Como se planassem no ar, seis bailarinos entram pelo salão principal de uma antiga estação de trem em Istambul, na Turquia, para uma apresentação pública. Em fila indiana, posicionam-se ao centro. Vestem saias rodadas e coletes de lã. Sobre as cabeças, chapéus cônicos em tons pastéis. Cruzam os braços diante do peito e começam a incorporar falas de uma oração, embalados por uma música hipnótica. De repente, eles, os dervixes rodopiantes, entram em transe. E não param de rodar.
A palma da mão esquerda é voltada para a terra. A da direita, para o céu. A idéia é transformar o corpo em um fio condutor entre os dois universos.
A cabeça e os braços leves dão a sensação de que orquestram o movimento contínuo de todo o corpo. Os dançarinos parecem alcançar um estágio alucinógeno, quase um plano superior, enquanto rodopiam. Na parada, fixam-se lentamente, como se ignorassem a vertigem.
Adeptos mais famosos do sufismo, braço místico do islamismo, os dervixes são fiéis a seu mestre, o poeta Jelaleddin Rumi. O nome vem de "suf" (lã, em árabe) por conta de os primeiros sufistas terem feito voto de pobreza e usarem roupas ásperas desse tipo de pêlo. Acreditam que a dança, chamada sema, promove comunhão direta e em êxtase com Alá.
By Roberto de Oliveira
Revista da Folha
Uma maneira diferente de orar a juntar a tantas outras que já conhecemos. Para mim todas são válidas desde que contribuam para que nos tornemos seres humanos cada vez melhores.
Emilia Pinto
Embora alguém tenha dito que é monótono, eu gostei por ser algo diferente e que impressiona pelo estado de transe em que ficam.
ResponderEliminarFico à espera de mais postes.
Um beijo e... bem-vinda.
Romicas
Oi Emilia
ResponderEliminarCom essa descrição é como lá estivesse presente.
Não conheço mas deve ser bastante interessante, bela forma de orar, o dançar com o redopiar devem mesmo entrar em extase.
Gostei.
Até breve
Herminia
Oi Romicas. É sempre muito interessante conhecer a cultura de outros povos e achei esta tradição bem diferente. Um beijinho e obrigada pela visita
ResponderEliminarEmília
Ainda bem que gostou, Hermínia. Eu também não tinha conhecimento desta tradição antes de visitar a Turquia. Um beijinho
ResponderEliminarEmília
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderEliminarJacarée disse...
ResponderEliminarÉ sempre enriquecedor conh.novas culturas...
Com tantos "dervixes rodopiantes"
Estou estonteado.
Bjs votos de um bom-f.semana
Até sempre
Pois é Jacarée...se não nos acautelamos entramos também em transe com tamanho rodopio. Um beijinho e um bom fim de semana.
ResponderEliminarEmília
Conecei a ler este post e à medida que ia descendo no texto, imaginei-a lá, na Turquia.
ResponderEliminarUma verdade. Independentemente da religião penso que qualquer manifestação de arte e beleza deveriam servir para nos tornarmos seres melhores.
Beijinho
Olá,Amigas,
ResponderEliminarÉ apaixonante conhecer culturas tão diferentes da nossa mas, tão válidas e merecedoras de respeito...
Bom fim de semana
Beijos com ternura
Margarida
Também penso assim, cantinho e por isso aceito todas as religiões desde que preguem o bem. Um beijinho e obrigada pela visita.
ResponderEliminarEmília
É sempre interessante conhecer povos e culturas diferentes, Miguxa. Era bom que o ser humano começasse a respeitar as crenças, tradições e maneiras de pensar dos outros; afinal somos individuos e por isso diferentes. Não haveria tantas guerras se nos aceitassemos uns aos outros. Obrigada pela visita. Um bom fim de semana e um grande beijinho
ResponderEliminarEmília
Olá!
ResponderEliminarQue interessante!!
Tão bom que é conhecermos habitos e modos de outras culturas. É uma riqueza sem duvida.
Um grande beijinho e, tal como diz no fim: toda a maneira de orar é valida desde que nos tornemos melhores seres humanos.
Joana
me senti levitando na leveza com que descreves o tema, muito lindo
ResponderEliminaroi minha boa gente!
ResponderEliminarA dança, promove a comunhão directa e o êxtase connosco mesmo. Só têm que começar. É tão bom, tão libertador...experimente. chama-se o transe dance.
Olá Joana. É como dizes...temos que respeitar e conhcr a cultura dos outros; há sempre algo a aprender e tudo o que for para a nossa promoção pessoal é sempre bem vindo. Um beijinho e obrigada pela visita
ResponderEliminarEmília
Ainda bem que gostaste, Ediney. Conhecer culturas diferentes é sempre enriquecedor. Obrigada pela visita. Um beijinho
ResponderEliminarEmília
Gosto muito de te ver por cá, Que voa!Quanto a essa dança, acredito que deva ser muito interessante, mas...tens que nos ensinar combinado? Um beijinho e aparece mais vezes, certo?
ResponderEliminarEmília