quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

PARA ONDE CAMINHA



....A NOSSA JUVENTUDE ?

 Nossa geração quis dar o melhor para as crianças e os jovens. Sonhamos grandes sonhos para eles. Procuramos dar os melhores brinquedos, roupas, passeios e escolas. Não queríamos que eles andassem na chuva, se machucassem nas ruas, se ferissem com os brinquedos caseiros e vivessem as dificuldades pelas quais passamos. Colocamos uma televisão na sala. Alguns pais, com mais recursos, colocaram uma televisão e um computador no quarto de cada filho. Outros encheram seus filhos de atividades, matriculando-os em cursos de inglês, computação, música. Tiveram uma excelente intenção, só não sabiam que as crianças precisavam ter infância, que necessitavam inventar, correr riscos, frustrar-se, ter tempo para brincar e se encantar com a vida.
 Não imaginavam o quanto a criatividade, a felicidade, a ousadia e a segurança do adulto dependiam das matrizes da memória e da energia emocional da criança. Não compreenderam que a TV, os brinquedos manufaturados, a Internet e o excesso de atividades obstruíam a infância dos seus filhos.
Criamos um mundo artificial para as crianças e pagamos um preço caríssimo. Produzimos sérias conseqüências no território da emoção, no anfiteatro dos pensamentos e no solo da memória deles.
 Esperávamos que no século XXI os jovens fossem solidários, empreendedores e amassem a arte de pensar. Mas muitos vivem alienados, não pensam no futuro, não têm garra e projetos de vida. Imaginávamos que, pelo fato de aprendermos línguas na escola e vivermos espremidos nos elevadores, no local de trabalho e nos clubes, a solidão seria resolvida. Mas as pessoas não aprenderam a falar de si mesmas, têm medo de se expor, vivem represadas em seu próprio mundo. Pais e filhos vivem ilhados, raramente choram juntos e comentam sobre seus sonhos, mágoas, alegrias, frustrações. Na escola, a situação é pior. Professores e alunos vivem juntos durante anos dentro da sala de aula, mas são estranhos uns para os outros. Eles se escondem atrás dos livros, das apostilas, dos computadores. A culpa é dos ilustres professores? Não! A culpa, como veremos, é do sistema educacional doentio que se arrasta por séculos. As crianças e os jovens aprendem a lidar com fatos lógicos, mas não sabem lidar com fracassos e falhas. Aprendem a resolver problemas matemáticos, mas não sabem resolver seus conflitos existenciais. São treinados para fazer cálculos e acertá-los, mas a vida é cheia de contradições, as questões emocionais não podem ser calculadas, nem têm conta exata. Os jovens são preparados para lidar com decepções? Não! Eles são treinados apenas para o sucesso. Viver sem problemas é impossível. O sofrimento nos constrói ou nos destrói. Deve­mos usar o sofrimento para construir a sabedoria. Mas quem se importa com a sabedoria na era da informática? Nossa geração produziu informações que nenhuma outra jamais produziu, mas não sabemos o que fazer com elas. Raramente usamos essas informações para expandir nossa qualidade de vida. Você faz coisas fora da sua agenda que lhe dão prazer? Você procura administrar seus pensamentos para ter uma mente mais tranquila? Nós nos tornamos máquinas de trabalhar e estamos transformando nossas crianças em máquinas de aprender.

 Excerto do livro Pais Brilhantes, professores fascinantes
De Augusto Cury


Há neste capítulo uma frase que gostaria de destacar: "Os jovens conhecem cada vez mais o mundo em que estão, mas não sabem quase nada do mundo que são "

 Voltarei com certeza a este livro

 Emília Pinto

39 comentários:

  1. Texto lindo e o livro deve ser realmente ótimo! Belo tema! beijos,tudo de bom,chica

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    1. Muito obrigada, Chica pelo carinho. Lê o livro que vais gostar. É muito importante para todos nós que continuamos a ser educadores. Beijinhos e fica bem. Até breve, amiga!
      Emília

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  2. Excelente estamos esquecendo da verdadeira essência da vida...
    Beijo Lisette

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    1. É verdade , Lisette, o mais grave é isso mesmo., esquecemos o essencial e não ensinamos às nossas crianças e jovens a reconhecer " a verdadeira essência da vida . Infelizmente, Lisette, nós somos os principais responsáveis por isso. Beijinhos e muito obrigada pela visita.
      Emília

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  3. Interessante o livro As crianças são muito materialistas - com os Ipads e afins.
    Da minha infância, lembro-me que passava horas a "inventar" histórias - as minhas bonecas tinham nomes, tinham um nome de família, um pai e uma mãe. Eu fazia as vozes de todos e assustava a minha Mãe quando fingia que estava a chorar..."Não sou eu; é a Helga (a boneca)". Obrigada pela partilha.
    Beijos e abraços
    Marta

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    1. É verdade, Marta! Não tinhamos todas essas tecnologias e eu, que sou de certeza mais velha, nem brinquedos tinha. Inventávamos as brincadeiras imaginávamos as nossas casinhas e lá andávamos todas contentes no quintal das casa a correr e a saltar, imaginando-nos mães...professoras...filhas etc, etc. Tinhamos pouco, mas tinhamos a liberdade de andar ao ar livre sem medo...sem preocupaçoes de sujar o sofá da mãe e muito menos de sujar a roupa, televisão só tive por volta dos 10 anos e a preto e branco; sofá...bem...também só por volta dessa idade é que o tive; estava na sala e para lá nunca íamos. Também não sentíamos falta; tinhamos muitos espalhados pelos quintais...pelos campos...pelos caminhos da aldeia.. Eram tempos mais difíceis, sem abundância material mas plenos de essência e isso é o que mais falta nas crianças de hoje. Creio que nesse aspecto a maioria delas gostaria de ter vivido o que nós vivemos Obrigada, Marta pelo teu contributo e um beijinho. Boa noite, amiga!
      Emília
      Emília

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  4. Fantástico texto, no qual me revi, como professora.
    Como tia, tenho a dizer que, felizmente, os meus sobrinhos não tiveram tudo, mas sim o suficiente, o que os pais podiam dar.
    Hoje, tenho sobrinhos adultos, trabalhadores responsáveis, com vidas próprias cheios de luta e garra para levarem uma vida o mais possível digna e confortável.
    Hoje, eles têm alguma coisa do que aqui se fala: computador, Ipad, mas à custa de si próprios, porque, enquan to foram crianças, conviveram tinham amigos, conviveram na rua, brincaram, tiveram férias com os pais, tiveram carinho. da família e o Natal era sempre em família,belo e cheio de alegria.
    Hoje, eles têm o tempo todo ocupado com as longas horas de trabalho, com o parco vencimento que recebem, mas sei que são adultos "moderadamente" felizes (a felicidade plena não existe).
    Louvo os tempos em que éramos educados com algum medo, muito repseito pelos pais e adultos de qualquer classe social.
    Hoje, muito do respeito e valores foram substituídos pelas tecnologias (que gosto também), pelo consumo, pela gula do que se nos depara à frente: o consumismo.
    Mas também, por este mundo da blogosfera, encontro excelentes jovens com princípios, com valores, com vontade de fazer frente ao futuro.
    Obrigada, Emília pelo texto.
    Beijinho

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    1. Olá cantinho. Antes de mais, muito obrigada pelo teu comentário que muito acrescenta a esta mensagem que, através do Augusto Cury, quero transmitir com esta publicação. Como professora que foste e creio que assim te sentirás sempre, aconselho-te a leres este livro, pois o titulo é Pais Brilhantes, professores fascinantes; vais-te rever nele, pois, pelo pouco que te conheço, creio que foste uma professora fascinante.. Muita coisa mudou em relação à educação que nos foi dada, mas, infelizmente, salvo raras excepções, a mudança foi para pior. Tentei educar os meus filhos da mesma maneira e creio que consegui fazer dos dois uns jovens adultos responsáveis, sensatos e muito solidários com os problemas dos outros. Este aspecto solidário, confesso, é a característica que mais me agrada neles. Por enquanto só o meu filho tem filhos e só espero que ele consiga dar ao Lucas e à Eduarda os mesmos valores que tentei transmitir-lhe.. Mais uma vez obrigada pelo carinho e boa noite. Um beijinho e até sempre!
      Emília

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    2. Obrigada, Emília.
      Feliz Natal.

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  5. Querida amiga Emília

    Tenho este livro e escolheste um texto que encerra tanta tanta verdade sobre os dias que correm, sobre o mundo artificial que se foi construindo ao ponto de os jovens quase não se identificarem com o mundo real. Depois, o embate será terrível quando forem, eventualmente, acordados pelas dificuldades, pelos problemas que infelizmente poderão surgir de um dia para o outro. Todas aquelas facilidades que o autor descreve, nada serão se não tiverem a consciência de que poderão ter de enfrentar a luta pela sobrevivência e de lidar com pessoas de carne e osso, com todos os seus defeitos e virtudes.

    Aliás, o autor refere a falta que faz a necessidade de contacto entre pais e filhos: falar,falar, conversar, conversar, seja na alegria ou na tristeza e aproveitar todos os momentos e torná-los proveitosos e perenes de ensinamentos de parte a parte. Sim, porque também os pais aprendem bastante com os filhos.

    Desculpa se pareço um pouco pessimista no meu comentário.

    Beijinhos

    Olinda

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    1. " Desculpa se pareço um pouco pessimista ". Olinda, quem não fica pessimista ao refletir sobre este assunto? Não vemos essência na vida das nossas crianças e jovens e isso tem que nos preocupar, pois, no fundo, somos todos responsáveis por isso, não é verdade? A maioria dos pais não quer afligir seus filhos com certos problemas que enfrentam...com as tristezas que sentem e isso está errado; eles têm que fazer parte da vida familiar nas alegrias...nas tristezas...nos problemas económicos e nos sucessos; tudo tem de ser partilhado, pois só assim eles saberão que a vida dá de tudo e para esse tudo temos que estar preparados, enfrentando todos juntos as adversidades que o dia a dia traz. Não é o que acontece e os filhos acham sempre que na sua vida familiar não há problemas...tristezas, e dores; pensam que tudo está bem e que assim vai ser sempre. Também concordo que os pais aprendem muito com os filhos e esse aprendizado é muito importante; porém só se consegue se habituarmos os nossos filhos a abrirem-se connosco e essa abertura só é conseguida se formos capazes de fazer o mesmo em relação a eles. Nunca escondi nada dos meus filhos; tudo era discutido na frente deles, fosse no aspecto financeiro, fosse sobre qualquer outro problema, isso desde crianças, pequenas ainda. Muita vezes creio que não entendiam nada, mas ouviam; se tinham dúvidas perguntavam consegui com isso que nada me fosse escondido e que sempre a vida deles fosse partilhada comigo e com o pai.. Fiquei muito contente por teres gostado e por saber que já conheces o livro. Obrigada, querida amiga, pelo comentário interessante que, como sempre, enriquece a mensagem. Um beijinho e até breve lá no teu xaile.
      Emília.

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  6. Bela e actual escolha.

    Alguns pais são culpados pela irresponsabilidade dos filhos, pois criaram-nos passando do "8 ao 80", sem regras nem valores.

    Há uma crise na juventude de hoje que nada faz para mudar o rumo do país, continuando a exigir dos pais o mesmo nível de vida a que foram habituados.
    Temo que ,breve bateremos no fundo!

    Beijinhos.

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    1. Claro que a culpa é dos pais, Lisa. Não são capazes de entender que não estão a preparar os filhos para enfrentarem os desafios da vida; tentando protegê-los ao máximo estão a tirar-lhes toda a hipótese de defesa. Como diz o autor, estão a esquecer-se das emoções na ânsia de lhes proporcionarem todo o conforto possível. Passou-se dos" 8 para os 80 " em todos os aspectos e num ritmo muito muito acelerado. Temo também que já não vamos a tempo de remediar essa situação até porque os, digamos " nossos netos, " já estão também acostumados a isso e pt, demorará várias gerações para que haja algum conserto, isto se houver essa possibilidade. Já não estaremos aqui para ver., amiga! beijinhos e muito obrigada pelo carinho da presença. Boa noite e até sempre.
      Emília

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  7. Olá! Eu adoro os livros de Augusto Cury, tenho quase todos inclusive esse. Na verdade as crianças de hoje estão mais contaminadas que os nossos filhos adultos. Tem criança de 04 anos já brincando com Tablet! Outra de 9 anos que não consegue fazer somas de pequenos números, não consegue escrever o próprio nome em letra corrente.

    Bom Natal, Deus abençoe a sua vida!

    sonia. bj.

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    1. Olá Sonia. É verdade, amiga. Crianças tão pequenas já em posse de grandes " luxos". Um dia não poderão tê-los e lá vêm as decepções, pois nunca lhes ensinaram que a vida não é um tablet... um celular de última geração...um casaco de marcas famosas. Há que dar essência à vida das nossas crianças e os pais não estão sabendo fazer isso. É pena, Sonia, mas tanto aí quanto aqui,, a realidade é essa, infelizmente. Muito obrigada pela visita e espero sinceramente que já esteja melhor e que se prepare para viver um Natal feliz junto do seu filho e familiares mais chegados, Isso é o que importa, amiga! Bom Natal e tudo de bom! Beijinhos carinhosos
      Emília.

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  8. E quem conhece jovens-é no meio deles onde me sinto mais completa- sabe que a culpa não é deles, não! Antes de tudo que foi exposto neste notável excerto, é ver nos restaurantes a falta de diálogo que começa pelos pais: compram o silêncio com uma tablet ou outro brinquedo para não serem incomodados. Que cheguem cansados no fim do dia, compreendo, mas tem que haver comunicação nem que seja numa refeição. Costumamos atribuir todas as maleita aos jovens. E às vezes há razões. Mas antes, levante-se o tapete e veja-se o que ele esconde...E aí estará a resposta. E depois tudo fica enquistado: professores, pais, jovens e sociedade. Uma bla de neve Mª Emilia que só pára de crecer quando vier o sol do Amor. O que falta. Não o consumismo que enfastia...Ah o tempo em que o Menino Deus descia pela chaminé...
    Frayerno abraço
    Beijinhos
    Bom Natal!

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    1. Manuela ainda há dias disse a alguém: " sempre que vejo atitudes destas em adultos tenho que louvar os nossos jovens".; queixamo-nos deles, mas há adultos que se comportam de uma maneira muito mais irresponsável. A culpa é sempre nossa, seus formadores e a atitude de certas crianças e jovens é precisamente motivada pela falta de atenção, carinho e diálogo por parte dos pais. Quando estes não cumprem a sua função, é completamente impossível que a escola o faça, sendo, muitas vezes esta o único apoio que a criança e o adolescente têm na resolução dos seus conflitos e inquietações.É sim, muito inquietante observar o silêncio numa família à mesa, seja em casa seja nos restaurantes. Não faltam novas tecnologias nas mãos de crianças muito pequenas, mas falta-lhes o brilho no olhar e as gargalhadas resultantes de uma conversa alegre entre elas e os pais. Triste, Manuela! Muito obrigada pelo seu comentário tão pertinente e pelo carinho das suas palavras. Que o seu Menino Jesus chegue com muita alegria e saúde para si e seus familiares, fazendo assim que o seu Natal seja muito feliz. Um beijinho muito especial, querida amiga
      Emília

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  9. Gosto muito deste Senhor . O livro que me levou até ele foi Os segredos do Pai Nosso , que continuo a reler .

    Quanto a " Os jovens conhecem cada vez mais o mundo em que estão, mas não sabem quase nada do mundo que são " , é uma triste verdade , mas existem adultos nas mesmas condições . A criança aprende , vendo . E a grande maioria vem com um espírito de observação muito apurado . Daí , a necessidade de adultos bem resolvidos .

    Um beijo grande , Emilia ,
    Maria

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    1. Também gosto muito dele, Maria. O 1º livro que li foi o Vendedor de sonhos que achei uma maravilha.Temos sim adultos com atitudes que, ao constatá-las, temos mesmo que admirar os jovens, pois com adultos assim não podem ser melhores. Crianças e jovens são o nosso fruto e por isso não podemos culpá-los Um beijinho, Maria e muito obrigada pelo carinho. É sempre muito bom tê-la por cá. Fique bem!
      Emília,

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  10. Nesse antes de Natal agradeço todo carinho ,
    que recebi no decorrer desse ano.
    Não vou poder dar todas as garantias de estar
    aqui no próximo ano.
    POR ISSO QUERO VER SE CONSIGO CONVIVER O MAXIMO
    COM TODOS ,
    QUE DEDICOU SEU CARINHO , QUE POR MIM JAMAIS SERÁ ESQUECIDO.
    lOGO NO INICIO DO ANO TERÁ UMA COMEMORAÇÃO
    NO MEU BLOG.
    A MUITO TENHO PASSADO POR DIFÍCEIS MOMENTOS
    ACREDITE MESMO ASSIM FIZ DE TUDO
    PARA ESTAR PRESENTE PELO MENOS NAS POSTAGENS.
    HOJE VENHO TE ABRAÇAR TUDO ISSO SERÁ FEITO ATÉ
    A DATA DESSA COMEMORAÇÃO.
    QUERO , QUE SAIBA VOCÊ FOI E É IMPORTANTE DEMAIS PARA MIM.
    UM FINAL DE SEMANA
    NA PAZ E NA LUZ DE JESUS.
    VAMOS LUTAR POR UM MUNDO
    MELHOR NEM QUE SEJA EU E VOCÊ.
    CARINHOSAMENTE ,EVANIR.
    Lindo mimo da postagem quase levei comigo.

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  11. Obrigada, Evanir pelo carinho. Um Feliz Natal para você e falília. Beijinhos
    Emília

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  12. Olá

    Bela explicação sobre os jovens de HOJE

    no entanto
    continuo dizendo que:
    EU não culpo os meus netos...
    mas sim os "Adultos"
    que os estão a habituar mal...

    Há uma crise na cabeça e atitudes dos adultos
    que nada fazem para mudar o rumo do país,
    continuando a dar aos filhos o que podem e também o que não podem...

    Continuo mostrando um pouco deste País de "indignados"
    mas "adormecido Povo"!!!


    Situada no alto de um monte elevado,
    a mais de 760 metros de altitude, numa região muito acidentada, de cariz granítico,
    Sortelha é uma povoação ornada com penedos e barrocos,
    onde as casas encostam e assentam.

    Esta disposição das casas, expostas ao sol,
    explica o cognome de "lagartixos" dado aos seus habitantes.

    É uma aldeia em granito,
    com ruas e vielas tipicamente medievais, fechadas por um círculo de muralhas, vigiado por um sobranceiro castelo do século XIII.

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    1. Eu também não " culpo os meus netos " Nós formadores é que somos os responsáveis. às vezes, vendo atitudes de certos adultos, até penso que, afinal, os nossos jovens são fantásticos. Já fui ao seu cantinho ver um pouco deste " País de indignados mas adormecido povo " Voltarei mais tarde para deixar o meu comentário, pois a minha internet não anda mt boa e por isso não consegui fazê-lo. Um bom Natal, amiga! Beijinhos
      Emília

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  13. Excelente texto, amiga, é para se pensar muito no que será o amanhã... Demais esse papai noelzinho que atravessa seu post! Bjão

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    1. Obrigada, Sonic. Na realidade este texto leva-nos a uma grande reflexão, pois a formação dos nosso jovens é da nossa responsabilidade e a eles não cabe nenhuma culpa; são fruto dos nossos ensinamentos e valores. Um feliz Natal, amiga!
      Emília

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  14. Hoje, como sempre, os jovens são, na generalidade, fruto da educação e formação que receberam dos pais.
    Pelo que tenho lido, de escritos antigos (da Antiguidade a Eça de Queiroz...) todas as gerações se queixaram dos jovens, apelidando-os de irresponsáveis, inconsequentes... etc., etc.
    Hoje sentimos na pele o resultado dos ensinamentos que prestámos ao nossos filhos, que por sua vez os transmitiram aos filhos deles, nossos netos (para quem os tem...).
    Não devemos, contudo, esquecer que o advir do progresso, a globalização, o avanço extraordinário da tecnologia... provocou como que um deslumbramento que nos impediu de ser realistas e saber dosear o que queríamos para os nossos filhos.
    É natural, é humano, que lhes quiséssemos dar tudo o que não tivemos. E os excessos produzem sempre maus resultados. Conseguir o equilíbrio perfeito é tarefa muito difícil. Vai ser necessário mais do que uma ou duas gerações para o conquistar.

    Desculpa, querida, alonguei-me demais, mas este é um tema que me empolga...

    Como não sei se nos "veremos" antes, aproveito para desejar, a ti e à Hermínia, e a todos os vossos entes queridos, um Natal muito feliz, com muita Paz, Amor e Alegria.

    Beijinhos
    Mariazita
    (Link para o meu blog principal)

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    1. Antes de mais,Mariazita, quero dizer-te que gosto de comentários longos, pois aprecio quando exprimem a opinião do que aqui coloco. Concordo que para nós é muito difícil " conseguir o equilíbrio perfeito " e" assim dosear o que queríamos para os nosso filhos". O importante é que junto com esses excessos materiais lhes tenhamos sabido transmitir os valores éticos e morais necessários para que sejam cidadãos conscientes das suas responsabilidade e sempre muito honestos para com os outros. Muito obrigada, querida amiga e, como já disse no teu cantinho espero que o teu Natal seja pleno de saúde e alegria, assim como o dos teus familiares. Beijinhos e até sempre!
      Emília

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  15. Oi Emilia,
    Excelente postagem!
    Hoje passei exclusivamente para agradecer o carinho, à amizade, e a tua presença nesse ano de 2013 no meu blog. O meu desejo é que em 2014 possamos estar juntos novamente.
    Desejo um abençoado Natal pra você e toda a sua família. Que os dias do Ano Novo sejam uma seqüência de profundas realizações e vitorias.
    Feliz Natal e Próspero 2014!
    Um abraço!

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    1. Obrigada pelo carinho, Smareis. Foi muito bom receber este " mimo " logo ao começo do dia. Com certeza que estaremos juntas, sempre com muita amizade, no próximo ano que está a chegar, se a vida assim o permitir. Agradeço também o carinho que tem tido para connosco e desejo-lhe um Natal feliz, cheio de saúde e alegria. Beijinhos, amiga e que todos os seus dias sejam vividos com o espírito natalício.
      Emília

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  16. Querida amiga, vim lhe agradecer a sua presença carinhosa e amiga durante deste lindo ano, que 2014 chega coberto de Alegrias paz e Muito Amor!
    Por favor, me perdoe pelo meu silencio, e tenha a certeza que eu não me esqueço de você
    Que o Deus Menino transforme nossos corações nos tornando pessoas cada vez melhores!
    Feliz Natal.
    Abraço amigo
    Com carinho
    Maria Alice

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    1. Muito obrigada, maria Alice, pelo carinho. Desjo-te um Natal iluminado e que sejam assim todos os dias do Novo Ano que se aproxima. Beijinhos e até sempre.
      Emília

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  17. Estimada Emilia

    Te dejo mi más cálido deseo de :
    ....que tu luz siempre esté encendida !!
    y
    ...de que disfrutes una hermosa NOCHEBUENA y una tranquila NAVIDAD!!! junto a tus seres queridos.
    .

    Y como regalo comparto contigo lo que me envio Katy,
    deseandote obtengas..........

    UNA PUERTA ................. PARA ABRIRTE AL AMOR.
    UNOS LENTES................ PARA QUE TENGAS UNA MEJOR VISIÓN DE LA VIDA.
    UNA ESCOBA ................ PARA QUE LIMPIES LO MALO.
    UN OSITO....................... PARA QUE NUNCA ESTÉS SOLO.
    UN ESPEJO .....................PARA QUE VEAS LO LINDO QUE EXISTE EN TI.
    UNA COBIJA ...................PARA CUANDO SIENTAS EL FRÍO DE LA SOLEDAD.
    UNA CAJITA.................... PARA QUE GUARDES TODO LO BUENO...

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    1. Mas que linda mensagem, Abuela! Desejo que todas as portas se abram ao amor para ti e todos os que amas. Que o Novo Ano te traga tudo o que desejas, principalmente saúde. Beijinhos e muito obrigada por tanto cairinho
      Emília

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    2. Linda mensagem.
      Parabéns.
      Beijinho

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    3. Desculpa só agora te responder, amiga, mas, não sei...tv a vista esteja a precisar de óculos, não? Muito obrigada por teres voltado cá. e espero que o teu Natal tenha sido bom com . Com certeza que foi um dia acolhedor com a família reunida que é o que importa. Beijinhos,cnatinho e até sempre!
      Emília

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  18. Venho desejar-lhe a si
    e sua Família um Feliz Natal.
    Tudo de bom.
    Bj.
    Irene Alves
    Irene Alves

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    1. Sempre com muito carinho para com o nosso Começar de Novo, Irene. Agradeço-te imenso. Um Natal muito feliz e alegre é o que de fundo do coração te desejo e que o 2014 venha cheio de saúde , alegria e muita, muita esperança em dias melhores. Beijinhos e muito, muito obrigada.
      Emília.

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  19. Esta sociedade deu aos filhos aquilo que eles sonharam para si. Facilitou-lhes materialmente a vida mas não emocionalmente.
    Muitas crianças cresceram julgando-se os senhores do mundo. Pequenos reis.
    Não gosto do termo tirano, mas talvez em alguns casos seja esse o termo correcto.
    Penso que devemos reinventar a educação criando os filhos com as dificuldades de cada dia e partilhando o pão como a alegria e as lágrimas com a felicidade.
    Não se podem criar máquinas perfeitas, mas pessoas que sabem dar valor aos mais simples e aos mais importantes. A tudo o que nos cerca e faz a nossa ligação com a sociedade e a vida diária.

    Votos de boas festas

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    1. Belo comentário, Luis que complementa muito a mensagem deste autor. Quisemos dar aos nossos filhos aquilo que não tivemos, mas esquecemo-nos de lhes mostrar que, mais importantes do que os bens materiais são os afetos e as desiluções que por certo a vida nos apresenta. Fizemos-lhes crer que tudo é fácil, quando sabíamos por experiência própria que a cada dia as emoções são diferentes e contraditórias. A culpa do tipo de jovens que temos agora é só nossa e vai demorar muito para que eles se convençam que a vida diz sim e diz não e que há que estar preparados para enfrentar os " nãos ". Boas festas, amigo e que o novo ano lhe traga saúde, paz de espírito e muita, muita esperança em dias melhores Beijinhos
      Emília.

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