segunda-feira, 5 de fevereiro de 2018

A VIDA




Ó grandes olhos outomnaes! mysticas luzes!
 Mais tristes do que o amor, solemnes como as cruzes!
Ó olhos pretos! olhos pretos! olhos cor Da capa d'Hamlet, das gangrenas do Senhor!
Ó olhos negros como noites, como poços!
Ó fontes de luar, n'um corpo todo ossos!
Ó puros como o céu! ó tristes como levas De degredados!
Ó Quarta-feira de Trevas!
Vossa luz é maior, que a de trez luas-cheias:
Sois vós que allumiaes os prezos, nas cadeias,
Ó velas do perdão! candeias da desgraça!
Ó grandes olhos outomnaes, cheios de Graça!
Olhos accezos como altares de novena!
Olhos de genio, aonde o Bardo molha a penna!
Ó carvões que accendeis o lume das velhinhas, Lume dos que no mar andam botando as linhas...
Ó pharolim da barra a guiar os navegantes!
Ó pyrilampos a allumiar os caminhantes, Mais os que vão na diligencia pela serra!
Ó Extrema-Uncção final dos que se vão da Terra!
Ó janellas de treva, abertas no teu rosto!
Thuribulos de luar! Luas-cheias d'Agosto! Luas d'Estio! Luas negras de velludo!
Ó luas negras, cujo luar é tudo, tudo Quanto ha de branco: véus de noivas, cal Da ermida, velas do hiate, sol de Portugal, Linho de fiar, leite de nossas mães, mãos juntas Que têm erguidas entre cyrios, as defuntas! Consoladores dos Afílictos!
Ó olhos, Portas Do Céu!Ó olhos sem bulir como agoas-mortas! Olhos ophelicos!
Dois soes, que dão sombrinha... Que são em preto os Olhos Verdes de Joanninha...
Olhos tranquillos e serenos como pias!
Olhos Christãos a orar, a orar Ave Marias Cheias de Luz!
Olhos sem par e sem irmãos, Aos quaes estendo, toda a hora, as frias mâos!
Estrellas do pastor! Olhos silenciozos, E milagrozos, e misericordiozos
Com os teus olhos nunca ha noites sem luar, Mesmo no inverno, com chuva e a relampejar!
Olhos negros! vós sois duas noites fechadas, Ó olhos negros! como o céu das trovoadas...
Mas dize, meu amor! ó Dona de olhos taes! De que te serve ter uns astros sem eguaes?
Olha em redor, poiza os teus olhos! O que ves? O mar a uivar! A espuma verde das marés! Escarros! A traição, o odio, a agonia, a inveja! Toda uma cathedral de lutas, uma igreja A arder entre clarões de coleras! O orgulho Insupportavel tal o meu, e o sol de Julho!
Jezus! Jezus! quantos doentinhos sem botica!
Quantos lares sem lume e quanta gente rica!
Quantos reis em palacio e quanta alma sem ferias!
Quantas torturas! Quantas Londres de mizerias!
Quanta injustiça! quanta dor! quantas desgraças!
Quantos suores sem proveito! quantas taças A trasbordar veneno em espumantes boccas!
Quantos martyrios, ai! quantas cabeças loucas, N'este macomio do Planeta!
E as orfandades! E os vapores no mar, doidos, ás tempestades!
E os defuntos, meu Deus! que o vento traz á praia!
E aquella que não sae por ter uzada a saia! E os que sossobram entre a vaidade e o dever!
E os que têm, amanhã, uma lettra a vencer!
Olha essa procissão que passa: um torturado De Infinito!
Um rapaz que ama sem ser amado, E para ser feliz fez todos os esforços...
Olha as insomnias d'uma noite de remorsos, Como dez annos de prizão maior-cellular!
Olha esse tysico a tossir, á beira-mar...
Olha o bébé que teve Torre de coral
De lindas illuzões, mas que uma aguia, afinal, Devorou, pois, ao vel-a ao longe, avermelhada, Cuidou, ingenua! que era carne ensanguentada!
Quantos são, hoje? Horror! A lembrança das datas... Olha essas rugas que têm certos diplomatas! Olha esse olhar que têm os homens da politica!
Olha um artista a ler, soluçando, uma critica...
Olha esse que não tem talento e o julga ter
E aquelle outro que o tem... mas não sabe escrever!
Olha, acolá, a Estupidez! Olha a Vaidade!
Olha os Afflictos! A Mentira na Verdade!
Olha um filho a espancar o pae que tem cem annos! Olha um moço a chorar seus crueis desenganos! Olha o nome de Deus, cuspido n'um jornal!
Olha aquelle que habita uma Torre de sal,
Muros e andaimes feitos, não de ondas coalhadas, Mas de outras que chorou, de lagrymas salgadas! Olha um velhinho a carregar com a farinha E o filho no arraial, jogando a vermelhinha!
Olha a sair a barra a galera _Gentil_ E a Anna a chorar p'lo João que parte p'ro Brazil!
Olha, acolá, no caes uma outra como chora: É o marido, um ladrão, que vae «p'la barra fóra!»
Olha esta noiva amortalhada, n'um caixão...
Jezus! Jezus! Jezus! o que hi vae de afflicção!
Ó meu amor! é para ver tantos abrolhos, Ó flor sem elles! que tu tens tão lindos olhos!
 Ah! foi para isto que te deu leite a tua ama, Foi para ver, coitada! essa bola de lama
Que pelo espaço vae, leve como a andorinha, A Terra!
Ó meu amor! antes fosses ceguinha...


 António Nobre, in 'Só'


 Este escritor nasceu em 1867 e até aos dias de hoje a nossa Lingua Portuguesa tem sofrido várias transformações continuando a ser uma lingua bela e muito rica; como língua viva que é, muda e evolui, mas...o que dizer do mundo em que vivemos? Como mostra este poema, as desgraças continuam as mesmas.

 Emília Pinto

31 comentários:

  1. Respostas
    1. Fico contente que tenhas gostado, Larissa. Como sabes, estive ausente e vai demorar um pouco a colocar as minhas visitas em ordem, mas, logo que possa irei visitar-te. Muito obrigada! Um beijinho
      Emilia

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  2. Não conhecia este poeta a não ser de nome até ao ano passado em que o estudámos nas aulas de literatura.
    Gostei de ter notícias suas.
    Como vai tudo por aí?
    Um abraço e uma bos semana

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    1. Muito obrigada, querida Elvira. A minha chegada foi boa, mas, sabes como é, demora a que se coloque tudo no lugar. Aos pouquinhos tudo vai normalizando. Eu também já tinha esquecido este escritor e gostei de o ter recordado agora ; é sempre bom lembrar as dificuldades sentidas a interpretar textos e poemas em português arcaico. Espero que estejas bem, apesar do frio e que o mesmo se passe com a tua familia. Um beijinho
      Emilia

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  3. Comprei Só, o livro mais triste de Portugal, aos 16 anos por estar a estudar-se no liceu e, claro, não gostei nada... Achei-o lúgubre...
    Só o apreciei, anos mais tarde.
    Foi tocante rever este texto que não é mais do que um grito desesperado de quem está condenado.
    Gostei de a encontrar novamente na blogosfera, embora saiba que está magoada, porém, conviver com com amigos ajuda muito a superar.
    Grande abraço, querida Emília.
    Paz e Bem.
    Beijos
    ~~~

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    1. Olá Majo. Antes de mais, quero agradecer-te o carinho demonstrado nesta fase nada fácil para mim e manifestar os meus votos de que estejam todos de saúde aí em casa. Há livros que fui obrigada a ler enquanto estudante de letras e fiquei-lhes com tanta aversão que não queria sequer olhar para eles, mas com o passar do tempo aprendi a gostar deles e a voltar a lê-los. Hoje resolvi recordar este nosso escritor e relembrar o português arcaico que tanto trabalho nos deu a estudar. Fico contente que tenhas gostado, amiga! Um beijinho e muito obrigada por tudo
      Emilia

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  4. Minha querida amiga
    Que bom teres regressado! Espero (e calculo que sim...) que tua Mãe tenha ficado bem no seu novo lar.

    Regressaste cheia de força...
    ADORO este poema de António Nobre (tenho o livro "Só" há muitos anos).
    E, tal como faço quando pego no livro, li-o, aqui, mas em voz alta, o que me dá um prazer indescritível. Gostava de o declamar... Quem sabe um dia não me encho de coragem...

    Que tenhas dias muito felizes, minha querida, é o que te desejo.

    Votos de uma boa semana.
    Beijinhos
    MARIAZITA / A CASA DA MARIQUINHAS

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    1. Nem sei como agradecer tanto carinho, Mariazita. Felizmente, a minha mãe está a recuperar bem na nossa nova casinha; ainda há pouco recebi um video que a mostrava a dar uma voltinha na rua sem bengala, acompanhada pela cuidadora. Aos poucos vai-se adaptando à vida sem o seu companheiro; não há outro remédio, pois a vida é que manda. Fiquei muito feliz por teres gostado do poema e, claro, um dia vais dar-nos o prazer de o ouvir declamado por ti, aí na tua casa. Tenho a certeza que o farás! Espero que estejas bem e que este frio nāo tenha afectado a tua saúde. Um beijinho, querida amiga e muito obrigada por tudo
      Emilia


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  5. se não ceguinha, que Deus a faça lerda!...

    bem aventurados os pobres de espírito, não é, Emília?
    fui durante muito tempo vizinho de António Nobre
    um deste dias, por acaso, passei novamente no jardim com seu nome

    lá continua ele como sempre foi - ignorado e Só!

    gostei muito de ler aqui.

    beijo

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    1. É visso mesmo, Manuel! Mas, ai de nós se não acreditamos, não é verdade? Muito obrigada pelo carinho e brevemente irei aí fazer-te uma visita. Estou muito atrasada!!! Um bom carnaval, amigo. Um beijinho
      Emilia

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  6. Querida Emília

    Saúdo o teu regresso, desejando-te a consolação de boas recordações a ti, à tua Mãe e a toda a Família. Obrigada pela tua visita e comentário no Xaile de Seda.

    Confesso que quase fico sem fôlego ao ler António Nobre. O título "Só" coaduna-se bem à temática do livro. Ele não deixa nada ao acaso, consegue nomear e apontar todas as tristezas e desgraças que grassava pelo mundo do seu tempo e, infelizmente, são as mesmas ou piores com que temos de lidar. Parece que não crescemos nada. Continuamos a caminhar para o abismo consciente ou inconscientemente, sabe-se lá. Mas, como se costuma dizer, a esperança é a última a morrer. Tenho Fé que havemos de encontrar a nossa essência um dia.

    Beijinhos

    Olinda

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    1. Com esta fé até começo a sentir-me "lerda"...:))))

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    2. Gostei do teu " com esta fé até começo a sentir-me lerda ", Olinda. Temos fé, mantemo-nos firmes nessa esperança por mais provas que tenhamos de que o ser humano não muda. Será isto " lerdeza"? Se calhar é e eu também me sinto assim. Eu gostei de recordar aqui o nosso português arcaico e lembrar os tempos de estudante, altura em que não achava graça nenhuma a este tipo de escrita. Além desse pormenor, achei interessante a maneira como ele descreve as desgraças do seu tempo que,
      Infelizmente são iguaizinhas às nossas. Mas, vamos lá. ...continuemos com a tal da lerdeza, acreditando num ser humano melhor, pois não nos
      resta outra opção. Querida amiga, muito obrigada pelo teu carinho nesta fase dificil da minha vida e deixo-te um forte abraço e votos de que estejam todos bem aí, apesar deste frio que se tem sentido. Até breve!
      Emilia

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  7. Minha querida amiga, voltaste, que bom! E bom é estar aqui, te visitando. Só... não conhecia o autor, muito bonito, mas extremamente triste, poema mostra bastante desilusão com a vida, mas pode também ser assim. Nossos altos e baixos estarão sempre presentes. simplesmente o poeta canta as dores da vida, e nada tão real, uns sentem mais, outros menos.
    E por isso, por essa verdade toda, é belo!
    Beijo, querida!

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    1. Foi bom voltar, apesar de saber que deixei a minha mãe mais triste ainda, mas tem que ser, não é verdade? Este poema é triste, mas retrata bem a realidade que vemos à nossa volta; pelos vistos, as coisas mudam muitovpouco. Tais, muito obrigada pelo carinho e deixo-te um beijinho e votos de um bom fim de semana.
      Emilia

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  8. Que bom saber que está de volta... O livro mais triste de Portugal, dizem... Um Mundo que continua a ser cruel...
    Obrigada pela partilha...
    Beijos e abraços
    Marta

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    1. Muito obrigada, Marta. Ainda vou demorar um pouquinho a visitar todos os meus amigos, mas brevemente chegarei aí. Peço-te um pouco mais de paciência, certo? Um bom fim de semana, amiga! Um beijinho
      Emilia

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  9. E assim a vida passa aos nossos olhos...
    Quantos paralelismos entre o presente... e o passado...
    Mais uma obra, que desconhecia, e que foi uma delícia descobrir por aqui!
    Muito bom tê-la de volta, Emília!
    Um beijinho!
    Ana

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    1. " E assim a vida passa aos nossos olhos " e, pelo que vemos neste poema, as desgraças são sempre as mesmas. O essencial no ser humano não muda ; o que de pior ha nele, infelizmente continua. Ana, muito obrigada pelo carinho e logo que possa far-te-ei uma visita, certo? Peço-te mais um pouquinho de paciência, amiga! Espero que esteja tudo bem connvosco, em especial com a tua mãe. Beijinhos e um bom fim de semana
      Emilia

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  10. Oi Emília! Fico feliz pela sua volta minha querida. Um texto super reflexivo, e de verdades ainda bem atuais. Não conhecia o poeta António Nobre, mas posso perceber que ele tambem não se cabia. Aliás, Portugal não se cabe de tantos excelentes poetas. Saudades de você, e seja bem vinda de volta! beijos! abraço bem apetado!

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    1. Que bom vê-lo por aqui, Beto! É muito bom estar de volta e quero agradecer-te o carinho demonstrado nesta fase nada boa da minha vida. Vou demorar um pouco a visitar todos os meus amigos, mas...chegarei a casa de cada um; tenho cá um casal de amigos do Brasil e tenho andado a mostrar-lhes um pouquinho do norte do meu país , por isso peço um pouquinho de paciência; na proxima semana estarei mais livre e com certeza receberás uma visita minha. Muito obrigada, amigo e desejo-te um bom carnaval. Beijinho
      Emilia

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  11. A um tempo feliz por teres voltado, por outro sentindo ainda as tuas dores nas minhas. De nada vale dizer que embora seja a maior certeza da vida, será sempre por Amor que sofremos pela partida de que amamos profundamente. Marcas. Que não passam. Que só o tempo amolece. Mas enquanto amolece, entristece.
    Vamos lutar para o tempo dissipe aos poucos a neblina do nosso "SÓ", Emília.
    Um SÓ que sempre admirei: título e a dimensão da fragilidade humana em tantas vertentes, todas elas tão actuais, tão cruéis como antes!
    "Uma alma que se eleva, eleva o mundo".
    Então façamos a nossa parte. Sejamos aquela alavanca com a força da Força. Só esta e os demais talentos, nos ajudará a nós e aos Outros.
    Abraço de vida, querida amiga!

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    1. " O tempo amolece, mas enquanto amolece entristece " e muito, sim, Manuela, e ainda mais quando se tem de deixar a mãe a quem custa muito a acreditar que o seu companheiro se foi para sempre. Mas a vida sempre nos disse que seria breve, só que custa a aceitar essa certeza. As tuas palavras foram como um abraço, Manuela, tu que já há muito conheces a dor de uma perda destas; euosó agora soube o que isso é e o meu pai há muito que se despedia de todos nós, preparando -nos assim para o instante final. Querida amiga, muito obrigada pelo carinho e vamos lá..." sejamos então aquela alavanca com a força da FORÇA " . Um abraço e um bom Domingo
      Emilia

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  12. Bom dia, Amiga! desejo que esteja a recuperar da sua dor, o seu regresso é um bom sinonimo, fico contente por o ter feito.
    Dentro da possibilidade, desejo-lhe bom fim semana,
    AG

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    1. Muito obrigada, António! Por muito que nos custe, dadas as circunstâncias, é sempre bom voltar ao nosso cantinho. Tenho a familia dividida e isso nem sempre é bom, ou melhor, nunca é bom, mas, como costumo dizer, a vida é que manda e assim ela decidiu. Agradeço-te todo o carinho e desejo-te muita saúde para ti e para os teus. Brevemente far-te-ei uma visita. Beijinhos
      Emilia

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  13. Boa tarde. Passando, lendo e elogiando tão maravilhosa prosa/poética que aqui é apresentada.

    * Vivências de Amor - Volúpia Incerta *
    .
    Desejos de um dia feliz

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    1. Que bom que gostaste, Gil! Muito obrigada pela visita e desculpa pelo atraso na ida ao teu blog; felizmente, são muitos os amigos e vai demotar até que consiga vistá-los a todos. Um beijinho e desejo-te uma boa semana.
      Emilia

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  14. gostei saber do regresso.
    um belo poema do Poeta do "Só"

    beijo

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    1. É bom voltar à companhia dos amigos, Manuel! Muito obrigada e peço mais um pouco de tempo para te visitar. Depois de uma longa ausência, demora a que se ponha as coisas em ordem . Um beijinho e uma boa semana
      Emilia

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  15. Belíssima escolha, adoro ler António Nobre.
    Gostei muito de a ver voltar.
    Bom fim de semana
    Beijinhos
    Maria de
    Divagar Sobre Tudo um Pouco

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    1. Obrigada, Maria.! Fico sempre muito feliz quando vou ao encontro dos gostos dos meus amigos. Uma boa semana, amiga! Um beijinho
      Emilia

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