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Cai a chuva no portal, está caindo
Entre nós e o mundo, essa cortina
Não a corras, não a rasgues, está caindo
Fina chuva no portal da nossa vida.
Gotas caem separando-nos do mundo
Para vivermos em paz a nossa vida.
Cai a chuva no portal, está caindo
Entre nós e o mundo, essa toalha
Ela nos cobre, não a rasgues, está caindo
Chuva fina no portal da nossa casa.
Por um dia todos longe e nós dormindo
Lado a lado, como páginas dum livro.
Lídia Jorge, ( inédito ) in Citador
Não podemos afastar-nos do mundo para" vivermos em paz a nossa vida," pois fazemos parte dele e, infelizmente, a chuva que cai não tem sido fina, mas, sim, torrencial
Nada conheço da obra de Lídia Jorge, mas, depois de ouvi- la numa entrevista, resolvi pesquisar e descobri este poema que me agradou muito. Espero que gostem!
Emília Pinto
Emília, gostei muito do poema que compartilhas. E, realmente chuvas de todas espécies caem sobre nossas cabeças, mas ainda bem, conseguimos nos manter firmes e fortes. Sabemos que assim como ela chega, também se vai e logo o sol brilha novamente!
ResponderEliminarÓtimo fim de semana! beijos, chica
É verdade, enquanto a vida nos der saúde, vamos aguentando as chuvadas que vão caindo sobre nós; logo, logo vem o sol e o ânimo volta. Mas, infelizmente, Amiga, para muita gente, o sol nunca brilha...é só tempestades!!!! Obrigada pela visita e desejo-te dias tranquilos, principalmente com saúde. Beijinhos
EliminarEmilia
Poema lindíssimo sobre a chuva que me fascinou ler.
ResponderEliminar.
Cumprimentos poéticos
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Pensamentos e Devaneios Poéticos
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Obrigada, Ricardo. Um beijinho e que a vida te abençoe com saúde, a ti e aos teus
EliminarEmilia
Um poema bem condizente com os últimos dias! Adorei.
ResponderEliminarObrigada pela partilha!
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Tentarei guiar o coração irrequieto
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Beijo.
Bom fim de semana.
Que bom que gostaste, Cidália! Um beijinho e saúde! Obrigada, Amiga
EliminarEmilia
Olá, querida amiga Emília!
ResponderEliminarFiquei aqui pensando ao ler seu post.
Tanta "chuva fina" cai sobre nós ao longo do viver. Outras vezes, não, claro!
Que toda vez que caia uma torrencial, sejamos pacientes, esperançosos e confiantes. Vamos ultrapassando...
Gostei muito da sua conclusão em relação ao poema.
Haja em breve chuvinhas, garoa, mas para TODOS igualmente. Tenhamos fé!
Estou escrevendo e falando comigo em primeiro lugar.
Gostei muito de vir aqui. Fui hoje a um especialista e caiu a paz sobre mim, estava com um temporal na mente.
Tenha um final de semana abençoado!
Beijinhos com carinho fraterno
Que bom, Rosélia! A saúde é o bem mais precioso que temos e quando quando temos algum problema, a mente fica feito um " temporal ", cheia de preocupações. Ainda bem que a bonança chegou e aliviou o teu coração. Fico feliz! Obrigada pela carinho e vamos lá...fazer a nossa parte para que todos tenham oportunidade de ver o sol brilhar. Um beijinho e que a vida te sorria, sempre" ...que a chuva caia miudinha no teu jardim, agora florido com a chegada da primavera e com a mente serena
EliminarEmilia
No sul onde tão precisa é, praticamente não tem existido. O céu mantém-se limpo na grande maioria dos dias e mesmo quando está muito escuro prometendo grandes chuvas, elas muito raramente cumprem a promessa, acabando por dissipar.
ResponderEliminarTenho saudades do tempo em que era jovem e nada sabia do que se passava pelo mundo. A ignorância evita muito sofrimento.
Quanto ao antibiótico, para o meu caso existe outro e é comparticipado. Só que há cinco anos quando tive o mesmo problema e a médica de família mo receitou a reação alérgica foi tão grande que tive de interromper imediatamente o tratamento e tomar este. Tenho um grande problema com antibióticos, de tal modo que no final do ano passado a médica me mandou fazer uma análise ao sangue para descobrir quais as substâncias habituais nos antibióticos, a que não era alérgica
Abraço, saúde e bom fim de semana
A chuva tem caído com muita intensidade em alguns lugares, mas noutros ainda é insufiente e, se calhar veio já tarde para determinadas culturas, mas a natureza tem os seus " caprichos " e há muito queixa-se da insanidade do ser humano que não a respeita. Obrigada pela explicação sobre os antibióticos, mas, claro, todos deveriam ser comparticipados, sem excepção. Espero que estejas melhor e que os teus olhos completamente recuperados. Um beijinho
EliminarEmilia
Olá :)
ResponderEliminarEngraçado...tenho aqui ao meu lado um livro que o meu marido está a ler da Lídia Jorge" A noite das mulheres cantoras". Ele gosta muito de a ler.
Temos vários livros dela.
Este poema não conhecia. Gostei muito.
Tanta chuva que cai sobre nós.
Umas que nos beijam devagarinho a pele outras que nos fustigam duramente os ossos.
Mas tem de ser.
Gostei deste momento, e gosto de chuva, e veio me á memória um poema da Lídia que li faz tempo e que vou amanhã publicar no Parapeito.
Abraço e brisas doces**"
Só hoje respondo ao teu comentário, apesar de já ter ido ao Parapeito, mas, sabes como é...há outras prioridades e o blogue tem de ficar para trás. Penso que aqui, a chuva está a referir-se à vida que ne sempre " é bela " e para muitos é uma desgraça constante. Sabes que nunca li nada de Lidia Jorge? Uma vergonha !!!! Obrigada, Amiga, pelo carinho e volta sempre! Beijinhos e tudo de bom, principalmente, com saúde para todos vós
EliminarEmilia
A obra de Lídia Jorge é, na sua maioria, feita de romances muito bons que dão gosto ler. Há pouco tempo começou a fazer poesia (a poesia é irresistível). Gostei muito de a ler aqui. Concordo que não podemos ignorar o que se passa no mundo para vivermos a nossa vida em paz. Como diz o ensaísta George Steiner "Somos cúmplices do que nos deixa indiferentes".
ResponderEliminarTudo de bom para si, minha Amiga Emília.
Uma boa semana com muita saúde.
Um beijo.
Pois é, Graça, por incrivel que pareça, não li nada da Lidia Jorge e, confesso....é uma vergonha. Gostei muito deste poema, porque, com a chuva cai uma mensagem na qual devemos reflectir e concordo..." somos cúmplices do que nos deixa indiferentes " . Muito obrigada, querida Amiga e saúde para todos vós. Um beijinho
EliminarEmilia
É uma grande escritora.
ResponderEliminarE o poema que escolheste á magnífico. Não conhecia, obrigado pela partilha.
Boa semana, amiga Emília.
Beijo.
Obrigada, Jaime. Também não conhecia este poema, mas depois que ouvi uma entrvista com esta Senhora, fui pesquisar e descobri-o. Que bom que gostaste, Amigo! Um beijinho e fica bem, especialmente com saúde para todos
EliminarEmilia
Querida Emília, não conhecia essa poeta, e fui pesquisar, tomar pé da situação, como dizemos aqui. E vi que é romancista, contista, poeta. Lídia Guerreiro Jorge nasceu em Boliqueime, em 1946. E fui eu lá, ver onde fica esse município aí em Portugal, que por sinal, é lindinho, coloquei em 'imagens' e o Tiozão Google me passou tudo.
ResponderEliminarBem, amiga, é vero o que o poema diz, temos de descobrir uma maneira de viver nesse mundo, mas mais em paz. Tenho como princípio não dar palpites nenhum na vida dos outros sem que me peçam, o rolo será bem menor. Com uma guerra terrível, com eleições estressantes, com políticos desonestos, com inúmeros problemas de corrupção num mundo já com princípios deteriorados, imagina o que sobra para nós se não sairmos na tempestade muito bem protegidos de chuva pesada. De temporal! Aguentamos, ainda, um chuvisco. Em suma, amiga, o mais difícil não é viver, é conviver, mas quando sabemos o tanto que é difícil a paz, passamos a manobrar nossas vidas da melhor forma possível, como pisando em ovos. Gostei muito dessa tua postagem, muito útil no momento que atravessamos.
Uma feliz semana para todos aí em casa, com paz e alegria.
Deixo um beijinho!
É assim como dizes, ...." vamos manobrando as nossas vidas da melhor forma possivel, como pisando em ovos ", sempre com ética, equilibrio, paz de espirito, já que a do mundo é impossivel; não podemos pedir que a chuva deixe de cair, pois ela é " vida ", mas podemos afastar-nos da tempestade, respeitando os outros, ajudando no que pudermos e, como bem dizes " não dando palpite na vida de ninguém ". Fizeste bem em pesquisar sobre esta nossa escritora e já sabes mais do que eu, pois desconhecia que ela fosse natural de Boliqueime, Algarve. E assim se vai aprendendo com os blogues, não é verdade, Amiga? Muito obrigada pelo carinho, pelo belo comentário e desejo que estejam todos bem, especialmente com saúde. Beijinhos e um abraço do tamanho do mundo
EliminarEmilia
Querida Emilia
ResponderEliminarJá li alguns livros de Lídia Jorge. Contudo não lhe conhecia esse pendor poético. Talvez não tenha pesquisado o suficiente. Vou ficar mais atenta.
Este seu poema faz-nos pensar. Emprega a chuva no seu verdadeiro sentido e joga com a palavra traçando analogias, como se ela nos protegesse dos males do mundo, uma cortina "Entre nós e o mundo, essa toalha //Ela nos cobre, não a rasgues, está caindo //Chuva fina no portal da nossa casa.
Precisamos de chuva, stricto sensu, os campos estão secos, os caudais dos rios enfraquecidos. Quando ela vem mansa e benfazeja, é uma bênção.
Tudo de bom te desejo, minha amiga, junto à tua querida Família.
Beijinhos
Olinda
Corrigindo :
Eliminar... não no sentido verdadeiro "
Bj
Também pensei assim, Olinda que ela usa a chuva " não no sentido verdadeiro ", mas como se nos " protegesse dos males do mundo " A chuva é água, é " VIDA " e neste poema a Lidia usa-a com esse significado, creio eu, claro. E se eu te disser que nunca li nada desta nossa escritora? Uma vergonha, Amiga! Não gosto de ter livros em cas sem os ler e, como tenho alguns, ainda não comprei um da Lidia Jorge. É uma mania eu sei, pois teria espaço para ele, mas enfim....Como se costuma dizer, " cada tolo com a sua mania " . Querida Amiga, muito obrigada pela visita e espero que estejam todos bem de saúde. A chuva parece que vai continuar e é bem preciso. Esperemos que venha " mansa e benfazeja "! Beijinhos
EliminarEmilia
Olá, querida amiga Emília, é com muita satisfação que comento essa sua ótima postagem,
ResponderEliminarpoema "Cai a Chuva", de Lídia Jorge. Por alguns comentários que li, e pela tua apresentação,
sei que se trata de uma romancista portuguesa, que está publicando, também, seus pomas, como esse da postagem, que revela uma poeta muito sensível e delicada, que soube explorar bem o
tema que fala sobre a chuva fina, tema esse que ganhou a atenção dos comentaristas.
Como disse a Taís, a poeta e escritora está em plena atividade, na altura de seus 76 anos dedicados à escrita de romances, contos, ensaios, crônicas e poesia. Infelizmente, Emília não li nada antes deste poema, da poeta Lídia Jorge.
Quanto ao tema do poema, chuva fina, presta-se a muitas interpretações, dentre elas aquelas que pode ter vários significados dependendo da sensibilidade do leitor.
Obrigado, minha amiga, pela importante partilha, que me levou a descobrir Lídia Jorge.
Um beijo e uma boa semana, com saúde e paz para toda a família.
Como podes ler acima, Pedro, eu nunca li nada desta nossa escritora o que considero vergonhoso. Já tinha ouvido falar dela, claro, mas , depois que a ouvi numa entrevista é que decidi pesquisar e encontrei este poema. Gostei dela como pessoa e a minha curiosidade aumentou. Como vês, Pedro, o ditado popular, " Santos da casa não fazem milagres " é bem verdadeiro. E é isto que me encanta nos blogues, troca-se experiências e conhecimentos o que nos enriquece muito. Obrigada, Pedro e fica bem, especialmente com saúde. Beijinhos
EliminarEmilia
Bom dia, querida Emilia. Eu tambem não conhecia, Lídia Jorge, mas, lendo o poema aqui postado, vê-se tratar de uma grande poeta. Aos poucos, vamos tecendo em linho fino , bordado, feito de grandes nomes e talentos da literatura. Parabéns pela belíssima escolha do poema. Grande beijo.
ResponderEliminarObrigada Beto! É isso mesmo, aos poucos vamos aprendendo mais, uns com os outros nesta troca de experiências que nos proporciona o mundo dos blogues. Sim, Lidia Jorge é uma grande escritora que se tem dedicado mais a romances do que a poesia, mas, quer num estilo, quer noutro é muito boa e reconhecida. Beijinhos, Amigo e saúde para todos vós aí em casa
EliminarEmilia
Conheço mais a escrita de Lídia na vertente dos romances... pelo que descobrir aqui um poema da mesma, foi uma grata surpresa!
ResponderEliminarMais uma partilha de excelência, que adorei descobrir e apreciar, Emília!
Beijinhos
Ana
Muito obrigada, Ana! Sempre um carinho imenso teres o trabalho de vir atrás e comentar os posts antigos. Ouvi a Lidia Jorge numa entrevista e reolvi procurar alguma coisa dela , tendo-me deparado com este belo poema. Sim, é mais conhecida na " vertente dos romances " e para mim também foi gratificante ver alguns poemas d3 sua autoria. Como costumo dizer, aprende-se muito com os blogues. Um beijinho, minha Amiga e desejo saúde a todos vós,
EliminarEmilia
Penso que nunca li nada dela.
ResponderEliminarIsabel Sá
Brilhos da Moda
Desculpa, Isa, mas só hoje vi o teu comentário. Também não li nada desta escritora, o que lamento. Obrigada pela visita e fica bem, especialmente, com saúde. Um feliz natal, Amiga. Beijinhos
EliminarEmilia