Li há meses um livro de que gostei, mas até hoje penso muito numa frase que, gostaria, servisse para todos refelectirem. O livro chama-se, A Menina Que Roubava Livros. A história passa-se durante a segunda guerra mundial, tendo como cenário a perseguição aos judeus. Os personagens principais são: a «morte» que é a narradora da história, e Liesel, uma menininha Alemã.
Por que motivo me impressiona este livro? Pelo facto de ser a «morte» a narradora e pelas considerações dela sobre o mundo.., as guerras e o ser humano. Eis alguns exemplos : diz a «morte»: «durante dois dias cuidei do que é meu.., viajei, como sempre pelo globo, entregando almas à esteira da eternidade»; «As pessoas só observam as cores do dia no começo e no fim, mas, para mim, está claro que o dia se funde através de uma multidão de matizes e entonações, a cada momento que passa. Uma só hora pode consistir em milhares de cores diferentes. Amarelos céreos, azuis borrifados de nuvens. Escuridões enevoadas. No meu ramo de actividade faço questão de notá-los.»E ela ( a morte) faz a pergunta:«Qual será a cor de tudo nesse momento em que eu vier buscá-lo? Que dirá o Céu? Pessoalmente gosto do céu cor de chocolate...,dizem que condiz comigo..., mas procuro gostar de todas as cores que vejo». Continua a morte: «Sim, já vi muitas coisas neste mundo. Frequento as piores desgraças e trabalho para os piores vilões. Mas por outro lado, existem outros momentos. Há um punhado que permito que me distraim enquanto trabalho, assim como as cores. Eu as apanho nos lugares mais azarados, mais improváveis e me certifico de recordá-las enquanto executo o meu trabalho. A Menina que roubava livros é uma dessas histórias»
Sim, a morte tem razão: neste livro encontramos as piores desgraças.., os piores vilões, mas encontramos também o melhor que se pode encontrar no ser humano. E é a propósito do ser humano a frase a que aludi no início do texto e que passo a transcrever: Diz a morte : «Tive vontade muitas vezes de dizer à roubadora de livros ( a menina Liesel) sobre a beleza e a brutalidade. Mas que poderia dizer-lhe sobre essas coisas que ela já não soubesse? Tive vontade de lhe explicar que constantemente superestimo e substimo a raça humana - que raras vezes simplesmente a estimo - tive vontade de lhe perguntar como uma mesma coisa podia ser tão medonha e tão gloriosa e ter palavras e histórias tão amaldiçoadas e tão brilhantes. A única coisa que lhe disse e digo também a você agora é: OS SERES HUMANOS ME ASSOMBRAM»
Pois é amigos....;acho que a todos nos assombra a Raça Humana....;como pode o Homem ter atitudes tão dignas.., tão humanas...,tão brilhantes e ao mesmo tempo ser capaz de actos tão hediondos.., desumanos e cruéis? A «morte» tem razão: é inexplicável...; só podemos ficar assombrados! E é bom ficarmos assombrados! É sinal de que não aceitamos..., que gostaríamos que fosse diferente..., que daríamos tudo para ver um SER HUMANO melhor..., um mundo melhor...; não nos esqueçamos, porém, de que, para isso, temos de fazer a nossa parte. Comecemos então!
Emília Pinto.
Por que motivo me impressiona este livro? Pelo facto de ser a «morte» a narradora e pelas considerações dela sobre o mundo.., as guerras e o ser humano. Eis alguns exemplos : diz a «morte»: «durante dois dias cuidei do que é meu.., viajei, como sempre pelo globo, entregando almas à esteira da eternidade»; «As pessoas só observam as cores do dia no começo e no fim, mas, para mim, está claro que o dia se funde através de uma multidão de matizes e entonações, a cada momento que passa. Uma só hora pode consistir em milhares de cores diferentes. Amarelos céreos, azuis borrifados de nuvens. Escuridões enevoadas. No meu ramo de actividade faço questão de notá-los.»E ela ( a morte) faz a pergunta:«Qual será a cor de tudo nesse momento em que eu vier buscá-lo? Que dirá o Céu? Pessoalmente gosto do céu cor de chocolate...,dizem que condiz comigo..., mas procuro gostar de todas as cores que vejo». Continua a morte: «Sim, já vi muitas coisas neste mundo. Frequento as piores desgraças e trabalho para os piores vilões. Mas por outro lado, existem outros momentos. Há um punhado que permito que me distraim enquanto trabalho, assim como as cores. Eu as apanho nos lugares mais azarados, mais improváveis e me certifico de recordá-las enquanto executo o meu trabalho. A Menina que roubava livros é uma dessas histórias»
Sim, a morte tem razão: neste livro encontramos as piores desgraças.., os piores vilões, mas encontramos também o melhor que se pode encontrar no ser humano. E é a propósito do ser humano a frase a que aludi no início do texto e que passo a transcrever: Diz a morte : «Tive vontade muitas vezes de dizer à roubadora de livros ( a menina Liesel) sobre a beleza e a brutalidade. Mas que poderia dizer-lhe sobre essas coisas que ela já não soubesse? Tive vontade de lhe explicar que constantemente superestimo e substimo a raça humana - que raras vezes simplesmente a estimo - tive vontade de lhe perguntar como uma mesma coisa podia ser tão medonha e tão gloriosa e ter palavras e histórias tão amaldiçoadas e tão brilhantes. A única coisa que lhe disse e digo também a você agora é: OS SERES HUMANOS ME ASSOMBRAM»
Pois é amigos....;acho que a todos nos assombra a Raça Humana....;como pode o Homem ter atitudes tão dignas.., tão humanas...,tão brilhantes e ao mesmo tempo ser capaz de actos tão hediondos.., desumanos e cruéis? A «morte» tem razão: é inexplicável...; só podemos ficar assombrados! E é bom ficarmos assombrados! É sinal de que não aceitamos..., que gostaríamos que fosse diferente..., que daríamos tudo para ver um SER HUMANO melhor..., um mundo melhor...; não nos esqueçamos, porém, de que, para isso, temos de fazer a nossa parte. Comecemos então!
Emília Pinto.
Oi Emilia
ResponderEliminarE Eu que tenho o livro para ler...mas ..a narradora me assusta....fiquei agora com uma pequena ideia sobre a história..tantas verdades,como as cores...acorda-se e refletem logo no nosso espirito,depois vão variando, mas nem damos por isso...., também seja assim mais fácil,quando nos vier buscar....
Até breve
Herminia
Este livro está na minha looonga lista de dezenas de livros para ler...
ResponderEliminarEu também gosto quando um livro mexe comigo (e mexem quase todos) pois é sinal que não estou indiferente à vida...
Bjns
Claro, cuidandodemim, se mexem connosco é porque nos preocupa tudo o que se passa à nossa volta. Ainda bem que gostaste e é um bom livro. Beijinhos e obrigada.
ResponderEliminarEmília
Pois é, Hermínia, não tenha medo...; vai gostar do que nos diz a morte e, quando ela nos quer dizer algo, devemos escutar. Beijnhos
ResponderEliminarEmília
Olá amigas
ResponderEliminarGostei imenso deste texto.
Adoro leitura, mas sempre que sinto que um livro me pode emicionar, desisto, porque não
suporto emoções fortes. Por tal razão, prefiro ler poesia.
Beijinhos
Alvaro
Que bom que gostou, Álvaro.Gosto de leitura, de qualquer tipo e este livro em especial pelas diferenças que nele encontrei. Obrigada e beijinho
ResponderEliminarEmília
Amigas
ResponderEliminarEu não li esse livro... mas ja me interessei... e estou muito curiosa.
Andresa Araujo
È interessante, principalmente da maneira como abordao tema. Comprei-o no Brasil. Gostei muito. Beijinhos
ResponderEliminarEmília
Amigas!
ResponderEliminarO Livro é a companhia indespensavel ao ser humano.
Fazem-nos penetrar na profundeza da historia.
Onde o leitor, disfruta de mulitiplos sentimentos.
Bjsss
Gostei.
ResponderEliminarAs pessoas pensam que a morte não chega tão cedo.
E, por isso, o ser humano é hediondo, cruel, destruidor...principalmente por si próprio e para com a natureza.
Um pouco de respeito por si mesmo, e este mundo seria mais ´justo.
Beijinho
Obrigada, Jacarée pela visita. É uma boa companhia, o livro e eu gosto muito deles. Um beijo e tenha todos os dias felizes, sejam eles de férias ou de trabalho.
ResponderEliminarEmília
Sabe, cantinhodacasa, para finalizar as considerações que a morte faz de nós, transcreveria o que alguém disse uma vez: « o homem é o único bicho que suja a água que bebe » Está tudo dito!!! Um beijinho e que tudo lhe corra bem.
ResponderEliminarEmília
Amigas:
ResponderEliminarNa ância de um mundo melhor
Nessa fúria de viver
Vim aqui passar ums momentos
de felicidade.
Muito obrigadas pela vossas visitas.
Bejjjs
Que bom que nos tem feito uma boa companhia. Não tem que agradecer nada. Foi mais uma amigo que acrescentámos à nossa lista. Um bom fim de semana e até breve.
ResponderEliminarEmília e Hermínia
Ando há muito a namorar este livro...para comprar...mas tenho que ler primeiro a lista que tenho à espera...
ResponderEliminarBjs Susana
Então estás como eu...; tenho a leitura para pôr em dia..., mas..., não dá para tudo. Ainda bem que gostaste. É muito bom|
ResponderEliminarEmília Pinto
Ando a reler uma série de livros que me enchem as prateleiras, que me preencheram horas e horas da minha vida e que continuo a devorar sempre que a vida me deixa. Neste momento estou a ler "Fábrica de Oficiais", recomendo.
ResponderEliminarBeijinhos
Margarida
Sabes que eu também ando a reler um que ,penso está agora mais actual. Li-o há uns 20 anos; é o Homem e conta a história do 1º presidente negro dos USA. Era ficção.., agora é realidade. Resolvi voltar a lê-lo. Vou tomar nota deste teu. Beijinhos e obrigada pela visita. Até breve e um bom fim de semana
ResponderEliminarEmília
Amigas!
ResponderEliminar"Os seres humanos me assombram!"
Sai um ano e antra outro
Ninguém foge ao destino
Assim como uma rosa bem perfumada
num jardim...
Seca
É Cortada
Mas a rosa ainda embleza a paisagem
e jarra
Assim será o nosso fim.
Um optimo fim-de-semana.
Beijjjsss
Tem razão, amigo. Apesar de tudo e apesar de certas atitudes do ser humano,ainda há rosas nos jardins que deixam perfumes no ar. Não podemos desanimar..., devemos sim procurar essas flores e cuidar delas com carinho. Um bom fim de semana e obrigada pela visita
ResponderEliminarEmília