terça-feira, 3 de abril de 2018

NOBRE PATRIOTISMO....

Imagem- pixabay


 Há em primeiro lugar o nobre patriotismo dos patriotas: esses amam a pátria, não dedicando-lhe estrofes, mas com a serenidade grave e profunda dos corações fortes. Respeitam a tradição, mas o seu esforço vai todo para a nação viva, a que em torno deles trabalha, produz, pensa e sofre: e, deixando para trás as glórias que ganhámos nas Molucas, ocupam-se da pátria contemporânea, cujo coração bate ao mesmo tempo que o seu, procurando perceber-lhe as aspirações, dirigir-lhe as forças, torná-la mais livre, mais forte, mais culta, mais sábia, mais próspera, e por todas estas nobres qualidades elevá-la entre as nações. Nada do que pertence à pátria lhes é estranho: admiram decerto Afonso Henriques, mas não ficam para todo o sempre petrificados nessa admiração;
vão por entre o povo, educando-o e melhorando-o, procurando-lhe mais trabalho e organizando-lhe mais instrução, promovendo sem descanso os dois bens supremos - ciência e justiça. Põem a pátria acima do interesse, da ambição, da gloríola; e se têm por vezes um fanatismo estreito, a sua mesma paixão diviniza-os. Tudo o que é seu o dão à pátria: sacrificam-lhe vida, trabalho, saúde, força, o melhor de si mesmo. Dão-lhe sobretudo o que as nações necessitam mais, e o que só as faz grandes: dão-lhe a verdade. A verdade em tudo, em história, em arte, em política, nos costumes. Não a adulam, não a iludem; não lhe dizem que ela é grande porque tomou Calecute, dizem-lhe que é pequena porque não tem escolas. Gritam-lhe sem cessar a verdade rude e brutal. Gritam-lhe: - «Tu és pobre, trabalha; tu és ignorante, estuda; tu és fraca, arma-te! E quando tiveres trabalhado, estudado e armado, eu, se for necessário, saberei morrer contigo!» Eis o nobre patriotismo dos patriotas.


 Eça de Queirós, in 'Notas Contemporâneas'


Achei fabuloso este texto do nosso Eça de Queiroz e, se queremos ser verdadeiros PATRIOTAS,   deixemos que o " nosso esforço vá todo para a nação viva " e saibamos abraçar a verdade  e todos aqueles que dão o seu melhor para o bem da nossa "Pátria Contemporanêa ".

Emília Pinto

41 comentários:

  1. Respostas
    1. Que bom, Larissa! Fico feliz que o texto te tenha agradado. Far-te-ei uma visita brevemente. Um beijinho e muito obrigada.
      Emilia

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  2. Gostei da imagem PIXA(bay). E do texto também...
    .
    * Promessas de Amor em Versos Poéticos *
    .
    Deixando Saudações Amigas.

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    1. Escolhi esta imagem, precisamente por achar que ser Patriota é pensar-se nas pessoas que formam a nossa pátria e contribuir de algum modo para o desenvolvimento e bem-estar de todos. Fico contente que tenhas gostado. Gil, muito obrigada pela visita e em breve irei visitar-te, certo? Um beijinho
      Emilia

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  3. E há tantos patriotas anónimos, que passam despercebidos todos os dias... arriscando a sua vida... salvando a de outros... mas às vezes... achamos que o símbolo máximo do patriotismo... é um golo marcado num estádio de futebol... como é possível?... E uma nação inteira, fica deslumbrada... com um chuto numa bola... por exemplo!... E como é o caso... por estes dias...
    Eça... sempre um prazer imenso, apreciar o seu brilhantismo... e a sua permanente actualidade...
    Belíssima partilha, Emília! Beijinho! Continuação de uma boa semana!
    Ana

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    1. Tens toda a razão, Ana e como tu, também fico pasmada com a importância que se dá a um golo " brilhante, fabuloso, etc, etc, " e que para mim foi um golo de sorte. Mas, sendo se sorte ou de habilidade, o certo é que em nada contribui para a resolução dos problemas das pessoas, embora muitos achem um chute na bola a coisa mais importante do mundo. As televisões não se cansam de falar desse " feito ", mas dificilmente falam desses " patriotas anónimos " que estudam e trabalham para fazerem da pátria um lugar melhor para todos. Muito obrigada, Ana, por teres trazido aqui este ponto que, dado o fanatismo, chega a preocupar. Um beijinho, amiga e saúde para todos.
      Emilia

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  4. Querida Emília
    Já conhecia o texto. Sabes? Eça de Queiroz, para mim, é um dos MAIORES escritores portugueses de todos os tempos.
    Li todos os seus livros e tenho-os na minha estante. E é tal a minha paixão por ele que, apesar de os ter lido todos, de vez em quando releio um ou outro. Isto significa que a maior parte deles já os li mais do que uma vez :))) (Sou meio amalucada, eu sei, mas já não há nada a fazer...)
    Eça era um escritor com uma visão extraordinária, e uma língua (em forma de caneta...) muito afiada.
    Repara que os seus textos estão perfeitamente actualizados, parece terem sido escritos nos dias de hoje.
    A tua escolha foi perfeita!!!

    Continuação de boa semana.
    Beijinhos
    MARIAZITA / A CASA DA MARIQUINHAS

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    1. " Amalucada?" Então, amiga, eu também sou, pois há livros que sinto necessidade de ler duas ou mais vezes, aliás, acho que se deve ler, pelo menos duas vezes, pois há sempre algo que só percebemos à segunfa vez. Quanto ao nosso Eça, vou-te confessar uma coisa; durante muito tempo não podia " vê-lo à minha frente ", nem a ele nem aos outros clássicos da nossa literatura. Fui obrigada a lê-los e interpretå-los a fundo nas aulas de literatura, no antigo 7o ano de germânicas e isso fez com que não os quisesse voltar a ler. Isso já me passou e agora já o leio sem me zangar. Os Lusíadas, por exemplo, ainda não consegui " fazer as pazes com ele " ; quem sabe um dia pego no " calhamaço " velhinho e volto a lê-lo? Vamos ver!!!!
      Sim, Mariazita, o Eça tinha uma visão extraordinária e os seus textos continuam muito actuais. Adorei essa tua expressão lingua " em forma de caneta " e não a conhecia; está boa!!!!
      Obrigada pelo belo comentário e tudo de bom para ti e para os teus. Um beijinho
      Emilia

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  5. Querida Emília

    Com este texto vieste acordar-nos e lembrar-nos a todos, sociedade, os princípios básicos do que é ser patriota. Pondo o bem comum acima dos próprios interesses é o que nos deve animar e que, tantas vezes, nos falta.

    Ficarmos cristalizados na admiração dos nossos antepassados, em glórias passadas, sem mais nada fazer no presente, não nos faz avançar. Importa sim fazer algo no presente e são muitas as áreas em que cada um de nós pode dar o seu contributo.

    Muito obrigada, minha amiga.

    Beijinhos

    Olinda

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    1. Querida Olinda, assino em baixo tudo o que escreveste e já agora vou deixar aqui a razão que me levou a escolher este texto. Todos os meus amigos sabem que o meu pai faleceu no Brasil, mas, o que talvez não saibam é que ele foi sepultado lá. Alguns amigos nossos acharam estranham e disseram que era pena dado que, afinal " aqui era a sua Pátria " Quando vi este texto, pensei que ele ia mais ou menos ao encontro da resposta que dei a essas pessoas . Ora vejamos; o meu pai nasceu aqui, trabalhou muitissimo para dar uma vida digna à família; fez o seu melhor enquanto cá viveu; foi patriota, portanto; antes de ir para o Brasil, tinha eu 24 anos comprou um lugarzinho no cemitério da aldeia onde sempre vivemos e, quando chegou ao Brasil fez questão de comprar a sua possivel última morada em Guaratinguetá, cidade onde sempre vivemos ( significa na lingua indígena reunião de garças brancas). Aqui também ele trabalhou muito, viu os filhos a fazerem a sua vida, viu os netos nascer e viu ainda dois deles a casarem, terem filhos e seguirem o seu rumo. Será que o meu pai não tem duas pátrias? Será que ele não foi patriota aquive lá! Então, se nasceu aqui, faleceu lá e por que motivo deveria escolher Portugal para receber o seu corpo? Tinha preparado a sua ultima morada nos dois e a vida escolheu que fosse lá. Eu, Olinda, sempre digo que sou luso-brasileira, porque se um pais me viu nascer e crescer outro completou-me dando-me a possibilidade de concretizar alguns dos meus sonhos, dando-me os dois filhos que tenho e muitos, muitos amigos que lá deixei. Sou feluz aqui e fui muito feliz lá. Quando boltei perguntavam-me se eu gostava mais do Brasil ou de Portugal e eu respondia que gostava do Brasil porque lá estavam os meus pais e irmão. Claro que agora tenho uma familia aqui, de filhos e netos, mas pais e irmão também fazem falta. Para mim, Pátria é composta por pessoas e são elas que importam; não sou de amar coisas, terras e paredes, mas sim pessoas. Um dia, há muitos anos lembrei-me de perguntar ao meu pai se ele preferia ser sepultadi aqui ou lá e ele respondeu-me que tinha duas moradasm se morresse lá ficaria lá, se fosse aqui, era aqui que ficava. Todos sabemos, Olinda que esse patriotismos exagerado, esse amor fanático à bandeira traz muitos problemas a muitos seres humanos que procuram uma outra pátria, outro local, implesmente para serem felizes e darem uma vida mais digna aos seus. O que adianta ficar a olhar para a bandeira portuguesa e dizer : eu amo a minha Pátria? O que interessa é fazer o nosso melhor pelas pessoas que nela nasceram e cresceram e por todas as outras que a escolheram como
      sua. Já me alonguei muito, amiga, mas achei importante justificar a escolha deste texto. Não quero de jeito nenhum equiparar-me a Eça, mas fiquei contente por ver que a minha ideia não está assim tão errada. Claro, é o que eu penso e nāo quer dizer que os que me fizeram aquela pergunta não tenham as suas razões. As opiniões são diferentes e, felizmente existe a liberdade de expressão. Beijinhos e boa noite
      Emilia

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    2. Vamos agora corrigir...estranho, feliz, voltei, sepultado,.deve haver mais, mas, enfim... beijos
      Emilia

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    3. Querida Emília

      Muito obrigada por estas tuas palavras. É um feliz complemento daquilo que nos diz Eça de Queirós. Fiquei emocionada com a forma como falas do teu pai, do que ele sentia e dos valores que ele vos transmitiu.

      O teu pai era um homem de carácter e grato. A gratidão é algo que define quem a sente, pois não haverá coisa mais triste do que alguém que esquece o bem que recebe não tendo depois uma palavra amiga, uma atenção. E pelo que me dizes ele teve sempre presente esse amor que recebeu e que retribuiu na mesma medida. Não haveria maior tristeza do que no fim da vida voltar as costas e dizer: Isto não é a minha terra, quero que a minha última morada seja lá onde nasci. Mas não. A sua decisão de ficar onde vivesse os últimos dias, fosse cá ou no Brasil, mostra bem a sua personalidade. Ele tinha duas Pátrias, cada uma delas amada e venerada.

      Beijinhos

      Olinda

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    4. Querida Olinda, soubeste encontrar uma palavra que pode muito bem traduzir a atitude do meu pai ao ter escolhido a sua 2a pátria para o acolher para sempre, Gratidão. Não tinha pensado nisso, mas, foi assim mesmo. Se Portugal o viu nascer, o Brasil viu-o morrer; se o nosso país lhe deu muito, o Brasil também, então o certo é ficar onde deu os últimos
      passos. Muito obrigada, Olinda por teres compreendido tão bem o que quis dizer com esta mensagem. Beijinhos e uma boa noite
      Emilia

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  6. Um texto muito actual... Eça de Queirós era um bom observador e muito crítico...
    Obrigada pela partilha..
    Beijos e abraços
    Marta

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    1. Obrigadam Marta! É isso mesmo, Eça era observador e este texto prova que ele sabia ver lá para a frente e também que, infelizmente as coisas não mudam; continua a haver muita confusão no verdadeiro significado da palavra patriotismo. Beijinhos, amiga e até breve aí no teu cantinho
      Emilia

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  7. Eça de Queirós podia tê-lo escrito hoje, tal a sua atualidade.
    Abraço

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    1. É verdade, Elvira, muito actual este texto. Espero que já tenhas voltado de férias e que estejas bem. Irei ao Sexta ver as novidades; a Páscoa atrasou-me um pouco as visitas. Beijinhos
      Emilia

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  8. «Dão-lhe sobretudo o que as nações necessitam mais, e que só as faz grandes: dão-lhe a verdade.»
    Gostei muito de rever o texto, que não lembrava de todo.
    Tenho a obra completa do escritor.
    Beijinhos, querida Amiga.
    ~~~~

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    1. Essa frase é digna de ser sublinhada, Majo, pois a " verdade " é fundamental numa sociedade em todos os seus aspectos; é com verdade, dedicação e respeito que se deve viver seja em que pátria for e só assim seremos patriotas. Tenho alguns livros de Eça e li muitos quando estudante, mas este texto, confesso, não conhecia. Fiquei contente que tenhas gostado e agradeço-te muito a visita. Um beijinho, amiga.
      Emilia

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  9. Olá, querida Emília, rss quando escuto falar de Eça de Queirós parece-me um parente tão próximo, algo assim. Explico: Ainda pitoquinha, lá pelos meus 3 anos, a rua onde moramos se chamava Eça de Queirós. Quantas vezes pronunciei esse nome na minha vida??
    - Onde moras?
    - Eça de Queirós 540!

    E de lá saí adolescente.
    Patriota, querida amiga, é gostar da língua, do Hino, do povo, da vida que levamos no nosso torrão. Patriota é ir para a rua tentar arrumar o país seguindo a Constituição; patriota é viver num país quebrado, mas querer ficar nele. E acreditar não para a nossa geração, mas acreditar que um dia o país dê certo.
    Ser patriota é amar apesar de...
    Beijinho, amiga, linda postagem.

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    1. rsss, só não disse que foi um dos maiores escritores da língua portuguesa, romancista de reconhecida importância, orgulho para vocês!

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    2. Querida Emilia, também fui ler o comentário da Olinda, digo que fiquei curiosa dado ao comentário da nossa amiga Teresa. Acho que tua resposta (e para ti mesma, também) foi muito certa e também senti tua emoção. Mas amiga, minha mãe foi cremada, sua escolha, e meu pai quis voltar à terra, ao pó, era extremamente católico. E minha mãe não gostou, queria as cinzas dela junto com as dele. Penso nisso muito, mas hoje estou convicta que atendi os dois e estão, os dois, no melhor lugar do mundo, estão juntinhos no meu coração, onde não há violência e nem mágoas. Com isso, fico em paz. Na verdade, amiga, o que vive são as memórias deles em mim.
      Beijo!

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    3. De facto, Tais, Eça para ti era quase da familia, não imaginando tu nessa altura que se tratava de um escritor tão reconhecido que gostarias de ler. Quanto ao que escreves sobre os teus pais, Tais, é natural que um casal queira ficar junto na sua última morada e por isso entende-se a atitude da tua mãe, mas o certo foi terem respeitado o pedido de cada um e isso tu fizeste e, como bem dizes, o melhor lugar é mesmo o coração onde ficarão para sempre numa grande saudade
      E ser patriota, amiga, é isso mesmo que escreves, amar o nosso pais agora, fazendo o nosso melhor para que ele possa dar às pessoas uma vida com o minimo de dignidade; todos nós fazemos parte desta pátria e não daquela outra cheia de vitórias, conquistas e outros grandes feitos. Isso tudo deve ser lembrado, mas o que importa é esta " pátria contemporânea. Obrigada Tais, pela visita e por teres " aberto o teu coração" spbre um assunto que sempre dói. Um beijinho
      Emilia
      ,

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  10. Amiga Emília, deixo aqui um forte aplauso pela escolha deste texto, actualíssimo, do GRANDE Eça de Queirós, e pelo amor às causas nobres dos "patriotas anónimos" deste país.
    Seremos grandes quando deixarmos de pensar pequeno!
    Deixo igualmente um enorme aplauso para a tua resposta ao comentário da amiga Olinda.
    Emília, fizeste-me chorar de saudade. No próximo dia 17 faz vinte anos que partiu o meu pai. Amo-o cada dia mais!
    Sei que me entendes.
    (Deixei resposta ao teu comentário no roldeleituras.)
    Beijo. Fica bem!

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    1. Claro que entendo a tua saudade e a tua tristeza, Teresa. Sabes que às vezes ainda me parece mentira que o meu pai tenha partido? Penso que isso é normal e que demora a que caiamos na realidade. Foi pena que o minha resposta te tenha deixado triste, querida amiga, mas também penso que isso acontecerá sempre que algum acontecimento te lembre o teu querido pai.
      Ė assim a vida, Teresa e enquanto cá andarmos teremos saudades, umas causarão alegria e outras muita tristeza e o que temos de fazer é tentar lembrar só as coisas boas e assim deixar o sorriso misturar-se às lágrimas Não é nada, nada fácil, mas por vezes acontece. Fica bem e no dia 17 recorda o teu pai com um sorriso, pois é o que ele quer de ti. Obrigada pela simpatia e emoção que me tocaram muito. És uma querida! Beijinhos
      Emilia.

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  11. Boa tarde, a sociedade cria os seu heróis, uns por isto, outros por aquilo, o que é um verdadeiro patriota? é difícil definir, um e patriota para uns, já não é para outros, sei que muitos são anónimos que fizeram tanto e tanto pela sua pátria e ninguém sabe quem são, talvez o reconhecimento não dava protagonismos a quem o reconhecesse.
    Gostei do Texto do Eça, tudo que escrito pelo Eça é belo e profundo.
    Feliz fim de semana,
    AG

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    1. Tens razão, António, quando dizes que é dificil definiro o " ser patriota " pois isso depende de cada um, mas acho que o Eça está muito certo ao escrever que é mais importante pensarmos na " Pátria contemporânea " do que ficarmos " presos " aos feitos heróicos do passado; é claro que são importantes e muitos deles nos deixam orgulhosos, mas o presente é sempre mais importante que o passado. Um beijinho, amigo e obrigada pela visita,
      Emilia

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  12. Olá Emília

    Um texto interessante!
    Obrigada pela partilha.

    Gostaria de perguntar aos meus netos:
    o que é ser patriota?
    Para já desconhecem a própria palavra quanto mais o que isso é.

    O mundo real é outro, infelizmente.

    Agora digo-lhe:
    quantas vezes me esqueço de mim em prol dos outros?

    Pergunto-me:
    Vale a pena?
    Qual será a resposta, Emília!
    Ajude-me, por favor a encontrar uma resposta

    Venho dizer-lhe que há momentos que jamais sonhamos vivenciar
    foi o que me aconteceu num Templo Hindu
    daí que, a convido a espreitar esses "momentos perfeitos"
    http://momentos-perfeitos.blogspot.pt/

    Feliz fim de semana, beijinhos

    Tulipa

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    1. Tulipa, fazes-me uma pergunta à qual não te sei responder; sei que muitas vezes temos essa sensação de que não vale a pena pensarmos nos outros, pois não temos retorno ao afecto que damos, mas, amiga, há sempre aqueles que merecem a nossa atenção e por isso temos de escolher e deixar de lado quem não interessa. Se fizeres isso, de certeza que te sentirás melhor. Obrigada pela visita e boa noite, amiga. Um beijinho
      Emilia

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  13. ... "vão por entre o povo, educando-o e melhorando-o, procurando-lhe mais trabalho e organizando-lhe mais instrução, promovendo sem descanso os dois bens supremos - ciência e justiça"

    mas quem lê hoje o Eça, se nem a escolas? está tudo no google e nas redes sociais.

    (peço desculpa pela acidez)

    abraço

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    1. " Acidez ", Manuel ? Não sei se foste ácido ou não, mas sei que deste a tua opinião sobre o assunto e isso é o que importa. Aqui as opiniões são respeitadas, sejam elas ácidas ou não.Amigo, muito obrigada pela visita e desejo-te uma boa noite. Volta sempre, com ou sem acidez, certo? Beijinho
      Emilia

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  14. Um texto fabuloso de Eça de Queiroz, que tão bem se aplica aos dias de hoje. Não interessam só os grande feitos. Interessa sobretudo termos um país livre, próspero e a apostar na qualidade da educação. Há muitos que o fazem de forma anónima. Nem sempre são reconhecidos...
    Obrigada, minha Amiga Emília por este texto que me deu tanto prazer ler.
    Uma boa semana.
    Um beijo.

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    1. É verdade, Graça, um pais cresce com a educação que é capaz de dar ao seu povo e a ela, penso, deve juntar uma bos saúde publica e justiça para todos tendo o povo o mesmo acesso a essa justiça. Sabemos que ela, infelizmente, funciona melhor para quem tem dinheiro para bons advogados. Os feitos foram importantes, mas passou e agora é importante que pensemos no bem-estar do povo porque é ele que compoe uma Pátria. Povo prospero, educado e com acesso à saúde faz a grandiosidade de uma pátria. Obrigada pela visita, Graça e uma boa noite. Um beijinho e até breve
      Emilia

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  15. Oi Emília! Eça de Queiroz nos inspira quando o pais nos dá o devido valor como filhos da pátria. Minha querida, o Brasil está passando por uma fase dificílima, devido a uma crise política astronômica. Confesso que o sentimento de patriotismo está um pouco defasado por aqui, onde os ricos nos fazem pagar a conta de seus roubos nos cofres públicos. Confesso que não entendo muito de política, ou nada, mas sinto na pele, e a indignação por esse país cresce a cada dia. Deixo um trecho de " Pobres e Órfãos, de minha autoria.
    O que queres de mim pai ausente? Sofrido me fez,
    sem teu afago e teu colo. Onde ecoa teu brado,
    lá eu choro...
    Sou o teu pranto, teu filho abandonado às margens
    de tuas águas vermelhas...
    Se o penhor desta igualdade nos torna filhos iguais,
    onde estará o meu lugar em teu seio?
    Conquistara-se com nosso braço forte a tua liberdade...
    Onde estará a nossa parte neste quinhão? Penhorou-se?
    Minha vida por ti! Onde receber, o justo pago devido a mim?
    No Ipiranga a busca pelo plácido se deu, mas suas águas,
    Continuam vermelhas pelo teu desdouro.
    Um grande abraço e beijos.

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    1. Como deves imaginar, Beto, acompanho com grande pesar o que se esta a passar na minha 2a pátria, mas as coisas vão resolver-se, pois pela 1a vez os de" colarinho branco "estão a ser presos coisa que nunca se viu no Brasil. Gostei muito deste teu " Pobres e órfãos" e fizeste bem em deixå-lo aqui, pois é um contributo ao tema. Amigo, estou em divida contigo, mas, não te preocupes pois não tenho medo das curvas; se tiver cuidado não haverá perigo e logo logo aparecerão as retas. Um beijinho e muito obrigada pela visita

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  16. Este texto do Eça é fabuloso. E actual...
    Obrigado pela partilha.
    Continuação de boa semana, amiga Emília.
    Beijo.

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    1. Obrigada, Jaime, pela visita e fico contente que o texto te tenha agradado. Apesar do mau tempo, a semana tem sido boa e espero que contigo também tenha acontecido o mesmo. Um beijinho e até breve
      Emilia

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  17. Emília, no Brasil, a nação ignorava a Pátria e a menosprezava por ver os desmandos do Governo dilapidando o Estado. Hoje a Nação Brasileira parece que tomou um choque que se dava em doido e acordou de faca nos dentes - querem vingança aos responsáveis. Querem os políticos na cadeia, principalmente aqueles que se fantasiavam de socialistas para se locupletarem. Um dos chefes está preso às custas dos gritos do povo. Esperamos dias melhores para os nossos dois países irmãos. Grande abraço. Laerte.

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    1. Alguns já lá estão, coisa nunca vista no Brasil de antes. Se a justiça de agora continuar assim o Brasil nunca mais será o mesmo; terá corrupção como em qualquer outro pais, mas nunca nestas proporções a que chegou. Neste aspecto as coisas estão melhores e, com o trmpo tudo entrará na normalidade. Um beijinho, Laerte e um bom fim de semana
      Emilia

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  18. Vim espreitar, se haveria novidades... aproveitando para deixar um beijinho, bem como os meus votos de um excelente fim de semana!
    Ana

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  19. Ainda não, Ana, mas de qualquer modo foi bom teres vindo, pois sabe bem receber os amigos. Deixo-te também um beijinho e os votos de que todos estejam bem. Um bom fim de semana
    Emilia

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