domingo, 2 de junho de 2019

NÃO CALAR



Imagem retirada da net


Há uma regra fundamental quando se vive como nós estamos a viver – em sociedade, porque somos uns animais gregários – que é simplesmente não calar. Não calar! Que isso possa custar em comunidades várias a perda de emprego ou más interpretações já o sabemos, mas também não estamos aqui para agradar a toda a gente. Primeiro, porque é impossível, e segundo, porque se a consciência nos diz que o caminho é este então sigamo-lo e quanto às consequências logo veremos.

José Saramago, in 'Uma Longa Viagem com José Saramago'


Temos medo das consequências. porque algumas poderão ser graves, mas, concordo, devemos seguir a nossa consciência. Que pensam os meus amigos?


Emília Pinto

52 comentários:

  1. Absolutamente de acordo.
    Um abraço e bom fim-de-semana

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    1. Também eu, Elvira, apesar de saber que " não calar" traz por vezes muitos dissabores. Obrigada por teres vindo cá apesar dos teus olhos ainda não estarem bons. Espero que tudo se resolva o mais rapidamente possivel. Beijinhos, querida Amiga
      Emilia

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  2. Pode ser complicado... Infelizmente, a consequência de ter falado, foi a outra pessoa ter-me atribuído a culpa de tudo... Mas sinto-me bem comigo mesmo porque falei, disse o que sentia, mesmo que me tenham criticado e dito que era " imatura ". Creio que quem foi imatura foi a outra pessoa, mas como Saramago diz, não agradamos a todos.
    Desculpe o desabafo... Obrigada pela partilha do texto...
    Beijos e abraços
    Marta

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    1. O que contas é muito frequente, Marta. A mim também já me aconteceu isso, mas no fim, disse a mim mesma : " ainda bem, pois livrei-me a tempo de uma pessoa tão má " Obrigada pelo teu testemunho e tudo de bom, Amiga, Um beijinho
      Emilia

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  3. Há coisas que vemos e não podemos nos calar! Mesmo assumindo as consequências...Lindo dia! bjs, chica

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    1. Claro, Chica, é nossa obrigação falar perante certas atitudes que vemos, embora muitas vezes o medo nos impeça de o fazer. Estamos errados quendo agimos assim, mas, infelizmente acontece. Um beijinho, querida Amiga e muita saúde para todos.
      Emilia

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    2. Voltei pra te dizer que sempre me encantam teus comentários por lá! Adoro! Obrigadao! beijos, lindo fds! chica

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    3. Obrigada, querida amiga. Fico muito contente! Um bom fim de semana, pelos vistos sem praia, mas com certeza muito bom. Beijinhos
      Emilia

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  4. Por as nossas gentes se calarem é que tudo está como está. Gostei de ler:))

    Hoje:-
    O que ontem foi amor, hoje é loucura...


    Bjos
    Votos de um óptimo Domingo.

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    1. Tens razão, Larissa, temos que falar mais, exigindo mais respeito para com todos. Obrigada pela visita. Um beijinho
      Emilia

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  5. Querida Olinda
    Com sabes, sou fã incondicional de José Saramago, e comungo muitas das suas ideias (não forçosamente dos seus ideais...)
    Concordo inteiramente com este excerto que aqui nos deixas.
    Temos o dever, e acima de tudo, o direito, de defender aquilo em que acreditamos.
    Claro que temos que nos sujeitar às consequências do que as nossas convicções possam originar... mas para dormirmos de consciência tranquila não pode ser doutro modo.
    E, se queremos mudar alguma coisa... não poderemos baixar a cabeça e fazer de conta que não é connosco!
    Em frente, Amiga! Vale a pena defendermos as nossas ideias.

    RE: Obrigada pelas tuas palavras lá na minha "CASA". Gostei imenso.

    Votos de um Domingo feliz
    Beijinhos
    MARIAZITA / A CASA DA MARIQUINHAS

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    1. Sabes, Mariazita, quando escolhi este pequeno texto pensei logo em ti e, como é curto e tem pontuação, lê-se com facilidade rsss Também gosto de Saramago e, como tu, também não comungo dos " seus ideais ", mas uma coisa nada tem a ver com a outra, não é verdade ? Não podemos agradar a todos e os ideais de cada um devem ser respeitados. Claro que falar o que pensamos e denunciar certos actos, por exemplo de violência doméstica, traz problemas, mas, se queremos dormir " de consciência tranquila " temos obrigação de " não calar " . Querida Amiga, muito obrigada, pelo teu carinho e desejo tudo de bom para ti e para os teus. Espero que a tua filha esteja totalmente recuperada e que tenha conseguido começar de novo. Beijinhos
      Emilia

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  6. Uma excelente reflexão de José Saramago. Claro que temos que seguir a nossa consciência. Não é fácil falar neste tempo em que o medo se instalou… Se estamos contra as ideias dominantes, isso isola-nos. E é preciso coragem para viver de acordo com o que se pensa.
    Como disse A.J.Taylor "não há nada mais agradável do que viver com o que está estabelecido. E não há nada que corrompa mais"...
    Uma boa semana, minha Amiga.
    Um beijo

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    1. Bela e assertiva frase que aqui deixaste, Graça! E muito cómodo viver " com o que está estabelecido ", mas isso não é próprio de quem quer ser um verdadeiro cidadão; devemos participar e isso obriga a que sejamos coerentes e falemos quando a nossa consciência a isso aconselhar. Obrigada, querida Graça e até breve aí em tua casa para uma boa conversinha. Um beijinho
      Emilia

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  7. Boa tarde, Querida Emília

    Não calar! Compreendo a mensagem do excerto que nos trazes, de José Saramago. Numa sociedade em que se verificam compadrios em todas as esferas as pessoas sentem-se, geralmente, coíbidas receando sofrer consequências quando têm de apontar o que acham que está mal. Mesmo assim, fazendo das fraquezas força, a questão é exercitar esta nossa capacidade e fazermos a diferença. E há circunstâncias em que não temos que nos esforçar muito, quando o que acontece connosco ou na nossa comunidade clama à nossa consciência. Aí o único caminho é mesmo "Não calar!"

    Minha Amiga, desejo-te tudo de bom a ti e à tua Família.

    Beijinhos

    Olinda

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    1. Pois é, querida Olinda, há certas atitudes que não nos trariam graves consequências, mas mesmo assim, calamos, pois é muito mais agradável para nós. Ser " bem visto " por toda a gente, ser considerada aquela pessoa super cordial que se dá com todos, que nunca diz um não, parece eer muito bom, mas para mim não é e já muitas vezes me aborreci comigo mesma, por não ter falado. Claro que em certas situações como as que escreves aqui, as pessoas têm de calar, porque as consequências podem ser muito graves, como por exemplo a perda do emprego, mas há outras em que o calar faz de nós pessoas passivas, como se não fizessemos parte de uma sociedade. Amiga, muito obrigada pelo comentário assertivo, como sempre e aqui te deixo um abraço e os votos de saúde para todos aí em casa.
      Emilia

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  8. Querida Emília, como poderemos ser felizes se vivermos para os outros? Que coisa mais demoníaca ao invés de vivermos como gostamos, pensarmos da nossa maneira, fazermos o que nos agrada, jogarmos uma vida inteira fora em torno de opiniões e "achômetros" dos outros!E pior, amiga, isso tá cheio no mundo! Acho que existe um egoísmo saudável, aquele que nos dá coisas boas, que nos acrescenta algo. Caso contrário seríamos pessoas infelizes. Serviríamos pra quê? Só para reverenciar os outros, na gíria daqui, para 'encher a bolinha de terceiros'. Temos o dever de gritar, de dizer o que nos agrada e o que não; de compactuar com fulano ou não., como também de dizer ao Estado, o que queremos e o que não.
    Gosto muito de Saramago.

    Beijo, querida, uma ótima semana!
    (Deixei resp. no comentário).

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    1. É verdade Tais, não podemos viver em função do pensamento, das opiniões, dos outros, em função do que é politicamente correcto. Dá trabalho, incomoda, prejudica-nos muitas vezes, mas, se queremos ser verdadeiros cidadãos, temos que ser participativos , actuando falando, " esperneando " quando acharmos que algo não está bem. Quanto aos governos, felizmente temos o voto e não nos devemos abster desse direito, indo às urnas e escolhendo outros governantes. Aqui o voto não é obrigatório e o que vemos é uma grande abstenção; as pessoas queixam-se, mas ficam bem sentadas em casa, em vez de lutarem pelos seus direitos, indo votar. Amiga, calar não resolve nada e por isso, sempre que a nossa consciência o ditar, não devemos ter medo de falar, de denunciar. Muito obrigada, Tais e aqui te deixo um grande abraço e mil beijinhos
      Emilia

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  9. Bom dia, gosto muito de camarada José Saramago, gosto das pessoas solidarias que não olham para o seu estatuto com ele, gosto de quem está sempre ao lado do povo contra o poder ditador, mais não digo porque amiga Emília Pinto pode ficar muito ofendida comigo por eu ser puro como o pensamento do camarada José Saramago.

    AG

    "como poderemos ser felizes se vivermos para os outros?" este é o pensamento do 1% da população que tem 70% da riqueza mundial que dominam o mundo.

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    1. Caro António, começo por te dizer que nunca fico magoada, pois respeito a opinião dos outros. Gosto muito de Saramago, só não lhe chamo camarada, porque não o conheci pessoalmente e não andou comigo na escola, como se costuma dizer. Para mim, ele é um grande escritor, que dignifica muito a lingua portuguesa. Não sei se ele era solidário ou não, mas sei que faz parte dessa percentagem que tem muito e, segundo me conste, nunca dividiu o que tinha por alguns dos pobres que com certeza conheceu. Eu sempre estive e estarei ao lado do povo, mas não posso estar ao lado dos corruptos que, em nome do povo roubam escandalosamente e estão sempre a falar nas desigualdades sociais. Não penso de jeito nenhum que Saramago tenha sido um desses, mas também não acredito que pusesse em pratica essas " teorias " que prega. Como ja disse muitas vezes , só Jesus Cristo foi capaz de distribuir o que tinha e ainda deu a outra face. Sabe António, ninguém gosta de ver pessoas que passam fome, mas, se todos agissemos e ajudassemos quem está perto de nós, com certeza não haveria tanta gente sem pão na mesa. Conheço alguns desses " camaradas " de que fala " que vivem em mansões, viajam, têm carros de luxo e não são capazes de dar um prato de comida ao vizinho. De certeza que o António também conhece. Claro que já ouviu o povo dizee " de boas intenções está o inferno cheio " e eu acrescentaria que os ideais não servem de nada se não forem postos em prática. Amigo, sou daquelas pessoas que dizem o que pensam e considero-me bastante solidária; não gosto de ver pessoas que se acham melhor que as outras, mas que não põem em pratica aquilo que pregam aos outros. Não quero ofendê-lo, simplesmente estou a seguir os conselhos do nosso grande José Saramago. Beijinho e volte sempre, pois gosto muito de debates
      Emilia

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    2. Bem, como Antônio referiu-se ao meu comentário, vou ver se consigo traduzir o que ele não entendeu, claro, com a tua licença, querida Emília.
      Eu não pretendi levar nada para o lado político, para ideologias de esquerda ou de direita. Não falo de política nos espaços amigos, não é do meu gosto. Eu comentei como pessoa livre que sou, como pessoa que tenta ser feliz e não dirijo minha vida em função dos outros, assim acho que tem de ser. É um egoísmo saudável para preservarmos nossos direitos. Quem é solidário não precisa cantar suas virtudes ao mundo. Sou solidária quando acho que devo ser e não porque os outros acham que devo ser. Isso é liberdade. Intromissões não é e nunca foi saudável. Foi por aí que desenvolvi meu comentário, nessa linha de raciocínio.
      Beijo, querida Emília, obrigada pelo espaço!

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    3. Querida Tais, não te preocupes; o meu espaço está sempre aberto às opinioes dos amigos e, como sabes, gosto que se sintam à vontade para comentarem e manifestarem as suas ideias. Quando escolhi este pequeno texto não pensei em politica, embora conheça os ideais de Saramago. O que me levou a escolher este tema foi precisamente o " não calar ", por exemplo em casos de violencia domestica que conhecemos e fazemos de conta que não é connosco e em outras situações semelhantes. É preciso defender quem não tem voz, quem tem graves carências, quem precisa de ajuda. Isto nada tem a ver com ideais de esquerda, de dirdita ou de centro, aliás, há muito que me desliguei desses rotulos. O que me importa são as pessoas e as suas acções perante a sociedade; interessa-me a integridade, a etica e a postura das pessoas que nos governam em relação ao povo que os elegeu. As doutrinas sejam de esquerda, direita, extrema esquerda ou extrema direita não importam absolutamente nada, são simples rótulos que muitas vezes não são fieis ao conteúdo. Está neles escrito uma coisa e dentro há uma bem diferente. Fizeste muito bem, Amiga, em esclareceres o que foi mal entendido. O que importa são as pessoas e não as ideologias, muito menos quando essas ideologias não são postas em pratica. Obrigada, querida amiga e boa noite. Um beijinho
      Emilia

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    4. Desculpe, corrigindo a concordância: intromissões não são e nunca foram saudáveis.

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  10. O José Saramago tinha voz clara! e falar claro traz, certamente, alguns incómodos, mas a coluna vertebral fica mais rija ...

    muito bem, amiga Emília.
    gostei muito.

    beijo

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  11. a coluna vertebral fica mais rija e direita, acrescente-se
    bj

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    1. " Falar claro " e abertamente, traz dissabores, mas, perante certas atitudes é o que deve ser fdito. Ficamos de consciência tranquila e a " coluna vertebral fica mais rija e dirdita", sim senhor! Gostei desta, Manuel! Obrigada pela visita e até breve. Um beijinho
      Emilia

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  12. Olá, querida amiga!

    Eu não entendi e não entendo a escrita de Saramago, em geral, e tentei algumas vezes ler "O Memorial do Convento", para exemplificar, mas sem sucesso. Não vou dizer k a culpa é minha, pke eu sei ler, escrever e contar, satisfatoriamente, e qdo andei nas escolas e nas universidades, ensinaram-me a ler com pontuação, caso não, o sentido das frases sai, completamente, distorcido. Mas, para quem pouco sabe ler e escrever, que não distingue TRÁS de TRAZ e o verbo DEVER é sempre seguido da Preposição DE (ex: eu devo de fazer o trabalho de forma conscienciosa. Ora, o verbo dever tem particularidades importantes, como tu sabes e o correto é: eu devo ler o livro na íntegra, nós devemos amar os nossos pais, ele deve evitar ser boçal), quase tudo lhe passa ao lado, em matéria de cultura académica, mas tem língua grande com a qual pensa que se defende. Tem a cultura da vida, aquela que viveu e que nem sempre foi e é a mais indicada. No Alentejo, diz-se: quem defende o corpo e as atitudes das pessoas é a língua, a k temos dentro da boca. Entendes?

    Li o excerto, que publicaste e, excecionalmente, percebi o que o homem quis dizer, pke escreveu de forma corrente e não erudita, como era mania dele e fez pontuação.
    Estou, parcialmente, de acordo com ele, mas quem diz tudo são os doidos, como afirmamos no meu Alentejo. Evidente que não devemos calar coisas mais ou menos graves, e tu falaste aqui de violência doméstica e mto bem. Ora, esse tipo de coisas, não devemos calar e devemos arcar com todas as consequências, que só podem ser boas, pke se põe fim a um calvário, por vezes, de muitos anos.

    Nunca tive problemas no emprego, pke sei muito bem balizar o meu espaço e o do outro. Evidente que houve tentativas mto veladas por parte dos diretores, mas eu sempre dei a entender k percebia o k eles pretendiam e a minha mãe ainda mais, daí que nem um sopro dessas pessoas chegou até mim. Não sou mais que as outras, sou igual a mim mesmo, resumindo.

    Situações menores e que não ponham em perigo a nossa honradez e honestidade, por vezes, é melhor não dar importância, calar e a "coisa" morre por ali.

    Não sou comunista, nem soarista, nem socialista, sou de direita, como muitos sabem, mas isso nada tem a ver, em minha opinião, com o calar ou não calar. Sempre ouvi dizer que "mulher honrada não tem ouvidos". Se dermos "corda" e repisarmos no assunto, é meio caminho andado para o sucesso da outra parte.

    Beijos e um sincero abraço.

    Como pessoa também não me agradou, pois era desses que comia caviar, mero exemplo, e arrotava a feijões. A Pilar tem sabido bem aproveitar os louros e mostra-se mto "empresária". Enfim, toda a gente tem prémios, condecorações, e mais tarde vê-se que não são merecidas. Olha o Joe Berardo, k é um pobre diabo, sem cultura nenhuma e sem saber estar, nem pensar, mas , que não sabe estar, nem pensar. Mocinho da Madeira, que começou bem pela base e foi fazendo pela vida mesmo com ilegalidades, que ele não entendia como tal. Além disso, acho que ele não está bem de saúde e a parte mental está afetada.

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  13. Mila,

    Como reparaste aparece no final do meu comentário anterior umas afirmações minhas, que já tinha escrito, mas entretanto coloquei outras pelo meio e o comentário não está por ordem de ideias. "sem saber estar, nem pensar" considera só uma vez. É que logo a seguir há repetição.

    Tenho novo post. Qdo quiseres e tiveres um tempinho, aparece. Obrigada!

    Beijos para todos vocês e que a semana melhore em termos climatéricos.

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  14. Querida Céu, já li bastantes livros de Saramago, mas uma coisa que me aborrece é a falta de pontuação e em alguns livros a falta de nomes. Não considero correta essa forma de escrever que ele criou, pois em qualquer lingua, a pontuação existe. E sem ela, a confusão e tanta que temos de voltar ao principio varias vezes. Não sou a favor das ideologias de Saramago, pois não concordo com teorias que não se põem em prática; são contra o capitalismo e são capitalistas, são a favor dos pobres e oprimidos m mas não são capazes de dar um pouco do que tem a um miseravel que tenha perdido o emprego. Enfim...os rótulos cada vez me cansam mais: o que importa são as accoes, não as ideologias. Quando me decidi por este tema pensei precisamente na obrigação que temos em denunciar certos actos que conhecemos e que, por comodismo, calamos; claro tudo isso deve ser feito con sensatez e equilibrio pois , se não tivermos cuidado, a " emenda será pior que o soneto, como se costuna dizer e em vez de melhorarmos a situação pioramos. ja vi o teu novo post e já comentei: demorei um pouco, mas lá já te explico a razão, Querida amiga, agradeco-te o comentário, como sempre muito assertivo e desejo-te uma noite serena e um bom amanhecer. Um beijinho
    Emilia

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  15. Vamos lã corrigir os erros...
    existe e sem ela...a confusao é tanta...várias. ..têm. .acções (ações )
    Claro que..
    Desculpa. Beijinho

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  16. Querida Emília, depois de ler o excerto que escolheste do Saramago, os comentários e as respostas aos comentários... prefiro CALAR o que penso.
    De Saramago gosto da obra. Apenas e só.
    De me calar não gosto nunca. Nunca!
    Beijo, muito sereno.

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    1. Querida Teresa, às vezes, perante o que se vê, a melhor solução é calar para que não seja deitada " mais lenha para a fogueira " e por isso é que disse que, quando a nossa consciência nos diz: " não calar ", devemos pensar bem e ir " à luta " com muita sensatez. Tudo tem de ser feito com equilíbrio e muito bem pensado para que as nossas palavras em vez de ajudarem, não estraguem. Amiga, apesar de poucas palavras, disseste muito e bastou para que eu entendesse. Um bom fim de semana e o meu abraco, também sereno, longo e com muita amizade nele envolvido. ? Obrigada!
      Emilia

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  17. Olá querida Emilia. Escohli não me calar e dai minha alma se despejou em versos os meus segredos e vontades. Se calar significa ficar mudo para o mundo à nossa volta e penso, que com certeza, a nossa voz faz toda a diferença a esse grande coro da humanidade. Se Saramago houvesse se calado, não o veríamos por aqui. Um grande abraço. Feliz fim de semana. Grande beijo.

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    1. Sim, Beto, penso que o " não calar " significa não ficar alheados do que se passa à nossa volta: pertencemos a uma sociedade e por isso devemos ser participativos falando sempre que a nossa consciencia nos indicar que devemos fazê-lo. Claro , tudo tem de ser feito com sensatez para que ascpalavras ditas resolvam qualquer coisa. Obrigada, querido amigo pela visita e desejo a todos aí saúde e serenidade para que assim os dias secpassem melhor. Um beijinho
      Emília

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  18. Boa noite de sábado, querida amiga Emília!
    Começo agadecendo pelos comentários lindos que me deixa.
    Em seguida, lhe digo, com toda honestidade, que não me calo ante injustiças. No mais, muitas vezes, tenho que me calar a meu favor... deixo que todos tenham razão pois eu quero mais é ser feliz. Há muita disputa de poder e não quero isso para minha vida. Leveza é fundamental.
    Mas, repito, diante de injustiças, nunca me calo.
    Tenha um ótimo Domingo de muita paz em seu coração!
    Bjm carinhoso e fraterno de paz e bem

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    1. E é isso que importa, Roselia, " não calar " perante certas injustiças que vemos e que estão ao nosso alcance atenuar. Há situações que , por mais que queiramos, não podemos resolver, porque somos pequenos demais perante tantos poderosos, mas há outras que não exigem muito de nós e que só por cobardia na agimos. Amiga, muito obrigada pela visita e desejo-te saúde e serenidade para ti e para os teus. Um beijinho
      Emilia

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  19. Sou calada por natureza , mas o meu silêncio não é sinónimo de concordância , na maior parte das vezes , pelo contrário .
    Não faço parte de qualquer " rebanho " e não aceito " pastores ".
    Actuo quando considero que é o momento e necessário.
    A factura é elevada ? Claro .
    Estou cansada de tanta conversa !Actos por favor .

    Quanto a José Saramago , já li algumas coisas dele e gosto . Considero os Poemas Impossíveis bons .

    Querida Emília , beijo enorme e que a tua família se encontre bem ,
    Maria

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  20. Os poemas além bons são ... Possíveis :). As minhas desculpas .

    beijinhos ,
    Maria

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    1. É sempre muito bom ver-te por aqui, Maria e começo por te dizer que gostei muito do teu, "não faço parte de qualquer rebanho e não aceito pastores ", porque acho que devemos seguir a nossa consciência e não o que os outros querem. Também concordo que há muito " falatório " e pouca acção e, se não pomos em prática aquili que dizemos, então é melhor ficar calados e viver como " cordeirinhos" , seguindo os outros e dizendo " amėn " a tudo. Querida amiga, muito obrigada pelo carinho e tudo de bom para ti e para os teus. Um beijinho e boa noite
      Emilia

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  21. Calar nunca foi sinônimo de concordância e neste mundo conturbado encontramos formas diversas de expressarmos nosso descontentamento
    Uma linda semana querida Emília
    Beijinhos doces

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    1. É verdade, Gracita, muitas vezes calamos , discordando, porque nem sempre é oportuno falar; há que haver sensatez , escolhendo o momento próprio para manifestar as nossas opiniões e também ter muito cuidado com as palavras. Estas são perigosas e têm que ser bem pensadas antes de serem ditas. Obrigada, querida amiga e desejo-te tudo de bom a ti e aos teus. Um beijinho
      Emilia

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  22. Se o homem é animal gregário,
    Na minha congregação
    Ou grei, considero irmão
    Todos! E o extraordinário

    Vivo metido a otário
    Para enganar, a min não!
    Eu procuro dar a mão
    Ao próximo, por solidário.

    Mas ter chefe, nem pensar.
    Eu não dou sorte ao azar.
    Sigo o destino que trago

    Como rumo, a caminhar
    Sem ter mestre num altar
    Feito o José Saramago!

    Grande abraço! Laerte.

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    1. Muito obrigada, Laerte, por teres acrescentado às palavras de Saramago um belo poema a respeito do tema. É verdade, ter chefe, não! Devemos seguir a nossa consciência e não a opinião dos oitros. Um beijinho e mais uma vez, muito obrigada por tão simpática visita. Boa noite, amigo!
      Emilia

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  23. Saramago disse coisas muito importantes e este excerto é um exemplo. Sempre gostei da sua lucidez.
    Emília, continuação de boa semana.
    Beijo.

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    1. Achei importante esta mensagem, Jaime; ainda hoje ouvi a noticia de que aumentou muito a violência contra os idosos e este é um caso que deve ser denunciado quando for do nosso conhecimento e muitas vezes calamos. Obrigada amigo e tudo de bom para ti e para os teus
      Emilia

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  24. Gosto imenso da escrita de Saramago... que nos faz ler tudo com imensa atenção... para não se adormecer na forma da escrita... mas realmente se prestar de facto, verdadeira atenção, ao sentido da mesma... que nos orientam... para o verdadeiro cerne das ideias...
    Apesar de todas as consequências... é com a minha consciência que convivo, sem pausas... pelo que quaisquer consequências para mim... serão sempre o que de menos me importa...
    Mais um excelente post, por aqui, Emília!...
    Um beijinho grande! Votos de um feliz fim de semana, na companhia dos seus!
    Ana

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    1. É verdade, Ana, um livro de Saramago tem de ser lido com muita atenção e já me aconteceu de ter de voltar ao inicio pois, não estava a entender nada. A falta de pontuação e , em alguns, a falta de nomes, faz com fiquemos perdidos, mas mesmo assim, vale a pena ler este grande escritor. Sim, Ana, a nossa consciência conta mais do que as consequências e portanto devemos segui-la
      sempre; Muito obrigada pela visita e desejo a todos ai em casa muita saúde, principalmente à tua mãe. Um abraço, Ana.
      Emilia

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  25. Querida, Emília!
    Eu procuro falar o que penso e sinto e respeitar o modo do outro ser e pensar, mas em alguns momentos acho mais saudável me calar e evitar atritos desnecessários. Em tudo há que ter o bom senso, as vezes calar é sinônimo de sabedoria, enquanto em outros momentos, é nosso dever moral falar e não se omitir. Resta-nos saber diferenciar esses momentos, de acordo com nossa consciência.
    um abraço,
    Sônia

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    1. Concordo contigo, Sonia, há alturas que temos de usar o bom senso e calar, pois o contrário seria muito pior. Para tudo na vida e preciso sensatez e devemos sempre agir conforme a nossa consciência. O que não concordo é que muitas vezes as pessoas " pregam uma coisa " e agem de maneira bem diferente, Há que ser coerentes, amiga! Muito obrigada pelo carinho, Sonia e espero que estejas bem, assim como os teus. Um beijinho
      Emilia

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    2. Concordo com a sua interpretação. Eu penso e ajo assim grande parte da minha vida. Sou calada. Mas não sou calada por covardia. É algo até de leal e respeitoso que me faz silenciar o que sei. Tenho dificuldades em falar o que seja que possa soar a difamação ou devassa da vida alheia. Posso falar do trivial de forma inocente, mas de forma gratuita é-me quase impossível. Sou de calar, por isso não sei como é ser de falar. Mas julgo que, ao manter-me calada, estou a evitar situações desagradáveis de se perpetuarem infinitivamente. Mesmo que tenha de engolir dissabores. Talvez se engolissem mais ao se falar. Principalmente quando se fala demais ou sem freio. Isso parece-me insensato. Acho que está aí a resposta: um meio-termo. Para que todos possamos conviver em paz. Que é o que todos estamos a tentar na vida.

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  26. "Não calar".

    Calei.
    E acho que se deve calar se os outros forem dotados da capacidade de ouvir e calar também. O que é raro acontecer.

    Calei.
    E hoje sei que devia ter falado logo. Na primeira, na vigésima primeira, na centésima primeira.

    Calei.
    Agora todas as verdades que calei perdem a força e podem até passar por mentiras, porque as calei. E como as calei, quem não se cala também, quem fala, fala o que interpreta, o que deseja, não fala a verdade. Fala o esquema montado, a artimanha, a maquinação.

    Não calar? Sim. Não calar.
    Em boca fechada não entra mosquito? Verdade.
    Mas deve-se falar. Mesmo que cause mal estar.
    Porque se os que te rodeiam não sabem valorizar e apreciar que te cales quando podias falar, então de nada vale calar. Só servirá para, com o tempo, as circunstâncias aparentarem para uma inversão do real.

    Por isso, é falar.
    Embora a mim me custe imenso. Tanto que ainda não falo. Calo-me.

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    1. Olá Portuguesinha. Desculpe só agora responder, mas, penso que não estou muito atrasada. Adorei os seus comentário, muito pertinentes. O melhor, na vida é sempre o meio termo, mas nem sempre somos capazes de agir com a devida sensatez e equilibrio. Há alturas em que deveriamos ter falado e calamos e há outras em que seria necessário que ficassemos quietas para não piorarmos a situação e " abrims a boca", bem alto. Agradeço muito a sua visita e espero voltar a vê-la mais vezes. Um beijinho e até breve, no seu cantinho
      Emilia

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