António, é preciso partir!
O moleiro não fia, a terra é estéril, a arca vazia, o gado minga e se fina!
António é preciso partir!
A enxada sem uso, o arado enferruja, o menino quer o pão; a tua casa é fria!
É preciso emigrar!
O vento anda como doido – levará o azeite; a chuva desaba noite e dia – inundará tudo; e o lar vazio, o gado definhando sem pasto, a morte e o frio por todo o lado, só a morte, a fome e o frio por todo o lado,
António! É preciso embarcar! Badalão! Badalão! – o sino já entoa a despedida.
Os juros crescem; o dinheiro e o rico não têm coração.
E as décimas, António? Ninguém perdoa – que mais para vender?
Foi-se o cordão, foram-se os brincos, foi-se tudo!
A fome espia o teu lar. Para quê lutar com a secura da terra, com a indiferença do céu, com tudo, com a morte, com a fome, coma a terra, com tudo!
Árida, árida a vida! António, é preciso partir!
António partiu. E em casa, ficou tudo medonho, desamparado, vazio
Fernando Namora, in 'Terra'
Confesso que não conhecia este poema de Fernando Namora. Quando o li, resolvi publicá-lo, porque estamos em Agosto, mês em que os " Antónios " do nosso Portugal voltam à sua terra para reverem tudo o que um dia foram obrigados a deixar. " Árida era a terra e árida era a vida deles, por isso "emigraram ...partiram."
Emília Pinto
Lindo,profundo poema..Adorei e tua explicação o completou bem! bjs, chica
ResponderEliminarObrigada, Chica! Foi bom ter dado a explicação, principalmente para vós, amigos brasileiros. O Agosto em Portugal é o mês de férias e é agora que os nossos emigrantes voltam para as passarem com os familiares que cá ficaram. Sei que o Agosto aí é um mês de inverno e que desagrada ao povo, por várias razões que nunca entendi muito bem. Beijinhos, Chica e até breve
EliminarEmilia
Uma escolha brilhante, também não conhecia este poema.
ResponderEliminarBeijinhos
Maria de
Divagar Sobre Tudo um Pouco
Que bom, Maria! Hoje as duas aprendemos alguma coisa, ficamos a conhecer um belo poema. Desculpa a minha ausência, mas, nem sempre estou em casa e falta-me a net; prometo visitar-te brevemente. Obrigada pela visita e fica bem, amiga. Beijinhos
EliminarEmilia
Querida Emília sua postagem foi maravilhosa, é um poema tocante que retrata o sofrimento de ter que emigrar da terra que se ama.
EliminarEmília, não sabia que já estavas de volta, sei que aí estão no verão e pensei que estivesses em alguma praia aproveitando o sol. Aqui é o que chamamos de inverno, não temos neve, mas é um frio orvalhado, úmido, cariocas como eu, e principalmente que moram perto do mar, de onde vem um vento gelado à noite, detestam o inverno.
Mas, é um inverno sui generis pois hoje tivemos sol o dia inteiro e a noite está fria!
Aproveite bem seu verão, pois sol é saúde e alegria, esquenta o corpo e a alma.
Muitas alegrias, bom verão.
beijinhos, Léah
É verdade, Leah, não é bom ter de largar a nossa terra por necessidade, mas infelizmente acontece isso muitas vezes Eu também o fiz, mas, no meu caso a " aridez da vida" não era como no tempo aqui retratado; depois o pais escolhido foi o Brasil, onde se fala a mesma lingua e os costumes são parecidos, além disso fomos num pequeno grupo já amigos e que se mantêm até hoje unidos; eramos uma familia grande. Eu ainda estou na praia, mas venho de vez em quando a casa e aproveito para usar a net à vontade. Muito obrigada, querida amiga, pela visita. Tudo de bom e até breve. Um beijinho
EliminarEmilia
Olá Emília!
ResponderEliminarLindo, lindo, lindo!
Excelente escolha e oportuna partilha.
Obrigada!
Boas férias, amiga. Como diz a Léah, com saúde e alegria.
Também eu estou de férias... do meu rol.
Beijo.
Também achei isso, Teresa, muito lindo e oportuno dada a época em que estamos, quando os nossos emigrantes vêm cá matar as saudades. Nesta altura do ano os blogs ficam de férias e as visitas aos amigos escasseiam, mas, coitados , também eles precisam de um pouco de descanso, não é verdade? Para ti, amiga, e para o teu " rol" ( gosto deste nome...) um bom descanso e que a alegria não vos falte. Obrigada! Beijinhos
EliminarEmilia
Ter que partir... porque não há alternativas... Doí muito...
ResponderEliminarTambém não conhecia este poema... Obrigada pela partilha e pela visita....
Beijos e abraços
Marta
As partidas doem sempre um pouco, mas em casos como este retratado no poema, a dor é muito grande. Os blogs têm destas coisas, Marta ensinam muito, tanto a quem publica quanto a quem lê. Queria um tema relacionado com este nosso mês de Verão e, ao pesquisar, encontrei esta maravilha. Obrigada, amiga, pela visita e desejo-te tudo de bom. Um beijinho
EliminarEmilia
Querida Emília, você trouxe a nata dos escritores portugueses, o médico - escritor que depois, pela importância de sua obra tornou-se conhecido como o escritor - médico, segundo Mário Sacramento. Escritor premiado e editado em inúmeras línguas.
ResponderEliminar"A fome espia o teu lar. Para quê lutar com a secura da terra, com a indiferença do céu, com tudo, com a morte, com a fome, coma a terra, com tudo!"
Poema forte, triste, mas qual solução para tanto sofrimento?
Beijinho, querida amiga, fantástico Fernando Namora.
Este poema, Tais, retrata uma época de uma forte emigração dos portugueses, principalmente para França, Alemanha e Canadá; viviamos em ditadura e as oportunidades para as pessoas eram poucas, havendo até fome em algumas aldeias onde se vivia só da agricultura; muitos partiam só para conseguirem dinheiro para uma casa e logo que o conseguiam voltavam, mas outros por lá ficaram; este mês é o escolhido para virem matar saudades da terra que tiveram que deixar e, claro, já são filhos e netos dos primeiros que partiram, alguns já nem tentam falar o português. Hoje a emigração é bem diferente, é, na sua maioria, feita por jovens licenciados que partem para outros paises europeus tentando melhores salários. Amiga, fiquei muito contente que tenhas gostado de recordar o nosso Fernando Namora e que tenhas apreciado este poema, triste, mas que retrata fielmente uma época de grande miséria no nosso país. Um beijinho para os dois e até breve
ResponderEliminarEmilia
Pior ainda...Passos (e quem o apoia )empurrou-os para o estrangeiro friamente , sem noção da dor que os emigrantes sofrem e do direito que cada pessoa tem de viver dignamente no seu próprio país.
ResponderEliminarBeijinhos, MIla, bom final de semana
É verdade, São, foi um momento muito infeliz de Passos Coelho, aliás acontece-lhe isso com frequência, abrindo a boca para dizer asneiras. Ter que sair do lugar onde se nasceu por necessidade é muito triste e na época retratada neste poema ainda era pior, pois havia muita miséria e pouca formação o que levava as pessoas a terem trabalhos muito duros e mal remunerados, São, muito obrigada pela visita e desejo-te dias felizes, principalmente com saúde. Beijinhos
EliminarMila
As partidas continuam e continuarão!
ResponderEliminarHoje, são quem estudos têm!
Desculpa a minha falta de presença...ando adoentada.
Beijinhos.
Sempre haverá partidas, sim, Lisa, umas por opção, outras por necessidade, mas, penso que não serão tão tristes como as que havia nesta época; as condições são outras. Lisa, pensei que estivesses de férias e por isso não estranhei a tua " falta de presença ", mas afinal é por andares adoentada o que lamento muito; espero que não seja nada grave e que rapidamente recuperes. Um beijinho e as melhoras, querida amiga .
EliminarEmilia
A emigração sempre foi um recurso, uma emergência, pelo menos na esmagadora maioria dos casos. E muitos deles (quase todos) tiveram sucesso e passaram a viver melhor. Ainda assim é muito triste um país ver os seus habitantes partir por necessidade extrema.
ResponderEliminarFernando Namora foi um grande escritor. E este texto é soberbo.
Obrigado pela partilha.
Bom fim de semana, amiga Emília.
Beijo.
Concordo contigo, Jaime, apesar do grande sofrimento e da vida dura que lá tiveram, foram bem sucedidos e puderam dar uma vida melhor aos fihos. Se tivessem ficado cá não estariam tão bem. Um beijinho, Jaime e obrigada pela visita. Desejo tudo de bom para ti e para os teus.
EliminarEmilia
Querida Emília
ResponderEliminarMuito bom teres trazido Fernando Namora, num retrato datado da vida portuguesa. Muitos deram o "salto", levando vidas tristes, trabalhando e poupando para um dia voltarem para a sua saudosa terra.
Bem o dizes, a realidade da emigração hoje é diferente mas traz igualmente saudades e sentimento de desenraizamento.
Desejo-te um bom fim de semana e dias felizes.
Beijinhos
Olinda
É verdade, Olinda, muitos deram " o salto " e fizeste-me lembrar a quantidade deles que o meu pai levou à fronteira para que dali fossem " a monte " para a França. O meu pai era taxista na aldeia onde nasci e também nos arredores e pt levou muita gente; alguns ficaram-lhe agradecidos e amigos para sempre, pois corria um grande risco com esse serviço; claro, ele precisava de ganhar dinheiro e portanto arriscava. A vida era muito " árida para todos naquele tempo; apesar de todos os problemas de hoje, vive-se com melhores condições em todos os aspectos. Querida Olinda, muito obrigada pela visita e desejo que estejam todos bem aí por casa. Um beijinho
EliminarEmilia
Gostei muito do poema...
ResponderEliminarAo tempo que não relia FNamora...
Dias aprazíveis.
Abraço
~~~
Então somos duas, querida Majo, pois também eu há muito não lembrava Fernando Namora. Gostei deste poema "terra " e ele tem outros a ele referentes e muito interessantes. Obrigada, amiga, e espero que estejas a ter umas boas férias. Beijinhos
EliminarEmilia
Corrigindo... a ela referentes.
Eliminarbjo
Emilia
Bom dia amiga!
ResponderEliminarMinha visita hoje é para divulgar o blog da Biblioteca da escola que trabalho EREM DR Mota Silveira. Biblioteca Madre Ódila Maroja, este cantinho especial nasceu recentemente. É um blog voltado para pesquisas nas mais diferentes áreas de conhecimento, já tem postagens de , Matemática, Química, Biologia, Língua portuguesa, Filosofia, Sociologia, Direitos Humanos e outras áreas de conhecimento. Também faço parte na organização e pesquisas das postagens. O link é este, http://bibliotecamadre.blogspot.com.br/ caso deseje conhecer e seguir, será um grande prazer, pois como seguidora e comentarista dos meus blogs, você só engrandece as postagens. Obrigada, tenha um Domingo de muita paz e um início de semana abençoado.
Desculpe não comentar a sua maravilhosa postagem, logo retornarei. Abraços Lourdes Duarte.
Obrigada, Lourdes. Com certeza que visitarei esse novo cantinho. Um beijinho e ate breve
EliminarEmilia
E num ano, em que particularmente, a seca e os incêndios, se fazem sentir com intensidade... este texto... ainda mais cresce em actualidade...
ResponderEliminarJá há algum tempo que não lia nada de Fernando Namora... pelo que foi uma boa surpresa, encontrá-lo por aqui... neste tocante texto!
Adorei o post, Emília!
Beijinhos! Feliz domingo!
Ana
É impressionante, Ana, como o ser humano é inconsciente; fogos terriveis todos os anos e nada se faz para que essas mãos criminosas parem com esta desgraça. As matas estão sujas e muitas propriedades abandonadas, mas, para arderem é preciso que lhes acendam um fósforo; o fogo não começa do nada. Todos sabem que estamos num periodo de grande seca, mas, não se vê ninguém a poupar água; os jardins continuam a ser regados, carros e ruas a serem lavados de mangueira; se as pessoas não têm consciência, há que proibir de alguma maneira.
ResponderEliminarComo já disse nos comentário acima, para mim também foi uma " descoberta ", pois há muito não lia nada deste escritor e pt foi uma boa escolha para todos. Ana, obrigada pela visita e espero que já estejas na Ericeira, pois isso será sinal de que a tua mãe já está boa. Beijinhos e até breve.
Emilia
Temos uma história de emigração de 500 anos, ajudámos no desenvolvimento, construíram-se cidades e por ai fora. Continuamos a sair e pelo caminho cruzamos com imigrantes que se estabelecem em Portugal. Sinais do tempo, deambula-se de um lado para o outro. Conheço um lugar onde há diamantes mas eu não quero ir para lá.
ResponderEliminarBoas féria, eu irei só em Novembro.
Beijos com votos de muita saúde.
Também conheço esse lugar, Manuel, mas também não quero ir para lá, aliás, agora quero ficar no meu cantinho, bem sossegada. Já fui e já voltei mas com muitas saudades do lugar para onde fui. É próprio do ser humano procurar sempre os lugares que lhe ofereçam melhores condições de vida e por isso esses " ir e voltar" vai continuar. Beijinhos, Manuel, e tudo de bom. Aprece sempre,
EliminarEmilia
Emília, meu amor, desculpe-me por tanto tempo sem chegar ao seu espaço que tanto preso por ser um dos primeiros contatos com meus amigos portugueses do meu blog. Como sempre és gentil e atenciosa com teus contatos. Fico feliz em não esqueceres de mim, teu humilde súdito nessa blogesfera ou feras dos blogs. Minha gratidão e parabéns pela excelente postagem. Grande abraço. Laerte.
ResponderEliminarNão tens de pedir desculpa, Laerte, até porque tu apareces muitas vezes aqui do que eu no teu silo. Mas, cada aparece quando tem disponibilidade, na é? Fico sempre muito feliz que apareças e peço-te que o faças sempre. Muigo obrigada, amigo, pelo carinho. Um beijinho
EliminarEmilia
Olá, querida Milinha (olha, não existe este diminutivo)!
ResponderEliminarEspero que estejas bem, tal como os que te são mais queridos. Por aqui, tudo "normal" (rs), ou seja, pintores, canalizadores, pedreiros, portanto, estou cheia de "sufixos" (rs), mas vamos que vamos, assim se diz na tua 2ª pátria.
Grata pela tua visita e bonito comentário. É assim o amor, tolinho, todos os dias. Eu escrevi um poemazeco, mas há lá um vídeo de se lhe tirar o chapéu, em minha opinião, valha-nos isso!
Não conhecia este poema de Fernando Namora, aliás mtos dos os poemas dele são "resumos" dos seus romances, mas toda a gente, ou a maioria, o vê como escritor de prosa e com os seus "Retalhos da vida de um médico", que já li, mas francamente, não achei um romance por aí além. São episódios da vida de um médico, é isso!
O que é que tu "queres" que eu (te)diga (rs)? Gostei mto do poema e é triste termos de deixar o nosso cantinho. Beijinhos.
Ah, pensavas que ia ficar por aqui? Nem pensar e em boa hora tu me foste "desassossegar" (rs)! Nós, Portugueses, e desde 1415 (deixa-me ver se eu ainda sei História -rs), que fomos emigrantes, não só para descobrir e conquistar novas terras, mas pke a fome apertava, mas apertava mesmo e mto. Era uma fome diferente da dos anos 60/70 e da atual (rs), "tás" a ver? Agora, "temos", genericamente falando, mais fome pelos últimos modelos de roupa de marca, ténis XPTO, pelos carros topo de gama, pela última geração dos phones espertos and so on... e por isso é que muitos dos nossos jovens emigraram (aproveitaram a deixa de Pedro Passos Coelho e juntou-se "a fome com a vontade de comer", como, se diz, vulgarmente) e tantos que tinham aqui emprego efetivo e a ganhar, ou melhor, a receber na ordem dos 2000 euros. Leste bem, 2000€. Não falo de cor, falo com conhecimento de causa e ainda ontem falei com a mãe de um, que ainda hoje lamenta a decisão do filho, but... Alentejano, sossegado, poupado, 23 anos, curso de Informática e Gestão foi para Faro, lá arranjou emprego, depois, ficou efetivo e ganhava o valor, que atrás referi. Comprou lá um apartamento e tinha já uma razoável conta no banco, mas de um dia para o outro decidiu despedir-se dos pais, irmã e emprego e partir um tanto à aventura. As conversas pela Net abriram-lhe, não "Um Admirável Mundo Novo", mas um mundo, onde numa casa, relativamente pequena, vivem rapazes e raparigas de diferentes nacionalidades, onde há, apenas, um WC e por isso, ele levanta-se às 5 da matina, para poder tomar duche à vontade e sem pressas. Tomam em casa o pequeno-almoço e o jantar, e lá se vão entendendo in english. A renda da casa é elevadíssima e o custo de vida é bastante caro, portanto, não consegue poupar nada e os pais enviam-lhe, por vezes, 400/500 € para colmatar faltas, que ele refere.
Já esteve para voltar, só k, há 2 meses começou a namorar com uma da casa, uma chinesa, e a mãe, minha amiga e colega de escola, diz ao filho, graciosamente: não me digas k eu vou ter netos com olhos em bico (rs??
Bem, e esta "palha" toda, minha, para comentar o poema, que publicaste. Pois, tive tios que na década de 70 foram para França, a salto (será esta a expressão correta)?, dormiam em roulottes, lavavam a roupa e faziam comida ao modo português, como é natural, enfim, vida de bidonvilles, mas partiram em janeiro e em agosto do mesmo ano (os meses, agora, já não se escrevem com letra maiúscula e acho mto bem) já trouxeram um "bruto" Peugeot e boas roupas. Um ano depois, foram para lá as mulheres deles, minhas tias maternas, a trabalharem como porteiras num prédio de madamas (rs) e como ganhavam bem! Por vezes passavam o dia a passear os chiens e as chiennes das ditas madamas. As filhas, portanto, minhas primas, foram estudar "pa" Paris" e enfim, hoje são médicas, vivendo há uns anos, em Bruxelas, pke os comparsas são médicos cirurgiões belgas.
ResponderEliminarFernando Namora teve na sua escrita e na sua vida particular, tb, várias fases, se calhar como todos nós, mas a "gente não é famosa" (rs) e este poema pertence à fase/ciclo rural, portanto, o homem estava imbuído de terra e do seu valor, por todos os lados, e donc, lá vai disto. Falando sério, o poema está bem construído, interessante e até me faz lembrar um (poema) brasileiro do mesmo género, só que nesse o sujeito "se chama de Zé - rs".
Depois, teve a fase urbana, ah, e aí, valia tudo menos tirar olhos (rs) e k se "lixasse" (sorry) o campo mais os camponeses. Posteriormente, vêm mais umas fases, cinco ao todo na sua vida, passando pela cosmopolita, onde o escritor se fartou de viajar e de curtir bué, ou melhor, à grande e á francesa, esquecendo a terra e o povo humilde.
Na derradeira fase/ciclo, chamada final, foi um homem muito triste, isolado e onde a solidão falou bem alto e daí ter escrito "O Rio Triste" e "A resposta a Matilde".
Ma chérie, pour cette nuit, ça suffit (je rigole).
Beijinhos, um grande e sincero abraço e curte bué, pke ainda tens idade pra isso.
Penso que é normal, qdo as pessoas têm, DE FACTO, sérias dificuldades económicas, não propriamente passarem fome, mas o desejo natural de melhorar as condições de vida, de ter um carro (eu não tempo e sou tão feliz) e terem possibilidades de comprar isto e mais aquilo, de forma desafogada, dá um certo prazer mental e físico, convenhamos!
Minha querida amiga,
ResponderEliminarPelo k vejo o meu comentário, este último, está fora de sítio, na parte final, mas está em contexto e dá para se entender.
Bises, chérie!
PS: tu ouviste o vídeo, que eu coloquei no meu blogue? Ah, não percas (rs)!
Ceuzinha ( muito grande p ser diminutivo!!!! ) e toda esta " palha " foi de grande serventia, pois deixaste sobre Fernando Namora informações que desconhecia e que muito te agradeço. Iam a " salto " sim, os emigrantes de outros tempos e, como disse acima no comentário da Olinda, o meu pai, taxista único na região levou muitos para fugirem " a monte " para a França. Nesse tempo havia mesmo fome e agora, como bem dizes a fome não é de falta de comida, mas de outras coisas que, naturalmente, todos gostam de ter e por isso procuram paises que lhes dêem melhores salários. Na sua fase
Eliminarfinal, dizes tu, foi um homem triste, solitário, isolado, mas, Céu, infelizmente nessa nossa fase não seremos todos assim? Creio que sim, amiga! A velhice, por mais que digamos que não, é muito triste.
Quanto ao teu video, claro que ouvi e já deixei o comentário a ele lá no seu devido lugar
Agradeço- te a visita e o comentário " testamento " com informações muito importantes sobre este nosso escritor; pelo menos para mim foram enriquecedoras. Beijinhos, amiga e um bom Domingo, sossegado e sem o barulho e confusão das obras.
Emilia
Olá, Muito bem em partilhar Fernando Namora, imigração devia de ser de livre vontade e não por necessidade, deve de ser compreendida e aceite, até porque a mesma, contribuiu para o desenvolvimento, a xenofobia e o racismo é muito negativo, é desprezível, mesmo assim, Passos Coelho não teve problema em mostrar-se racista no seu ultimo discurso em Quarteira em que foi fortemente assobiado, sem que comunicação social divulgasse os mesmos, divulgou os aplausos que também teve.
ResponderEliminarFeliz fim de semana,
AG
Que bom teres gostado, António! Também acho que sair da nossa terra deveria ser um acto voluntário e não uma necessidade extrema, como acontecia na época deste poema. Eu também sai, mas, felizmente numa situação muito diferente, quase uma opção. Não me arrependi e se a decisão só dependesse de mim, ainda hoje lá estaria. Amigo, muito obrigada pela visita e desejo que estejas bem, curtindo o teu mar que tanto amas. Um beijinho
EliminarEmilia
Passando para deixar um beijinho, e votos de um excelente fim de semana, Emilia!
ResponderEliminarEste ano, a Ericeira, vai ter de esperar ainda um pouco mais... a perna da minha mãe está melhorando... mas muito devagarinho... pelo que ainda se prevê, pelo menos, mais um mês, para cicatrizar tudo... como a perna é problemática, e ela toma comprimidos para o sangue e coração... tudo tem de continuar a ser controlado, até deixar o antibiótico por causa da perna... depois de cicatrizar... será um período em que tem de exercitar a perna... que a tem obrigado a estar mais parada, todo este tempo... pelo que se calhar, o piso um pouco irregular dos caminhos e calçadas da Ericeira, ainda não será para já o mais aconselhado...
Mas a ver vamos... daqui a um mês, mais coisa menos coisa... para já, o que importa, é que a cicatrização, mesmo devagarinho, vá acontecendo... para não haver nenhuma complicação...
Beijinho!
Ana
Tens razão, Ana, o importante é que a tua mãe se recupere totalmente para que depois possam aproveitar a Ericeira. Setembro ainda nos vai dar calor e será um mês bom para isso, com toda a certeza. Agradeço-lhe o carinho de cá ter voltado e deixo-lhe um grande abraço e votos de que tudo se processe com normalidade no caso da sua mãe. Até breve, amiga
EliminarEmilia
Olá Emília ,
ResponderEliminarvenho deixar um forte abraço , desejando que estejas bem .
Visitar - te - ei na próxima publicação .
Maria
Muito obrigada, Maria. Fico aguardando a tua visita e, entretanto, deixo-te um beijinho muito especial e os votos de saúde e alegria para ti e para os teus. Até breve,
EliminarEmilia
Gostei de ler este texto, que também não conhecia. Um retrato que, infelizmente, volta a ser actual.
ResponderEliminarBeijinhos
Que bom ver-te por aqui, Fá!!!. Fiquei muito feliz com a tua visita. Este tema de facto continua actual, embora hoje a emigração seja muito diferente em todos os aspectos; naquele tempo muitos nem sabiam ler e o máximo que tinham era a 4a classe, mas hoje a formação académica é muito superior e a " fome " é outra, não propriamente de pão, mas de outras coisas que, embora não indispensáveis, contribuem para uma condição de vida mais confortável. Amiga, muito obrigada pela visita e tudo de bom. Beijinhos e volta mais vezes; farei o mesmo.
EliminarEmilia
Muito bom vir aqui conhecer sobre os Portugueses, suas vidas e histórias e partidas.
ResponderEliminarEste blog é um grande acervo literário, isso me encanta.
Feliz Findi Emilia!
Bjss!