Perdoa-me, folha seca,
não posso cuidar de ti
Vim para amar neste mundo,
e até do amor me perdi.
De que serviu tecer flores
pelas areias do chão
se havia gente dormindo
sobre o próprio coração?
E não pude levantá-la!
Choro pelo que não fiz.
E pela minha fraqueza
é que sou triste e infeliz.
Perdoa-me, folha seca!
Meus olhos sem força
estão
velando e rogando
aqueles
que não se levantarão...
Tu és folha de outono
voante pelo jardim.
Deixo-te a minha saudade
- a melhor parte de mim.
E vou por este caminho,
certa de que tudo é vão.
Que tudo é menos que o vento,
menos que as folhas do chão...
Cecília Meireles , Poesia completa: Volume 2. Rio de Janeiro:
Emociona, este belo poema!
Emília Pinto
Belíssimo poema, Emília!
ResponderEliminarTudo tem que ser resolvido na efemeridade da vida, de todos seres vivos. As folhas caem, todas.
Obrigada pelo compartilhamento, adorei, abraço!
É verdade, Dalva, até nós vamos deixando cair " as nossas folhas " aos poucos. Não nos damos conta de que a vida é curta e nem sempre aproveitamos a Primavera para parar, observar e admirar tanta beleza à nossa volta. Obrigada, Dalva, pela visita e que a vossa Primavera chegue alegre e florida para atenuar um pouco o sofrimento da pandemia. Beijinhos
EliminarEmilia
Poema deslumbrante. Pura felicidade de leitura poética.
ResponderEliminar.
Um dia feliz
Abraço
Obrigada, Ricardo. Não conhecia este poema e a beleza dele é tão grande que resolvi escolhê-lo para o post da chegada do outono. Um beijinho, Amigo
EliminarEmilia
Belo poema
ResponderEliminarbjos
Obrigada, Alfacinha! Fico feliz que tenhas gostado. Um beijinho e SAÚDE
EliminarEmilia
Tens razão amiga, este magnífico poema da grande Cecília Meireles emociona de verdade. Adorei ler!
ResponderEliminar"Vim para amar neste mundo,
e até do amor me perdi."
Acontece!
Abraço apertadinho. Dos nossos!
Olá Amiga do coração! É verdade, este poema " emociona de verdade". Gostei muito, apesar de nostálgico, mas, o outono traz muita nostalgia pelo deaparecimento do verde, pelas folhas que tristemente caem no chão e, principalmente por nos sabermos no outono da vida e vermos a cada dia uma folhinha a desprender-se de nós. Não é a minha estação preferida, porque, como sabes, eu gosto de calor e ele anuncia-nos o frio. Mas que importa o meu gosto? Absolutamente nada ! Obrigada, Teresa por teres vindo visitar-me e desculpa não ter preparado um batido; para a próxima, se avisares com um pouquinho de antecedência, quem sabe? Um abraço enorme carregadinho de amizade
EliminarEmilia
Nossa... querida amiga, esse poema da Cecília é para nos derrubar de emoção, que lindo, que sensibilidade, não conhecia. Muito próprio, entrando o outono aí. Sem dúvida, uma das minhas poetisas que está no 'topo'.
ResponderEliminarFoi uma feliz escolha, agradeço muito, pois esse eu não conhecia.
Beijinho, Emília, uma boa semana, sempre!
"De que serviu tecer flores
pelas areias do chão
se havia gente dormindo
sobre o próprio coração?"
É verdade, Taís, é triste ver uma folhinha seca caída no chão, mas muito pior é ver " gente dormindo sobre o próprio coração ". A folha levantar-se-a sozinha com a ajuda do vento, mas há os que não se levantarão. Esses, sim, precisam de ajuda. Taís, fico contente que tenhas gostado deste fantástico poema, pelos vistos também desconhecido para ti. Um beijinho e a minha sincera amizade. Fica bem, querida Amiga.
EliminarEmilia
Emilia, gosto muito da Cecília e gosto muito de aqui sempre estar! Sempre encontro algo legal pra ler e lembrar! beijos, tuuuuuuuuuudo de bom,chica Fica bem, aqui ainda em casa!!!!
ResponderEliminarMuito obrigada, Chica, pelo carinho. Que bom saber que gostas de vir cá! Para mim é sempre uma alegria receber-te e espero que nunca desistas do Comecar de novo. Espero que estejam bem de SAÚDE e o melhor é mesmo ficar em casa, pois a pandemia parece não querer largar-nos. Um beijinho
EliminarEmilia
A Cecília Meireles é magnífica. Este poema, tão sensível emociona que ama as palavras e o outono. O outono é a minha estação preferida. Nasci no outono. Há muito significado na nostalgia dos dias, nas folhas que caem, nas noites maiores que os dias, naquela melancolia que nos sai do coração...
ResponderEliminarMuita saúde minha Amiga Emília.
Um beijo.
Olá Graça! Fico feliz que tenhas gostado deste poema, nostálgico, como não poderia deixar de ser, em se tratando de cantar o outono. Sabes, eu nasci no inverno, estação do ano de que menos gosto por causa do frio e dos dias sombrios; gosto de sol...faz-me falta...
EliminarBeijinhos, Amiga e fica bem, com SAÚDE para todos. Obrigada pelo carinho da visita.
Emilia
Olá Emilia querida
ResponderEliminarUm poema lindo e atual que parece que foi escrito hoje...
Cecília Meireles uma mulher a frente do seu tempo.
Adorei a partilha.
Beijos
Ani
Muito obrigada, Ani. Lindo este poema, sim! Conheço muito pouco da obra de Cecilia Meireles e isso é imperdoável. Tenho que pesquisar mais sobre ela. Um beijinho e SAÚDE para todos aí
EliminarEmilia
Bom dia de muita paz, querida amiga Emilia!
ResponderEliminarTão bonito o poema escolhido para saudar o outono que está para chegar ai!
Vim para amar neste mundo,
e até do amor me perdi.
Bonitos os versos acima.
Sensibilidade a sua em partilhar.
Tenha dias abençoados!
Bjm carinhoso e fraterno
É verdade, Roselia, este poema condiz com a estação que começou aqui, o outono sempre nostálgico, com as folhas a caírem e as arvores a ficarem despidas do seu verde. Logo, logo, chega o inverno, para mim a estação mais triste, com chuva, frio e os dias sem sol. Um beijinho, Amiga e obrigada pelo carinho. SAÚDE e paz para todos vós aí. Até breve!
EliminarEmilia
Querida Amiga Emília: que bela escolha, poema tocante, lindo.
ResponderEliminarBeijinhos, abraço forte cheio de saudades...
Léah
Querida Leah, muito obrigada pela visita, fico feliz que tenhas gostado deste belo poema. Espero que estejam todos bem, querida Amiga. Mil beijinhos
EliminarEmilia
Não conhecia este poema.
ResponderEliminarGostei de ler, obrigado pela partilha.
Bom fim de semana querida amiga Emília.
Beijo.
Que bom que gostaste, Jaime! Fico contente com isso. Espero que a SAÚDE continue boa por aí e deixo-te um abraço carregadinho de amizade
EliminarEmília
Não conhecia este poema... A vida tem ciclos e há dias em que estamos tão sozinhas que perguntamos se estamos perdidas...
ResponderEliminarObrigada pela partilha...
Beijos e abraços
Marta
É verdade, Marta, a vida tem ciclos e nós temos que os acompanhar da melhor maneira possivel, enfrentando com coragem o que vier em cada ciclo. Um beijinho, Amiga e SAÚDE. Muito obrigada!
ResponderEliminarEmilia
Que lindo este poema!
ResponderEliminarE assim são as estações;
Vcs se preparando para o frio e hoje aqui no Brasil entra
oficialmente a primavera;
r. Já fui mais resistente para o frio mas o inverno no sítio
anda castigando k com essa pandemia 19 horas a gente já estava na
cama k; mas tbm não sei o que é pior; o frio ou aquele calor escaldante! que não tem onde parar mesmo com muitas árvores a brisa
que sopra no horário do meio dia é super quente! k mas é o que temos kkkk;
Bom final de mês;
Abraços!
janicce.
Pois é, Janicce, o meio termo é sempre melhor, mas temos de respeitar a natureza, aceitando o que ela nos manda. O melhor mesmo é o inverno no Brasil, o do Estado de S, Paulo onde vivi. Uma temperatura amena, nem muito frio, nem muito calor. Amiga, gostei de te ver por cá! Espero que estejam todos de saúde e que o teu jardim, no sitio, se encha de belas flores, nesta Primavera, para atenuar as preocupações com a pandemia. Beijinhos e um bom Domingo
EliminarEmilia
poema muito belo e suave, Amiga Emília
ResponderEliminarpara celebrar as cores e odores de Outono
gostei muito
beijo
Também gostei muito, Manuel! É nostálgico, mas não é assim também o outono? Para mim, é, pois a seguir vem o Inverno que considero uma estação triste e, com esta pandemia, a tristeza vai ser ainda maior, AMIGO, muito obrigada pelo carinho e desejo-te muita SAÚDE. Um beijinho
EliminarEmilia
Olá, Emília,
ResponderEliminarcomo não gostar desse belíssimo poema da talentosa Cecília Meireles? A sensibilidade da excelente poetisa brasileira dá vida e esperança a uma simples folha seca. Talento de sobra, Emília!
Beijo, um ótimo domingo, minha amiga.
É verdade, Pedro, a partir de uma simples folha seca, Cecília Meireles deixa-nos um poema que nos leva a pensar na miséria humana. Obrigada, Pedro, pela visita. Gosto muito de te ver por aqui. Um beijinho e SAÚDE para todos aí em casa.
EliminarEmilia
Minha querida Emília
ResponderEliminarCecília Meireles, Poetisa completa que tem o condão de nos
emocionar em tudo o que escreve. Analisa a vida em todos
os seus aspectos com uma profundidade que emociona. Aqui,
nesta Folha Caída, quanta crítica social, tanto amor
pelo próximo.
Nos seus Poemas Infantis coloca-se ao nível dos pequeninos
exprimindo-se em palavras que vão direitas ao coração.
Se não me engano, no ano passado, dediquei à Pequena
Beatriz um poema dela: "A Bailarina". :)
Beijinhos
Olinda
Sim, Olinda, dedicaste esse poema à Beatriz, muito bonito
EliminarNa verdade. Foi um miminho que nunca esquecerei. Este poema emociona de tão profundo, de tanto amor pelo próximo aqui demonstrado. Eu não conhecia, mas encantou-me. Obrigada, querida Amiga pelas belas palavras e aqui deixo o meu abraço carregadinho de amizade. Fiquem todos bem, com SAÚDE!
Emilia
A grandeza da alma e da sensibilidade de Cecília... aqui tão bem patentes!
ResponderEliminarQue maravilhosa forma, de assinalar a chegada do Outono, por aqui!
Profundo e tocante, mesmo!!! Adorei, Emília!
Beijinhos!
Ana
Obrigada, Ana! Fico feliz que tenhas gostado " profundo e tocante, como bem dizes. Um beijinho e SAÚDE, principalmente para z tua mãe
EliminarEmilia
Minha amiga Emília, como há muito tempo não te visitava aqui estou para uma visita demorada...
ResponderEliminarE comecei da melhor maneira, lendo este poema magnífico da Cecília Meireles, exactamente num dia cinzento e chuvoso de outono.
Conheço mal, mal, mal, a obra da poeta.
Beijos e abraços apertadinhos, daqueles, nossos!!
Mas, outra vez? É imperdoável! Que dizer? Pedir desculpas, mais nada! Obrigada! Desculpas esta tua amiga " atrapalhada? Beijos muitos
ResponderEliminarEmilia