A BAILARINA
Esta menina
tão pequenina
quer ser bailarina
.
Não conhece nem dó nem ré
mas sabe ficar na ponta do pé
.
Não conhece nem mi nem fá
Mas inclina o corpo para cá e para lá
Não conhece nem lá nem si,
mas fecha os olhos e sorri.
Roda, roda, roda, com os bracinhos no ar
e não fica tonta nem sai do lugar.
Põe no cabelo uma estrela e um véu
e diz que caiu do céu.
Esta menina
tão pequenina
quer ser bailarina
.
Mas depois esquece todas as danças,
e também quer dormir como as outras crianças
Cecília Meireles
Conheci este belo poema através da nossa Amiga Olinda Melo que, no seu Xaile de Seda, o transcreveu para homenagear a minha netinha Beatriz no seu 1o aniversário. Um mimo quer nunca vou esquecer!, Olinda!
Hoje, escolhi-o para lembrar todas as crianças que lutam pelos seus sonhos e, em especial. aquelas que " também querem dormir como as outras crianças ", mas que, infelizmente, por motivos vários, não conseguem.
Emília Pinto
Boa noite serena,querida amiga Emília!
ResponderEliminarTem-se batido na tecla da violência contra idosos, mulheres e crianças.
As crianças me sensibilizam muito, quem dera pudesse terem o mínimo para subsistência que tanto merecem.
Olinda é de uma delicadeza surpreendente.
Você merece todas Gentilezas, é assim gentil conosco.
Tenha uma noite) amanhecer abençoados!
Beijinhos fraternos de paz e bem
Vim reler e recordar aqui da filha bailarina...
EliminarQue tempo bonito de infância feliz!
🌸🌷💮😘
Tão linda essa poesia e vale ler e reler! É linda e doce! beijos,tudo de bom,chica
ResponderEliminarSim, Chica, " linda e doce ", como lindas e doces são as crianças ; pena que não sejam amadas e respeitadas como deveriam. Façamos a nossa parte, querida Amiga! Um beijinho e obrigada pela visita. SAÚDE para todos.
EliminarEmilia
Tenho em casa uma caixinha, em madeira, com uma bailarina igual (ou quase)
ResponderEliminar.
Cumprimentos poéticos
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Pensamentos e Devaneios Poéticos
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Eram tão comuns essas caixinhas de madeira, com uma bailarina, Ricardo! Em geral eram de corda e a menina rodopiava enquanto durava a música. Era o encanto das meninas! Hoje....enfim...as meninas têm brinquedos mais interessantes. Obrigada por teres lembrado essas caixinhas que, enquanto criança não pode ter; não havia dinheiro para isso. Muito mais tarde, alguém me ofereu uma que servia de guarda- jóias, mas e as jóias? Servia só de enfeite !!! Beijinhos, Amigo e um bom fim de semana
EliminarEmilia
Pude ter...ofereceu
EliminarDesculpa, Ricardo!
Beijinho
Emilia
Que profundo...que as meninas/os bailarinas/os não se esqueçam do amor pela dança e todas as artes, que eles tenham a todos a oportunidade de desenvolver seus talentos.
ResponderEliminarLindo, Emília! Abraço!
Foi isso que quis mostrar com este belissimo poema, Dalva! Todas as crianças deveriam ter oportunidade de desenvolver os seus talentos, mas, infelizmente, há muitas que mal conseguem frequentar a escola com regularidade. Amiga, desejo-te um bom fim de semana, especialmente, com SAÚDE. Obrigada!
EliminarEmilia
Gostei bastante do poema!! :))
ResponderEliminar*
Pensamento que enaltece ...
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Beijos e um excelente dia! :)
Obrigada, Cidalia! Um bom fim de semana, com SAÚDE.
EliminarBeijinhos
Emilia
Que Gracinha, Emília, na minha infância morávamos num quarteirão que havia um clube com muitas atividades e aulas inúmeras. Eu saía de casa, subia a pequena lomba, entrava no clube (éramos sócios) subia o primeiro andar e lá estava a coisa mais linda que achava, aulas de balé. Várias menininhas na ponta da sapatilha. Quando entrei na adolescência, optei por "equitação", nada a ver coisa com coisa (rss). Na verdade, ser bailarina é um sonho de muitas crianças.
ResponderEliminarOutro departamento. Será que Beatriz não vai ser uma bailarina?
Beijinhos, amiga, um feliz restinho de semana...aqui está frio, lembrei do inverno europeu!
Boa pergunta, Taís...ainda não consigo imaginar a Beatriz a aprender ballet. Aqui a tendência é colocar as menininhas no ballet, mas, não sei...
EliminarEm Guaratinguetá, onde nasceram os meus filhos, não havia aulas de ballet, mas havia ginástica de solo e a minha filha e prima frquentaram. Quando regressamos a Portugal, tinha a Marta 9 anos, não consegui, aqui em Famalicão, a ginástica de solo e ela não se interessou por ballet. A minha neta mais velha também não se interessou muito , embora tenha tido outro tipo de dança. Veremos!!! Também não interessa muito sobrecarregar as crianças com actividades extra-curriculares, pois aqui, as crianças ficam na escola até às 16,30 h e precisam de tempo para brincarem. Obrigada, Taís e um bom fim de semana, com a serenidade possivel. Um beijinho aos dois.
Emilia
É isso que penso: "não sobrecarregar as crianças de atividades extraescolares!"
EliminarPerfeito!!
Beijinho, um bom fim de semana, amiga!
Obrigada, Taís, por teres voltado aqui. Acho que os pais exageram querendo que os " filhinhos " saibam de tudo e esquecem-se que a brincadeira é essencial. Um beijinho, querida Amiga! SAÚDE para todos!
EliminarEmília
Que poema gracioso esse, Emilia! Um poema lindo e sensível. Quando fiz 16 anos ganhei do meu namorado (hoje marido) um porta-joia em forma de piano. A gente abria a tampa e a música tocava. Ao mesmo tempo "aparecia" a bailarina, dançando e dançando... Eu adorava. Era tudo muito lindo. Tempos depois a música parou e não teve conserto. E a bailarina nunca mais dançou. Veja só por onde andei nessa sua postagem, rss!
ResponderEliminarTambém me entristeço ao lembrar das crianças que "também querem dormir como as outras crianças"... mas que, desde muito cedo precisam caminhar e dormir no deserto.
Bjs
Marli
Pois, Marli, foi isso mesmo que também ganhei, como disse ao Ricardo, acima e ainda o conservo, guardado na parte de cima do meu roupeiro; está velhinho e já não serve para " enfeite" ; guardo-o em consideração pela pessoa que me deu esse presente. Marli, há tanta criança a sofrer e, quando olho os meus netos, agasalhados, confortavelmente deitadinhos numa boa cama, o meu coração dói quando vejo essas crianças caminhando no deserto ou morrendo nas águas dos oceanos em travessias perigosas, fugindo de guerras. Criança não poderia sofrer. Ela não pediu para vir ao mundo! Aqui festeja-seco dia da criança a 1 de Junho ( diferente do Brasil...) e, como me sensibiliza muito o sofrimento das crianças, resolvi que, durante este mês, as publicações fosses dedicadas a elas. Obrigada, querida Amiga! Um bom fim de semana, com SAÚDE e a alegria possivel em tempos tão dificeis. Um beijinho
EliminarEmilia
Tão cheio de ternura este poema de Cecília Meireles. E estamos mesmo a ver a menina em pontas, a rodopiar, num balanço musical que só ela sabe. Tão bom ler este poema aqui, minha Amiga Emília.
ResponderEliminarCuide-se bem.
Um beijo.
Escolhi-o, Graça, precisamente, pela " ternura ", ternura que nos sentimos quando vemos crianças felizes, rodopiando de alegria, sentindo-se bailarinas. O nosso coração dói quando olhamos os rostinhos tristes de crianças que não conseguem, sequer o direito básico de brincar. Amiga, muito obrigada pelo carinho e, agora que os números estão a aumentar por esses lados, espero que o birus não vos atinja. Por aqui as coisas estão melhores, mas, mesmo assim, os nossos cuidados continuam os mesmos. Um beijinho e um bom fim de semana
EliminarEmilia
Um poema delicioso.
ResponderEliminarNão conhecia, obrigado pela partilha.
Bom resto de semana, amiga Emília.
Beijo.
" Deliciosa " como delicioso é o sorriso de uma criança, Jaime. Pena que muitas não tenham motivos para sorrir. Um beijinho, Amigo e que a vida te abençoe com sorrisos e saúde.
EliminarEmilia
Um poema lindo; é tão lindo o riso de uma criança...
ResponderEliminarObrigada pela partilha.
Beijos e abraços
Marta
Verdade, Marta! Como disse acima, é triste haver tantas crianças que não conseguem sorrir. Obrigada, Amiga! Uma boa semana, com SAÚDE. Beijinhos
EliminarEmilia
Adorei o ternurento poema, que não conhecia! Mas no entanto se pensarmos bem... as crianças que enveredam pelo mundo do ballet, não conseguem mesmo dormir como as outras crianças... horários rígidos, treinos intensos... imensos cuidados com a alimentação, muita competição num meio tão restrito e selectivo...
ResponderEliminarLembrei da história da actriz brasileira, Claudia Raia... tinha tudo para ser uma bailarina de excelência, em matéria de dedicação e progressos... mas então... aconteceu-lhe um percalço... cresceu demais... e todas as bailarinas, cedo ou tarde necessitam também de um par nas suas coreografias... no caso dela... não havia mesmo pares à altura dela... e com força suficiente, para a elevarem... :-)) daí a carreira alternativa, também muito bem sucedida... que nos faz recordar para sempre personagens tão famosas... como a inesquecível Tancinha, por exemplo...
Finalmente passando por aqui, Emília, espreitando o que se me foi escapando, na pressa dos dias... ando em modo pausa, mais um tempo, tentando abrandar e descansar... mas em tempos de pandemia, o completo sossego, nunca se consegue... nos últimos dias, tratando de uns quantos afazeres às pressas, para evitar sair o mais possível, nas próximas semanas, já que em termos de pandemia, isto na zona de Lisboa, agravou-se bastante... e também tenho de me resguardar um pouco nos próximos dias... pois ainda estou a meio do processo de vacinação. A segunda dose será só mesmo no final do mês...
Felizmente, a minha mãe tem passado menos mal... mas tenho exames médicos agendados para ela, que dependendo da situação da pandemia para as próximas semanas, já começo de novo a ponderar adiar... quando será que vislumbraremos um pouco de normalidade?... Por enquanto, parece-me que teremos outro Verão igual ao anterior... a época turistica comprometida, e Lisboa vazia, a conter uma nova vaga... E vamos ver o que vem acrescentar também o Euro, em matéria de contágios... e se Portugal vencer... será tão bom, com toda a gente, a sair para as ruas a comemorar... e a comprometer a situação ainda mais, para o Verão... enfim! É o meu mau humor, a levar a melhor... por passar mais um Verão, sem me atrever a ir para lado nenhum... estando a pandemia ainda tão presente, por todo o lado, ainda...
Estimo que já tenha sido vacinada, Emília, e que tudo tenha corrido bem, sem reacções aborrecidas! Confesso que a minha primeira dose, foi completamente pacífica, sem quase ter dado por nada!
Um beijinho! Votos de um excelente fim de semana, para si e todos os seus, Emília, com saúde, e com tudo a correr pelo melhor!
Ana
Muito obrigada pelos teus cuidados, Ana! Felizmente, por cá tem andado tudo bem, eu com uma dose de vacina e o meu marido com as duas. Não sei, Amiga, se este ano teremos um verão mais descansado, mas, receio que não, dado o aumento dos casos. Não vou ter o meu irmão cá, como de costume (vive no Brasil ) e, apesar de já estar vacinado, terá de fazer quarentena e depois estará sujeito a muitas restrições, como nós, não compensando, portanto fazer uma viagem tão longa. Não sei quando nos veremos livres desta pandemia, Amiga! Infelizmente, ainda há muita gente que não quer vacinar-se e isso piora muito a situação. Não sei o que essa gente tem na cabeça! Também gosto muito da Claudia Raia e não sabia que tinha deixado de ser bailarina por ter crescido muito e não conseguir par do mesmo tamanho: sempre a aprender!!! Amiga, obrigada pelo carinho da visita e também por comentares todas as minhas publicações, indo atrás. Uma simpatia que muito agradeço, Desejo-vos tudo de bom e que consigam, pelo menos, " dar um pulinho " à Ericeira " e assim matarem as saudades. SAÚDE para todos . Beijinhos
EliminarEmilia
Este poema é fabuloso, nunca me canso de o ler.
ResponderEliminarObrigado pela partilha
Bom domingo
Beijinhos
É lindo, sim e para mim tem um sabor todo especial , pois foi dedicado à minha netinha ( de 2 anos e meio), pela Olinda, no Xaile de seda, quando ela fez um aninho; foi aí que conheci esta " bailarina ". Tinha que o usar na minha homenagem às crianças. Obrigada, Maria! Um beijinho e espero que estejam todos bem de SAÚDE, não esquecendo, claro, as tuas crianças
EliminarEmilia
Olinda, que beleza de poema!!
ResponderEliminarUm dia irás lê-lo à Beatriz e talvez ela te diga que quer ser bailarina. Pensa na resposta, sabendo à partida que uma bailarina trabalha e sofre imenso, e que a vida sem a arte da dança teria menos brilho.
Hoje deixo 3 beijos, um para ti, outro para a Olinda e, claro, outro para a pequenina.
Obrigada, Amiga do coração! Com certezz irei mostrar a homenagem que lhe fizeram Se ela quiser ser bailarinna saberá com certeza o que a espera, mas esse aspecto não será problema meu, mas, sim dos papás. Um bom fim de semana, Amiga e um acracinho carregadinho de amizade
EliminarEmilia
ResponderEliminarFiquei emocionada com a tua lembrança, querida Emília. Este poema de Cecília Meireles é mimoso e tão ao meu gosto.
Foi um prazer enorme dedicá-lo à pequenina Beatriz que eu amo como se fosse minha netinha também :) Deve estar uma beleza de menina, a crescer rodeada do carinho dos papás, avós e demais família.
Adorei o teres dedicado o poema a todas as crianças pois, tal como as nossas, merecem dormir descansadas e terem de direito o necessário para o seu desenvolvimento físico e intelectual. E terem a liberdade de um dia, mais tarde, poderem escolher o rumo a dar às suas vidas.
Grata, querida amiga, por este teu gesto tão lindo.
Muita Saúde te desejo ao lado dos teus.
Beijinhos à Beatriz e à vovó. :)
Olinda
Como poderia não lembrar, querida Olinda? Um mimo destes é para ficar guardado para sempre, naquele lugar muito especial, no nosso coração. Escolhi-o para dedicar a todas as crianças, porque sinto, o que precisamente escreveste, que " todas, como as nossas merecem dormir descansadas e terem de direito o necessário para o seu desenvolvimento físico e mental " imagina...haver crianças que não conseguem dormir é um horror, pois é tão pequeno esse direito, não é verdade? O problema é que, por trás deste pequeno problema, há coisas terriveis a que estão sujeitas e que lhes tiram a possibilidade de um soninho reparador. Obrigada, querida Amiga, pelo carinho e desejo a todos vós SAÚDE, pois a pandemia parece não querer largar-nos. Um beijinho e um bom fim de semana
EliminarEmilia