quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

MORRER DE INDIFERENÇA




Como se morre de velhice
ou de acidente ou de doença,
morro, Senhor, de indiferença.

Da indiferença deste mundo
onde o que se sente e se pensa
não tem eco, na ausência imensa.

Na ausência, areia movediça
onde se escreve igual sentença
para o que é vencido e o que vença.

Salva-me, Senhor, do horizonte
sem estímulo ou recompensa
onde o amor equivale à ofensa.

De boca amarga e de alma triste
sinto a minha própria presença
num céu de loucura suspensa.

(Já não se morre de velhice
nem de acidente nem de doença,
mas, Senhor, só de indiferença.)

Cecília Meireles, in 'Poemas 


Morrer de velhice é uma benção que recebemos da vida; ela permitiu que percorressemos um longo caminho, tortuoso, às vezes, mas também com muitos momentos maravilhosos para recordar. O problema é  chegar a essa fase e só restar um corpo enfraquecido à espera que a vida lhe traga a tão desejada morte. A indiferença com que é tratada a velhice é tão grande que já matou a alma e toda a vontade de viver; o que resta...isso já não tem importância alguma...a morte pode levar... 

Emília Pinto


"...Liberdade, essa palavra
que o sonho humano alimenta
que não há ninguém que explique
e ninguém que não entenda..."

(Romanceiro da Inconfidência)


Filha de Carlos Alberto de Carvalho Meireles, funcionário do Banco do Brasil S.A., e de D. Matilde Benevides Meireles, professora municipal, Cecília Benevides de Carvalho Meireles nasceu em 7 de novembro de 1901, na Tijuca, Rio de Janeiro. Foi a única sobrevivente dos quatros filhos do casal. O pai faleceu três meses antes do seu nascimento, e sua mãe quando ainda não tinha três anos. Criou-a, a partir de então, sua avó D. Jacinta Garcia Benevides. Escreveria mais tarde:

"Nasci aqui mesmo no Rio de Janeiro, três meses depois da morte de meu pai, e perdi minha mãe antes dos três anos. Essas e outras mortes ocorridas na família acarretaram muitos contratempos materiais, mas, ao mesmo tempo, me deram, desde pequenina, uma tal intimidade com a Morte que docemente aprendi essas relações entre o Efêmero e o Eterno.

(...) Em toda a vida, nunca me esforcei por ganhar nem me espantei por perder. A noção ou o sentimento da transitoriedade de tudo é o fundamento mesmo da minha personalidade.

(...) Minha infância de menina sozinha deu-me duas coisas que parecem negativas, e foram sempre positivas para mim: silêncio e solidão




30 comentários:

  1. Chegar a uma idade avançada com saúde e dignidade
    deve ser muito bom.
    Problema sério é a indiferença a que somos votados!
    Penso muito nisso...
    Beijo.
    isa.

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    1. Obrigada, Isa, e aproveito o seu comentário para fazer uma homenagem a Oscar Nyemeir que partiu aos 104 anos. Percurso longo vivido intensamente e onde com certeza não sentiu a indiferença.. Não morrerá, pois ficará para sempre entre nós através da grande obra que deixou para o mundo. Penso também muito na velhice, Isa, pois vemos por aí casos tão aberrantes, que não podemos deixar de sentir algum receio. Mas...vamos tentar fazer como o Nyemeir que, no momento em que a morte se preparava para o levar ainda falava de vida. Um beijinho e fica bem, amiga, apesar do dia feio que hoje temos por estes lados.
      Emília

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  2. Cada vez se morre mais de velhice e indiferença...

    A indiferença é o pior dos sentimentos!

    Beijinhos.

    Elisa

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    1. Tens razão, Lisa, a indiferença é o pior dos sentimentos e infelizmente é o que mais se vê por aí; ninguém se preocupa com os outros, sejam eles novos ou velhos. É " cada um por si ", como se costuma dizer. Um beijinho, Lisa e obrigada pelo carinho. Boa noite.
      Emília

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  3. Nunca se morre de indiferença... mas talvez se morra por indiferença - de nós para com a vida, ou dos outros para com um semelhante.
    De qualquer dos modos são sempre dados duma vida, onde nos esquecemos de criar, melhorar ou desprezar laços de amor ou de respeito.

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    1. Infelizmente, Maria, vemos muita indiferença nos dias de hoje e não tenho muitas esperanças numa mudança de mentalidade, pois acho que não estamos a saber passar para as nossas crianças a importância desses " laços de amor e de respeito" Sem eles, vamos continuar a morrer " por indiferença" Obrigada pela teu comentário e visita. Gosto sempre de saber a opinião dos amigos sobre a mensagem que tento passar com as publicações que faço. Um beijinho e até breve
      Emília

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  4. Adoro Cecília. A indiferença é um dos maiores males da sociedade actual.
    Um abraço

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    1. Fico contente que tenha gostado, Elvira. Nunca é demais alertar para estes problemas que tantos nos afetam e penso que a indiferença é um mal que estás presente em cada canto. Um beijinho, amiga e espero que tenhas uns dias com muitos momentos felizes. Obrigada pela visita
      Emília

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  5. OI Emilia!
    Gosto deste post, é o post certo na altura certa.
    A indiferença, só pode partir de algum que já esteja meia morta ,mas uma morte lenta e dolorosa.São as pessoas de má indole, pessoas odiosas, pessoas enraivecidas, mal resolvidas.
    Só entendo assim a inferencia, e não tenho dúvidas, que partem desses serres humanos, que os considero abandonados,e geralmente orgulhosos, donos do mundo, e...sem mundo.
    Nascem assim e morrem assim, gente que mexe comigo,julgam-se reis e senhores, não estendem a mão, não dão uma palavra de conforto, e andam sempre sós.
    Repare bem , todos nós conhecemos um ou outro casao.
    Não olham o passado,por isso não constroem o presente ,daí a não poderem ajudar seja quem for.
    Amiga, cheguei agora mesmo a casa,ando um pouco "vadia e redia", mas é por dias,tenho uma amiga, que vem precisando duns "alôs" e eu faço por estar por perto!
    Até breve e gostei,morre-se de indeferença sim.
    Herminia


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    1. Faz muito bem, patroa!!! Estar atenta aos amigos é mostrar carinho e interesse pelos seus problemas; é uma maneira de mostrar que não sofremos desse mal, a indiferença. Obrigada pelo comentário, Hermínia. Um beijinho e até breve.
      Emília

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  6. A indiferença doí mais que a solidão...Morre-se na solidão, porque desconhecem palavras de consolo, não se dá um abraço sentido...
    Porque há vidas muito vazias...
    Gostei muito da escolha...
    Beijos e abraços
    Marta

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    1. É Marta...Um simples abraço faz toda a diferença, mas parece uma coisa tão difícil, não é? Andamos todos absorvidos pelos " ditos problemas" e esquecemo-nos do que realmente interessa. Seria bom que aprendessemos que os afetos atenuam muito as preocupações e se estivessemos mais atentos a eles com certeza tudo seria levado com mais optimismo. Nisto tudo quem mais sofre são os idosos que são abandonados muitas vezes por aqueles que mais amam e isso mata-os muito mais cedo. Muito obrigada, amiga, pelo carinho e espero que tenha um belo Domingo. Um beijinho.
      Emília

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  7. Olá Emilia,


    Maravilhoso esse texto da Cecília, muito bem construído.
    Em minha opinião a indiferença machuca mais do que uma traição, ou de qualquer solidão. Essa forma de desprezar alguém deixa marcas, marcas que nem faz sentido a pessoa viver, os idosos são as vítimas de duas coisas terrível nessa vida, a indiferença e a solidão... Muito triste isso! Morrer de velhice e o circulo da vida, uma benção que Deus acrescenta na vida das pessoas.
    A indiferença é um mal que ataca a sociedade atual, pessoas que tem esse caráter não merece respeito nem consideração , deve ter um final trágico.
    Gostei muito da sua postagem minha amiga.
    Já temos postagem nova, passa por lá quando puder.
    Grande beijo!
    Ótimo fim de semana!


    Deixo um grande abraços!
    Ótimo fim de semana!

    Clique-Refletindo com a Smareis

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    1. Olá amiga! Muito bom vê-la por cá e muito mais ainda com o seu comentário que enriquece a publicação que fiz. Hoje somos indiferentes a muita coisa e a muitas pessoas, mas o que mais me choca é a indiferença que votamos às pessoas idosas. Esquecemo-nos de que, se a vida nos permitir, chegaremos à velhice e que o que dermos hoje será de certeza o que receberemos amanhã. Aqueles que nos deram tudo são esquecidos e deixados no seu canto sem receberem, pelo menos um telefonema a saberem como estão. Alguns ainda ficam no seu cantinho, na casa onde viveram e criaram os filhos, mas outros há que nem essa sorte têm; são afastados para lares onde muitas vezes são maltratados e nunca recebem a visita daqueles que criaram com tanto amor; isso magoa-os muito mais do que as más condições desses asilos onde os colocam.. Muito obrigada, Smareis pelo carinho que sempre dás ao Começar de Novo. Irei com certeza visitar-te e ver a nova postagem. Fica bem! Um beijinho e até breve
      Emília

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  8. Um dia todos nós partiremos
    de forma acidental, ou de doença,
    se a vida for generosa para connosco
    será de velhice, isso é o ideal e natural...
    A indiferença é uma espécie de morte que dói na alma,
    um suplício que magoa e maltrata o coração!
    Infelizmente, hoje em dia, a sociedade não presta muita atenção aos mais velhos, aos doentes e aos desamparados, por vezes, bastaria um gesto para fazer alguém sorrir...
    Olá Emília, tenho andado ausente por vários motivos e um deles, foi o de cuidar da minha flor-de-amor que já é velhinha... mas fiquei muito feliz pelo seu gesto carinhoso e, venho agradecer a GENTILEZA que tem sempre para comigo... gostei muito deste belo poema da Cecília Meireles e das suas palavras sempre tão sensatas e bonitas :) Parabéns pela escolha!
    Um beijinho e bem-haja pelo carinho, desejo-lhe um feliz feriado e um bom domingo :)

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    1. É Camila, morrer de velhice é uma benção e é o que todos desejamos. Mas, o que mais nos assusta é a indiferença que grassa na nossa sociedade, principalmente em relação aos idosos. Hoje são considerados um estorvo e nunca há um lugarzinho para eles em casa; são colocados em lares e, por muito bem que sejam tratados, falta-lhes o carinho da família e a certeza de que ainda são queridos por aqueles a quem deram tudo. É uma tristeza, amiga, mas é a realidade. Muito obrigada pela visita e pelas palavras carinhosas.É sempre muito gentil connosco, amiga! Um beijinho muito especial e até breve aí em sua casa. Fique bem.
      Emília

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  9. Querida Emília

    Que poema tão sentido e verdadeiro este de Cecília Meireles que tu tão bem enquadras com as tuas palavras, as quais traduzem o tempo em que vivemos e em que a indiferença talvez seja um dos piores males da sociedade.

    Na maior parte das vezes a forma física não acompanha a lucidez que permanece, mesmo com a idade avançada, e a sabedoria ganha no decurso do tempo. E a frustração é enorme verificar-se que tanta riqueza é desperdiçada e que não há estrutura nem vontade em que ela seja aproveitada.

    Com a esperança de vida alargada, os idosos constituem uma faixa da sociedade com muito para oferecer. Urge criarmos uma mentalidade nova e abrirmos espaço para a efectiva transmissão da sua experiência de vida.

    Um bom domingo. Obrigada por este belo post.

    Beijinhos

    Olinda




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    1. O que é necessário mesmo, Olinda , é essa mentalidade nova, mas, penso que é a nós, mais velhos, que compete criá-la. Através do nosso exemplo no tratamento dos mais velhos, ensinaremos aos mais novos o respeito que se deve ter para com os idosos. Foram eles que nos formaram e a eles devemos tudo o que somos, mas se os nossos filhos e netos não nos virem a tratar bem as pessoas de idade avançada nuca o irão fazer. Por isso há que começar já a criar essa mentalidade nova, dando o devido valor a essa idade chamada de terceira que muito tem ainda para nos ensinar. Muito obrigada, amiga, pelo carinhoso comentário e pela visita. Fique bem e boa noite. Um beijinho e até breve!

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  10. Emília, boa noite!
    Este é um tema que me choca e entristece pela sua veracidade.
    Muito bonito o poema, bonito e intenso, tão intenso que até dói!

    Pela minha ausência no blog, deixo já um beijinho bem grande com votos de um Santo e Feliz Natal.

    Ana Martins

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    1. Tens razão, Ana, é " tão intenso que até dói"; dói muito, pois é uma "praga" esta indiferença, principalmente em relação aos mais velhos. Ainda hoje vimos nas notícias o encerramento de lares onde os idosos eram maltratados e até fome passavam. Fico muito triste com estas pessoas sem escrúpulos, mas também com os familiares. Se os visitassem com frequência com certeza veriam que não estavam bem. Depositaram-nos lá e resolveram o assunto. Triste! Quanto à ausência, Ana, também tenho andado um pouco ausente, mas esta época de Natal não me agrada muito, talvez por causa do frio, mas o certo é que fico mais nostalgica e com menos vontade de fazer as minhas visitas. De qualquer modo, não esqueço os amigos e mais cedo ou mais tarde apareço. Desejo-te também um Feliz Natal e que este espírito natalício permaneça na tua vida sempre. Muito obrigada, amiga, pelo carinho da visita. Boa noite e um beijinho
      Emília

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  11. Hoje venho convidar-te a visitar o meu blog
    HISTÓRIAS DE ENCANTAR
    , onde, excepcionalmente, acabo de publicar um post.
    Desde já fico muito grata.
    Beijinhos

    PS - No próximo dia 14 haverá post novo em A CASA DA MARIQUINHAS

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    1. Muito obrigada, Mariazita, pela visita e pelo convite. Com certeza que irei visitar o teu blog, Histórias de Encantar, pois não conheço ainda e passarei também pela casa da Mariquinhas onde há sempre assuntos interessantes para se ler.
      Fico muito feliz que haja um novo post, pois isso significa que continuas a lutar para que a saudade seja menos dolorida; ela vai continuar, mas cada vez com menos dor, não é amiga? Claro que sim! Um beijinho muito carinhosos e boa noite. Até breve!
      Emília

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  12. Oi Emília e Hermínia
    Cecília uma grande poetiza fala da indiferença_ essa arma abstrata que s todos engana.
    quem dera a morte fosse só por velhice e nunca pela indiferença que a sociedade tanto impõe , como se violência nao fosse,
    Excelente post ,muito agradeço,
    gostei imensamente
    deixo abraços e que a semana seja feliz

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    1. Concordo contigo, Lis, é uma violência também a juntar a tantas outras que vitimam a nossa sociedade. Todos nós sofremos com a indiferença e de certeza que muitas vezes também somos indiferentes com os problemas dos outros, por isso há que começar por nós a mudança de comportamentos; se cada um fizer a sua parte as mentalidades vão mudando e quem sabe um dia não teremos uma sociedade mais respeitadora, principalmente para com os mais velhos que acabam sempre por ser os mais afetados? Há que dar o exemplo para que os mais novos aprendam e mudem as coisas. Um beijinho e muito obrigada pelo comentário e visita. É sempre um gosto vê-la por aqui. Até breve, lá na sua casa.

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  13. Excelente post, um tema que tem muito que se lhe diga, muito me entristece realidades que conheço e me deixam chocada.
    Boa escolha esta de Cecília Meireles sempre ns presenteia com palavras sensatas.
    Bjs

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    1. É Lila's...por conhecermos tantos casos de indiferença, principalmente para com os mais velhos, é que ficamos tristes e chocados. Muitas vezes nós somos indiferentes; vemos e conhecemos casos, mas, para nós é muito mais confortável ficar calados e dizer a nós mesmos que não nos devemos meter...que não é problema nosso; mas isso está errado, pois se vivemos em sociedade, tudo o que nela se passa nos diz respeito...tudo é problema nosso, sim. Devemos denunciar casos de violência contra os mais desfavorecidos, principalmente idosos e crianças, pois são os que menos capacidade de defesa têm. Muito obrigada, amiga, pelo carinho que tens para com o Começar de novo e pelas palavras sempre gentis. Boa noite. Um beijinho e até breve.
      Emília

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  14. Minhas queridas amigas,

    Amei e chorei comovida por palavras tão injustamente verdadeiras...

    É triste que tantas e tantas pessoas sejam deixadas à sua própria mercê, quando as capacidades de autonomia vão ficando mais escassas, como se de objectos descartáveis , já sem uso , se tratassem...

    Vivemos,de facto,num mundo onde o desinteresse pelo próximo impera

    Perdoem minha ausência involuntária
    Nunca vos esqueço
    Beijinhos com ternura e
    Festas Felizes para as duas e respectivas famílias
    Margarida

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    1. Que bom ver-te por aqui, Margarida. Visitei-te lá na tua casa sem ter visto aqui o teu comentário, mas não tem importância. Tinha que lá ir, independentemente de cá vires ou não. No entanto, fiquei muito contente. Quanto a estas palavras são de facto reais e muito doloridads e por ser assim é que me lembrei de as publicar; a indiferença é o que está a reger a sociedade de hoje e isso deixa-nos muito infelizes. Convém que falemos muito dela para ver se começamos a aprender a valorizar aquilo que realmente interessa; afinal não somos nada sem os outros e por isso temos que começar a aprender a Olhar o outro...a escutar o outro...a considerar o outro como parte de nós. Muito obrigada, querida amiga por tanto carinho e espero que tenha um Natal alegre junto dos que te são queridos. Tu mereces, não só agora como sempre. Beijinhos e até breve
      Emília

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  15. Passei para agradecer o vosso carinho durante mais um ano e desejar-vos um Natal Feliz na companhia de quem vos é querido.

    Beijinhos às duas.

    Elisa

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    1. Muito obrigada, Elisa. Foi um ano em que muito me orgulhei de ter a tua companhia através dos teus " Olhares" sempre belos e profundos. Agradeço-te a simpatia e o carinho. Desejo sinceramente que tenhas um Bom Natal junto dos teus queridos e quero que saibas que podes sempre contar com a minha sincera amizade. Um beijinho muito especial e, se não for antes, até ao ano!
      Emília

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