A voz de minha bisavó
ecoou criança
nos porões do navio.
ecoou lamentos
de uma infância perdida.
A voz de minha avó
ecoou obediência
aos brancos-donos de tudo.
A voz de minha mãe
ecoou baixinho revolta
no fundo das cozinhas alheias
debaixo das trouxas
roupagens sujas dos brancos
pelo caminho empoeirado
rumo à favela.
A minha voz ainda
ecoa
versos perplexos
com rimas de sangue
e
fome.
A voz de minha filha
recolhe todas as nossas vozes
recolhe em si
as vozes mudas
caladas
engasgadas nas gargantas.
A voz de minha filha
recolhe em si
a fala e o ato.
O ontem – o hoje – o agora.
Na voz de minha filha
se fará ouvir a ressonância
o eco da vida-liberdade.
Conceição Evaristo
In Cultura Genial
Infelizmente, ainda hoje a mulher negra sofre muito, em todos os aspectos . O preconceito continua
Não conhecia Conceição Evaristo, mas, por um feliz acaso, encontrei este belo poema e resolvi partilhar. Achei-o pertinente, já que muito nos tem preocupado a situação dramática em que vivem as mulheres do Afeganistão
Emília Pinto
Puxa, que maravilhosa poesia compartilhas. Não a conhecia também e adorei. São vozes queatravessaram, atravessam e atravessarão os tempos...
ResponderEliminarbeijos, chica
Também não conhecia, mas adorei conhecê-la, assim por acsao; tem poemas belissimos, Chica e vale a pena pesquisar sobre ela. Obrigada, Amiga e SAÚDE para todos. Um beijinho
EliminarEmilia
Um poema magistral! Parabéns! :)
ResponderEliminar.
Escrever, é falar em silêncio
.
Beijos. Votos de um dia feliz.
Que bom que gostaste, Cidalia! Um poema profundo que nos leva a reflectir sobre os problemas raciais que, ainda hoje existem na nossa sociedade. Obrigada, Amiga! Beijinhos
EliminarEmilia
Boa tarde de paz, querida amiga Emília!
ResponderEliminarUma voz e mancha cultural que não teve fim.
Outros são os portões, as coxinhas, as senzalas, os quilombos na atualidade.
E não só de mulheres negras, as brancas também estão escravizadas.
Embora a cor aqui em questão em seu post, no poema compartilhado, tem uma marca dolorida demais em quem tem coração, como nós.
Que nos quitungos da vida, possamos nos reunir apenas para comemorar que somos todos iguais e do mesmo pó!
Suas escolhas são sábias, parabéns pela empatia urgente da causa.
Tenha dias abençoados!
Beijinhos com carinho de gratidão
*as cozinhas, quis dizer...
EliminarTens razão, Roselia, são outras as cozinhas, as senzalas, os quilombos, mas o preconceito continua e o trabalho escravo também; continuamos a ver horrores cometidos contra mulheres, sejam elas brancas ou negras, contra os migrantes que procuram abrigo e encontram exploradores da sua mão cde obra, tão necessária, mas nada valorizada. Vivem sem o minimo de condições e trabalham de sol a sol, recebendo uma miséria de ordenado. Uma desumanidade, Amiga! Muito obrigada pelo carinho e que os teus dias sejam serenos e com saúde. Beijinhos e boa noite
EliminarEmilia
Obrigada querida amiga, pela partilha deste BELÍSSIMO retrato-poema, que se lê e ouve, perturba e envergonha.
ResponderEliminarBeijo, abracinho, fica bem.
(Agora, curiosa, vou pesquisar sobre Conceição Evaristo)
Fazes bem em pesquisar, Teresa! Vais gostar muito de outros escritos dela. Este poema choca e envergonha, mas, infelizmente estas atitudes continuam e o ser humano não se envergonha de acções tão desumanas; o dinheiro e o poder estão acima da dignidade das pessoas. Amiga do coração, fiquei muito por saber que gostaste da minha publicação. Sabia que ias gostar. Obrigada pela visita e fica bem, com alegria e saúde. Um abraço do tamanho do mundo e mil beijinhos
EliminarEmilia
Fiquei muito contente....( não como escrevi...)
EliminarBeijos
Emilia
Emília querida, que belíssimo poema, li como um filme que passa, com o sofrimento e a vergonha que ficou. Que vida triste teve esse povo. Humanos escravizando humanos. Como pode!? E ainda hoje existe bastante.
ResponderEliminarTambém vou procurar saber da poeta.
Uma feliz semana, cuida-te bastante.
Beijinho, querida amiga.
Querida Tais, esse povo sofreu horrores, conhecidos por nós só através da leitura de bons livros sobre o assunto e, ao lê-los já sentiamos vergonha de pertencermos à raça humana. Em pleno sec. XXI, infelizmente o preconceito continua e trabalho escravo ainda se vê em muito lado. Vais gostar de ler sobre esta escritora, Taís! Eu não a conhecia, mas vi o seu nome em algum lugar ( não lembro onde) e deparei-me com esta beleza. Que bom que gostaste! Espero que estejam todos bem e que não se percam neste " labirinto " em que se encontra o nosso mundo. Só a tranquilidade nos permitirá entrar no labirinto e sair sem nos perdermos. Beijinhos aos dois grandes Amigos
EliminarEmilia
Também não conhecia... Um poema que fala do sofrimento da alma, do corpo...
ResponderEliminarInfelizmente, ainda existe preconceito....
Obrigada pela partilha...
Beijos e abraços
Marta
Infelizmente, Marta, um lamento que se ouve ainda hoje, não só por parte de mulheres negras, mas de tantos outros seres humanos que são tratados como se estivessemos ainda na época da escravatura. Neste aspecto, ainda há muito a fazer , em todo o mundo. Obrigada pela presença, sempre carinhosa e desejo-te tudo de bom, principalmente no que respeita à saúde. Um beijinho e um bom domingo
EliminarEmilia
um poema belíssimo que traduz o passar da palavra entre gerações, palavra que hoje em dia é tão esquecida e substituída pela violência entre bracejos loucos e desmedidos e que só nos leva à era anterior à civilização.
ResponderEliminarum beijo meu.
Obrigada, Intemporal, pela visita. Espero que tenhas gostado e que voltes mais vezes. Este poema é como que um lamento pela vida escrava de gerações passadas e que, infelizmente, continua, apesar de ser muito mais leve. Não são cometidas as atrocidades de antigamente, mas ainda vemos muitas atitudes que não se aceitam em pleno sec. XXI. Já fui visitar o teu cantinho e lá voltarei com toda a certeza. Um beijinho e um bom domingo
EliminarEmilia
Conceição Evaristo disse imenso neste poema que é a tradução daquilo a que foram e ainda são sujeitas as mulheres negras. É inquietante pensar que ainda hoje haja tanta discriminação a gerar tanto sofrimento e humilhação. Interrogo-me sempre como é possível porque este é um assunto que mexe comigo (entre outros). Ecoam no poema e dentro de mim os lamentos, a revolta, o sangue e a fome. Este também é um assunto que envergonha a humanidade. E podemos lembrar também as mulheres afegãs que, nestas horas, estão a ser impedidas de terem direitos iguais a qualquer ser humano. Inspiradora reflexão que nos trouxe, minha Amiga Emília.
ResponderEliminarMuita saúde.
Um beijo.
É um lamento, um relembrar a vida escrava dos seus antepassados, uma época que envergonha toda a gente que tenha o minimo de humanidade e que continua a revoltar -nos, porque, infelizmente ainda há muito preconceito e também trabalho escravo, embora não tão atroz O que está a acontecer com as mulheres Afegãs é terrivel e, hoje, já nem sequer podem oivir música, segundo li nas noticias. Não sei como se poderá ajudar estas mulheres e as crianças, na sua maioria sofrende de desnutrição. Estas desigualdades terriveis, uns com milhões e outros nem com tostões, deixam-me inquieta; Dar pontapés numa bola vale muito mais do que matar a fome a crianças que, por todo o lado sofrem desse mal. Se refletirmos bem nisto, Amiga, até nos deprimimos, não é verdade? Ė de arrepiar tamanha injustiça social! Um beijinho, querida Amiga e obrigada pelo carinho. Espero que estejam todos bem e que assim continuem.
EliminarEmilia
Excelente partilha, Emília, ela é uma voz necessária, deve ser sempre divulgada para que os erros do passado não se repitam e o presente se iguale para todos. Ainda há muita dominação neste mundo que causa sofrimentos imenso.
ResponderEliminarAmei o poema!
Abraço, bom fim de semana!
É o minimo que podemos fazer, Dalva, falar destes assuntos para que não se cometam os mesmos erros, mas, infelizmente, parece que não se aprende nada. Vê o que está a acontecer no Afeganistão, que, de um momento para outro a situação das mulheres regrediu de tal maneira que já lhes foi vedado o direito de ouvirem música. É de arrepiar tamanha crueldade. Como pode haver mentalidades destas em pleno sec. XXI? Incompreensível!
EliminarObrigada, Dalva e um bos semana, com alegria e saúde, para ti e para os teus. Um beijinho, Amiga!
Emilia
A voz de uma bisavó
ResponderEliminarA evocar na criança
Pega o passado e o lança
Ao presente como pó
Reminiscente, que só
Enaltece o passado
Como divino legado
De uma memória ancestral
Meu passado, é um Portal
Do meu eu antepassado.
Belo poema, Emília! Parabéns pela postagem linda. Abraço fraterno. Laerte.
E tu, Laerte, sempre embelezas as publicações com um poema teu que muito agradeço. O passado ėramos contado, tantas vezes pelos nossos avós e, como as novas tecnologias não existiam, as suas histórias eram ouvidas com muita atenção. Hoje, infelizmente, pouca importância se dá aos avós que, muitas vezes, são colocados em lares e assim afastados dos netos. Faz muita falta às crianças a convivência com essa geração mais velha, Amigo! Obrigada pela visita sempre carinhosa e SAÚDE para todos aí em casa. Um beijinho
EliminarEmilia
O passado era-nos contado...
EliminarAssim é que é, Laerte!
Bjo
Emilia
Sem dúvida um poema deslumbrante. A voz da mãe e/ou da avó são leis escritas na alma e no coração.
ResponderEliminar.
Um dia feliz … cumprimentos.
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Pensamentos e Devaneios Poéticos
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Tens razão, Ricardo,mas, infelizmente, sabemos que nem sempre é assim; hoje dá-se pouco valor ao que dizem as avós, pois, como disse acima, são descartadas como trapos velhos. Eu adorei este poema que não conhecia, pois retrata uma época de vergonha para o ser humano e que ainda hoje há resquícios dela, embora mais atenuada. Um beijinho, Amigo! Espero que estejam todos de saúde
EliminarEmilia
Olá, Emília, não se pode ter dúvida, minha amiga Emília, de que a sua postagem desse poema de Conceição Evaristo vem em boa hora, não apenas pela situação deprimente das mulheres de Afeganistão, mas, principalmente, pela situação social das mulheres negras, que vieram da África para o Brasil, para servirem de escravas, junto com seus maridos e filhos para homens e mulheres brancas. A situação dos afro-dessedentes no nosso país, nos dias que correm, ainda carrega o peso e a dor de terem eles sido marginalizados, mesmo depois que foi abolida a escravatura, quando os senhores fazendeiros, os plantadores de cana de açúcar, de cacau, de café etc., foram obrigados, em razão de legislação específica, a desfazerem-se de seus escravos, o que já havia ocorrido antes, em parte, com a Lei do Ventre Livre. O pior ainda, foi a falta de previsão quando foi editada a Lei que declarou os negros livres, já que o governo não se importou com o destino que teriam esses ex- escravos à partir de sua libertação, por não terem eles direito a nenhuma indenização, por não terem sido protegidos com colocações em trabalhos particulares, com salários, por não terem moradia e nem alimento, o que os levou a vagarem pelo imenso Brasil desorientados, até com saudade da escravidão.
ResponderEliminarEsse belo poema, de Conceição Evaristo mostra toda a mágoa e toda a dor que ficou em seu coração, alimentado que foi com histórias do passado, passado esse que ainda que está ligado aos Navios Negreiros, com sofrimento e morte na longa travessia, da África ao Brasil. Devemos muito, pois, a esses valentes homens e mulheres de cor negra, que perderam vidas, saúde, mas não perderam a esperança. Devemos ainda a merecida indenização à toda a raça africana.
Uma boa semana, querida amiga Emília, cuidando-se bastante.
Beijo
Tens toda a razão, Pedro! Devemos-lhes muito, mas o que recebem é uma descriminação absurda em todos os aspectos da vida, sendo considerados seres inferiores só pela cor da pele. Foi uma vergonha a escravatura e continua a ser vergonhoso a atitude tida em relação a eles. Trabalho escravo, infelizmente, ainda continua, embora mais leve e, neste caso não é só com a raça negra, mas também com imigrantes. Continuamos a ser desumanos e chegamos à conclusão queco ser humano aprende muito pouco com os erros dovpassado. É verdade, Pedro, que o fim da escravatura foi um drama para as pessoas libertadas que não sabiam o que fazer com a sua nova condição, mas, de qualquer modo, foi muito bom. Muito obrigada, Amigo, pelo belo comentário e por me teres recordado a lei do ventre livre; já me tinha esquecido! É bom recordar acontecimentos que a nossa memória já varreu, não é verdade? Um beijinho e SAÚDE para os meus grandes Amigos do outro lado do Atlântico
EliminarEmilia
Corrigindo..
EliminarDiscriminação, que o ser...
Do passado
Beijo
Emilia
O poema retrata a história dos negros como resultado da descoberta de novos mundos. Nele está patente a dor e a submissão a que estiveram sujeitos.
ResponderEliminarSe a sociedade atual ainda não é a ideal há, sem dúvida, passos importantes que foram dados e que urge garantir para que não haja retrocessos.
Abraço solidário.
Juvenal Nunes
Infelizmente, Juvenal, ainda estão sujeitos a muita discriminação, embora não tenha comparação com as atrocidades cometidas nos tempos de escravidão, onde essas pessoas eram tratadas como mercadorias, que se compram, vendem ou trocam em simples mercados; voltarmos a essa época, não creio que aconteça, mas o trabalho quase escravo, sim, isso, continuamos a ver, embora nao haja chicote nem pertença a um dono , como se fosse um pedação de terra. Obrigada, Juvenal pela vista e desejo tudo de bom, principalmente saúde, a ti e aos outros
EliminarEmilia
Amiga Emília,
ResponderEliminarNão podemos deixar calar nunca as vozes femininas, pois, para a existência de qualquer pessoa na face da Terra, se faz necessário a “fecunda presença” da mulher.
“Conceição Evaristo”, esta negra de raiz, “mineira dos belos horizontes das Gerais”, que no auge dos seus 76 anos de idade e MATURIDADE, escreve de modo belíssimo, dando voz ativa as “insubmissas lágrimas das mulheres”, traz uma súplica em suas palavras retas e diretas, qual pedem, que conheçamos melhor o autor e sua obra, mas, principalmente, ela nos convida, no entranhar, no emaranhar de seus escritos. “Conceição” diz sabiamente:
"Não leiam só minha biografia. Leiam meus textos!"
Textos que demonstram todas as aflições, dissabores e escabrosidades vividas pelas mulheres, no “Brasil”, em solo africano e principalmente, nos países de “doutrinas tortas de sultanato”, onde as mulheres precisam esconder suas formas físicas e calar de modo totalmente submisso, suas ideologias e opiniões e isso, é totalmente inadmissível hoje, neste Mundo globalizado em que vivemos. Chega de intolerâncias!
Beijos e cuide-se bem!!!
E tem razão, esta poetisa, a biografia dela pouco importa, interessa muito mais a mensagem que ela quer transmitir. Na escrita, ela encontrou o seu modo de luta contra o sofrimento do seu povo. Ainda hoje ela sente a discriminação sofrida pela cor da pele e todos nós, Douglas, vemos muito sofrimento nas mulheres por esse mundo fora. Nunca é demais falar desse assunto e, por isso, resolvi publicar mais um poema desta Grande senhora que não conhecia, mas que agora não me canso de ler. Obrigada, Amigo, pelo belo comentário, com informações interessantes sobre Conceição Evaristo. Um beijinho e SAÚDE para ti e para os teus
EliminarEmilia
A mulher, ao longo dos últimos séculos, nunca teve a liberdade que agora tem. Em qualquer caso, essa liberdade ainda está longe de ser completa, porque muitos regimes políticos são suportados pela superioridade imposta pelos homens (patriarcado) e com a bênção das religiões e respetivas igrejas (muitas vezes as religiões são interpretadas literalmente e/ou de uma maneira distorcida).
ResponderEliminarPor isso, qualquer manifestação contra esta falta de liberdade é bem-vinda, tal como este magnífico poema (que não conhecia).
Obrigado pela tua partilha.
Bom fim de semana, querida amiga Emília.
Beijo.
É verdade, Jaime, as religiões, ou melhor, aqueles que se acham lideres dessas mesmas religiões interpretam à letra os livros sagrados e depois impõem as regras de " arma em punho ", como se alguém achasse normal que essa atitude fosse aconselhada nesses livros. São " verdadeiros atrasados mentais " que, em nome da religião e do seu Deus, querem salvaguardar os seus interesses, pouco se importando com o povo. Muito se tem feito na defesa dos direitos das mulheres, mas ainda há muito a fazer, principalmente nesses paises, onde o fanatismo religioso impera. Obrigada, Jaime e fico contente que tenhas gostado. SAÚDE! Beijinhos
EliminarEmilia
Subscrevo integralmente as sensatas palavras do nosso querido amigo Jaime POrtela.
ResponderEliminarAbraço para os dois
Também eu, querida São, concordo com as palavras do nosso Amigo Jaime e fico muito feliz por te ver por aqui. Um beijinho e obrigada! SAÚDE para todos aí em casa
EliminarEmilia
Magnifica partilha, Emília! Também subscrevo as palavras do Jaime. Em muitos países onde imperam carências e prepotências, a presente situação/estatuto das mulheres continua a ser muito periclitante, independentemente da cor... como na presente situação no Afeganistão quando nos anos 60 e 70 do século passado, o universo feminino por lá, era praticamente igual ao europeu... estive a ver fotos num jornal on-line... a mini-saia fazia parte da indumentária da época... fiquei incrédula... como o mundo regrediu por ali, de novo até à Idade Média... e como o mundo permite tal... mas enfim... cada país mergulhou fundo nos seus próprios problemas com a pandemia... e talvez... talvez... cada um levante os olhos para os problemas climáticos que nos aguardam a todos... bem como as suas consequências... em muitos outros países, o universo feminino, creio, continuará esquecido, nas suas várias vertentes... e problemáticas associadas... submissão, assédio, descriminação, diferenças salariais...
ResponderEliminarPor isso, temos que nos fazer ouvir de alguma forma... e falar dos problemas, é uma forma de não os deixarmos ficar esquecidos e adormecidos, no torpor de outras realidades e imediatismos...
Um beijinho!
Ana
Não imaginava que nos anos 60 e 70 as mulheres no Afeganistão usassem até mini-saia...mas que coisa!!!! Como foi possivel tamanha regressao, Ana? Impressionante! Mas, pouco podemos fazer em paises cuja cultura ê tão diferente da nossa. Nem sempre é benéfica a intromissão nos outros paises sem que sejam eles a pedir ajuda ; são eles que têm de escolher o seu caminho e quem sabe, as novas gerações de homens não se revoltam e ajudam as mulheres Afegãs a terem os seus direitos de volta? Pode ser!!! Também não percebo como conseguem, os Talibãs, tanto armamento; há sempre grandes interesses e não faltará quem lhes forneça as armas e dinheiro necessários para conseguirem os seus intentos. Obrigada, Ana, pelo carinho da visita e comentário tão pertinente que muita informação aqui acrescentou. Um beijinho e que tudo continue a correr bem, principalmente com a tua mãe.
EliminarEmilia