quinta-feira, 7 de dezembro de 2017

FRAGILIDADE DOS VALORES




Todas as coisas" boas " foram noutro tempo más; todo o pecado original veio a ser virtude original. O casamento, por exemplo, era tido como um atentado contra a sociedade e pagava-se uma multa, por ter tido a imprudência de se apropriar de uma mulher (ainda hoje no Cambodja o sacerdote, guarda dos velhos costumes, conserva o jus primae noctis). Os sentimentos doces, benévolos, conciliadores, compassivos, mais tarde vieram a ser os «valores por excelência»; por muito tempo se atraiu o desprezo e se envergonhava cada qual da brandura, como agora da dureza. A submissão ao direito: oh! que revolução de consciência em todas as raças aristocráticas quando tiveram de renunciar à vingança para se submeterem ao direito! O «direito» foi por muito tempo um vetitum, uma inovação, um crime; foi instituído com violência e opróbio. Cada passo que o homem deu sobre a Terra custou-lhe muitos suplícios intelectuais e corporais; tudo passou adiante e atrasou todo o movimento, em troca teve inumeráveis mártires; por estranho que isto hoje nos pareça, já o demonstrei na Aurora, aforismo 18: «Nada custou mais caro do que esta migalha de razão e de liberdade, que hoje nos envaidece». Esta mesma vaidade nos impede de considerar os períodos imensos da «moralização dos costumes» que precederam a história capital e foram a verdadeira história, a história capital e decisiva que fixou o carácter da humanidade. Então a dor passava por virtude, a vingança por virtude, a renúncia da razão por virtude, e o bem-estar passivo por perigo, o desejo de saber por perigo, a paz por perigo, a misericórdia por opróbio, o trabalho por vergonha, a demência por coisa divina, a conversão por imoralidade e a corrupção por coisa excelente.


 Friedrich Nietzsche, in 'A Genealogia da Moral


É nesta época natalícia que os " valores por excelência " do ser humano mais se notam. Pena que desapareçam logo que  a última luzinha se apague nas ruas das nossas cidades


Emília Pinto

51 comentários:

  1. Eu penso que já nem pelo Natal se notam esses sentimentos. Pelo menos em grande parte da população que só se preocupa consigo próprio.
    Um abraço e bom fim de semana

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Tens razão, Elvira, embora eu ache que, mesmo assim, o ser humano fica mais solidário. Cada vez está mais preocupado com o cosumismo desehfreado desta época e corre como um louco achando que as coisas vão acabar. Uma coisa que me irrita muito é já em Novembro as ruas estarem enfeitadas para o Natal; não tarda muito e em Outubro lá estará o incentivo à correria.. antigamente, bem há pouco só no inicio de Dezembro se ligavam as ruas da cidade, mas agora tudo se antecipou. E lá vai o povo a correr para as compras, ficando cada vez menos solidário; claro, cada um quer dar um presente melhor que o outro e, para isso, muitos até se endividam. É uma tristeza, Elvira. Beijinhos, amiga e desejo-te um bom feriado
      Emilia

      Eliminar
  2. Belíssimo texto. Estou como diz a Elvira. Cada qual só se lembra de si e no melhor que podem ter,"melhor do que o outro".. se é que me faço entender. Boa noite.

    Hoje temos:- {Meu olhar emudecido...}

    Bjos
    Boa Quinta-Feira

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Sim, Larissa, este consumismo desenfreado está a tornar o homem menos solidário, mas, mesmo assim, acho que nesta época muitos nos surpreendem tentando, pelo menos , que nenhuma criança fique sem brinquedo. Obrigada, Larissa e que tenhas um bom fim de semana. Beijinhos
      Emilia


      Eliminar
  3. Lindo texto e tuas palavras acrescentam verdade ... Pena mesmo que todos ficam bonzinho, fraternos...Mas depois tudo esquecem...bjs, chica

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. O Natal deveria ser todos os dias, não é Chica? Para uns é uma epoca muito feliz, mas para outros muito triste, pois tudo está iluminado, com um ambiente de festa e em muitas casas não há sequer um pão na mesa. Para uns há demais e para outros nem o suficiente há. Beijinhos, Chica e espero que estejas a curtir bons dias de praia, pois aqui o frio é muito
      Emilia

      Eliminar
  4. E pensar que já se falava tanto dos sentimentos contraditórios.
    O final do ano nos faz refletir e quiças tomar atitudes corretas.
    Um abraço Emília
    Obrigada da visita.

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Poi é, Lis, segundo vemos neste texto, sempre houve a discussão sobre sentimentos contraditórios e, penso, assim vai continuar. Tudo muda, mas n questão dos valores só muda o conceito, de uma geração para outra o seu significado vai mudando e os nossos filhos vão dizer o mesmo que nós: " ah..no nosso tempo não era nada disto.. " Beijinhos, Lis e fiquei muito feliz por te ver por aqui. Obrigada. Tudo de bom!
      Emilia

      Eliminar
  5. Às vezes não sei se evoluímos ou regredimos com tantos deveres, tantos que precisamos estar o tempo todo preocupados com ele! beijos

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Temos de concordar, Ives, que em muitos aspectos o ser humano tem evoluido, mss, creio, que na questão de valores tem regredido, precisamente por não saber parar um pouco. A sociedade tornou-se tão consumista e tão competitiva que o homem sente-se na obrigação de trabalhar cada vez mais para assim conseguir ter mais e mais. Muito obrigada por teres voltado ao Começar de novo. Fiquei muito feliz. Um fim de semana. Beijinhos
      Emilia

      Eliminar
  6. Bom dia. Passando para me deliciar com as suas sempre belas publicações. Tudo muda na vida. Acredito que, mal do mundo se assim não fosse, Claro que se mudarmos para pior, que tal não aconteça. Mas que acontece é um facto real..
    Se estiver em Portugal, um feliz dia de feriado.
    .
    Tema de hoje

    Manhã, nascer do sol, solfeja a cigarra no arvoredo
    .
    Deixando cumprimentos poéticos.
    .

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Mal seria se as coisas não mudassem, Gil e, temos de concordar que muitas coisas mudaram para melhor, mas o mundo é feito de homens e esse foi e continua a ser imperfeito. Se ele não fizesse parte da natuteza e dos seres nela viventes, de certeza que tudo correria às mil maravilhas; os outros seres comportam-se de maneira muito melhor, não sujam a água que bebem , matam só para sobreviverem e respeitam os putros seres, plantas, árvores e até as pedras. Mas, no meio de todos eles está o homem que, com a sua ganância, muitas vezes ate mata as próprias crias. Será que somos animais racionais ? Beijijnhos, Gil e muito obrigada pela visita. Estou, sim, em Portugal e sentada, confortavelmente ao pé da lareira, já que o dia está
      chuvoso. Bom fim de semana, amigo.
      Emilia

      Eliminar
  7. Nota-se a falta de valores, de respeito em qualquer altura do Ano... Para atingir um objectivo, não se importam de mentir, trair, calcar... Torna-nos desconfiados...
    Um bom texto para reflectir....
    Obrigada pela visita
    Beijos e abraços
    Marta

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. É certo, Marta, mas, de qualquer modo, nesta época há mais solidariedade, seja pelas autarquias que se preocupam mais com os desfavorecidos, seja pelas pessoas que nesta altura se preocupam mais em dar qualquer coisa. Trabalhei como voluntária numa loja social aqui na minya cidade e, enquanto durante o ano os alimentos faltavam, nesta época, como milagre não faltava sequer o bacalhau e o azeite. Era uma fartura antes do Natal e, claro, as fila å porta era imensa. Não poderia a autarquia fazer isso durante o ano? Claro que podia e se, poupasse nas iluminações de Natal que, desde o principiode Novembro enfeitam todas as ruas da cidade, s8braria dinheiro para dar dar de comer a quem tem fome. Mas, talvez esta festa toda nas ruas dê votos...não sei... há pessoas que dão muito valor a estas coisas. Eu não dou. Beijinhos, Marta, e obrigada pelo teu testdmunho. Um bom fim de semana
      Emília

      Eliminar
  8. Friedrich Nietzsche em sua genialidade ímpar! Grata por trazer ele aqui. Abraço!

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Muito obrigada, Luiza! Fico contente que tenhas gostado da minha publicação. Um bom fim de semana. Beijinho
      Emilia

      Eliminar
  9. Sim, é nessa época que mais vejo a 'Fragilidade dos Valores'! É o comerciante nos espremendo, usando nossos sentimentos para vender suas coisas numa falsidade enorme; são presentinhos que distribuímos para muitos de uma vez só, nesse ponto se formou a maior sociedade de consumo. Nossos corações se abrem não em função do outro, mas das belezas que ouvimos, dos enfeites nas ruas, das músicas que tocam nossos corações... realmente tudo é muito belo, principalmente o ser humano! Passa o dia 25, desmanchamos a árvore, comida acabou, presentes vamos trocar, alguns, e a vida volta ao normal. É bom isso, Emília? Por isso que Natal deve ser para crianças tão somente, e por elas. ainda sonham, ainda se emocionam, não descobriram as verdades, tão claras, basta olhar para a última!!! O ódio entre os palestinos e israelitas na terra Santa!!!E um maluco botando mais fogo, mais ódio.
    Sou mais uma das tantas criaturas decepcionadas com apropria espécie no dia mais sagrado para os cristãos, virou um mercadão de trocas!! Tanto é que há enorme fila para esperar o Top dos Smartfones que os filhos pedem de presente: 7.000 reais.
    Friedrich Nietzsche sempre vem em boa hora, o que adoro!
    Beijo, querida amiga, um bom fim de semana.

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Querida Taís, concordo tanto com o teu comentário que começo por te agradecer a tua opinião. Sabes, ha muitos anos que deixei de trocar presentes com amigos e familiares; os únicos a receberem são filhos e netos e desde que tomamos essa decisão o nosso Natal é tranquilo. Ontem foi
      fetiado aqui em Portugal e como otempo estava chuvoso resolvemos ir a um
      centro comercial e nem imaginas o que passámos; não se podia andar, com
      tanta gente cheia de pacotes; um verdadeiro inferno!. Quanto aos
      smartfones, aqui acontece o mesmo; são carissimos, mas, crianças e
      adolescentes têm-nos. A minha filha que é professora fica impressionada
      com os celulares que vê na mão das crianças. Aqui na minha cidade as
      iluminações nas ruas foram ligadas no principio de Novembro; quando cá
      cheguei vinda do Brasil só ligavam as luzes em Dezembro, este ano foi em
      Novembro e, não duvido nada, no próximo será em Outubro. Não é que eu
      não ache que as ruas ficam bonitas, mas, sou contra o desperdicio e acho
      que o dinheiro gasto nestas coisas poderia ser usado para pôr na mesa a
      comida que muitos não têm. Nāo há fome aqui nesta cidade? Infelizmente
      há e por isso a prioridade deveria ser essa. O voto será uma arma que
      temos, mas...tenho que votar neste presidente da camara ( vosso prefeito )
      prque tem feito muito por esta cidade. O pior, Tais, é que a maioria das
      pessoas gosta deste luxo de iluminações que está na nossa cidade e ele
      sabe disso; concordo que a cidade está muito bonita, mas para quê tanto tempo ? Não bastaria a partir de Dezembro ou, como era antigamente, dias
      antes da noite de consoada ( ceia de Natal.. ). Será que alguém compra mais
      por ter ruas e lojas enfeitadas ? Não sei....mas se calhar compram


      Costumo dizer que se Jesus viesse à terra de novo voltaria a expulsar os vendilhões do templo. Li algures que essa disputa entre Israel e Palestina vem de longe. Quando Moisés chegou com o seu povo à terra prometida, faleceu e logo ali houve os primeiros distúrbios, um e outro querendo tomar o ligar de Moisés. Jesus houve um só, que perdoou e ainda ofereceu a outra face, mas morreu cedo; se tivesse vivido mais tempo se calhar teria sidfo contaminado pela insensibilidade do ser humano. Não sei como os americanos escolheram um presidente destes. Os politicos nunca cumprem o que prometem, mas este está a cumprir tudo o que prometeu na campnhs. Talvez tenha sido isto que enganou os americanos. Tais, mais uma vez, muito obrigada e... vamos lá ...fazendo a nossa parte para que os principais valores se mantenham, principalmente nas nossas casas. Beijinhos
      Emilia




      re Israel e

      Eliminar
  10. Natal é momento de fictício encantamento, nem com mais nem menos valores do que em outros dias do ano... Porém, é bom teatralizar o valor de uma certa tradição familiar que torna aconchego o que costuma ser apenas solidão vivida.
    Talvez se chame comumente "dourar a pílula"... Mas a quem interessa descodificar os sinais, sabendo que tal acto não leva a lado nenhum senão à sensação de desconforto? Há que pensar na sensibilidade de quem vive à nossa beira.
    Beijinho, Emília.

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. É isso, Maria, " dourar a pilula", pois também concordo com o que tu dizes; há de tudo, claro, mas a " imposturice " abunda, infelizmente. Tanta luz nas ruas, tanta também nas casas e, por vezes junto a nós há alguém cuja solidão é tanta que nāo é capaz sequer de olhar pela janela toda a beleza do exterior. Querida Maria, tenho ido muitas vezes ao teu blog, mas não consigo deixar comentários; faço - os, mas na hora de publicar desaparecem; não me entendo com o google+; não estranhes, pois tenho um blog, mas sou uma nódoa em novas tecnologias. No entanto, prometo, tentarei de novo. Obrigada pelo carinho e tudo de bom para ti e para os teus, não só nesta quadra, mas sempre. Um beijinho
      Emilia

      Eliminar
  11. " Todas as coisas" boas " foram noutro tempo más " .
    Atrever - me - ia a dizer que o bem e o mau sempre existiram e existirão , exactamente da mesma forma .
    Nascemos já com os valores e a ética cravados no nosso ser .
    Simplesmente os actos humanos estão mais expostos , dado a existência da variadíssima informação a que temos acesso

    Quanto à época natalína é só uma desculpa para darmos azo à vontade desenfreada de consumismo que em nós existe , para esquecermos o essencial .

    E não me digam que somos obrigados e levados a ... sabemos ou não o que queremos ?


    Amiga Emília fico por aqui antes que diga mais do que " devo ".

    Forte abraço e tenho a certeza que no teu Lar não haverá um menino a perguntar " Então , e Eu " [ ver MARIAZITA / A CASA DA MARIQUINHAS ]

    Maria



    ResponderEliminar
  12. As minhas desculpas por ocupar tanto espaço . Não sei o que aconteceu , o texto entrava todo desalinhado ?!

    Um beijo , Emília
    Maria

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Querida Maria, não importa nada a apresentação aqui do blog, o que me interessa é o comentário tão assertivo, Falaste aqui num ponto essencial; " os actos humanos estão agora muito mais expostos " e isso leva-nos a acreditar que o ser humano é pior agora; só mudam as circunstâncias e o meio em que se vive, de resto, no que respeita às mentalidades, tudo permanece igual; guerras sempre houve e sempre vai haver; antigamente eram com espadas e flechas, agor as armas sa muito mais mortiferas e basta um botão para que tudo exploda. Maria, muito obrigada pelo carinho . Já tinha visto o post da Mariazita e achei-o uma delicia. Espero que não só agora , mas sempre ,tenhas um anjinho que te ajude e acompanhe e que em vez de tantos papeis de embrulho espalhados pela sala, tenhas um montão de beijos e abraços. Na minha casa, só os netinhos rasgam papeis e tentamos todos não esquecer o aniversariante Um forte abraço e ...adoro ver-te por aqui.
      Emilia

      Eliminar
  13. excelente texto do "velho" Friedrich Nietzsch!

    é verdade que "cada passo que o homem deu sobre a Terra custou-lhe muitos suplícios intelectuais e corporais", designadamente, a "submissão ao Direito", que proclama~.

    o que Nietzsch não disse - porque AINDA não sabia - é que, mais que pelo Direito, que igualiza (todos somos iguais perante a lei) a submissão se faz, hoje em dia, pela ideologia (que diferencia) e aceitamos, "sem dor".

    sempre estimulantes, ler tuas publicações.

    beijo, amiga Emilia

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Belo comentário, Manuel, que muito agradeço. Sim, somos iguais peranye a lei, mas infelizmente isso não acontece e nós " aceitamos " nem sempre " sem dor" . Quando esssa discriminação se passa connosco dói, mas nem sempre temos coragem para exigir os nossos direitos perante a lei e baixamos a cabeça, submissos. Fico muito contente que as minhas publicações te agradem, amigo. Um beijinho e boa noite
      Emilia

      Eliminar
  14. Olá, miúda!

    Já tinha pensado em ti, mas tenho andado atarefada e depois, alguém fica para trás. Sorry!

    Não fui levada pelos ventos, nem pelos amores, que "canto" nos meus poemas. Não sou mto dada a eles, embora eu seja uma excelente "atriz" no blogue, mas merci pela tua preocupação, de certo modo bem disposta.

    Nietzsche, olha quem? "Doido", completamente e tanto que o li e fiz trabalhos acerca das suas ideias. Chamares este "tipo" para aqui no natal, parece-me bem, mto bem. O natal foi celebrado em diversas datas, até que o Papa Júlio I, creio, determinou que fosse a 25/12, porque tinha de haver uma data determinada, certa e não se andar sempre a mudar. Antes, era o solstício de inverno, que indicava este "acontecimento", de origem NITIDAMENTE pagã, na Roma Antiga.

    O título da tua publicação diz tudo, mas não a posso ligar só ao natal, tenho de a associar ao ano todo. O esquema está montado. Publicidade bem feita e bem direcionada, marketing q.b. e consome, consome, povo tolinho, que ainda não despertou, nem irá despertar tão cedo.

    Vou ter visitas no natal (olha do que se lembraram), uma prima direita e o companheiro, ambos médicos e a residirem em Bruxelas há uns aninhos. Os filhos deles, adolescentes, ficam com os avós e eles aproveitam pra desanuviar e este ano fizeram-se convidados (rs). Ambos são agnósticos e nunca deram prendas aos filhos no natal. Davam-lhes sim no aniversário deles, qdo tinham boas notas, etc. Bem, por aqui, vai ser tudo normal, tal como nos outros dias. Vamos passar o réveillon, não sei ainda, eles dizem ser surpresa e já não posto este ano.

    Beijinhos e desejo-te dias muito felizes no natal e sempre! BOM ANO NOVO!

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Então eu chamei para aqui um " doido" e logo para falar de valores, mais presentes nesta época natalicia? Mas um desses valores é respeitar até os doidos, pois o Natal deve ser para todos, portanto acho que fiz bem, Claro que o tema tratado aqui não pode ser ligada so ao Natal, mas escolhi-o porque nesta data " mágica" , há alguns valores que sobressaem no ser humano então achei oportuno este texto
      Pelo que estou a ver o teu Natal vai muito animado e, concordo, deve ser tudo normal, como todos os outros dias; cada vez me convenço mais disso. Desejo-te então, dias felizes com os teus familiares e que o lugar escolhido para o rėveillon te agrade. Muito obrigada ppr teres acedido ao meu " chamamento" . Beijinhos e até. ...
      Emilia

      Eliminar
  15. Olá Emília!
    Palavras sábias de Nietzsche, escritas no século XIX e actualíssimas no Século XXI.
    Palavras certas as tuas, como sempre.
    A época natalícia perdeu a graça. As luzes da árvore de Natal iluminam apenas desunião, inveja, mentira. Por onde andam os presentes feitos de abraços e beijos que trocávamos na consoada? Esqueçam as prendas e distribuam abraços.

    Emília, não tenho passado por aqui (problemita de saúde) mas penso na tua mãe. Como está ela? E tu, amiga?
    Beijo e boa semana.

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. É verdade, Teresa, " por onde andam os presentes feitos de abraços e beijos que trocavamos na consoada?" Andam escondidos no meio de tanto papel colorido e caixas rasgados e espalhados pelo chão, Teresa. ; abraços e beijos nāo chegam e, principalmente as nossas crianças nem sabem quem é o Menino Jesus; desde o principio de Novembro andam preocupadas com a carta ao Pai Natal, com as coisas que lhes vão pedir e assim ficam excitadissimas até que chegue a meia noite do dia 24. Mas têm culpa? Claro que nāo! Ninguém lhes ensinouvo verdadeiro significado do Natal. Amiga, quanti à minha mãe, ela está bem, como já te disse no teu cantinho. Muito obrigada pelo carinho e espero que esses problemitas de saúde já tenham passado. Um forte abraço e que os teus dias sejam de paz e de alegria.
      Emilia

      Eliminar
  16. Minha Amiga, Emília, estive a lê-la com muita atenção. Tem aqui um texto para reflectir. Somos cheios de contradições. Esquecemos e reaprendemos vezes sem conta as mesmas coisas...
    Uma boa semana.
    Um beijo.

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Somos seres muito inteligentes, mas há certas coisas que nos custam a entrar na cabeça, não é? Andamos sempre a repetir os mesmos erros e, geração atrás de geração , as contradições continuam. Vai ser sempre assim, amiga! Tentemos fazer o nosso melhor. Beijinhos e muito obrigada. Que estejas bem de saúde, assim como os teus.
      Emilia

      Eliminar
  17. Olá, Emília!

    Existem certas verdades que dificilmente podem ser contestadas, como é exemplo esta "Fragilidade dos Valores". O livro A Genealogia da Moral, de Nietzsche, li quando estava no primeiro ano da faculdade, Estimulado por essa obra, achei que deveria ler outra obra desse mestre, então li "Assim falou Zaratustra"; depois desses dois livros, Nietzsche passou a ser para mim uma leitura constante; hoje leio algum livro que não conhecia ou releio os seus livros.
    Concordo contigo, quando dizes:

    "É nesta época natalícia que os ' valores por excelência ' do ser humano mais se notam. Pena que desapareçam logo que a última luzinha se apague nas ruas das nossas cidades".

    Um grande abraço, Emília.
    Pedro

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Nunca li nada deste senhor, Pedro, mas vou conhecendo a obra dele através de bons textos que encontro; já não é a primeira vez que publico escritos dele. Fiquei muito contente que tenhas gostado, amigo. A semana já está no fim e portanto aproveito para te desejar um bom fim de semana, sem grandes canseiras pelo Natal que se avizinha. Um beijinho
      Emília

      Eliminar
  18. Querida Emília

    Este texto mostra-nos bem como as coisas têm uma importância relativa nesta vida.Não só em relação aos tempos do passado como no nosso quotidiano. Razão tem o autor. O que poderia consituir opróbio no passado agora poderá ser uma qualidade.

    Voltarei.

    Bj

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Continuando...

      Minha amiga, desculpa a interrupção. Estava no comboio, ele chegou à estação e, depois de alguns "entretantos", aqui me tens de novo.
      Falava eu, baseando-me no autor e em algumas convicções minhas, da volubilidade do ser humano ao longo dos tempos. Temos muitos exemplos, mas referindo-me apenas a um ou dois, há o caso de antigamente os nobres não se dedicarem ao comércio, por ser algo de somenos, deixando para os burgueses essa incumbência. Mas agora com o epíteto de empresários(as) as pessoas consideradas gradas comercializam até a própria alma. E os empréstimos com a cobrança de juros altos sendo as pessoas que os praticavam ou praticam chamadas de "usurárias"? Houve no passado um grupo social que ficou conhecido pela usura, contudo até reis e príncipes recorriam aos seus serviços. E o que se passa agora? Pagamos uma casa não sei quantas vezes, com os juros altíssimos que são aplicados ao empréstimo. É quase a vida toda reféns dessa condição.

      Parafraseando o nosso Camões: mudam-se os tempos mudam-se as vontades e...tudo continua na mesma, só que toma outras qualidades.

      Desejo-te a continuação de uma boa semana.

      Beijinhos

      Olinda

      Eliminar
    2. Gostei muito, Olinda deste teu " comercializam até a própria alma " e vemos isso em algumas " socialites " que para manterem a " nobreza " vendem a presença numa festa para que depois as revistas consigam vender mais com as fotos delas nas capas Enfim... uma vida vazia onde só a aparência conta e também os vestidos que alguém lhes paga para usarem. Ainda não há muitos anos que aqui em Portugal ninguém comprava a crédito; havia pouco dinheiro quando eu era adolescente e quando me casei, mas ninguém pensava em pedir dinheiro fosse para o que fosse; comprava-se quando se tinha dinheiro e, pedir emprestado só em casos extremos e mesmo assim com muito segredo, pois era vergonhoso ter que pedir aos outros Agora virou moda e até para férias se recorre ao crédito; quando se dá por ela as dividads estão altissimas. Agora o que importa é ter e se não houver dinheiro compra-se a prestações. Vergonhoso é não ter um carrão, um telemóvel de última geração, etc, etc, ; ficar a dever é normalissimo e simplesmente " não pagar " também não fica nada mal. Amiga, muito obrigada pelo carinho e, como amanhã já é sexta -feita, aproveito para te desejar um bom fim de semana. Saúde para todos! Beijinhos
      Emilia

      Eliminar
  19. Os conceitos da moral e dos valores vão mudando ao longo do tempo, mas ainda nem tudo está como deveria estar.
    Um texto para pensar e reflectir, obrigado pela partilha.
    Continuação de boa semana, amiga Emília.
    Beijo.

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Não está e nunca vai estar como deveria estar,Jaime, embora em alguns aspectos alguma coisa tenha mudado, por exemplo na area social a nivel de governos; na minha infância e adolescência as crianças iam para a escola com fome e voltavam do mesmo jeito e agora nenhuma vai para casa sem comer, pois na escola há almoço, mesmo para quem o não possam pagar; ainda há muito a fazer no aspecto social, mas já evoluimos alguma coisa Jaime, muito obrigada pela visita e desejo-te tudo de bom, para ti e para os teus,. Um beijinho
      Emilia

      Eliminar
    2. Para quem o não possa pagar; assim está melhor, Jaime.
      Emikia

      Eliminar
  20. Oi Emilia! Que texto gigante de reflexões minha amiga. Que tenhamos espíritos bons para a busca da humanidade. Não há preceitos que venha fazer-te especial frente ao Outro. Sejamos simples, pois estamos longe da pureza das flores perenes. Os valores sociais adquiridos durante a existência do ser humano o deixa escravizado de sua própria vida. A liberdade é ilusória, pois fazemos parte de um sistema que automatiza nossas atitudes e nossas ações, e muitos infelizmente se vão sem nunca terem abertos os olhos..." Amar, com toda a certeza, e´a real solução. Ótimo fim de semana. desculpe-me pela demora! beijos minha queridíssima!

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. " Amar é com certeza a melhor solução " e, sendo tão fácil, não se entende por que muitos fecham os olhos sem nunca terem percebido isso. Beto, muito obrigada pelo belo comentário e desejo que o teu Natal seja alegre, com saúde e com a familia toda reunida. Agradeço-te também o carinho com que tens tratado este meu começar de novo e que no próximo ano que se quer verdadeiramente novo, continuemos esta nossa amizade. Um beijinho
      Emilia

      Eliminar
  21. F Nietzsche era um espírito arguto e muito inteligente...
    Excelente opção para ponderar e meditar.
    Porém, o filósofo morreu em 1900... Antes da 1ªGuerra Mundial...
    Abraço e beijinho, querida Emília.
    ~~~~~~~~~~~~~~

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Estou muito feliz por te ver aqui, Majo e também por te ter agradado este meu post Ele morreu em 1900, mas este texto parece ter sido escrito hoje, não amiga? Aproveito para te desejar um feliz Natal e manifestar os meus votos de que estejam todos de saúde. Um beijinho, querida amiga.
      Emilia

      Eliminar
  22. Passo para deixar um apertado abraço com muitos beijos dentro .

    Um bom domingo ,querida Emília ,
    Maria

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Mas que miminho bom, Maria!!! Tudo de bom para ti também e no meu abraço vai um grande laço envolvendo a minha sincera amizade. Até breve, querida amiga
      Emilia

      Eliminar
  23. Olá, peço desculpa por não visitar e comentar mais frequentemente como desejo, tenho andado com um problema de saúde do meu familiar que tem ocupado o meu tempo.
    Votos de feliz Natal,
    AG

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Não tens que pedir desculpas, António! O que é preciso é que o teu familiar se recupere rapidamente para que assim possam ter um Natal feliz e , com as suas melhoras, possam ser felizes também todos os outros dias. Um beijinho, amigo e que a saúde volte à tua casa.
      Emilia

      Eliminar
  24. E os valores... continuam tão frágeis... só me ocorre um caso por estes dias... de que todos os meios de comunicação falam... sobre aquela instituição de doenças raras... aparentemente a pessoa que iniciou a obra... parece ser a mesma que quase a condenou por estes dias, em praça pública, com as más práticas, que por lá foi implementando... o ser humano, na grande maioria... envaidece-se... e rapidamente se esquece dos seus valores... apenas um pequeno exemplo... que ilustra esse texto... sempre actual... pois parece que a natureza humana... jamais mudará...
    Como sempre, uma partilha de excelência por aqui... e que nos oferece tantas possibilidades de reflexão...
    Beijinho
    Ana

    ResponderEliminar
  25. E sabes o que acontece com a noticia d3 casos assim, Ana? Ficamos desacreditados e não ajudamos. Com o Banco alimentar acontece o mesmo e eu tive conhecimento de um caso que é verdadeiro, pois passoi-se com uma amiga minha; agora, Ana, eu procuro alguém que eu conheça e que necessite e eu vou diretamente ajudar. Todos nós temos alguém perto que precisa. Essa instituição é importantíssima e é pena que certas pessoas sejam capazes de " roubar " aquilo que tanta falta faz a estas pessoa tão necessitadas. Mas o ser humano, quando toca a dinheiro, esquece tudo, Ana! Obrigada, querida amiga e muito obrigada pelas palavras de grande incentivo que sempre me deixas. Beijinho
    Emilia

    ResponderEliminar