Tenho a pedir-vos que não reutilizeis mais nada,.
Este edifício junto à praia,
deixai-o
entregue à ruína,
às folhas do milho,
ao ar salgado.
Que as crianças possam tropeçar nas lajes soltas
e no átrio ecoe, como uma pedreira,
o desejo de muitas mãos.
Deixai dormir as mariposas dentro de lâmpadas partidas
e as formigas engrossarem pelos cantos
como sal.
Não inventeis mais nada,
nem formas eloquentes de evitar que o bronze oxide.
Aceitai o suor do tempo.
Que algumas coisas apodreçam.
Que os elefantes atravessem a planície.
Que as veias rebentem
do esforço de permanecer em pé
E que nem tudo se sustente como a rosa
se sustenta de florir.
Deixai, deixai os vários pisos incomunicáveis,
o desvão ser cortejado pelo giz dos aviões,
que a lua pouse ali aberto o crânio,
que lhe bata o sol.
Ainda são precisos os templos
onde o pó seja gentil
e incensado
como os pés pela caruma dos pinhais
Poema de Andreia C Faria
in Singularidade- Poesia e etc
Conheci esta jovem escritora no blog do nosso Amigo Juvenal Nunes, PALAVRAS ALADAS. e decidi conhecê-la melhor. Escolhi este poema para partilhar com os meus amigos. Espero que gostem!
Emília Pinto
.
Poema lindissimo. Foto interessante por diferente
ResponderEliminar.
Bom fim de semana
Obrigada, Ricardo! Fico contente que tenhas gostado. Espero que estejam de SAÚDE e assim continuem. Um beijinho e uma boa semana
EliminarEmília
Amiga Emília,
ResponderEliminarBuscando aqui e ali, vamos encontrando cultura boa de nos “apascentar a alma”, nestes tempos, onde nossas mentes estão “pisoteadas” por tantas hesitações e imprecisões, sobre o que está por vir.
Beijos... Bom final de semana... E cuide-se!!!
E a poesia tem esse condão, de " nos apascentar a alma " nestes tempos que nos causam tantas incertezas. Dúvidas e questionamentos sempre os tivemos e continuaremos a ter, mas, o facto de termos de nos isolar, creio que aumenta a nossa inquietação Somos seres sociais e estar afastados uns dos outros não pode ser bom para nós. Obrigada, Douglas pela visita e fiquei muito feliz por te ter agradado com esta publicação. SAÚDE! Beijinhos e boa noite
EliminarEmilia
nem tudo se sustente como a rosa
ResponderEliminarse sustenta de florir.
Boa noite de sábado, querida amiga Emília!
Não conhecia a poetisa, vi lá no blog citado um poema dela.
Bonita essa troca de poetas que vamos conhecendo pouco a pouco.
Os versos acima me deram reflexão ao 💙.
Creio que estamos nos reflorescendo na Pandemia.
Há muito o que não reutilizar, tudo é novo nesta temporada pôs covid. Muito pouco a reaproveitar. Urge inovar, aceitar o moderno modo de viver tão diferente, amiga.
Tenha um ótimo domingo!
Bjm carinhoso e fraterno
Temos muito a reflectir nesta pandemia e, se possivel, repensar as nossas atitudes vivendo de uma maneira mais equilibrada, sem correrias, deixando o tempo correr normalmente, apodrecendo o que tem de apodrecer, florindo o que tem a florir, sem pressas, sem querermos alterar as coisas. Um beijinho, querida Roselia, desejando SAÚDE e serenidade para aguentar estes tempos incertos.
EliminarEmilia
Pois é, querida amiga Emília, foi nesse teu simpático blog que vim a conhecer a poeta Andreia C Faria, jovem poeta de 36 anos de idade, autora de vários livros e importantes prêmios literários.
ResponderEliminarA partilha foi excelente, pois o poema "Deixai" é de grande beleza. Muito bom ter conhecido essa poeta portuguesa. No futuro procurarei conhecer outras obras dela.
Um bom domingo com os cuidados necessários com a saúde.
Um beijo.
Deveria ter colocado a nota de que o titulo que dei ao post foi tirado do próprio poema, pois ele começa com o verso que deixei em negrito, acreditando eu ser esse o titulo dado pela autora. Mas, o que importa aqui, Pedro é que te agradou e tiveste a oportunidade de conheceu uma jovem escritora já com muitos prémios , escritora essa que também eu desconhecia. E é esta a grande importância dos blogs, a troca de experiências e informações que vão contribuindo para o nosso enriquecimento pessoal Amigo Pedro, muito obrigada pelo carinho da visita e fica bem, com SAÚDE para todos aí em casa. Beijinhos
EliminarEmilia
Maravilhosa partilha,Emilia!Gostei de conhecer a poesia e a poeta! Valeu! beijos, linda semana,chica
ResponderEliminarObrigada, Chica! Já vi, num dos teus cantinhos que vais ausentar-te dos blogs. Aí é tempo de férias e de praia, mas, com esta pandemia, a alegria do vosso verão diminuiu muito, com toda a certeza. Mas, a vida tem de continuar e por isso, Amiga, aproveita o melhor que puderes, com as devidas cautelas e que tudo corra bem com o teu marido. Um beijão carregadinho de amizade
EliminarEmilia
Não conhecia esta poeta, um poema cheio de desejos... De histórias secretas, de piratas, de cores e de luz...
ResponderEliminarGostei muito....
Beijos e abraços
Marta
Que bom, Marta! Esta escritora é nova, mas já com bastantes prémios. Vale a pena conhecê-la. Valeu muito a pena, também, a tua visita que muito agradeço. Um beijinho e até breve aí em tua casa. SAÚDE para todos!
EliminarEmilia
Gostei muito do seu blog obrigado
ResponderEliminarOlá Matilde.
EliminarFico contente que tenhas gostado e espero que voltes mais vezes. Um beijinho e SAÚDE
Emilia
Gostei bastante!! :))
ResponderEliminar--
Um rosto sombrio...
-
Beijo e um excelente Domingo
Obrigada, Cidália! Fico sempre ontente quando gostam das minhas publicações. Beijinhos e uma boa semana, principalmente com SAÚDE
EliminarEmilia
Bom dia, Querida Emília
ResponderEliminarDivulgar os novos valores da Poesia é preciso.
Trazem-nos uma nova visão das coisas e do mundo,
e uma nova forma de transmitir ideias. À primeira
vista parece que fogem um pouco dos cânones
pré-estabelecidos, mas nisso é que reside o sabor
da novidade.
E então é ler e reler e encontrar-lhes o sumo.
E é muito bom. Gostei muito desta poetisa.
Em tempos, penso que no ano passado, publiquei
uma série preenchida com poetas brasileiros
contemporâneos. Foram dias de puro espanto e de
leitura prazerosa.
Minha amiga, desejo-te saúde ao lado da Família.
Boa semana.
Beijinhos
Olinda
É verdade, Olinda, conhecer os novos escritores é muito bom; como bem dizes, as mensagens que eles nos passam com as suas obras, são com certezas diferentes ; o mundo foi-se transformando e com ele as idéias e as mentalidades ( nem sempre para melhor...) e naturalmente que essa mudança se nota nos escritos actuais. " É ler e reler e encontrar-lhes o sumo", um sumo que não será igual, em cada leitura; o sabor vai depender do olhar de cada um, do estado de espirito de quem o lê, do cuidado e atenção que põem na leitura, mas....o resultado será sempre um sumo delicioso. Se deixarmos o tempo fazer o seu trabalho, a seu modo, sem pressas, sem mais invenções, mais investimentos exagerados que roubem à natureza aquilo que lhe pertence, com certeza, o tempo agradecerá e nos dará os segundos, minutos e horas suficientes para saborearmos o sumo tão delicioso. Com pressa, nunca saberemos reconhecer o seu sabor. Obrigada, querida Amiga e que a vida te abençoe com a saúde suficiente para poderes pareciar o sumo que te é dado a cada amanhecer. Um abraço enorme carregado de amizade.
EliminarEmilia
Não conheço a poesia de Andreia C. Faria, mas este belíssimo poema deixou-me muito curiosa. Vou procurar. Obrigada pela partilha, minha Amiga Emília.
ResponderEliminarProteja-se bem.
Uma boa semana.
Um beijo.
Também não conhecia, Graça, mas gostei dos poucos poemas que encontrei. Com certeza que terá muitos e serão todos bons. Vais gostar, de certeza, querida Amiga! Um beijinho e que todos estejam bem de saúde, A situação não está nada boa, mas a esperança em dias melhores tem de continuar viva. Com o beijinho deixo a certeza da minha sincera amizade
EliminarEmilia
É muito bonito, Emília! Tinha lido lá no Juvenal, poesia densa, muito bem elaborada, para aprofundar mesmo. Adorei mais este que compartilhou! Fugimos demais da natureza de simplesmente existir neste mundo.
ResponderEliminarAbraço e boa semana!
Dalva, já sabia que lias com carinho e atenção as publicações dos blogues Amigos e agora deste mais uma prova disso ao lembrares de teres lido um poema desta escritora no blog do Amigo Juvenal. Carinho faz-nos bem e, quando vemos que o há nas vistas que nos fazem, isso é um incentivo a continuarmos. E tens toda a razão, fugimos demais da natureza e pensamos que somos eternos; a vida passa num instante e nós só nos preocupamos em correr atrás de coisas que não levaremos connosco quando a caminhada terminar; temos sempre a tendência de esquecer o essencial, não é mesmo? Obrigada, Dalva ! SAÚDE para todos e boa noite.
EliminarEmilia
Emília, querida, tenho pensado muito nesses 9 meses de pandemia em que vi crescer muitos perigos a cada mês. Caíram muitas das futilidades, os momentos que estamos passando servem para dar vazão ao nosso raciocínio, e o que merece ser visto e vivido.
ResponderEliminar"Não inventeis mais nada,
nem formas eloquentes de evitar que o bronze oxide.
Aceitai o suor do tempo.
Que algumas coisas apodreçam."
Que lindo isso! A vida é assim, as coisas também se desgastam e precisamos ter calma, dar valor ao que tem valor; ir onde podemos ir. Digo-te que não estou triste e nem inquieta nessa pandemia, estou apenas olhando para o que tem valor realmente. E com tudo isso, o mundo está mais violento, será que essa gente 'cheia de ideias' não aprende? Por que as pessoas, os povos não se ajudam? Por que tanto rancor e ódio ainda? Por que esse ódio incontido nas eleições do nosso e de outros países? Então, lendo o belo poema, desperta-me a cruel dúvida em não haver solução para um mundo tão hostil.
Gostei muito do poema, irei atrás da poeta conhecer mais um tanto.
Beijinho querida amiga.
Cuida-te.
Querida Taís, com certeza leste o comentário da nossa Amiga Olinda " onde ela escreve : " é ler e reler e tirar-lhes o sumo" e tu, Amiga, leste este lindo poema e extraiste dele um delicioso sumo, um sumo com um sabor que não sei definir de tão gostoso que era. É isso, Amiga, temos de parar um pouco, temos de deixar de lado as futilidades e dar valor ao que realmente importa; " as coisas também se desgastam " e com elas vamos nós, apodrecendo também. Espe tempo de pandemia veio para nos avisar, mais uma vez, de que não somos eternos e que a vida deve ser vivida com essência; ela é curta e o pouco tempo que nos dá não é para ser utilizado em ódios, rancores, vinganças e tantas outras atrocidades, mas..... o ser humano é assim, um ser muito inteligente, mas muito, muito miserável e são tantas as misérias que precisarias de várias crónicas para tratares apenas de algumas; já começaste a falar delas no teu post de Domingo e com muita propridade, mas, se quiseres voltar ao tema aind terás muito para contar, infelizmente. Obrigada, Aniga do coração, vivendo no meu país do coração, onde as misérias são muitas, mas onde as riquezas humanas conseguem superá-as. Boa noite e um beijinho, muito especial aos dois. SAÚDE !
EliminarEmilia
Teste
ResponderEliminar????????
EliminarBeijinho
Emilia
Sem dúvida que não falta inspiração poética à jovem Andreia C. Faria.
ResponderEliminarGostei de o ler o seu belo poema aqui, no teu "Começar de Novo".
Abraços dos nossos, querida Emília.
Vais gostar de outros que escreveu, Teresa. Também não a conhecia, mas, agora, depois de algumas pesquisas já tenho uma noção da obra dessa jovem escritora. Obrigada, Amiga! Cuida-te, pois a situação não está para brincadeiras. Um abraço do tamanho do teu coração que sei ser enorme.
EliminarEmilia
Eu gostei. Já tomei nota do nome para pesquisa. Como sabe ando sempre em busca de boas poetisas para o meu blogue de "A mulher e a poesia.
ResponderEliminarAbraço e saúde
Que bom, Elvira! Esqueço-me sempre desse teu blog, mas um dia destes vou visitá-lo. Obrigada, Amiga e espero que estejam todos bem de saúde. Um beijinho
EliminarEmilia
Uma jovem talentosa, a julgar pelo excelente poema que li.
ResponderEliminarObrigado pela partilha.
Continuação de boa semana, querida amiga Emília.
Beijo.
Sim, Jaime, é muito talentosa dado os prémios já recebidos. Também não a conhecia. Um bom fim de semana, na medida do possivem, com o mais importante, SAÚDE para todos. Um beijinho e obrigada pela visita.
EliminarEmilia
é um poema muito bonito da jovem e talentosa poetisa Andreia C. Faria
ResponderEliminare as Palavras Aladas, blog que conheço há pouco tempo,
mas não dispenso.
tudo bem, amiga Emília?
beijo
Manuel, começo por te responder à pergunta que, carinhosamente me fazes. Por enquanto estamos todos bem, mas aqui no norte as coisas estão complicadas. Claro, estou um pouco desanimad! Preocupada e Por que não dizer receosa. Temos um amigo internado, um amigo que começou por ser dos meus pais, com 83 anos e diabético. Está mais ou menos, segundo a mulher dele que está assintomática. Vamos ver como correm as coisas. Também há pouco tempo frequento o blog do amigo Juvenal e esta jovem escritora era-me completamente desconhecida. Manuel, muito obrigada pelo carinho e espero, sinceramente, que estejam todos bem e que consigam escapar deste " inferno " . Um beijinho
EliminarEmilia
Querida Emília, lindo poema, faz-me pensar o quanto estou cansada de ver o que move a humanidade hoje, o egoísmo de uns, a maldade arraigada em certos seres que nem dá para suportar que existam, a vaidade dos que não enxergam que é tempo de expurgar de mudar, de sermos humildes e piedosos, entender que só assim haverá um mundo novo, um tempo de florescer...mas também sinto que precisamos
ResponderEliminarbuscar a paz, o sorrir mais, deixar a vida correr, confiar na providência Divina, desafogar nossas almas, simplesmente respirar...
Lembrar que temos o livre arbítrio para escolhermos nossos caminhos e que possamos levar para todos a bondade e a alegria.
Fique bem, com carinho te desejo saúde e paz.
Léah
É isso mesmo, Léah, deixarmo-nos de correrias e deixar " o tempo suar", deixar que as " coisas apodreçam, permitir que o tempo leve o tempo que lhe é próprio para fazer o seu trabalho. Correr para quê? Para " apodrecermos mais depressa? É que nós também apodreceremos, um dia e é bom que tenhamos isso em mente, para que escolhamos bem o nosso caminho, " levando para todos bondade e alegria ". Obrigada, querida Amiga! Deixemos " a vida correr " valorizando cada minuto que ela nos der. Um beijinho e SAÚDE para todos
EliminarEmilia
Olá. Emilia! O poema tem um ar bucólico, além de nos dizer que a liberdade das coisas nos traria um sossegar transcendental. Nos apegamos tanto à coisas , que não as deixamos terminar seu ciclo. Nós mesmos não queremos envelhecer e, brigamos a vida inteira com o impossível... Andreia C Faria , pelo meu ver, é uma poetisa de primeira grandeza. Metáforas e analogias lindas , inteligentes, marcam seu belíssimo poema. Grande beijo.
ResponderEliminarÉ verdade, Beto, " temos de deixar que as coisas terminem o seu ciclo" e não apressar o tempo. Não adianta apresså-lo, como tantas vezes fazemos, porque ele tem o seu ritmo próprio e quem perde com essa pressa somos nós. Como disse acima, desconhecia esta escritora, ainda muito nova, mas já com bastantes prémios. Amigo, muito obrigada pelo carinho e espero que, aí em casa, estejam todos de SAÚDE, um beijinho e até...
EliminarEmilia
Apreciei o poema, mas fico sempre pensando em quem construiu e habitou nas casas agora abandonadas.
ResponderEliminarMinha Amiga, cuida-te e que tenhas , junto aos teus, um Dezembro muito feliz.
Abraço estreito
Tenho uma assim, Amiga São, que me deixa tristissima ao olhå-la. Foi construida com muito, muito sacrificio em 1957, nasci e vivi lá até me casar. Mantem-se de pé assim como se mantiveram entre nós quase 90 anos, aqueles que lhe " deram vida " ; parece saber que pouco importa continuar a resistir e eu, Amiga, ao olhå-la recordo os tempos felizes lá vividos e sinto-os, como se tivessem acontecido hoje. Gostaria que lá nascesse uma casa nova, com outras gentes, mas, feliz, com gargalhadas e brincadeiras de crianças correndo por todo o lado. Não será nossa, mas será sempre o meu " ponto de encontro " com a minha infância e adolescência. Isso está prestes a acontecer e, acredita, São, ficarei muito feliz por ver a minha casa, de novo, com gente. Aqui tens um testemunho da tristeza que dá ver a nossa casa " abandonada" Beijinhos, Amiga e SAÚDE
EliminarEmilia
Há coisas demasiado preciosas para que sejam tocadas. Por isso devemos deixá-las permanecer como estão, e que o tempo se encarregue de, aos poucos as ir consumindo, até que delas reste apenas uma saudosa lembrança.
ResponderEliminarMaravilhoso poema!
Não conheço a poeta nem a sua obra, mas TENHO de conhecer.
A calcular pela amostra… deve ter poemas muito bons!
Obrigada, minha querida, tu sempre descobres preciosidades para nos ofertar.
Desejo, de coração, que continues de boa saúde, assim como todos os teus. Cá pelos meus lados vai tudo bem, apenas com muitas saudades de abraçar as filhas e os netos (só o posso fazer ao meu filho que passa os dias comigo…)
Continuação de boa semana.
Beijinhos
MARIAZITA / A CASA DA MARIQUINHAS
Costuma-se dizer que um poema tem sempre interpretações diferentes, dependendo do olhar de cada um e do estado de espirito no momento de leitura. Como podes ler na resposta que dei à amiga São, também eu acho que há determinadas coisas que, para nós são tão sagradas que devem continuar como sempre foram, " até que o tempo se encarregue de, aos poucos as ir consumindo " e assim tenho feito com a casa onde fomos, oa quatro tao felizes. O tempo foi fazendo o seu trabalho , com a casa e com os que a construiram ; vazia de gente, lá está, igualzinha, repleta de boas lembranças. Olho e ela parece-me dizer que não tem mais razão de ser, que está na hora de mudança; todos os dias, os seres mais importantes daquela casa renascem em meu coração nas boas lembranças que tenho deles; o mesmo acontecerá a ela...renovar-se-á, com novas gentes, continuando, no entanto a ser o meu lugar, o refúgio de todas as lembranças que tenho de tempos tão felizes. Mariazita, continuamos todos bem, felizmente, mas, daqui a pouco, vou dar o último adeus a um amigo que partiu devido a esta " peste " que nos apareceu; será de longe, o adeus, mas, quem sabe, ele não sentirá a nossa presença? Beijinhos, querida Amiga e obrigada pelo carinho. SAÚDE para todos aí em casa.
EliminarEmilia
Querida, Emília!
ResponderEliminarUma linda poesia linda e com força nas palavras.
Ao ler, fiquei pensando que na vida há muitas coisas e situações que não valem a pena procurar remendar ou reutilizar, é preciso aceitar que se findam.
Um abraço,
Sônia
É isso, Sonia, tudo se finda e há coisas e situações que são tão importantes que as devemos conservar como sempre foram até que o tempo se encarregue de as levar. Beijinhos, Amiga e obrigada pelo carinho, carinho que só o tempo poderá modificar . Deixemo-lo sempre em nossos corações , assim, lindo como é. SAÚDE para todos
EliminarEmilia
Mais uma autora que não conhecia... mas que tão excelente poema, me veio fazer prestar atenção...
ResponderEliminarÀs vezes precisamos... DEIXAR... principalmente tudo aquilo que não nos acrescenta ... pois temos de aprender que haverá muitas circunstâncias, que simplesmente não se podem recuperar...
Um poema que nos faz reflectir... pois hoje em dia, o ser humano agarra-se a tanta coisa... de que deveria aprender a abrir mão... e contudo a pessoa mais generosa deste mundo... deixou tudo, e deixou-nos tudo... de braços abertos...
Mais uma magnifica partilha, Emília! O espaço do Juvenal, é ainda muito recente para mim... mas sempre de uma enriquecedora e permanente descoberta...
Beijinhos! Continuação de uma boa semana!
Ana
Considerei este poema como um alerta, Ana. Chega de desenvolvimento, chega de roubarmos à natureza aquilo que lhe pertence e que um dia, raivosa, virá buscar; é urgente não destruirmos mais nada. O ser humano não " abre mão " do seu " instinto predador e segue inventando, derrubando, construindo, sem deixar espaço para que a natureza se renove, para que os animais sigam no seu habitat natural, para que as crianças possam correr nas praças, por entre as árvores. Quase não existem, as praças e muito menos as árvores. Obrigada, Ana! Beijinhos e SAÚDE para todos.
EliminarEmilia