, só quer gastar e fazer festa!
Vamos parar por aqui, senão acabo esquecendo que isto é apenas uma resposta a um comentário e acabo escrevendo outra crônica. rsrs.
Grato, sempre, pelo seu carinho com minhas miúdas letras, Emília. Sou apenas alguém que anda por ai, procurando chão para minhas raízes. E quando o solo é fértil, por que não parar e se alimentar de boa literatura? E nem se preocupe pela ausência. Todos temos nossos afazeres. Quando der, a casa lá do Crônicas de Areia está sempre aberta.
Ótimo Natal e feliz ano novo pra ti e família.
Marcio
Vieste de novo cá , abordando um assunto que daria " pano para mangas " como se costuma dizer, a ânsia de poder que o ser humano tem e que não olha a meios para o alcançar; hmilha, rouba, mata todos os que interferirem no seus objectivos, esquecendo-se que "TUTO TEM UM FIM. E mesmo agora, neste período em tanto se prega a fraternidade e o amor ao próximo,, a maioria das pessoas só se preocupa com as compras e o desperdicio chega a chocar se pensarmos que muitos não têm o minimo necessário para viver com dignidade. Já falamos muito disso, mas , Marcio ,não me importaria nada que desta tua resposta saisse uma das tuas belíssimas crónicas; com certeza já viste por aí que me alongo muito nos comentarios, pois gosto muito desta troca de ideias sobre os temas apresentados. Muito obrigada, Amigo, pela resposta que me vieste dar e deixo um beijinho com votos de boa noite e um bom domingo
EliminarEmilia
Envelhecer é a maior garantia de que se continua vivo... mas infelizmente continua a promover-se um culto da juventude... a que nem aos próprios jovens traz nada de bom... tal a pressão exercida sobre a importância da imagem... e ainda mais concretamente, da imagem ideal!
ResponderEliminarMaravilhoso este poema, que ainda não conhecia de Bilac! Para ler e reler!...
Um beijinho! Desejando-lhe um feliz fim de semana!...
Ana
Tens razão, Ana e o que queremos é ter uma velhice digna, com lucidez até ao último suspiro,. Mas nem sempre isso acontece; e depois há o abandono de alguns idosos por parte dos filhos e tudo isso faz-nos temer a velhice. Obrigada, querida Amiga e e desejo-te saúde para que assim consigas enfrentar melhor o avança da idade. Espero que a tua mãe esteja bem e que tenham um bom Natal. Beijinhos
EliminarEmilia