Imagem . pixabay
Esta estrada onde moro, entre duas voltas do caminho,
Interessa mais que uma avenida urbana.
Nas cidades todas as pessoas se parecem.
Todo o mundo é igual. todo o mundo é toda a gente.
Aqui, não: sente-se bem que cada um traz a sua alma.
Cada criatura é única.
Até os cães.
Estes cães da roça parecem homens de negócios:
Andam sempre preocupados.
E quanta gente vem e vai!
E tudo tem aquele caráter impressivo que faz meditar:
Enterro a pé ou a carrocinha de leite puxada por um bodezinho
manhoso.
Nem falta o murmúrio da água, para sugerir, pela voz dos símbolos,
Que a vida passa! que a vida passa!
E que a mocidade vai acabar.
Manuel Bandeira, in 'Bandeira de bolso: uma Antologia Poética'
" A vida passa....a mocidade vai acabar... "
Nem sempre podemos escolher o caminho, mas, se pudermos, escolhamos aquele que tem mais beleza, o das coisas simples.
Emília Pinto
A vida passa e por vezes, não a gozamos por completo... Estamos preocupados com coisas materiais e não apreciamos a beleza do Mundo...
ResponderEliminarObrigada pela partilha...
Beijos e abraços
Marta
A vida passa e e com ela vai-nos carregando, não sabendo nós quando chegará a nossa vez, por isso há que viver a vida tendo em conta o essencial. Nem sempre fazemos isso, mas é pena. Obrigada, Marta e muita SAÚDE para todos. Um beijinho
EliminarEmilia
Boa tardinha de paz, querida amiga Emília!
ResponderEliminarQue formosura!
Um colírio para mente e 💙.
Passeei pela estrada florida com você.
Faz uns aninhos que não vejo uma carrocinha de leite passar pela estrada de barro. Foi em MG, a última vez, em Passa Quatro. Saudade.
Manuel Bandeira nos deu um presente nesta inspiração.
Muito obrigada por saber escolher o que postar para nós aliviar este tempo e dar cor mais viva aos nossos dias.
Tenha dias abençoados!
Bjm carinhoso e fraterno de paz e bem
Olá Roselia! Fico muito contente por ter ido ao encontro dos teus gostos. É sempre bom agradar os amigos.A aldeia onde nasci e vivi até ir para o Brasil tinha destes caminhos, mas a carrocinha de leite não era puxada por um bodezinho, mas, sim por bois; transportavam de um tudo, os carros de bois. Saudades da minha meninice, Roselia!Adorei este poema, Amiga! Beijinhos e obrigada pelo carinho. Fica bem, com muitos cuidados! SAÚDE!
EliminarEmilia
🍀🙌🏡🕊️🙏😘
EliminarA Paz do campo e o barulho do seu silêncio são factores de vida inigualáveis.
ResponderEliminar.
Cumprimentos
São, sim, Ricardo e foi na aldeia que vivi grande parte da minha vida, mas, agora, prefiro viver na cidade, pois estou mais perto de tudo. Como diz o poema, " a mocidade acaba" e outra fase da vida começa, sendo agora, pelo menos para mim, importante certo bulício, pois a casa ficou vazia e muito silenciosa. Amigo, muito obrigada pela visita e até breve, aí no teu cantinho. Cuidem-se! Muita SAÚDE para todos. Beijinho
EliminarEmilia
Linda imagem e poema de Bandeira... realmente a vida passa...Melhor é descomplicarmos os caminhos...beijos, tudo de bom,chica
ResponderEliminarSempre que possivel, Chica, o melhor é " descomplicarmos os caminhos ", para que a serenidade preencha os dias que a vida ainda nos der. Amiga, espero que continuem bem, pois este virus ainda não está com vontade de nos deixar. Todo o cuidado é pouco! Beijinhos e um bom fim de semana, aqui com calor e aí com um friozinho. Até...
EliminarEmilia
Também moro no campo e gosto!
ResponderEliminarA vida passa...Passa e rápido demais...Grande verdade, a mocidade vai acabar. Sim. aqui, Portugal está envelhecido. Um bom poema numa imagem fantástica!
Beijos. Boa noite!:)
Obrigada, Cidália, pelo carinho. Há uma altura na vida em que queremos que o tempo passe, mas, depois...vem aquela nostalgia quando pensamos que agora o tempo já é muito curto. Não adianta pensar nesse assunto, mas às vezes é inevitável, principalmente quando vemos tanta gente a partir, como é o caso, nestes tempos de pandemia. Fica bem, querida Amiga e SAÚDE para todos. Beijinhos
EliminarEmilia
Gostei muito do poema, tanto mais que é um escritor que só conheço de nome.
ResponderEliminarO meu obrigado pela partilha
Abraço e saúde
Elvira, conheço há muito Manuel Bandeira, mas a sua obra ainda é pouco conhecida para mim, portanto estamos iguais, Amiga. Achei este poema muito " ternurento " e que fez lembrar a minha meninice, na aldeia onde nasci e vivi até aos 24 anos. Voltarei a ele, com toda a certeza. Nestes tempos dificeis, precisamos de assuntos leves, embora este nos lembre que a mocidade já lá vai e que o caminho cada vez está mais curto. É uma realidade que temos de aceitar, não é verdade? SAÚDE, minha Amiga!. Obrigada. Beijinhos e um bom fim de semana
EliminarEmilia
Querida Emília
ResponderEliminarInteressantíssimo o poema que nos trazes, de Manuel Bandeira, que faz a apologia do pequeno recanto, da nossa aldeia, espaço rural, onde somos todos conhecidos, e até os animais de estimação.
Tão diferente do seu desejo de evasão que vemos em "Vou-me embora para Pasárgada...aqui não sou feliz, lá a existência é uma aventura..." poema que tanto influenciou os poetas cabo-verdianos da geração dos "claridosos".
É o encontro e o desencontro daquilo que sentimos num momento ou noutro e mais ainda nos Poetas que com a sua arte nos transmitem os seus sentimentos com os quais nos identificamos, muitas vezes.
Minha amiga, desejo que estejas bem junto à família. Muitos beijinhos para a pequena Beatriz
Saúde!
Beijos
Olinda
Identifiquei-me com estes sentimentos, pois nasci e vivi numa aldeia onde havia caminhos como os aqui descritos e a vida decorria mais devagar; toda a gente se conhecia e, como bem dizes " até os animais de estimação" . Mas, agora, Olinda, a aldeia já não ê o que era; as pessoas trancam as portas, convivem muito menos e os caminhos de terra deram lugar às estradas onde os carros passam velozes; mais parece uma vila, a minha aldeia.
EliminarFico contente que tenhas gostado do poema e mais uma vez tenho de dizer que aprendo muito com os blogues; não sabia que este escritor tinha influenciado os poetas cabo-verdianos, da geração dos claridosos e agora já sei ainda há bem pouco tempo homenageaste os poetas de Cabo Verde no Xaile de Seda e vou voltar lá para recordar. Às vezes sentimo-nos com pouco animo para trabalhar no blogue e, depois de 11 anos começa a chegar um pouco de cansaço, mas, tendo em vista as coisas boas que o Começar de novo me tem dado, creio que só o deixarei quando a vida me jmpedir de continuar. São muitos os Bons Amigos que tenho conquistado e o aprendizado também tem sido grande. Agradeço-te muito o tanto de informação que sempre acrescentas às minhas publicações e também o grande carinho. Espero que estejam todos bem aí em casa e que este virus se mantenha bem longe dos teus familiares e amigos. Por cá está tudo normal. Beijinhos, querida Amiga e um bom fim de semana
Emilia
Emília querida, tudo passa e muito rápido, não entendo como uma espécie de tartaruga vive quase 300 anos, outras 100 anos... e nós uns míseros 100 e pra chegar lá é no sufoco, na fé, na luta. E na medida em que vamos deixando a mocidade lá atrás, vamos mudando muito nossa relação com a vida, torna-se mais calma, mais cheia de encantos com as coisas simples da vida. Valorizamos o que antes nem notávamos! Pena essa fase da vida, não ser mais longa, bem mais. É onde nos encontramos, a fase que ficamos mais generosos, mais bondosos. Mais gente. Mas assim são os humanos, quando deixam a infância, na outra fase temos saudades! Por quê?
ResponderEliminarGosto imensamente de Manuel Bandeira. Linda partilha, querida.
Beijinho! Um bom fim de semana.
Taís, é fácil responder à tua pergunta. Temos saudades da infância e da juventude, porque sabemos que agora o tempo é muito curto; eu costumo dizer que gostaria que o meu tempo parasse aqui, idade em que tenho os filhos criados, boa saúde e três netinhos; nem mais um dia para a frente nem mais um dia para trás; assim, está óptimo! É como dizes, a maturidade modifica-nos, ficamos mais " generosos, mais bondosos, mais Gente", muito mais compreensivos com os outros e com a vida. Mas que adianta? Não mandamos nada, querida Amiga. Viver até aos 100? Seria bom se fosse com, pelo menos, alguma lucidez, se não for, não quero tanto tempo. Vi o meu pai partir com 89, mas, muitas vezes nem a minha mãe conhecia; pelo menos estava sem sofrimento, no mundinho dele. Taís, querida Amiga, fica bem, com SAÚDE! Beijinhos aos dois e boa semana
EliminarEmilia
Magnífico, Manuel Bandeira! Viver num lugar onde "cada criatura é única", até faz pensar… Afinal é melhor do que viver onde ninguém se conhece apesar de a vida passar, de perdermos a nossa juventude, de envelhecermos e quase ninguém dar por isso? São modos de vida tão diferentes…
ResponderEliminarFoi bom encontrar aqui Manuel Bandeira, com este poema, minha querida Amiga Emília.
Muita saúde. Um beijo.
É verdade, Graça, modos de viver, apesar das nossas aldeias já não serem como no nosso tempo de meninice. A minha mais parece uma vila e as pessoas já não convivem tanto; tudo muda e nessa mudança estamos nós incluidos. Amiga, muito obrigada pelo carinho da visita e desejo a todos vós muita SAÚDE. Um beijinho
EliminarEmilia
Este comentário foi removido por um gestor do blogue.
ResponderEliminarA imagem é linda e foi bom encontrar Manuel Bandeira.
ResponderEliminarEstou bem , dentro do quadro de saúde que é o meu.Desejo que tudo esteja bem contigo e família.
Grande abraço , bom final de semana :)
Fico contente por saber que estás bem, " dentro do quadro de saúde que é o teu", São e assim vais continuar, com toda a certez. Por cá, vamos andando, ainda sem sair muito e já cansados desta situação que, infelizmente , vai continuar ainda por muito tempo. Obrigada pela visita e continuação de boa SAÚDE, pois agora é o que mais pedimos. Um beijinho
EliminarEmilia
saber apreciar a beleza da vida deve ser nossa tarefa diária. Beijos
ResponderEliminarDeve ser, sim, Estelita, mas nem sempre fazemos isso. Espero que esta pandemia nos ensine a dar valor aquilo que realmente importa. Muito obrigada por teres vindo conhecer o Começar de novo e espero que voltes mais vezes. Um beijinho e SAÚDE para todos
EliminarEmilia
É assim a estrada da vida...
ResponderEliminarOnde a mocidade vai passando.
Grande poema de um grande poeta. Obrigado pela partilha.
Querida amiga Emília, uma boa semana.
Beijo.
Obrigada, Jaime. A mocidade já se foi, isso está mais que certo e agora é percorrer a estrada até que a vida se decida a interrompê-la, fazendo o nosso melhor para sermos felizes. Saude, querido amigo, para ti e para os teus. Um beijinho
EliminarEmilia
É verdade... nem sempre podemos escolher o caminho... mas temos sempre a última palavra na escolha, de como enfrentamos as circunstâncias... e por alguma razão... o meu pensamento foi parar, naquele actor ainda novo... que optou por... um caminho diferente, há alguns dias atrás!... Mais uma situação, que me transtornou nestes tempos de pandemia... que parecem estar a testar a sanidade emocional de toda a gente!...
ResponderEliminarManuel Bandeira... sempre um prazer imenso, descobrir um pouco mais, da sua notável obra!...
Um beijinho grande, Emília! Votos de tudo a correr pelo melhor, por aí!... Tudo de bom!
Ana
É verdade, Ana, um acontecimento que nos deixou perplexos e que temos dificuldades em entender. Às vezes as pessoas sentem um sofrimento interior muito grande e não sabem como pedir ajuda; não sei..., mas há sempre um Grande Amigo, um familiar, ou um tecnico de saúde disposto a ouvir-nos e, se calhar, se ele tivesse tido coragem para desabafar, teria evitado tanta dor, principalmente aos filhos. Mas...a mente humana é muito complexa e basta um minuto de grande desespero para que se cometa uma desgraça destas. Ana, muito obrigada pelo carinho e desejo que esteja tudo bem com a tua Mãe, pois vi no comentário do post seguinte que houve alguns problemas com ela. Com os cuidados que tens, com certeza ficará boa. Beijinhos e SAÚDE
EliminarEmilia
Tudo passa. É nessa passagem que nos reconhecemos e nos renovamos. Cada dia um passo.
ResponderEliminarObrigada.
Desculpa, Amigo, não ter respondido ao teu comentário. Só hoje, fazendo uma revisão aos meus posts, vi a tua visita. Desculpa, sim? Não foi por mal, podes ter a certeza. Beijinhos e muito obrigada.
EliminarEmilia